domingo, 28 de janeiro de 2018

Miles Davis - Bitches Brew

Ouvir este disco no final da noite me trouxe algumas emoções e pensamentos dos quais se fosse passar aqui ficaria até amanhã. Eu sempre penso num monte de coisas e todas elas vem sempre ao mesmo tempo. Ainda bem que temos discos assim para ouvir e tentar espantar tais pensamentos e deixar somente as coisas legais na frente. Este disco transmite uma musicalidade tão grandiosa que é até difícil para mim falar acerca dele do jeito que o mesmo merece. O mundo do jazz é complexo e aqui temos um daqueles álbuns que desafiam o ouvinte para algo fora dos padrões, fora da zona de conforto. Ele é duplo e contém apenas 7 faixas. No disco 1 temos as duas primeiras, Pharaoh´s dance e a faixa que dá nome ao disco, cada um nos seus mais de 20 minutos de pura viagem jazzística.
Já no disco 2, temos 5 faixas e são elas: Spanish key, John Mclaughlin ( nome de um dos convidados do disco), Miles runs the voodoo down, Sanctuary e Feio ( isso mesmo) e mais um pouco de música feita com o coração e sem medo de ser complexo e deixar alguns em questionamentos.
Como é bom ouvir e curtir discos tão diferentes. Aí eu pergunto: o que seria da música sem os ecléticos? Com certeza teríamos um monte de xiitas chatos e militantes no lugar de pessoas felizes curtindo um som. Ou eu estou errado?

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