segunda-feira, 26 de junho de 2017

Liberation Festival - Test, Heaven Shall Burn, Carcass, Lamb of God e King Diamond - Espaço das Américas.

Um dia histórico. Mais uma vez fui a esta casa que já está entre as melhores casas de São Paulo para shows nacionais e internacionais presenciar um acontecimento histórico. Aliás, 2 acontecimentos históricos. Mas antes de chegar nestes acontecimentos, vamos aos fatos. Domingo a tarde em São Paulo é algo que todos nós devemos passear de vez em quando pois trata-se dum clima aconchegante aonde realmente as coisas acontecem. Eu amo Santos mas um evento como este não iria nem 20 % do público que compareceu ontem. Não adianta: Sampa proporciona o que há de melhor no cenário rocker talvez por haver um público mais ativo e menos preocupado com picuinhas diárias. E estar com amigos falando sobre inúmeros assuntos também abrilhanta ainda mais um evento como esses. Infelizmente não assisti ao Test nem ao Heaven Shall Burn pois queria vê-los, em especial o HSB que é uma puta banda mas sabendo que os mesmos tiveram problemas no som, me senti mais confortável em não ter visto. Portanto, quando entrei na casa, alguns minutos depois de estar lá dentro, começa a tocar a intro do último disco da lenda viva Carcass e sim, tudo indicava que os caras não estariam com muita piadinha no palco e que o metal ia comer solto. Assistir a estes senhores tocando muito e ainda dando enfase ao disco mais importante deles foi algo de tirar lágrimas dos olhos. Sim, eu fiquei emocionado no Carcass e foi um acontecimento daqueles que você contaria orgulhoso ao seu neto ou sobrinho. Os lendários Jeff Walker ( baixo e vocal) e Bill Steer ( guitarra e backing) são sobrenaturais em cena, cada um exercendo seu papel na banda. Jeff e sua voz estavam intactas e ele estava muito afim de tocar, sempre sorrindo e contando suas piadas entre um som e outro. Agora Bill é um caso para a ciência estudar pois o que este camarada toca é de outro planeta. Agitando bastante, tanto os riffs quanto seus solos são impecáveis e faz uma bela dupla com o igualmente talentoso Ben Ash que também destrói e faz bem o lugar que um dia foi de Michael Amott. E Daniel Wilding espanca sua bateria como se estivesse a cara de algum babaca tocando com uma precisão incrível o novato mostra o quão talentoso é em seu instrumento. O set teve música nova junto com as velharias mas não posso deixar de citar algumas pérolas de Heartwork como a faixa título e No love lost. Ver e ouvir tais faixas na minha frente foi uma das coisas mais lindas do universo. Finalizaram o show de forma excelente e saíram de cena pela porta da frente, deixando muitos fãs felizes. Foi legal caras que nunca vi na vida , ao verem minha empolgação no show, agitarem junto comigo e me cumprimentarem como se fosse meu amigo de longa data. Coisas que só o metal pode fazer.....
Após o Carcass, veio o Lamb of God. Todos sabem que não sou radical e estou sempre pronto para novas bandas e sonoridades. Mas a verdade é que o Lamb of God foi legal mas não entraria na minha casa para alguma audição. A impressão que ficou foi uma banda tocando a mesma música umas 20 vezes. Mesmos riffs de guitarra, mesmos tipos de vocais. Os caras são bons no que fazem? Com toda certeza!!!!! Mas, para ter um repertório cativante é outra história....
Mas aí veio ele ou Ele, o Rei. Vossa alteza subiu ao palco e mostrou o porque de ser a atração principal. Assistir a um show de King Diamond é, antes de qualquer coisa, um espetáculo teatral aonde cada um exerce seu papel de forma perfeita. E King foi um gentleman, um cara que trabalha com muito esforço afim de mostrar sua arte. Fora tudo isso, o cara é uma figura lendária que, mesmo não curtindo seu som ou seu vocal único, tem que respeitar sempre. King Diamond, Lemmy, Ozzy, Keith Richards entre outros são caras que estão acima da música que fazem tamanho o carisma que conquistarem durante o tempo. Sobre o show em si, foi tudo impecável. E o que falar dum cara que, além das músicas solo ainda tocou Melissa e Come to the sabbath? Ainda sonho em ver King com o Mercyful Fate novamente mas seu show solo já me faz feliz da vida. E foi assim que meu domingo terminou: som de primeira, amigos e a certeza de ter visto o show do ano. Mas eu me lembrei que ainda tenho Def Leppard, Lynyrd Skynyrd e Tesla.... Ai meu coração!!!!!!!!

domingo, 25 de junho de 2017

Norrsköld - Blessings of winter

Finalizando as resenhas e já na empolgação para que irá ocorrer mais tarde em São Paulo, um disco perfeito para finalizar as resenhas e esquentar para ver o Rei. Não, não vou ao show do Roberto Carlos. Estou falando dele, King Diamond. Isso será surreal e mais surreal ainda é saber que ainda terei o Carcass, Heaven Shall Burn e o Test. Estou curioso pelo Lamb of God também. Será um domingo maravilhoso sem sombra de dúvidas. Mas, por ora, um cidadão chamado Henrik Bodin-Sköld foi o responsável por esta obra. Tendo músicos para gravar o restante, o guitarrista obteve em mãos os ingredientes para conceber um disco soberbo aonde o termo "arte" é feito de forma apaixonada.
Em 6 faixas, temos mais uma vez a extremidade do som pesado elevado a partes acústicas, teclados e temas líricos muito inteligente. Night Crystals, Dreamless, Blessings of winter, Dead meadows, Solar prominence e Where death smites são as faixas que compõem este álbum e sinceramente não há como n]ao ficar viciado num som desses. Viciante e empolgante. Determinado a entreter o ouvinte, Henrik gravou um disco soberbo e vendo as fotos atuais, parece que há uma banda de fato mas como não sei muito sobre eles, cabe a quem me acompanha e quem curte a mais tempo me escrever mais sobre o Norrsköld, citar outros discos e indicar outros petardos pois o que ouvi foi de extrema importância em minha vida. Muito bom!!!!!!!!

Nazgul Rising - Orietur in tenebris lux tua

Mais uma belezinha de disco pintando por aqui. Sim, na penúltima resenha venho com esta banda sensacional no cenário extremo e rico da música pesada. São inúmeras as bandas que praticam tal som mas, fazendo aquela seleção, teremos muito pouco as bandas que ficariam de fora já que a maioria é excelente. E o que seria da minha vida sem discos assim certo? Aliás, discos legais são como os cachorros: se caso não tem, sua vida não pode ser perfeita. Ambos lhe trazem felicidade e lhe alegram naquele momento aonde você está chateado com alguma coisa. Não será um carro, uma moto ou mesmo um final de semana na Hungria que podem lhe trazer a mesma felicidade de estar ouvindo um disco e com minhas duas crianças em casa. Certas coisas a tecnologia não consegue trazer para você....
Após uma intro bem "original" com aquele barulho clássico de chuva caindo e trovoadas, temos 7 faixas matadoras aonde o black metal é a essência do disco mas não dispensa uma pequena influência de metal tradicional nas guitarras, muito bem feitas diga-se de passagem. Agora vamos atentar aos nomes dos caras da banda e tente não rir pois metal é coisa séria: T. Trukulentus, Atum e Borius the King. Sensacional não é mesmo? Brincadeiras á parte, o som dos caras é animal e apesar de possuir um integrante com nome de peixe, este disco deve estar na sua coleção caso goste de metal extremo, seja ele black, death, grind, o que for.
O importante é o som rolando e a satisfação estampada em sua face. Recomendo agora mesmo você conferir este e os discos anteriormente citados. Não basta ter visual nem pagar de ser intocável. O legal é curtir o som.

Grieving Mirth - Calamitosvs Omine

Já disse uma vez um ser influente na história mundial : sem música, a vida seria um erro. Ele não estava exagerando. Afinal de contas, o que seria da nossa vida caso não houvesse música? Ou mesmo arte? Seria um mar de zumbis apocalípticos e com certeza o mundo seria um cenário bem mais desgraçado do que é hoje. E o que seria das minhas horas de lazer caso não houvesse discos tão soberbos como este? Seria um vazio, um nada aonde pensamentos nocivos viriam a cabeça isso podemos ter certeza. A arte deste álbum já encanta e lhe faz ter inspiração para rodar o disco no som. E ao ouvir.... uma obra prima lapidada e pronta para a audição. Praticantes do black metal, o Grieving Mirth faz algo belo dentro do extremismo. Teclados muito bem encaixados além de vocais limpos como se comprova na faixa Optio, cortesia de Marco Santini. Lançado em 2015, Calamitosvs Omine transmite ao ouvinte uma clara referência do que fazem no som extremo atualmente. E as 5 faixas são um absurdo de tão boas como se comprova ainda em Malaugurio ( muito legal), Indelectavs, Mille facce e Abuso, que fecha o disco. Como venho dizendo, tratar o black metal como somente uma forma barulhenta pode ser algo errôneo de sua parte. Ouvir black metal é absorver todo o sentimento de culpa, raiva, dor, angústia,medo,rancor e mandar tudo isso para bem longe, deixando somente o amor e a esperança dentro de você. Não, não fumei nada nem sou adepto de chá de cogumelo. Escrevo isso para que você abra sua mente e não fique de mimimi. Aonde você encontra tais formas bonitas de vida? Num show do Jorge e Mateus? Meus pêsames......

Aasgard - Raven´s Hymns Foreshadows the end

Dando continuidade nas relíquias extremas, venho com uma que não precisamos de muitas apresentações quando vemos o encarte da banda com as fotos dos integrantes bem legais. Temos mais uma coisa linda, extrema e satânica, como manda a cartilha do metal extremo. As letras são aqueles "poemas" falando do cristianismo duma forma bem "bonita" aonde pessoas mais sensíveis podem ficar com medo ou chorarem de tristeza. Aqui não há espaço para pedido de desculpas. As letras estão ali e doa quem doer. Partindo de que música é uma obra de expressão aonde o artista se manifesta do jeito que lhe achar necessário, cabendo a você escolher ou não tal artista e apenas ignorar caso não seja do seu gosto.
As 8 faixas ( sendo uma intro e a famosa faixa outro), me fizeram entrar no clima e faixas do porte de Sodomized the slave of the god, Rising swords in paganland, Goatwar e Elevation of satanic lore são alguns exemplos de como a vida pode ser mais bela tendo como trilha sonora tais sons maravilhosos.
São discos assim que valorizam a ideia de existir, de ser alguém e que nunca estaremos sozinhos enquanto este disco estiver tocando em meu som. Muito foda!!!!!!!!!

Monstraat - idem

Voltando a mais uma rodada de discos legais para esquecer um pouco a merda que está ocorrendo no mundo, eis aquela leva aguardada de Rodrigo Mesquita, que sempre me traz algumas pérolas vindas dos porões do black metal. E esta é uma obra prima!!!!!! Praticantes do que há mais ríspido dentro da sonoridade extrema, o Monstraat seria um desses filhos do primeiro disco do Bathory com algo thrash além de netos distantes do Hellhammer, Celtic Frost, Venom entre outros da escola antiga do metal macabro e bonito. Este trio ( pelo menos constam 3 elementos) me cativaram logo de cara na faixa Come fire, come name e emendando para War without end temos um ataque sonoro sensacional, no qual ponho para fora minha angústia, meu desprezo aos estúpidos que perderam créditos mas que gostam de te julgar. Bone bleaching sun, The first seed ( que arregaço), Killer within, Through raging spheres, I am, Black star, A poison divine e o final com Cleasing só reforçam a tese de que eu quero a solidão infinita conforme for perdendo quem eu conheço. Ultimamente ando passando por algo esquisito. Algo que está me fazendo acostumar com o fato de estar sempre sozinho e que não preciso de muita gente perto de mim até porque não sou atração para ter público. Alguns ficariam pirados, outros achariam a cura na base do suicídio. Mas eu não acredito nessas formas de lidar com a vida ou ser a solução dos problemas. Para possuir soluções, você precisa permanecer em pé e continuar fazendo suas coisas sendo sempre um cidadão correto, educado mas acima de tudo não esperar tanto das pessoas pois quem o faz chega a conclusão de que nunca será o suficiente e para descambar para a aflição é apenas um copo de leite com chumbinho que fará toda a diferença.
Afora isso, esta banda, este disco, fizeram minha madrugada de sábado para domingo bem mais feliz do que muitos acham. Estar sozinho não significa o fim. Pode ser sim uma ótima válvula de escape para pensar em soluções melhores e eficazes. Longa vida ao black metal.

domingo, 18 de junho de 2017

Patria - Mais uma grande banda nacional dentro do extremo.

Finalizando este final de semana, este domingo se encerra com uma das melhores coisas que ouvi nesse últimos tempos. Estes dois discos são da época em que ainda eram formados pelo duo Triumphsword ( vocal) e Mantus ( todos os instrumentos) já que agora o Patria é uma banda de fato estando inclusive entre os destaques da Roadie Crew deste mês. Falando sobre Gloria Nox Aeterna e Sovereign Misanthropy, trata-se de dois discos essenciais para quem curte não só o black metal e sim a arte extrema geral. Conforme escrevi antes, black metal não é só a música em si. Tal estilo é sim uma forma de arte, algo que nos faz pensar como estamos e como podemos crescer como seres humanos. Não é de forma negativa que enxergo e sim duma forma positiva, uma luz no fim do túnel para muitos que procuram saídas nem sempre encontradas no dia a dia e sim na música como tal forma de encarar como uma terapia aonde o músico se conecta com cada ouvinte e assim compartilhar de forma indireta o descontentamento referente ao mundo em geral e juntos encontrar uma forma de chegar a paz. Pode soar como algo fantasioso mas é assim que devemos pensar. Quem vê somente o passado jamais irá enxergar o futuro pois está engessado moralmente.
Voltando aos discos, em ambos temos faixas matadoras e não há como não viajar em temas como Culto das sombras, The forgotten one, Sovereign misanthropy, Pest entre outras pérolas da rispidez apocalíptica. O som mantém a tradição de ser sujo e esta sujeira é importante para o black metal pois mostra uma integridade gigantesca para com o estilo. Difícil dizer qual disco é o mais legal já que possuem uma certa similaridade mas aconselho ouvi-los duma vez só. Viciantes, as faixas passam rápido demais devido a qualidade e o segredo de não enjoarem o ouvinte.
Caso curta o black metal em sua forma mais pútrida, violenta mas ao mesmo tempo bonita nos padrões corretos, o Patria é uma ótima pedida. E novamente enfatizo: há bandas nacionais fazendo trabalhos de qualidade. Basta ir atrás.
Por favor, Cena ou Trinca: tragam estes caras o quanto antes.

Lynyrd Skynyrd - FreeBird - the movie - Selections from the original soundtrack

Aproveitando a confirmação de mais uma apresentação da banda aqui no Brasil para dezembro junto com o Tesla e o Deep Purple, ontem na feira de disco pintou em minhas mãos esta trilha sonora deste que é um dos filmes mais bonitos já feitos para uma banda. Porque a história desta banda é, perto das outras, uma das mais ricas e trágicas de todos os tempos. Originalmente montada em 73, a banda gravou seus primeiros discos antes do terrível acidente envolvendo o avião que levava a banda em Outubro de 77 aonde ocorreram as fatalidades envolvendo Ronnie Van Zant ( vocal), Steve Gaines ( guitarra) e Cassie Gaines ( backing vocal). Para voltar a ativa, a banda precisou de muita força espiritual pois superar tal tragédia não deve ter sido fácil. Principalmente perder um frontman do porte de Ronnie e sim a banda estava mais afiada do que nunca e era completada pelos outros guitarristas Gary Rossington e Allen Collins, do pianista Billy Powell além do baixista Leon Wilkeson e do polêmico baterista Artimus Pyle. Lógico que ambas as vagas foram supridas a altura mas demorou um pouco para engrenar a máquina sulista novamente. Mas o que podemos falar é sobre esta formação do filme e as faixas extraídas são do show que constam no filme e como já tinha assistido o filme, foi algo bem bacana se lembrar de como estes caras juntos faziam o que muito consagrado não fazia. Perdoem minha condição de fã mas Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath entre outros não chegavam aos pés do Lynyrd. Desculpe mas apenas fui sincero. Tais bandas poderiam ter músicos bem melhores tecnicamente mas quem desses caras fariam músicas tão espetaculares, empolgantes, emocionantes como as que constam aqui. É certo que possuo todas elas seja ao vivo ou em estúdio conheço cada uma dessas faixas de cor e salteado. Mas quer saber? Sweet home Alabama pode ser batida mas ainda assim me dá mais prazer em ouvir 560 vezes ela do que uma única vez Smoke on the water. E o que falar sobre Free Bird ? Para este que vos digita, esta é o maior hino do rock de todos os tempos e possui um dos solos mais empolgantes do rock e aí você percebe o poder das guitarras dos sulistas e como Allen Collins era um monstro. Steve Gaines também foi importante além do maestro Gary. Mas o disco não é feito só dessas duas e sim também de Workin´for MCA, I ain´t the one, Saturday night special, Whiskey rock -a-roller, Travellin´man ( emocionante), Searching, What´s your name, That smell ( e sua sutileza). Gimme three steps, Call me the breeze ( um cover tão legal que você jura que é deles), T for Texas e Dixie.
Falar de Lynyrd Skynyrd não é fácil, pois neste exato momento está tocando Free Bird em meu som e a minha vida sempre passa diante dela sempre lembrando de coisas sensacionais que ficaram no passado e outras que me atravessam o presente e o futuro não sabemos o que poderá acontecer com cada um de nós. Não há como não ouvir Free Bird e não lembrar da minha saudosa cocker, a Pink e aquela premissa de que "homem não chora" não se aplica e fico sim emocionado.
São momentos assim que não importa status, não importa dinheiro, formação profissional, carros, motos, namoradas. É o momento em que só é você e a música que está rolando, um amor verdadeiro que faz valer você ir trabalhar para ganhar dinheiro e comprar tais itens. Recentemente ouvi dizer que há pessoas que compram discos para deixarem lacrados, só os tem para "ostentar". E cadê o sentimento? Se for comprar algo, logicamente é para ouvir tal peça e não para deixar lacrados.
E finalizando com Dixie, finaliza também esta trilha da maior banda de todos os tempos, cuja instituição se mostra uma forma inspiradora de encarar não somente problemas no serviço de cabeça erguida e sim do nosso dia-a-dia.
Longa vida aos Deuses do Southern rock!!!!!!!!!

Dinosaur Jr. - Green mind

Algumas situações só se encontram na música. Grande parte dos problemas são aliviadas graças a uma trilha sonora sensacional, com ou sem amigos. Parafraseando uma amiga minha da faculdade, muitas pessoas querem um amor na vida delas mas não conhecem ou nunca sentiram a sensação que é você ouvir um disco duma banda que sempre curtiu mas nunca obteve nenhum disco dela. E agora eu tenho um disco do Dinosaur Jr., uma das bandas mais legais de todos os tempos. Sua trajetória veio antes dos anos 90 ( separei outro disco deles de 85 que logo logo estará aqui resenhado), portanto, podemos dizer que eles foram um dos responsáveis pelo som de Seattle ter se formado daquele jeito e duvido que bandas como Nirvana não beberam da fonte do Dinosaur ou mesmo do Mudhoney, outra obra prima das guitarras sujas. Green Mind foi lançado em 91 e pegou em cheio a MTV ( quem não lembra do lado b, apresentado pelo Fábio Massari?) e eu lembro que tinha uma faixa deste disco que tocava na rádio 97 FM em São Paulo da qual não estou lembrado mas sim, eu conheci esta banda tocando na rádio, numa época em que tais redes de comunicações me serviam de porta de entrada para conhecer inúmeras novidades legais. Capitaneado pelo ícone J. Mascis, o disco conta com outros caras que o ajudaram a conceber esta obra. Obra esta que são para poucos. As guitarras são sujas e melódicas e os vocais são aquele estilo desleixado que sempre foi a marca registrada da banda. E faixas emblemáticas como The wagon, Puke cry, Blowing it, I live for that look, Flying cloud, How´d you pin that one on me, Water, Muck, Thumb e o fim com a faixa que dá título ao disco são exemplos de como não devemos nos importar muito com técnica apurada, vocais grandiosos nem muito menos com o que o vizinho acha ou não de você ou da música que você ouve. O mais importante é ser feliz do jeito que é e ligar para opiniões alheias é de uma tremenda babaquice. E me deixa feliz quando eu acabo de ouvir um disco desse calibre. E aguardem pelas próximas aquisições....

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Dying Suffocation - In the darkness of the lost forest

Eis que finalizo as resenhas com um disco surpreendente. Revelado pelo meu eterno guru falando sobre som extremo, Rodrigo Mesquita ( e que ainda é meu irmão no metal), o mesmo não errou novamente ao falar o quão boa é esta banda. A definição foi certeira a partir do momento em que botei para tocar este In the darkness of the lost forest e o que eu ouvi foi algo que inspirou muito viver cada vez mais e esquecer de algumas coisas, fantasmas, enfim, concentrar em algo positivo como minha amiga da faculdade Ariadna disse num de seus posts.
Portanto, voltando ao disco, tenho em mãos mais um grandiosíssimo exemplo de banda que pratica um puta som e sim é nacional.
Pegue a essência do Asphyx. Aquele som cascudo, lento mas extremamente pesado. Pronto, a fórmula foi encontrada. Alex Habigzang ( guitarra/vocal), André Kichel ( baixo), Dianriel Duarte ( guitarra) e Jorge Kichel ( bateria) não apenas copiaram e colaram o som do Asphyx e sim injetaram um dose pessoal construindo assim um dos melhores cds de metal feitos por aqui e um dos melhores do mundo. E ataques metálicos como The angels, When i die, Death bed, In search of salvation, Tears falling, Rivers of blood e Sacrificed souls só demonstram a gratidão que eu tenho e sempre terei a Rodrigo pois foi por causa dele que tive esta rica oportunidade de ouvir tais canções bonitas.
Caso queira ouvir este disco, corra atrás pois o que temos aqui é mais uma daquelas aulas de classic death metal. Muito foda!!!!!!

Doomsday Ceremony e a aula de metal.

Recentemente tendo se apresentado em Santos num puta show animalesco, eis que chega o omento de conferir dois discos desta entidade metálica. Apocalyptic Celebration e Black Heart são itens que devem possuir um lugar cativo em sua discografia meio que de forma obrigatória pois trata-se de dois álbuns muito importantes não só para o metal e sim para o seu intelecto cultural. Sim, ouvir metal requer inteligência não é nenhum zé mané que irá adentrar a este mundo pois para o zé mané tudo não passa de "barulho". Aqui temos uma banda afiada, que toca com uma garra inspiradora e por isso, a audição desses dois discos passou tão rápido que eu ainda me pergunto como pode ser tão bom. Iniciando com o ótimo Apocalyptic Celebration, temos uma aula de heavy black metal de primeiríssima classe. A banda faz extremo mas as pitadas de heavy tradicional em seu som só deixa a sonoridade mais rica além de mostrar a raiz disso tudo. Pode falar que é black metal. Pode falar que é heavy metal. Ambos estão certos mas prefiro simplesmente definir como metal. Aqui neste álbum tenho uma como meu clássico em particular: Vampire saga. Que som animal!!!!! Outras ótimas faixas pode ser encontrada em Lunatic Serenade, It´s the scarecrow war, Hell´s fire people, Flame to freedom ( excelente ), Brave cannons, The last warning, Prophetic lux dynasty e Storm of revelations. E quando você acha que acabou o disco, temos uma ótima bônus chamada Vultures of war que poderia constar no track list normal pois é soberba.
Partindo para Black Heart, temos algo mais legal ainda e o uso inteligente dos teclados também é algo que deixou o som com um clima diferente e envolve mais ainda o ouvinte. E olha só que bacana, a faixa que abre o disco é ela, que era bônus e ganhou uma promoção e foi para o track list normal, Vultures of war, fudida!!!!! Além dela temos I am, Voice of darkness, Slaves of sin, Black heart além de Valley of shadows e Fury que fecha o disco em si e fechou esta audição prazerosa. Eu entendo e concordo que gostamos do que queremos. Mas ignorar que as bandas estão qualitativamente melhores é ser ignorante pois caso queira dar uma ouvida nesses dois discos terá uma impressão bem melhor das bandas nacionais. Ótima produção, músicas inspiradas, músicos competentes.... Esse é o cenário do metal nacional hoje em dia. Ok, há picaretas mas desses aí nem preciso comentar. É perder tempo. Prefiro falar acerca das ótimas bandas como o Doomsday Ceremony. Mais uma da qual virei fã.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Sade - Lovers rock

Um disco do qual descobri e se tornou um dos melhores itens da minha coleção. Eu já tive inúmeras oportunidades de conferir o som dela mas nunca me deu vontade de ouvir algo. Isso até aparecer Lovers rock. Lançado em 2000, o disco é uma amostra bem gostosa de como ouvir um som bonito, bem feito sem ficar se pegando em rótulos que não levam a nada. É certo que ela sempre possuiu músicas que tocaram nas rádios e seus clipes chegaram a rolar na MTV quando a mesma existia. Aqui temos uma calmaria, uma paz sensacional comandada pela voz doce de Sade. Em 11 faixas temos destaques lindíssimos como a faixa que abre o disco, By your side. Ela encanta a seu jeito e a faixa em si é um exemplo de como pode passar em companhia de alguém especial em algum final de tarde qualquer. Outra beleza do universo traduz-se em King of sorrow que toca o coração de quem sente música de forma única, numa entrega sincera e sensual. Outras faixas espetaculares também podem ser encontradas em Flow, Somebody already broke my heart, All about our love além da faixa título, uma autêntica obra prima.
Saca aquele disco que te acerta em cheio? Uma cantora que faz um homem melhor ou ouvi-la? Lovers rock e Sade são as respostas destas questões. Sade, volte mais vezes, quando puder pois estarei aqui lhe esperando sempre de braços abertos.

George Martin - In my life

Caso não tenha reconhecido o cara pelo nome, saiba que ele é o produtor da banda mais influente de todos os tempos. Um cara que simplesmente produziu os Beatles não precisa dizer mais nada nem provar nada a ninguém nesta vida. E um produtor duma banda famosa que se preze jamais iria mexer na música de algum gênio assim sem fazer algo especial. Este disco trata-se de um tributo a John, Paul, George e Ringo feito duma forma bem interessante. Reunindo pessoas da música entre outras personalidades, Martin realizou um disco que fez jus a obra em versões bem interessantes. Pode ser que algo não lhe agrade ou que acusem o produtor de mexer do imexível mas a verdade é que In my life ficou muito bom.
Lógico que nem tudo é perfeito mas no mínimo funciona. Entre os destaques temos Robin Williams com Bobby McFerrin em Come together, uma versão bem interessante de Goldie Hawn para A hard day´s night, Jeff Beck fazendo uma versão mágica para A day in the life além da minha Celine Dion numa versão de Here there & everywhere ao seu jeito. Outra versão que me agradou foi Ticket to ride com as tais Meninas cantoras de Petrópolis que ficou bem legal nas vozes femininas e serve para cantar junto. Mas, a versão mais hilária e que ganha o prêmio de melhor versão vai para uma interpretação engraçadíssima de Jim Carrey para a maluca I am the walrus que ganhou uma dose extra de maluquice graças ao ator que sabe como ninguém fazer sorrir neste mundo cada vez mais politicamente correto.
O disco fecha com o também ator Sean Connery recitando a letra de In my life duma maneira tão honesta que não temos outra coisa a fazer a não ser bater palmas.
E que a obra dos Beatles permaneça por séculos e quem sabe salve algum jovem desta geração de lama e o faça aprender o que significa música de verdade. Recomendo!!!!!!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Sepultura - Kairos.

Aproveitando o gancho do documentário do Sepultura que estará estreando esta semana, venho com um disco dos caras do qual estava reservado faz um bom tempo mas só agora resolvi adquirir para ouvir com mais cuidado já que até então, somente o obtive em mp3. E tenho sim que falar algumas boas verdades acerca desse disco. Não, não devemos comparar o Sepultura deste disco com a era Max Cavalera. Indo para o lado racional da coisa, o Sepultura mantém uma carreira que praticamente foi zerada graças a saída do frontman em 96, numa das saídas mais traumáticas no mundo da música. Desde então, Derrick Green assumiu a responsabilidade de ser o vocalista e o vem executando tal função com muita categoria, humildade e coragem já que substituir uma lenda é algo para poucos. Na minha opinião, do excelente ep de covers até hoje, a banda manteve uma ótima sequência de ótimos discos e este era o mais novo álbum até então que ainda contava o monstro Jean Dolabella na bateria. Andreas Kisser ( guitarra) e Paulo Xisto ( baixo) foram bem audaciosos em manter o nome e terem continuado pode ter criado alguns rancores mas quer saber? É notável a felicidade de ambos com a nova formação, ainda mais com Eloy Casagrande na bateria. É certo que a fase com os irmãos Cavalera é a minha fase da qual nutro imenso respeito eterno. Mas seria uma baita injustiça ter ignorado toda a obra da banda após todos esses anos pois estaria perdendo um material de muita qualidade. Kairos é brutal do começo ao fim. Derrick está na sua melhor fase, assim como Andreas mostra a importância que poderia ter bem mais como guitarrista. Paulo melhorou muito como baixista e não é mais o cara nervoso em gravar suas partes em estúdio e Jean fez um ótimo trabalho enquanto esteve na banda.
Das faixas que constam aqui, já causa um puta impacto a mesma que dá o título do disco e demonstra o Sepultura caminhando de forma certa. Relentless é outra porrada no meio da fuça além de outras pedradas como Mask ( essa é foda demais), o ótimo cover do Ministry para a clássica Just one fix além de Born Strong. O grupo de percussão Tambours du Bronx dá as caras em Structure Violence mostrando que o Sepultura sempre busca algo diferente, sem medo de arriscar.
Houveram alguns problemas que melaram um pouco o documentário como por exemplo a proibição de músicas da fase dos irmãos no documentário já que os mesmo não toparam aparecer no documentário o que eu achei uma bela merda. Max que me perdoe mas ele é louco para voltar a banda mas não sabe como. Volta e meia gosta de falar mal de alguma coisa agindo feito um daqueles casos aonde se larga o osso mas ainda quer roer e está arrependido de ter largado.
Com certeza estarei no cinema para assistir o documentário pois nutro um enorme respeito ao legado que o Sepultura deixou e deixa no metal, sendo assim o nosso eterno orgulho nacional. Quem não gosta da banda hoje está perdendo uma preciosa chance de conferir discos muito legais. Kairos é um deles. E ainda quero conferir o último disco, Machine Messiah, que deve estar muito bom. Longa vida ao Sepultura!!!!!!!!

domingo, 11 de junho de 2017

ZZ Top - La Futura

Ás vezes nos pegamos em situações nas quais temos que possuir uma paciência acima da média, ou mesmo acima do máximo que podemos ficar calmos. Teve uma época em que pessoas que ainda compravam discos físicos eram questionadas sobre o porque de ainda comprar se pode ter tudo de graça na internet. Sim, podemos ouvir um disco antes de comprar e ver se ele vale ou não a compra quando o mesmo chegar na loja. Mas certos álbuns e certas bandas nos dão ainda o prazer imenso de termos o disco de forma física em mãos, pegar o encarte, ter aquele prazer de colocar o cd ou o disco no som. E sabe porque a vida ainda é interessante? Sabe porque acordamos cedo para ir trabalhar, estudamos feito loucos para conseguir um diploma e um emprego melhor? Uma das razões está quando temos um disco tão fenomenal quanto La Futura. Este trio de caras legais já nos deram discos fabulosos como Fandango, Afterburn, entre outros discos dos anos 70, 80 e até nos anos 90 eles gravaram discos bem legais ( Antenna é muito bom). Este disco, sem exageros, é o melhor deles em anos. Inspirado, La Futura foi produzido por Billy Gibbons ( guitarra e vocal) e Rick Rubin, um produtor que acerta em grande parte de suas produções. E aqui a coisa deu certo, muito certo. O disco já abre com I gotsta get paid, um desses rocks clássicos de parar qualquer trânsito e você está de joelhos agradecendo aos Deuses por ter existido isso tudo. Mas aí vem Chartreuse e você está desacreditado, emocionado por cada nota, cada lick de guitarra e uma cozinha sensacional, cortesia de Dusty Hill ( baixo) e Frank Beard ( bateria). Consumption mantém o ritmo sensacional mas aí vem aquela balada típica do ZZ top, uma pérola chamada Over you e você está ali pensando em alguém. Você sabe que está sendo trouxa mas acaba gostando e entra no jogo mais uma vez. Heartache in blue, I don´t wanna lose, lose you, Flyin´high, It´s too easy mañana, Big shiny nine e o final com Have a little mercy deram continuidade na audição de forma tão bacana que eu chego a conclusão que, o som do qual eu gosto, são para poucos e tentar explicar para algum ser "normal" o que significa o nosso gosto musical é o mesmo que ensinar um macaco a dirigir. Até prefiro que seres normais não ouça o que eu ouço. Não preciso ser aceito nem que aceitem meu gosto musical. Apenas me deixem no meu canto ouvindo o que eu gosto e sendo eu mesmo. Recomendo desde já esta aquisição!!!!!!!

Shania Twain - Greatest Hits

Shania Twain. Ela é a Paula Fernandes deles. Ok, podem me crucificar mas eu gosto da Paula Fernandes. E não adianta os fãs mais radicais da Shania ( se houver ) reclamarem mas o fato é que a mineira pegou todos os trejeitos da cantora norte americana. Mas Shania é Shania e este best of dela lançado por sua gravadora em 2004 traz um apanhado bem bacana de sua carreira. Suas músicas são lindas, alegres e com uma voz sensacional. Sendo amparada pelo seu marido, o produtor Robert Mutt Lange ( mais conhecido pelas produções nos discos do Def Leppard), a rainha do country tem algo de muito especial nas canções. É aquele best of para deixar no carro no passeio com a família ou com a namorada ou no celular para ouvir no fone. Todas as faixas são sensacionais e mantém o ouvinte sempre feliz, espantando a negatividade para bem longe.
Ela é daquelas mulheres que, caso subisse ao palco somente para mostrar sua beleza seria o show realizado. Mas não. Ela ainda possui um repertório bem feito, aquele country pop fofo e carinhoso que com certeza o ser radical não digere por ser "comercial". Dentre as 21 faixas deste best of, destaco a belíssima Forever and always, a contagiante I´m gonna getcha good!, Up!, a celebração das mulheres em Man! i feel like a woman além das outras belezuras deste álbum como Come on over, From this moment on ( essa é para reverenciar de joelhos) e The woman in me entre outras. Além de produtor, Mutt é um baita compositor e participa em 98 % das composições, talvez comprovando em partes o sucesso dessas músicas. Bom, o cara só estava na produção de Hysteria.... Pouca coisa ele hein?
Voltando a Shania, esta compilação mostra uma parte dos discos da cantora que são todos recomendados caso queira ouvir algo de qualidade sem ficar preso em rótulos imbecis. Música é e sempre será algo muito amplo para se ouvir apenas um estilo somente. Simples assim.

BBC Radio - Live Lounge

Antes de ir dar aquela volta, há algo muito legal a respeito de você ser um ferrenho pesquisador acerca do entretenimento mais legal de todos os tempos, a tal da música. Numa das poucas oportunidades de ser feliz, a música está lá sempre lhe fortalecendo e faz parte de quem realmente consome música de forma sincera e divertida, garimpar por algumas coisas bem legais. Como esta sessão dupla da BBC aonde tenho um apanhado de artistas que apresentaram seus trabalhos seja acústica ou elétrica. Dentre os tantos aqui, alguns são mais legais que os outros. Sendo assim, temos um apanhado de artista que vão de Foo Fighters, Amy Winehouse, Editors, Avril Lavigne, Coldplay entre outros. Uma curiosidade desta sessão são alguns artistas fazendo versões para outros cantores e ou bandas como a própria Avril numa linda versão para The scientist ( Coldplay) além de Biffy Clyro para Umbrella ( Rihanna) e até um milagroso Artic Monkeys fazendo bonito em You know i´m no good ( Amy Winehouse) num daqueles milagres que nem a vida conta com tal feito. Não sei se isso estará a venda mas é certo que algum sebo poderá ter este artefato que vale muito a pena. É certo que nem de todos os artistas não consigo ouvir nem adquirir a discografia mas perto dum monte de gente legal, acaba sendo legal e a BBC jamais decepciona quanto a isso. E que o Editors fez numa das faixas é de entregar um Grammy pois além da banda ser muito legal, num ambiente mais intimista acaba soando mais hipnótico e único. Item obrigatório!!!!!!!!

A Cena - Psychotic Misanthropy, Luciferiano e Doomsday Ceremony - Boteco do Valongo - 10/6/2017

Mais uma noite regada a muito metal de qualidade, autoral e mostrando o quão forte estão as bandas nacionais. É certo que algumas maças podres ainda insistem em achar que é legal, mas no geral, as bandas estão melhores, mais entusiasmadas e propostas a arregaçar as mangas afim de gravarem sons legais e tocarem. E ultimamente aqui na baixada anda acontecendo algo de muita positividade que são os eventos metálicos. E o Boteco do Valongo vem dando uma forma imensa para que tudo aconteça de forma bacana, proporcionando um ótimo espaço com cerveja gelada, ótima comida além de um excelente atendimento desde a entrada ( como a recepcionista estava linda ontem e ainda lembrou do meu nome) até o balcão além da sempre simpática moça que fica no guichê de pagamento. E neste clima bem bacana, rolou mais um evento da cena aonde talentos novos tem a chance de tocarem além de trazer grupos já renomados na cena. A noite abriu com o sensacional Psychotic Misanthropy que estreava nos palcos e como primeira vez não decepcionaram. Praticantes daquele death metal old school tão lindamente tocado por entidades como Macabre, Sinister, Entombed, Dismember entre outros. As guitarras de Marcelo e Pedro estavam afiadas além da cozinha formada pelo garoto Jason Prado no baixo e o experiente Jair Eusébio na bateria não deixaram pedra sobre pedra. Mas eu necessito falar dela, a mais nova revelação feminina de vocalistas dentro do death metal. Mirella La Scala botou muito marmanjo no chinelo com seu vocal agressivo, potente. A forma fofinha ao apresentar as faixas desaparecia quando cada pedrada começava e Mirella mostrou como se faz a parada rolar. Prestem atenção nesta garota, ela ainda vai dar bastante trabalho na cena metal brasileira e, quem sabe, mundial. Show foda e espero por mais!!!!!
Na sequência vieram os Catarinenses do Luciferiano quebrarem tudo num show que mostrou a quem veio. Misturando o extremo com pitadas de heavy tradicional, o quarteto quebrou tudo, que show, que pegada!!!!!! Uma atenção para o baixista Fellipe França que tocou com uma pegada sensacional e empolgante. Muito foda!!!!!!
Aí veio o Doomsday Ceremony fechar a noite mágica com um som ainda mais empolgante e enérgico. Pena que este que vos digita estava num estado de sono que quase me fez capotar literalmente mas resisti e fui até o fim da apresentação. É amigos, a idade chega.... Mas brincadeiras a parte, a noite encerrou da melhor forma: amigos, metal, união. Coisas que só o underground podem proporcionar a você. E um adendo a simplicidade dos caras que foram simpáticos e sim, o que é a maior alegria do músico além de prestigiar o show dos caras: mostrar que adquiriu os discos originais é sim, uma conquista para qualquer músico e uma forma de manter viva toda a maravilha que é e sempre serão os eventos underground.
Obrigado Roberto Opus, Mário César, Ricardo Nadal, Boteco do Valongo e as bandas fantásticas  por mais uma noite sensacional. E eu já estou afim de ir na próxima Cena, Trinca.... E vc?

Celine Dion - Miracle / The Colour of my love

Ah como é bom ter discos legais assim em casa. Além de manter você com a mente sadia, lhe ajuda em muito a ver certas coisas duma forma mais bem humorada. Pessoas que não lhe entendem ou interpretam de forma errônea o que você diz é algo a ser estudado pela ciência. Ultimamente, temos que pisar em ovos para conversar com alguém pois a chance de ser "mal interpretado" é muito grande e para virar o inimigo público número 1 do estado é apenas um passo. Portanto, eu prefiro e ando preferindo a solidão nas minhas caminhadas, minhas saídas de domingo, prefiro estar sozinho. É bom para pensar em soluções, descartar decepções e por aí vai.
Mas a Celine Dion pintou aqui em casa na forma de dois discos sensacionais. É certo dizer que ela possui algumas xaropadas, alguns itens que não me fazem a mínima falta. Mas quando acerta.... Dona duma voz linda, cheia de sentimento, ela pode sim gravar um baita disco mesmo com receitas de bolo como letras. E nesses dois discos, a canadense da mesma terra que Exciter, Rush, Triumph, Razor e Harem Scarem mandou muito bem. Começando com Miracle - a celebration of new life foi gravado em 2004 e em conjunto com a artista Anne Geddes ela quis, na palavra final, unir a arte da foto tendo a música como uma trilha sonora para cada foto apresentada. Com certeza uma referência ao fato de ter conseguido ser mãe, Celine dedicou este disco a celebrar a chegada dessas crianças ao mundo, a alegria que lhe é proporcionada. É certo que o disco pode soar meio enjoativo para quem não curtir muito tal proposta mas no final torna-se um disco bem agradável para se ouvir em casa. Cada um pensa na criança que quiser. Eu prefiro pensar na minha nega e nas minhas 3 meninas de quatro patas que continuam seu legado de amor e carinho. O amor é livre desde Woodstock. Então, ame mesmo. E o que importa mesmo é a linda voz de Celine em temas lindíssimos como Miracle, If i could, A mother´s prayer, Come to me, a linda versão para Beautiful boy de Lennon que ficou muito bonita na voz da cantora. Um disco muito bem recomendado para pais e mães mas acima de tudo para aqueles que gostariam de ter uma chance na vida de ouvir algo que preste e salvar gerações futuras da burrice que assola cada vez mais a sociedade.
Mas ainda tive The colour of my love de 93 para ouvir e mais um disco de pop bem feito foi colocado aqui em meu som. Bom, a cor do meu amor no momento é negra e com mais uma data dos namorados postarem suas fotos "muito felizes", só me torna mais desesperançoso em relação a esta fase da vida. Não irei prosseguir com este assunto pois algumas pessoas irão achar que estou com dor de cotovelo ou se fazendo de vítima e Celine Dion não tem culpa da minha falta de esperança quanto a ser feliz com alguém do meu lado. Um disco muito bom que já abre com aquela que é a faixa mais emblemática de sua carreira: The power of love. Vai cantar assim aqui na minha casa!!!!!!!! É daquelas interpretações aonde, ao acabar, estou ali com um par de alianças pedindo ela em casamento. Outros sons aqui podem ser encontrados e quem vem com este papo de estar ouvindo música de "velho" mal sabe a asneira que está falando. Conforme falou meu sábio amigo, para nós que gostamos de música da forma que gostamos não existe esta de música velha. Ou é boa ou não é. Portanto, faixas legais como Misled, Think twice, Only one road, Love doesn´t ask why ( será?), No living without loving you, Just walk away e o fechamento com a faixa que dá nome ao disco, sim, são músicas que ficarão para a eternidade de alguém aonde a regra de coisa antiga não irá valer.
Celine Dion, muito obrigado por discos assim!!!!!!!

sábado, 10 de junho de 2017

Seal - Promo cd

Este disco do Seal reabre a sequência de resenhas que virão ainda hoje e após uma semana bem conturbada, nada melhor do que a música para abastecer o cérebro e evitar que sentimentos negativos venham atormentar nossa mente. Este promo traz algumas faixas ao vivo, além de algumas em estúdio e mais a então música nova, System, que deu o nome do disco lançado pelo cantor em 2007. A música em si mantém a característica deste cidadão em realizar um pop muito bem feito, duma qualidade absurda, enriquecendo mais a mente de quem procura por algo consistente ao invés da música rala de hoje. Dentre as ao vivo, impossível não ficar contagiado com a ótima Crazy, um clássico perfeito. Além dela, Prayer for the dying mereceu uma ótima versão vivo além da igualmente espetacular Kiss from the rose, além de Love´s divine, Killer e Get it together. Das faixas em estúdio, temos If i could ( muito legal), The beginning, Show me e Whirlpool, ambas muito boas mesmo além da já citada System.
Eis um dom maravilhoso de quem é eclético: podemos falar do Seal e na sequência um disco do Slayer. Qual o problema? Para que regras? Tanto a música como nossa vida necessita de mais aproveitamento sem medos ou rótulos. Assim como a Pink viveu, devemos ser felizes e aproveitar cada momento como se fosse o último, sem pensar no fim.
Tive o privilégio de ter ido a um show do cantor e as faixas ao vivo me trouxeram a lembrança daquela noite no ( até então ) Credicard Hall aonde foi lembrado que música pop não significa algo fútil. Ela pode ser acessível, ser divertida mas ainda de forma rica. Enquanto existirem cantores iguais a ele, o pop estará a salvo mesmo mediante a avalanche de aberrações que vemos diariamente.