domingo, 15 de julho de 2018

Annie Rios e Maurício Martins - Pinacoteca Benedito Calixto - 15/7/2018

A dupla Maurício Martins e Annie Rios hoje na Pinacoteca
E num domingo, a Terra parou para mim por alguns instantes na Pinacoteca num evento inusitado aonde me foi mostrado dois grandes talentos da região, mostrando para muitos que música boa e artista bom tem em vários estilos. A Pinacoteca envia para quem se inscreve no caderno de presença diversos eventos que acontecem na famosa casa na avenida da praia e este acabei indo para aproveitar a ótima vibe de sexta e sábado. Logicamente que hoje foi um evento mais intimista, aonde pessoas frequentadoras não são adolescentes ou roqueiros. Acho que o único roqueiro que tinha lá era eu e um senhor com a camiseta do Yes pois o restante teve pessoas que gostam dali e que aproveitaram para passar uma ótima tarde. Numa apresentação curta porém proveitosa tivemos uma bela seleção musical que foi desde músicas nacionais até algumas internacionais. E o repertório teve Avril Lavigne, Beyoncé, Tribalistas ( eles conseguiram tornar uma música deste horrendo projeto legal), Amy Winehouse entre outros. Até duas de Sandy & Júnior pintaram no set, mostrando que nem sempre é ruim a salada ser variada. Não aqui. O produtor musical Maurício Martins é um excelente instrumentista e comanda produções de diversos artistas da região pela 4ever, produtora em questão. E acompanhando o produtor, tive a honra, a graça, a oportunidade de conferir uma das melhores cantoras das quais já ouvi, a lindíssima Annie Rios. Dona duma voz linda, Annie brilhou nas versões das artistas acima e com muito carisma mostrou um baita potencial na voz além de ser uma lady em questão de atendimento ao público. Pude conversar com ambos e com ela foi algo magnífico. E sabe aonde Annie me encantou? Sua voz é bem parecida com a da Sandy. Sim, se eu fechasse os olhos ia jurar que era a própria cantando ali na Pinacoteca. Não estou falando de cópia mas de sim uma bela referência, pelo menos para mim pois quem me conhece sabe que sou fã da cantora irmã do Júnior.
Enquanto muitos ficam reclamando da falta de talentos no mainstream, eu prefiro ignorar este meio e procurar justamente na música independente os verdadeiros talentos. Annie teria condições maiores? Sim. Mas, por outro lado, ela não seria para este público acéfalo que repara na bunda antes da voz. E foi assim. Um final de semana repleto de música boa, fechando com Annie Rios e Maurício Martins e ainda voltei com 3 livros para casa. Aí brasileiro reclama que não possui tempo para ler ou que não tem música boa.... Vale lembrar que constam no you tube alguns vídeos de Annie em faixas como The edge e Love runs out / Sing entre outras. Por mais domingos assim e que eu possa ver mais vezes esta voz que conquistou meu coração e que se traduz numa linda mulher, interior e exteriormente falando.


sábado, 14 de julho de 2018

Dia municipal do rock - Dr. Kaveira, Carnal Desire, Killmister, Inpulse, John People, Medusa Trio e Opala meia9 - Praça dos Andradas - 14/7/2018

Um dia após o show do Vulcano e do Santuário, eis que me dirigi a Praça dos Andradas para a sétima edição do Dia municipal do Rock com a produção de Cesar Sanchez e apoio da prefeitura de Santos. Esse evento me trouxe uma espécie de viagem no tempo. Sim, me lembrou o início dos anos 90 quando tínhamos festivais desse porte nas escolas para a molecada ter acesso ao rock. Hoje não foi diferente e num clima maravilhoso de paz e bom som, desde o meio dia aconteceu este que pode dar continuidade, basta a prefeitura continuar apoiando e a produção nunca deixar cair a peteca. Mas quem conhece o lendário Boi sabe que o mesmo sempre se preocupa em fazer sempre um evento bacana já que Cesar também gosta de rock e entende muito do estilo. Como cheguei mais tarde, acabei perdendo as bandas John People, Medusa Trio e Opala Meia9, chegando no momento em que o genial Dr. Kaveira adentrara ao palco. Liderados pelo vocalista Marcelo Ferrari, a banda ainda conta com o guitarrista Pedrão, com o baterista Paulinho Ferramenta e Lucas Fernandes no baixo e o som é aquela salada rica em Psychobilly, Surfmusic e Punk Rock. Com um set animal e tocando somente sons próprios, os caras causaram uma baita felicidade, um som muito bem feito e que não precisa de firulas nem de malabarismos. Estava afim de vê-los e o que foi presenciado me satisfez 100 %. Guardem bem este nome.
Dr. Kaveira
Na sequência veio Tarso Carnal e seu Carnal Desire. Falar do show do Carnal é falar sobre um show divertido e um som bem tocado. Um cara do naipe do Tarso não precisa de apresentações nem de muita lenga lenga. Infelizmente possuímos pessoas desprovidas de humor e levam a sério o sexy core. O Carnal Desire não é e nunca foi para se levar a sério. Lógico que, com as letras falando do que falam, o som em si é para se levar a sério pois estamos falando de riffs de guitarra, um baixista competente e um batera que segura a onda. E foi aquele desfile divertido de sons como Profissão Peão, Cabeça de baixo, Jontex, Noiva de Satã entre outras. Estreando o veterano baterista Cassiano Paiva ( ex- Asmodeu), a banda ganhou muitos pontos a favor e com André Monteiro a um tempo no baixo, Tarso possui uma das melhores formações da banda. Tarso em suas letras não fala somente dele e sim de vários homens que passam pela mesma coisa mas não possui a coragem de dizer o que pensa. E mais: quem se leva a sério demais acaba doente e preso numa máscara eterna. Parabéns Tarso e Carnal Desire pelo puta show.
Carnal Desire
Que vista linda. 
Após o Carnal, sobem ao palco o Killmister, banda que não precisa de apresentações. Com um ótimo som, pudemos conferir mais um grande show, uma celebração a música do Motörhead e aos fãs que esta banda deixou órfão. Assistir ao show do Killmister é esquecer os problemas e ouvir clássicos dos ingleses intercalados com músicas próprias lançadas em dois eps sensacionais. O mais recente, Ride down to hell, foi recentemente resenhado e foi representado por 3 faixas, incluindo a fantástica faixa título, uma ode maravilhosa ao legado de Lemmy e uma baita lembrança de que o rock se faz com guitarra, baixo, bateria e vocal. Falar do vocal do Luiz Carlos Louzada, da guitarra sempre brilhante de Gerson Fajardo é sempre aquele jogo ganho mas o baixista Paulo Tornai deu um baita gás na banda e seu baixo é fiel ao original. Infelizmente por problemas de saúde, Paulo Mariz ficará inativo por um tempo e o show foi feito pelo competente baterista Bruno, que tocou com o Repulsão Explícita além de passagens no Vetor e atualmente no Heavenly Kingdom. Ou seja, o cara não brinca em serviço. Desejo que Mariz volte logo pois trata-se de um dos melhores bateristas mas Brunão segurou as pontas de forma brilhante e a altura do baterista original.
Dr. Kaveira num show sensacional
Dr. Kaveira
Quem me acompanha sabe que não costumo falar de bandas cover ou tributo ou seja lá o que você preferir chamar. Não por ser contra. Mas falar duma banda tributo é o mesmo que falar de algo que já vem para eles, ou seja, eles estão tocando músicas de outro artista. Mas bandas que prestam homenagens a outras consagradas e que fazem com muita competência, merecem meu destaque. Poderia citar alguns exemplos mas este Inpulse foi algo sobrenatural. Formado por Bruno Romiti ( guitarra/vocal), Caio Noronha ( teclado), Caio Simonian ( bateria/vocal), Bruno Davoglio ( baixo) e Mario Forti ( guitarra), esses caras protagonizaram um dos melhores que já assisti e saiba duma coisa: tocar Pink Floyd não é fácil. E eles fizeram e cativaram quem gosta da banda pois registraram fielmente cada parte das músicas. Com alguns lados b sensacionais intercalados aos clássicos, foi um desfile perfeito de sons brilhantes. E foi com Have a cigar que a banda fechou este festival e fechou o meu sábado. Um sábado que poderia ser o mesmo de tantos mas que acabou sendo uma baita celebração não somente ao rock e sim mostrar que a vida é curta e que devemos curtir o máximo tudo que amamos. Abaixo seguem outras fotos do evento. Parabéns Cesar Sanchez pela festa e a prefeitura por apoiar uma bela causa.

Tarso e cia detonando no festival



Inpulse ( Pink Floyd tribute)



Será que existe outra banda tributo ao Floyd melhor que essa?

Carnal Desire em sua melhor formação


Killmister em ação.
Com músicos veteranos na cena, o jogo é ganho sempre.
Killmister mostrando seu som ontem.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Vulcano e Santuário - Sesc Santos - 13/7/2018

O dia do rock sempre é lembrado como a data em que rolou o festival Live aid aonde inúmeros artistas de rock e de pop se apresentaram afim de arrecadar dinheiro para ajudar lugares devastados pela fome e pela miséria. Mas para quem gosta de rock, respira rock e consome este estilo musical, o dia do rock é aquele dia no qual agradecemos por ter algo maravilhoso em nossas vidas. Fico imaginando se não tivesse aparecido o rock em minha vida, o que eu seria? Poderia ser um amante de música clássica, talvez um fervoroso apreciador de mpb ou até curtido muito mais a música pop. Ou o que acontece recentemente aonde pessoas são emburrecidas pelo som do momento no mais ralo e fétido possível. Mas fui para o rock. Lógico, quem me conhece sabe que sou eclético, curtindo artistas fora do rock numa boa.
E dentro de tantos sub estilos do rock, o heavy metal é aquele que faz ou fez algum adolescente ir para o lado mais pesado. Contestador, provocativo e urgente, o metal pode e deve ter o poder de tornar eu, você ou demais apreciadores de ser mais inteligente do que os demais. Não é querendo criar rixas mas eu não consigo me ver num mesmo QI que o de um pagodeiro ou um fã destes sertanejos nutellas existentes nas paradas. Cada um tem o seu direito de curtir o que quiser mas não venha pôr o rock no mesmo patamar desses estilos. muitos desta cultura de massa adoram dizer que o rock possui somente um jeito de tocar e cantar, agindo assim como um total ignorante cujo cérebro é o mesmo que uma semente de melancia.
E hoje quem foi no Sesc foi porque gosta realmente não sendo modista ou sazonal. Duas bandas lendárias tocaram no teatro, ambas com som bom e ótimos shows. E foi a oportunidade de ver o Santuário pela primeira vez. E foram eles que abriram a festa mostrando um heavy rock de primeira qualidade. Foram momentos agradabilíssimos esses tendo como trilha sonora canções que foram feitas quando muito metido a radical ainda nem era um mero esperma lá nos dificultosos anos 80. E gostando ou não do som da banda, uma coisa temos que louvar: numa época de repressão, atraso e descaso para com um o metal, esses caras foram aqueles que deram a cara pra bater numa etapa brasileira aonde a guitarra distorcida causava náuseas em quem não gostava por puro preconceito.
Com algumas participações especiais o show transcorreu de forma bacana e foi legal o quão bom é o guitarrista Mika que sabe dosar perfeitamente solos sacados além de riffs bem legais advindos do hard e do heavy. E entre as participações, a melhor foi sem dúvida a de Cachorrão, vocalista do Centúrias que, além de estar cantando muito ainda, foi o que deu mais gás . Lógico que Medusa e o talentoso Lone ( Angel) deram seu recado mas foi Cachorrão o destaque. E foi muito bacana ver meu amigo Rato no baixo, muito bom mesmo além do batera. Foi sem dúvida um baita show mas falta um vocalista ali, o que espero ansiosamente para que o legado do Santuário continue ainda por muito tempo.
A banda que fechou a festa já tem aquela resenha pronta ou você duvida que algum show do Vulcano não foi menos do que maravilhoso? Com uma formação fixa há tempos, a banda está afiada e neste show fizeram algo especial com participação do baixista que tocou nos anos 80 além do vocalista Angel que simplesmente mandou muito bem Fallen angel ( uma homenagem ao autor da canção, Johnny Hansen), Total destruição e que dividiu os vocais com Luiz Carlos Louzada na pedrada Guerreiros de Satã. Num show curto ( afinal, a casa termina os shows cedo) o Vulcano mostrou o porque de estar sempre entre os melhores discos de músicos da cena escandinava do black metal. Ver no palco um baterista como o Arthur ou um guitarrista do porte de Zhema chega a emocionar. O baixista Carlos Diaz continua endiabrado e Gerson Fajardo é, para mim, aquela referência na guitarra, um cara que respira o rock 24 horas por dia.
Resumindo esta noite no geral, uma noite em que duas lendas do metal nacional se apresentam com um som impecável, público presente e feliz, não teria como definir numa única palavra o que foi hoje. Deixo para vocês comentarem. E sim, não poderia terminar esta resenha sem antes agradecer André Raven, Giva Alves e Jorge Osbourne por ter dado a ideia de me ajudarem a entrar no show. Jamais irei esquecer a atitude nobre para com esta pessoa feliz. Viva o heavy metal, viva a verdadeira união que ainda pode e deve ter sempre. O sistema pode tentar nos tirar algo. Mas unidos, somos muito mais fortes do que todas estas merdas da vida. Boa noite. Seguem abaixo algumas fotos deste momento maravilhoso.
Santuário com Milton Medusa. foto by Paulo Bassetto
Respeite sempre este nome. Os caras não começaram ontem.
Vulcano em ação. foto by Paulo Bassetto.

Mika liderando o Santuário ontem no teatro do Sesc. foto by Paulo Bassetto

Vulcano em ação ontem em Santos.foto gentilmente cedida pelo Luiz Carlos Louzada ( vocal )

Visão do palco na hora do show do Santuário. foto by Paulo Bassetto

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Resumo da copa

Enfim chegou o final do Brasil na copa do mundo na Rússia. O Brasil irá voltar para casa para se explicar porque perdeu. Sinceramente, não assisti nenhum dos jogos. Sim, não assisti nenhum mas ainda sei de muitas coisas que ocorreram neles e confesso que bem mais informado do que muitos que ficaram torcendo fervorosamente. Mais uma vez, a derrota da seleção confirma que o brasileiro em alguma parte peca por inúmeras coisas das quais o faz ser motivo de piada lá fora. Há duas coisas que param o brasileiro: copa e carnaval. Brasileiro ama carnaval e ama muito a copa. Quem não gosta de entrar mais tarde ou sair mais cedo nos dias de jogo? Mas, mediante a isso, temos uma questão: muitos estavam torcendo para que a seleção realmente ganhasse ou pela terça feira ser dispensado do serviço? Seja sincero.... Alguns já estavam fazendo planos para esta "emenda" de feriado mas a seleção tirou a folga de terça de circulação. Agora, o brasileiro vai voltar a realidade. Realidade esta aonde o cenário são professores ganhando péssimos salários, tendo que trabalhar em mais de um colégio para poder compensar o ordenado no fim do mês. Realidade esta aonde temos os caminhoneiros ( lembra do #somostodoscaminhoneiros ?) que brigaram recentemente por melhores condições de trabalho e da carga horária absurda, fazendo muitos caminhoneiros se doparem de coisas para se manterem acordados colocando a vida em risco. Mas com o menino Neymar, o Neymito, em campo quem se lembra dos caminhoneiros não é mesmo? E que tal relembrarmos a nossa polícia que, por conta duma comissão de direitos humanos totalmente a favor de bandidos, trabalha de mãos atadas e precisa fazer milagres para chegar em casa com vida e com algum dinheiro para a casa? Lembrando que os policiais, assim como os professores, possuem salários vergonhosos para o cargo que exercem. Mas estamos falando do povo que quer somente o hexa e o carnaval, nada mais importa para esta gente que não desiste nunca....
Nas redes sociais então, presenciei algumas pessoas que na época falavam que não iam assistir a copa, boicotar a seleção pois estavam juntos com os caminhoneiros. Esta mesma parcela xingaram fervorosamente a jornalista Rachel Scherazade quando a mesma fez um vídeo aonde ela enfatizou sua posição contrária a greve. Certa ou errada, a moça simplesmente emitiu a sua opinião ao contrário dos "maria vai com as outras" que simplesmente foram na onda para não ficarem de fora. O mais engraçado disso e bem contraditório foi que, ao mesmo tempo que apoiaram os caras, não deixaram de formarem filas quilométricas para deixarem os carros e motos cheios ao invés de protestar pelo preço do combustível da forma correta: boicotando. Mas quem quer andar de ônibus ou pegar a bicicleta. Mas foram todos caminhoneiros. Mas veio a copa e quando a seleção canarinha está em campo, esquecemos dos assuntos relacionados acima além do desemprego, da conta de luz que aumentou ou até mesmo da recente liberdade de Zé Dirceu que de Zé não tem nada. Zé é quem acha que fazer vídeo na Rússia com uma bela moça russa gritando "buceta rosa" num autêntico momento em que brasileiro se acha esperto falando português para o "otário" do gringo não entender. Esse acontecimento me lembrou um episódio que ocorreu em pleno costado na Copersucar aonde o brasileiro metido a esperto ficou bem quieto. No momento em que atracava um navio açucareiro, um cidadão que se encontrava ao costado começou a xingar em português em tripulante do navio chamando o cara de corno e que a mulher dele estaria do outro lado do mundo com outro cara... Navio atracado, o cidadão continuou o xingamento mas não notou que vagarosamente o até então "gringo" descia calmamente do navio e indo na direção do esperto falou no melhor português: " Corno é teu pai e se falar mais um ai te quebro ". Ele não contava que brasileiros também trabalham em navios e tomou uma lição de como não deve ser malandrinho.....
Mas voltando a buceta rosa, muitos artistas se pronunciaram solidariamente a favor da moça russa, alegando o desrespeito por parte dos brasileiros em questão. Totalmente válido. Mas, aonde estavam esta mesma classe artística quando um mc fez uma letra aonde se fazia claramente uma apologia ao estupro? Todos calados.... Julgam a buceta rosa mas acham legal dançarem nas festinhas funks de letras tão explícitas quanto a brincadeira dos infelizes. Muito engraçado.....
E por fim, outro episódio que chamou a atenção foi a entrevista da candidata Manuela D´ Ávila no programa Roda Viva em que posta numa verdadeira caça as bruxas, teve sim a inteligência de tecer suas opiniões mesmo com uma comitiva chata que fizeram de tudo para a moça não falar. Não estou aqui divulgando que irei votar nela mas fica fácil ir contra a moça por causa do partido do qual ela faz parte ( PCdo B ). Não se esqueça que partido nenhum é bom e quem endeusa político não possui parâmetro para discutir sobre política. E sim, concordei com ela sobre a cultura de estupro que muitos não enxergam. A pessoa que cultua a ideia de que uma moça por estar de mini saia mereça ser estuprada é a mesmo que a moça que foi roubada estar errada por usar o celular na rua.
Mas enfim, agora podemos pensar melhor acerca desses assuntos pois a seleção de galáticos foi tirada de campo. Que fique na cabeça uma linha de pensamento: herói não é o Neymar. Um bombeiro é um herói. Uma gari que limpa a Nossa Senhora de Fátima é uma heroína de verdade. Pessoas que participam de Ongs que salvam animais das ruas sim são heróis de verdade. O já citado policial, ou já citados professores sim são heróis de verdade. O caminhoneiro é um herói. Seus pais são verdadeiros heróis assim como seus amigos e amigas podem ser sua fonte de inspiração para ser algo melhor.
E sabe que eu fiz enquanto muitos ficavam assistindo jogo? Lendo. O que fará sempre o brasileiro um ser atrasado e ignorante é a simples falta da leitura na vida. Pois, ao ler, você adquire conhecimento além de falar melhor e escrever melhor. E nem citarei o campo musical pois quem ouve música pobre, pobre de espírito e cultura será. Até 2022.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O legado do Guns n´Roses veio para ficar.

Aproveitando o relançamento do disco Appetite for Destruction e ouvindo um bootleg de 88, algumas palavras do que foi esta banda em minha vida. Quando o Guns surgiu na minha vida, eu era um jovem descobrindo aos poucos a música e o rock no final dos anos 80 e começo dos 90 e ouvia com minha mãe os discos dela num desses finais de tarde lá no canal 7. Logicamente que o lp dos Beatles e a fita k7 original do U2, o maravilhoso The Joshua Tree me fizeram entender um pouco o que era rock e se não fosse por isso e se não fosse pela minha mãe talvez hoje seria mais um nesta manada de burros que a mídia conduz a céu aberto para gringo ver. Mas não, nadei contra esta maré e fui além do que é somente ouvir música. Porque consumir música não é só ouvir. É sentir aquele som duma maneira única, emocionante, impactante e quando minha mãe chegou em casa com este disco de presente foi meu achado, aquele tempo do qual ganhar um disco era algo tão importante já que não tinha grana própria para comprar e me salvava gravando fitas ouvindo rádio. É certo que o Guns pegou mesmo ao mainstream graças a lindíssima e até hoje interessante de se ouvir Sweet child o mine. Mas o impacto que me fez fã destes caras foi quando aquele clip de Welcome to the jungle ao vivo no Ritz naquele especial para a MTV. Quando vi Axl Rose com aquela voz bradando a tal letra, pensei: " porra, isso é rock". Aí você tinha um guitar hero chamado Slash que, por mais que muitos achem o contrário, eu o considero um dos melhores guitarristas de todos os tempos. Heresia ou não, se nos anos 70 o rock teve Jimmy Page, a minha geração teve o privilégio de ter Slash. E no outro canto Izzy Stradlin ( guitarra base) e Duff McKagan ( baixo) faziam o backing vocal e Steve Adler na bateria mantinha a banda segura no palco.
Quem ousa ignorar ou mesmo tentar apagar a banda da história com discursos radicais chegando ao cúmulo em blasfemar que Guns não é rock saiba duma coisa : Guns n´Roses é rock sim meu amigo, minha amiga radical. E o legado que estes caras irão deixar no planeta será eterno. Eu entendo e respeito o gosto de quem não aprecia a banda. Agora, além de não gostar, querer forçar um "esquecimento" duma força tão grande como esta é o mesmo que tentar driblar um monstro invencível. Tanto o Appetite quanto seus criadores sempre serão lembrados e a renovação diária de fãs da banda só traduz visualmente o que estou falando. E além das citadas, temos outras faixas tão espetaculares quanto ou vai me dizer que faixas como It´s so easy, Nightrain, Mr. Brownstone, Out ta get me, My Michelle, Rocket queen, Anything goes ou a lindíssima e esquecida Think about you não representam em nada? Só sendo meio surdo e não entender nada de música para provar ao contrário.
Em várias versões, Appetite for Destruction teve sua merecida obra relançada e sim, estamos falando de um dos melhores álbuns de estréia duma banda e o que fez a grande maioria que hoje ouve rock conhecer uma banda que não possuía rebeldia fabricada como vemos em "bad boys" como Justin Bieber e cia. Aquilo que você via era real, os caras comeram o pão que o Diabo amassou, dormiram em chão gelado, dividiram apartamento fedendo, passaram fome e foi sim um caminho árduo até chegarem no topo. A história do Guns merecia ser contada em palestras de como atingir objetivos. Trata-se duma história de superação que muito palestrante não sentiu na pele. E se o Guns é o que é e se tornou uma lenda mundial foi graças a contribuição de cada um em fazer o seu melhor, como numa equipe. E claro que nesta equipe ou em qualquer uma, para chegar lá é preciso sim dum líder e Axl Rose mostrou que sim, a banda poderia chegar lá sendo eles mesmos. Perigosos mas acima de tudo com personalidade própria e sem máscaras. Não a máscara do Kiss ( outra lição de vida) mas aquela máscara que a indústria musical possui hoje aonde "artistas " cada vez mais plásticos são seguidos por "fãs" plásticos. Um brinde ao rock quando este tinha integrantes roqueiros fazendo o que curtiam fazer. Um brinde a esta lenda chamada Guns n´ Roses.