domingo, 18 de dezembro de 2016

The Dead Daisies - Make some noise

Finalizando a noite e os discos resenhados, este disco veio na hora certa, sem perda de tempo ou de preferência de discos na fila. Reunir numa banda elementos como John Corabi, Doug Aldrich, Marco Mendoza e Brian Tichy cujos históricos são já conhecidos por quase todos dispensam qualquer comentário. Ambos se uniram e gravaram um dos melhores discos de 2016 sendo meu top 5 : Metallica, Rolling Stones, Testament, Running Wild e agora fecho com este Fantástico disco os melhores de 2016. Praticando um hard rock pesado, roqueiro e calcado naquele hard mais calcado nos anos 70 quando o teclado ainda não fazia parte nem o creme para deixar o cabelo armado assim como ainda não tinham tido a brilhante ideia de roubar as roupas da irmã e se maquiar.
Make some noise é direto e reto e as 12 faixas são soberbas e lhe farão ouvir mais de uma vez. Corabi que é um dos melhores cantores que já apareceram neste universo brilha bonito nas músicas e Doug Aldrich faz a diferença na guitarra e mostra o porque de caras como Dio e David Coverdale o chamaram para integrar ambas as formações já que o cara é um riffeiro de mão cheia além de solos certeiros. Long way to go, We all fall down, Song and a prayer, Mainline, Make some noise, a regravação maravilhosa de Fortunate son ( Creedence) além de Mine all mine, Freedom, All the same e finalizando com o clima de festa e calcinhas de alguém na mão em Join together serão alguns destaques imediatos porém indico o disco como um todo pois ele passa numa rapidez já que é bem mas bem legal. É um daqueles discos dos quais lhe dá prazer de chamar os amigos numa reunião regada a churrasco e porque não uma cerveja gelada. O rock é e sempre será um instrumento de contestação mas também de sentir uma alegria imensa e se sentir orgulhoso por ouvir o estilo mais legal da face da Terra. E sabe qual é o mais legal? Posso sair do rock, ouvir um disco da Paula Fernandes e voltar para o rock pois ecletismo mora logo aqui. Make some noise!!!!!!!!!
Perfeita declaração ao rock. Sem mais....

Def Leppard - idem


E mais uma vez irei falar duma banda que divide opiniões dentre os fãs de quais fases eles gostam mais. Alguns falam que eles prestaram até o Pyromania. Outros até o Hysteria. Meu amigo Edinho disse que o melhor deles foi o ep antes do primeiro disco. Todos eles possuem seus direitos de terem suas opiniões acerca desta entidade roqueira vinda da terra da Rainha mas possuo uma que pode desagradar esta galera: que a banda até hoje produz discos bem legais livres para criarem e serem o que quiserem sem se prender a rótulos banais. Hard rock, Heavy metal, Power pop, farofa, mela cueca.... não importa. É e será o Def Leppard gostando ou não. Este disco é algo prazeroso de se ouvir pois é leve, descontraído e sem medo de ser feliz. Das 14 faixas, apenas uma não me agradou tanto que foi a faixa Man enough. Porém o restante vale cada centavo gasto nele mesmo as pessoas vindo com a conversa fiada de que ninguém compra mais. E entre elas Let´s go abre o disco com aquele clima bem Def Leppard de ser com um som festeiro e com refrão gigantesco. Dangerous é outro petardo musical e que som estes caras tiraram nela sendo o destaque as guitarras de Vivian Campbell e Phil Collen, sempre melodiosas e certeiras. Joe Elliott com seu vocal característico também empolga já que casa perfeitamente com o instrumental para cima e vibrante. Invincible é daquelas que farão muitos cantarem esta música numa noite de Manifesto lotado com aquele clima de festa eterna cuja tristeza vem no dia seguinte quando percebe que voltou para sua vida normal. O mesmo vale para Forever young, a semi acústica Last dance, Wings of an angel e Blind faith que fecha o disco. Mas antes de finalizar esta resenha tenho, preciso, necessito falar duma faixa cuja emoção é a mesma de quando você vê aquela garota adentrando a faculdade e que por coincidência é a sua professora de análise de custo. A faixa em questão chama-se We belong e é indicada para quem ainda é durão mas quando se depara com aquela mulher em especial cai de joelhos e levanta as mãos ao céu e diz " eu não mereço". E por esta e as outras faixas que eu digo o quanto sou e serei grato eternamente por bandas do nível da do Def Leppard pois são com elas que faço a trilha sonora da minha vida e mantenho a festa quando vejo cada um dos meus amigos nas tardes de sábado na Blaster. Se estes são ricos em dinheiro nós somos em riqueza musical e mental pois nossas mentes são curadas das turbulências do nosso dia a dia com os discos que estes caras se propõem em fazer para nós sermos seres humanos cada vez melhores. O hard rock ganha mais um disco para abrilhantar a estrela gloriosa que possui o estilo mais bacana do mundo. Obrigado Def Leppard!!!!!!! E mais um detalhe: na citada We belong temos a honra de ter os vocais dos outros integrantes. Leia o encarte e verá que estou falando a verdade.....

Bon Jovi - This House is not for sale

Dentre as bandas que mais as pessoas amam odiar, o Bon Jovi lança mais um disco e sim, a choradeira dará continuidade graças aos famosos haters que irão mais uma vez embarcar na viagem para a excursão " Odiar o Bon Jovi" e nesta barca irá rolar a ordem que é mais uma vez destruir algum disco novo dos caras. Em meio a detonação ao disco, uma critica ao fato de Jon hoje em dia parecer o Roberto Justus e logicamente ser acusado de não ser mais aquele cara dos anos 80. E a cartada final será que, sem Richie Sambora, não é Bon Jovi. Mas uma coisa é achar estas coisas e concordo que a guitarra da banda pertence ao citado guitarrista assim como eu concordo que Jon está tiozão com este cabelo curto e grisalho e sim, ele tá igual ao Roberto Justus. A outra é simplesmente ouvir o disco e aí eu tenho que ser obrigado a dizer que o mesmo está bem legal. Sim, o disco está muito bom e cada faixa aqui possui seu brilho e deve ser ouvida com calma e aceitar que o Bon Jovi de hoje é assim e aquela fase dos cabelos grandes ficaram no New Jersey. Lógico que não amo tudo que eles fizeram do Keep the faith para cá mas possui muita coisa bacana vinda desta fase até hoje. Uma coisa da qual constatei foi que This House is not for sale possui mais guitarra e soa bem melhor do que What about now, coincidentemente o disco do qual ainda tinha Sambora na guitarra. Phil X pode não ser Richie Sambora mas toca muito bem e está bem em seu papel na banda com solos bem sacados e timbres de guitarra bem na linha do que é pedido na banda atualmente. Num disco com 17 faixas, encontrar destaques acaba sendo de maneira fácil detectá-las pois alguns destaques podem ser descritos como alguns dos melhores da banda e desde já a faixa título vem como um soco na cara, uma daquelas faixas que o Bon Jovi vem para nos deixar felizes e cantar junto, simplesmente maravilhosa. Living with the ghost também soa formidável e mantém o pique do disco assim como Knockout aonde o belo trabalho de Tico Torres fica bem na cara e me faz analisar que muitas vezes este cara acaba sendo injustiçado. David Bryan ( teclados ) e Hugh McDonald ( baixo) também se mostram cada vez mais atuantes em especial Hugh que agora aparece nas fotos como membro efetivo da banda e não mais um baixista contratado para ficar escondido. Labor of love é aquela balada típica do Bon Jovi e somente um cara como Jon pode interpretá-la com tamanha força. Este cara sempre terá meu respeito por ser um dos melhores frontman da história e parte do hard rock deve-se pela existência deste que é um dos melhores compositores. Outras faixas sensacionais pode ser encontradas em Reunion, Come on up to our house e a arrasa quarteirão We don´t run cujo refrão é um dos mais legais da história da música mundial. Ouvindo este disco, tive a impressão de que algumas pessoas podem estar sofrendo do que podemos chamar de síndrome de falar mal de tudo e todos. Acho que não o Bon Jovi que está errado em estar fazendo o que está fazendo atualmente. O errado poderia ser estes "fãs" de longa data que ainda sonham com algo do qual não voltará mais, com ou sem Sambora na banda. O que estas pessoas precisam entender é que certas épocas não voltarão como ver Jon de cabeleira e gravar um disco na linha dos clássicos. Já que não gosta mais, não poderia chegar na conclusão de simplesmente deixar quem ainda gosta da banda ter a opção de ainda achar legal e a própria banda de ter a liberdade de não querer mais voltar naquela época? Ah, o próximo disco que irei resenhar é o último do Def Leppard que sofre deste mesmo mal: o de ter gente chata criticando o que eles fazem atualmente.....

The Johnny Van Zant band - No More Dirty Deals

Voltando a mais uma rodada de discos bacanas adquiridos, inicio esta rodada com um disco de primeira qualidade e indicado totalmente a quem aprecia o southern rock e sua essência musical e estilo de vida. O que falar de um dos maiores frontman da história do rock? Johnny não somente o cara que substituiu seu irmão, o também lendário Ronnie Van Zant, no Lynyrd Skynyrd. Ele simplesmente construiu uma sólida carreira fora do Skynyrd, lançando discos bem legais solo e com o irmão Donnie Van Zant no maravilhoso Van Zant. Johnny significa atitude, um cara apaixonado pelo que faz, que leva suas raízes com orgulho e não é a toa que está no Lynyrd até hoje. Este disco é o primeiro a constar e juntamente com Robbie Gay ( guitar), Erik Lündgren ( guitar ), Danny Clausman ( baixo) e Robbie Morris ( batera), Johnny estreou da melhor forma graças a um disco recheado de 10 faixas estonteantes. Todos os elementos para o southern rock estão aqui e faixas brilhantes como a faixa que dá título ao disco já abre o mesmo fazendo este que vos digita feliz da vida. Mas não para por aí: Coming home, 634-5789 ( parece número de cep), Put my trust in you, Only the strong survive, Hard luck story, Stand your ground, Never too late, Keep on rollin´ e Standing in the darkness ( dedicada a Ronnie) fazem toda a diferença para com o bom gosto e sim, este disco merece ser lembrado como um baita disco. Discos como este me fazem ainda creditar que existe rock, que existe um som bacana para ouvir sem pressão por rótulos ou posturas atrasadas que não levam a nada. E parabéns a Rock Candy pelo belo trabalho e pela obra cedida pelo meu brother Márcio Cheap Trick. Aliás, uma observação: Ronnie, Donnie e Johnny. Marco, Márcio e Marcello. Essas famílias de irmãos roqueiros são mesmo foda não é mesmo?
Puta disco!!!!!!!!

domingo, 11 de dezembro de 2016

Billie Holiday - Last Recording

Finalizando esta leva de discos pegos ontem, este em especial me chamou a atenção. Billie Holiday foi uma das cantoras mais fantásticas numa época em que uma mulher ir a frente e pegar um microfone era algo como remar contra a maré do machismo e do preconceito acerca da mulher numa época opressora pra caramba. Ela teve uma vida marcada por sofrimentos e como se entregava de maneira espiritual as músicas da qual interpretava, foi uma mulher sugada pelo próprio furacão igual a uma certa gaúcha daqui cujo nome acho que as pessoas sabem quem é. Prefiro a minha baixinha mas o que Billie Holiday fazia nas músicas era algo de tocar o coração e de acordo com o vendedor que possuía outros itens sensacionais, falou que se tratava das últimas gravações antes de Holiday partir desta para uma melhor. Contando com a orquestra de Ray Ellis, aqui temos 12 faixas belas, que sinceramente me deixaram a vontade para escrever e lembrar que música de verdade é feita com o coração e não com o bolso. All for you, Sometimes i´m happy, There´ll be some changes made, Don´t worry ´bout me, All the way, I´ll never smile again, Baby, won´t you please come home entre as outras deste disco falam por si só e não cabe a mim dizer a você ouvir jazz não significa dormir ou achar chato demais. Nem pegue este disco só para mostrar que é eclético. Apenas ouça um disco deste porte se caso estas faixas lhe tocar de verdade, lhe tocar sua alma e aí sim você vai entender o que eu quis passar até agora. Realmente, este disco não foi feito para a produtos de massa. Ele foi feito para alguns poucos sortudos cujo cérebro pulsa cultura e sendo transmitido ao coração temos um ser humano completo que não precisa se render a futilidades musicais e sociais. Enquanto estivermos vivos, a boa música estará rondando por aí. Boa tarde.

Pink Floyd - Obscured by Clouds

Deve ser a idade. Sim, eu estou adquirindo mais um disco do Pink Floyd e desta vez o selecionado foi o maravilhoso Obscured by Clouds de 72. Confesso que, numa época mais adolescente, seria algo impossível pegar este disco para escutar pois meus gostos estavam bem refletidos a uma adolescência cercada de preconceitos acerca de como o roqueiro era visto pela sociedade. Não que hoje esteja um mar de rosas mas nos anos 90 o Brasil era muito atrasado quando se falava do rock e para te julgarem só seria um estalar de dedos. Hoje em dia estou mais sossegado e mais afim de ficar em casa aos finais de semana pois devido a semana sempre corrida, nada melhor do que numa sexta a noite dar aquela relaxada e pensar um pouco na vida. E ter um Pink Floyd sempre por perto acaba sendo aquela experiência sonora incrível e este disco não foge a regra. Eu ainda estou tentando entender o conceito deste álbum com estas fotos deles numa aldeia. Numa dessas loucuras Floydianas, fica difícil assimilar tal viagem dos caras. Prefiro ir logo nas músicas e aí o bicho pega. Você passa pela faixa título, chega em Burning Bridges, passa ainda pela beleza de Mudmen, se diverte em Free four e encerra a audição com Stay e Absolutely curtains, fazendo assim uma viagem deliciosa que instiga você a viajar mais e mais para bem longe deste mundo chato de 2016. Bons tempos que podíamos ser felizes sem se preocupar com merda nenhuma. Mas agora somos adultos e discos como este nos servem para lembrar que, se não sentirmos prazer nas minímas coisas da vida, seremos soterrados pela falta de vontade de viver e assim virar mais um fantoche que tanto o sistema quer que sejamos.
E sabe qual a coisa mais inacreditável destes caras? É que o disco a seguir seria "só" um tal de Dark side of the moon. Bem bobos esses caras....

Darkthrone - Arctic Thunder

Certos artistas possuem o dom de nunca decepcionar seus fãs, outros decepcionam desde que começaram e ainda tem aqueles que deram aquela escorregada no tomate para voltarem as boas para com os fãs e si próprios. Certamente que seres humanos como Fenris e Nocturno Culto se enquadram na primeira opção. Esses caras são responsáveis não só por gravarem discos memoráveis sob o nome maldito Darkthrone e sim prestarem um belo serviço as artes obscuras e vindas do subterrâneo do metal mais negro e sujo. São caras que mereciam ganhar um grammy de melhores artistas todo ano, toda semana, todo dia. E mais uma vez eles demonstram o que eu disse até agora com o mais novo disco, chamado Arctic Thunder e que já está no pódio de lançamentos deste ano ao lado do Metallica e Rolling Stones. Sabe aquele time que está ganhando e o técnico nem se incomoda em mudar? O Darkthrone é um desses casos que mudar poderia estragar sendo assim deixe as coisas como estão. Bandas como Motörhead, Ramones e AC/DC mostram que o mesmo sempre é legal e caso o roqueiro chato fique de reclamações, um lembrete de que quando o Metallica mudou de som ele também foi lá e ficou de reclamação, ou seja, um chato. Conforme resenhado pelo meu irmão de rock Rodrigo Mesquita, o disco está soberbo e tais palavras ao me agradecer e me citar em sua resenha me deixaram emocionado e só faço uma correção: qualquer pessoa dotada de opinião pode fazer uma resenha, desde que faça com embasamento no que está dizendo. Confesso que ainda estou aprendendo e eu apenas exponho minhas considerações acerca do que eu gosto.
Nas oito faixas, temos composições empolgantes, fortes e retratando fielmente o que é o metal underground destacando desde já a faixa de abertura, Tundra leech, que é algo próximo a ida ao paraíso de tão foda que é. Burial bliss, Boreal fiends, Inbred vermin, Arctic thunder, Throw me through the marshes, Deep lake trespass e a última pérola The wyoming distance seguem a mesma pegada da faixa de abertura e chegaram a me tirar o sono em plena madrugada. São lançamentos assim que me tocam o coração e dedico este disco aos irmãos e irmãs do metal que pouco se fodem para rótulos idiotas. Neste exato momento aonde finalizo esta resenha ao som de Billie Holiday e antes estava ouvindo Pink Floyd. Com certeza Fenris estaria rindo aqui comigo e pensando em quão estúpida são as declarações de alguns acéfalos de mente fechada que se auto intitulam os trues ou mesmo aqueles que só querem companhia de quem tem o mesmo poder aquisitivo, formando agrupamentos, a famosa panela da solidariedade aonde só alguns privilegiados podem ser solidarizados. Pensem muito ao me verem daqui em diante pois meu tratamento não será mais tão festivo quanto antes.....

sábado, 10 de dezembro de 2016

Rolling Stones - Blue & Lonesome

Como dormir após ouvir este disco? E que disco!!!!! Um dia estava na Renault e conversando com meu brother Mauro, falávamos de inúmeras coisas, dentre elas os Rolling Stones vieram abrilhantar o papo sempre filosófico e falávamos sobre o possível novo disco da banda. Eu disse que, para uma banda com o tempo de estrada deles, poderiam gravar um disco revisitando alguns sons de blues dos quais sempre ouviram. Analisemos: uma banda com mais de 50 anos, seria necessário um disco com hits radiofônicos? O mercado não é para eles faz tempo, portanto, um disco como este teria saído cedo ou tarde. Blue & Lonesome vem para abrilhantar sua discografia maravilhosa e, se for o último disco, eles podem dizer que sairão dos palcos de cabeça erguida, satisfeitos por terem feito algo brilhante para nós fãs. Acho que não ouvia um disco de tal magnitude destes ingleses desde Voodoo Lounge de 94. Bridges to Babylon e A Bigger Bang podem possuir músicas legais separadamente porém carecem daquele estilo stoneano que tanto queremos ouvir.
Mas o tempo passou para Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts fazendo com que os 4 pensassem com carinho neste disco.
Ainda em estado paralisante, cada faixa deste disco é duma sinceridade tão latente que eu sinceramente nem imagino o quão felizes estavam eles em pleno estúdio gravando este disco. Eles continuam desafiando as leis da ciência ( principalmente Richards) gravando e fazendo shows, coisa que alguns metidos a rebeldes não conseguem nem sair de casa de tão bunda moles que são. Aqui os destaques ficam difíceis de serem apontados porém é mais do que obrigatório apontar a faixa que virou um clip estrelado pela deliciosa Kristen Stewart  fora daquele personagem de namorada de vampiro emotivo fez muito bem o papel de gostosa selvagem. Veja o vídeo e irá entender o que estou escrevendo. Ride ´em on down é uma das mais instigantes faixas que ouvi em muito tempo, um blues mais fulminante que um chute da Ronda Rousey no estômago. Outras pérolas estão aqui e por favor: ouça Just your fool, I gotta go, Hate to see you go ou mesmo a faixa que encerra o disco, I can´t quit you baby com uma dose de whisky do lado só para ter aquele elo maravilhoso entre você e este disco. Tudo bem, não quer beber nada, sem problemas: Coca cola com gelo também refresca.
Você que como eu esperava pelo disco definitivo e inspirado dos Stones eis a sua chance de ter Blue & Lonesome em seu lar. E que os Deuses do rock estejam junto destes caras iluminando e protegendo os heróis de nosso cotidiano sempre bagunçado mas que acaba ficando calmo e feliz ao ouvir tal disco de tal banda suprema. Não, não possuo mais nada na mente para escrever pois o novo do Darkthrone já está chegando ao fim e só posso dizer: aguardem por esta resenha amanhã..... Por ora, os criadores disto tudo merecem palmas após o término da audição de Blue & Lonesome. Obrigado Rolling Stones!!!!!!!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Burial Breed - The Black Coffins/ Infamous Glory - split.

Antes de ir dormir, porque não falar das coisas legais das quais tive o prazer de aproveitar neste final de semana? Sexta, uma despedida de um casal sensacional que irão para Serra Negra tentar algo melhor para ambos. No sábado, aquela visita de praxe na Blaster e rever sempre os amigos. E hoje, o prazer de rever uma parte da minha turma que estudaram comigo até a oitava série no colégio Santa Inês. Sobre o encontro de hoje o que foi legal constatar é que todos eles se tornaram adultos que souberam aproveitar a educação que tiveram na adolescência para se tornarem pessoas dignas e fazer a diferença neste mundo cada vez mais preocupado em botar o olho no celular e mais nada. Em contrapartida, foi graças ao mecanismo de comunicação no celular chamado Whatsapp tive este contato e nos fez ir até este encontro mostrando que a tecnologia utilizada de maneira correta pode unir e não deixar cada um em seu universo. E que todos que foram ao Black Sabbath hoje tenham se divertido e curtido mais um show de metal do mais alto quilate. Mas utilizarei este espaço também para falar deste split adquirido no dia do Kool fest e reuniu duas bandas bem legais tocando um som pesado e sem a menor frescura. O The Black Coffins já é um grande conhecido e seu show no festival foi fantástico, um festival de riffs certeiros, vocais desgraçados e uma cozinha na melhor escola sueca. O Infamous Glory vem na mesma pegada porém focando mais no hardcore mas mesmo assim tão desgraçado quanto o Black Coffins. Ambos beberam da fonte do Entombed antigo e faixas como Kingdom my kingdom, Of ruins and doom ( BC) e Final awakening, Into a dead body e O novo pagão ( IG) são algumas daquelas que farão ficar viciado já que grudam na cabeça e caso curta death metal sueco lá do início dos anos 90, pode adquirir sem medo de ser feliz.
Por fim, depois de tudo que digitei até aqui, segue um conselho: curta de verdade cada momento, disco, show, amizades pois é isso que importa no final. E sigamos a vida porque logo logo tem mais, muito mais.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Kool metal fest - Ratos de Porão, Dr. Living Dead, Possuídos pelo cão e Black Coffins - 27/11/2016

Bom, finalmente chego a resenha desta que foi uma das noites mais legais que você possa curtir. Mas neste exato momento estou digitando este texto sem pensar em dois acontecimentos tristes de hoje. Primeiro a notícia do avião que levava o time do Chapecoense caiu matando 71 pessoas e apenas 6 sobreviventes. Simplesmente um time inteiro levado embora da Terra, assim como outras pessoas dentro do voo que levava time e jornalistas para a tal final. Uma notícia dessas me fazem refletir bastante sobre a vida e sobre como será o natal dos familiares. Muito triste, para dizer o mínimo. Outra notícia recebida foi a morte de um grande amigo que frequentava a Blaster. Ele era conhecido por Neto e quem o conhecia sabe de quem estou falando. Palavras são inúteis para descrever a tristeza da qual estou sentindo mas ao mesmo tempo podemos dizer que tais acontecimentos nos fazem pensar em não desejar o mal a ninguém e caso alguma pessoa que não esteja falando com você quiser reatar amizade e que converse de forma sincera, aceite. Eu sei, as vezes é difícil mas podemos sim reatar, ceder, aceitar mais desculpas e menos rancor. E por isso que eventos como o Kool Metal servem para você aproveitar a vida indo a shows de bandas que gosta, estar com amigos, sair, ver a vida. Serve também para as pessoas tirarem um pouco os olhos do celular e admirarem a vida real e menos as fotos.
O Black Coffins iniciou a minha festa já que cheguei somente na hora em que eles estavam tocando e para uma galera sedenta por um metal pesado e calcado em Entombed antigo entre outras influências daquela sonoridade sueca mais malvada. Hardcore? Death metal? Doom? Missão difícil rotular estes caras mas fácil gostar já no primeiro riff, ótima pedida.
O Possuídos pelo cão, banda projeto de Poney ( Violator) faz uma espécie de crossover e caso curta D.R.I. entre outros, deve ver esta banda quando puder já que eles não estão mais na ativa, se reunindo vez ou outra para shows dos quais são festas recheadas de discursos politizados.
Aí veio minha revelação de 2016. O Dr. Living Dead mostrou um show animalesco e aquelas caras de caveiras com bandana a lá Suicidal é algo empolgante e aqui as referências são o próprio Suicidal além de Excel, Nuclear Assault, Anthrax entre outros do thrash e crossover. O show desses caras foi de tirar o fôlego e fez uma platéia feliz e que nos fez esquecer estes lances do destino.
O Ratos de Porão fechou o festival tocando o Anarkophobia na íntegra além de outros clássicos diversos e como sempre fez mais uma daquelas animalescas apresentações que desafiam a física quântica. Como estes caras parecem soar melhor a cada dia que passa. Gordo, Jão, Juninho e Boka são e sempre serão importantes pois são porta vozes da geração que logo logo vão pendurar as chuteiras. Esta noite serve para que curtamos a vida, ouvindo o que gosta e sempre, nunca esqueça dos amigos nesta hora pois vale cada momento ao lado deles. Nas palavras de algum pensador: "para morrer basta estar vivo". Dedico esta noite para o Chapecoense e para o Neto. Vou dormir para este dia passar pois está difícil de digerir tais acontecimentos. Pense, reflita mais. Pode não ter a próxima chance....

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Lady Gaga e Sandy pintaram na minha casa e mandaram um 'foda-se' para o radicalismo dos acéfalos

Este final de semana que passou me proporcionou inúmeras emoções, cada um na sua praia e tempo. Sexta feira vi o filme da Elis. Sábado ouvi o novo do Metallica na íntegra, numa das experiências mais fantásticas que algum ser humano pode ter na vida. E para fechar o final de semana com chave de ouro, ouvi os discos da Lady Gaga, Sandy e ainda vi Ratos de Porão e a revelação do ano, o sensacional Dr. Living Dead mais algumas bandas nacionais bem bacanas. Viram como é fácil? Não há nada de dificultoso nisso e faz um bem danado na vida. Sempre digo e repito: a música não precisa de rótulos para ser ouvida, o que tiver em mãos é para aproveitar com muito afinco e de forma a mandar algumas pessoas irem a merda caso não entenda o segredo da vida. Costumo deixar as pessoas confusas, de ambas as partes quando falo do meu gosto eclético. Um cara do rock acha estranho eu curtir a Sandy e o cara que não curte rock também fica abismado um cara com a camiseta do Ratos de Porão achar o novo da Lady Gaga legal. Chega a ser algo divertido, confesso eu.
Numas dessas ofertas da vida, raptei elas para minha casa e cada uma mostrou que ainda podem fazer música de boa qualidade para quem gosta delas. Começando com a garota nascida em Manhattan em 28 de março de 1986 e cujo nome é Stefani Joanne Angelina Germanotta, seu mais novo disco, intitulado como Joanne mantém seu personagem de nome Lady Gaga ainda em voga. Tendo demonstrado ser uma ótima atriz graças a elogiada atuação no seriado American Horror Story, Gaga calou a boca de um monte de asno que acha a moça sem conteúdo, algo plástico. Gaga ainda participou com Tony Bennett no projeto Cheek to cheek aonde arrancou mais elogios com uma performance de cair o queixo dos mais puristas do jazz. Dona de uma voz forte, Lady Gaga vem com este disco dar continuidade a sua carreira solo com mais músicas legais. É certo que este disco não impacta logo de cara como seus álbuns anteriores mas a audição vai crescendo conforme o disco vai avançando, sendo uma atrativa maneira de ouvir um som sem ligar para estilos. Alguns destaques irão para Diamond Heart, Joanne ( bonita), John Wayne, Perfect illusion, Hey girl, Angel down, Grigio girls e Just another day, ambas mostrando um pop de muito boa qualidade ao contrário do que pensam os cérebros de feijão. E fechando este pacote tenho este belíssimo disco ao vivo da minha melhor cantora da atualidade aqui no Brasil, conhecida como Sandy Leah ou simplesmente Sandy. Mostrando uma carreira solo que não deve nada ao que ela fez com o irmão Júnior, ela mostra também uma independência musical e o dever de não precisar provar mais nada a ninguém e ainda poder fazer o que gosta musicalmente sem pressão de ser a menininha boba de anos atrás. Ainda tem mentecapto ficando de boca de aberta quando sabe que a cantora é mãe. Querer que ela seja virgem aos 30 anos é de doer.... Ela que ofuscou Adriane Galisteu na edição que a loira pousou nua dizendo que é possível sentir prazer anal, gravou este disco ao vivo no Teatro municipal de Niterói durante a tour do disco Meu canto e que show... Completamente dona do palco, menina que cresceu e virou mulher mostra um repertório maduro, bonito e que fez este que vos digita se emocionar ( é amigos, foi mesmo) numa das músicas mais lindas da galáxia, Perdida e salva, algo que desafia a lei da ciência de tão linda que é. Outra bela canção, Sim, é outra amostra de como uma moça pode ser tão cativante somente com a voz. Sandy não precisa ser a gostosa nem pagar de sensual. Ela consegue ser sensual sendo ela mesma e sua voz me toca de forma profunda cujo amor não possui prazo de acabar tão cedo. Aquela dos 30 é divertida e outras faixas como Segredo, Salto, Pés cansados e o tema da era Sandy & Júnior, Nada é por acaso, mantém uma qualidade de dar orgulho. Enquanto Sandy segue fazendo música sem se preocupar com tendências mercadológicas, sua concorrente prefere ir no embalo da massa e gravar sertanojo universiotário. Desculpa Wanessa Camargo: você tem que comer muito arroz com feijão para chegar aos pés da Sandy e mais: enquanto a filhota de Xororó segue de forma digna, a filha do insuportável Zezé di Camargo pula de galho em galho e está cada dia que passa uma cantora caricata e sem um direcionamento musical.
Sandy e Lady Gaga mostram que meu coração dificilmente se engana. E que meu final de semana foi nas mais belas companhias. Bom, deixa eu me preparar para dormir. Amanhã o quase tiozinho vai falar do Kool Metal fest. Aguardem....

domingo, 27 de novembro de 2016

Metallica - Hardwired.... to self-destruct

Ah o Metallica novo caiu em minhas mãos e caiu também a minha ficha de que este disco é o melhor do ano. Lógico que ouvir as músicas separadas em meu mp3 player já me atiçou quanto a este lançamento mas ao ouvir a obra inteira na sequência foi outra e foi uma das experiências mais gratificantes que um fã pode passar. O Metallica é uma banda que provoca esta relação bacana, esta conexão aonde temos 4 caras inspirados e milhões de caras e garotas que se identificam com o que estes passam pois, assim como nós, eles são seres humanos que podem acertar mas podem errar e um disco chamado St. Anger já mostrou que eles podem errar feio. Mas eles deram a volta por cima ao lançarem Death Magnetic, um desses discos fortes dos quais me despertam sempre aquela emoção e aquele tesão por ouvir. E agora com o mais novo disco, a banda trouxe o que de melhor eles podem fazer. Mas também trouxe um certo comportamento que já existia mas nos dias de hoje a coisa chegou num ponto constrangedor. Lavar a cabeça de um burro sempre foi difícil, como disse inúmeras vezes meu querido pai que cria ( padrasto é um termo feio) mas hoje em dia eu vejo que pior do que uma cabeça de um burro é a cabeça do ser metaleiro. Desde os anos 80, o metaleiro sempre foi aquele tapado que acha tudo ruim e que, para ser do metal, para ser true, o cara precisa ter um alvo para meter o pau em alguma banda. E quando esta banda ultrapassa os limites do reino encantado do heavy metal e vira algo mainstream aí é o prato cheio para o acéfalo falar merda e acabar defecando pela boca. Ainda bem que não são todos os caras que gostam e vivem este estilo agem feito ogros das cavernas mas infelizmente alguns ainda me fazem provar que ter a mente atrofiada e ser um asno também é ser metal.... triste. O cara nem ouviu o disco mas como a turma de retardados disse que tá ruim, não será ele que irá contra tal pensamento não é mesmo? Eu como cago e ando para isso ( estou ouvindo agora o ao vivo da Sandy e estou com o novo da Lady Gaga na fila para resenhar, qual é o problema?) e sempre ouvi o que eu quero ouvir e sinceramente fico perplexo como ainda mantém esta "regra" para a música. Música é música e vai te emocionar independentemente se for o Metallica ou a Sandy ( estou emocionado ouvindo a Sandy amiguinhos). Simples assim. Mas vamos voltar ao Metallica....
Como disse meu brother Rodrigo, ouça o disco antes de sair bostejando por aí pois corre o risco de perder uma obra prima impecável. Lançado de forma dupla, as 12 faixas estão fantásticas, perfeitas, pesadas, únicas. Comparar o Metallica com qualquer banda da turma deles chega a ser uma atitude covarde pois o Metallica elevou seu som para algo que nenhuma daquelas bandas talvez não fosse capaz de alcançar, mesmo sendo todas ótimas bandas e lendas do metal. Mas falar do Metallica é falar de algo grande, gigantesco, imbatível, a melhor de todas enfim.
Na primeira parte do disco temos pedradas e músicas que desafiam a lei da ciência tamanha a qualidade de ambas. Hardwired ( pedrada), Atlas, rise!, Now that we´re dead, Moth into flame ( que riff é este caralho!!!!), Dream no more e Halo on fire só poderiam sair das mãos de gênios como James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujilo e mais ninguém faria isso por mim então não me venham me encher o saco. Ah mas tem a segunda parte do disco... Confusion, ManUNkind, Here comes revenge, Am i savage?, Murder one e.... calma que eu já falo da última faixa. Todas elas sensacionais e tão legais quanto as da primeira parte desta obra e mais riffs, solos, baixo e bateria sendo tocados de forma inspirada mas estamos falando duma banda que acabou no Master of Puppets, ou da banda que acabou quando o Dave Mustaine saiu.... Acho que tenho um gosto estranho pois acho foda som de bandas que " já foram grandes um dia". Ou eu tenho mal gosto ou esses caras estão chatos demais. Façam suas votações.
Mas antes desta resenha ser finalizada, eu necessito falar duma faixa, aquela que encerra o disco, chamada Spit out the bone. Um amigo meu chamado Carioca disse: " escuta esta faixa e depois me fala". Pois quando eu encontrar ele vou lhe dar um abraço pois é graças a músicas como esta que nós somos amigos há 15 anos. Ela fecha o disco como sendo aquela última jogada definitiva para dar aquele cheque mate e calar a todos os detratores que ficam perdendo tempo falando baboseiras ao invés de curtir mais a vida e dar risada. Spit out the bone é uma das melhores da banda em toda a carreira e bate de frente com todas as faixas da primeira fase.
Após ouvir este disco eu agradeço cada um desses caras por existirem e ainda realizarem feitos como este que engrandece minha discografia de forma qualitativa e só me fazem sentir dó de quem prefere ficar no mundinho acéfalo dos true metal e ficar cheio de rancor. Realmente, o Metallica não é para atrasados. Esta banda é desafiadora, provocadora e só os mais fortes a base de feijão vão assimilar este som. Fortes e inteligentes que entendem uma só coisa: quem vive de passado é museu ou pessoa com mente atrofiada. E não venham bostejar para o meu lado achando que joguei "indiretas". Esta foi, como em todas as resenhas, minha opinião e recomendo comer uma jujubinha para ficar mais calmo....
Obrigado Metallica, vocês moram em meu coração.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Frank Zappa - Cheap Thrills

Eu posso ir para todos os cantos da música mas sempre o destino e a Blaster acaba me trazendo de volta a ele. Tenho adquirido itens deste cara e sinceramente ando me divertindo muito com cada peça que adquiro pois fico feliz em ter alguém igual a mim para poder dividir minhas esquisitices. Estava pensando em inúmeras coisas mas uma delas foi: O mundo politicamente correto de hoje aceitaria Frank Zappa? E a resposta seria infelizmente não. Não por causa dos próprios rockeiros que hoje em dia parecem consultores de moda. Antes, era normal um cara de fora do rock te achar feio ou esquisito. Ultimamente tenho conhecido uns caras que fariam o Clodovil ser despojado perto de alguns caras que parecem vivenciar moda. Ou seja, consultores de moda que acham feio seu cabelo, sua roupa ou mesmo acham que barba é coisa de.... maloqueiro. Olhem só amiguinhos.... o rock sempre foi feio mas hoje tem cara pregando por beleza. Duvidosos hein... E nessas horas o Zappa me aconselha com sua música a não dar trela para tais comentários e seguir barbudo até que eu mesmo queira tirar. Teve um asno de fora do rock que, ao perguntar o porque de eu deixar a barba na cara, ouviu a resposta, simples porém direta: " porque eu achei legal ter". Óbvio que o cidadão ficou com cara de cu mas pensando bem, tem cara do rock que age da mesma forma. Frank Zappa com certeza seria acusado de dar "indireta" caso falasse ou escrevesse algo caso tivesse uma rede social.
Este disco, lançado após sua morte, possui algumas coisas engraçadas cuja esquisitice acaba sendo genial. Misturando sons de estúdio com faixas ao vivo, temos mais uma viagem ao mundo cujo seres "normais" não teriam a elegância necessária para tal audição.
You are what you is me fez dançar, Catholic Girls me fez sorrir e Joe´s garage me fez pensar como este cara era um gênio. Quer dizer, ele continua sendo um gênio já que sua obra continua rolando em alguma casa e fazendo ainda alguém muito mas muito feliz.
A vida é bela quando se entende que cada um tem o direito de andar do jeito que achar melhor. Pessoas presas a críticas são pessoas presas na vida, mesmo tendo a liberdade a disposição. Até mais....

Godsmack - Idem

Mais uma aquisição que me fez despertar uma curiosidade sobre alguma referida banda que sempre ouvi falar mas nunca peguei um disco para ouvir. O Godsmack é uma banda que sempre foi citada e participou de trilhas de filmes mas nunca peguei algo deles para ouvir. Foi quando pintou em minhas mãos este disco de 98, auto intitulado e como um pesquisador nato, fui conferir o que a banda do vocalista Sully Erna ( também responsável pela produção do disco) tinha a oferecer. E sinceramente, como uma estréia me causou uma impressão muito legal. Claro que necessito de mais algumas audições mas o som dos caras é legal. Uma das coisas que mais me irrita é o certo radicalismo que alguns rockeiros impõem a si mesmos como regra não ouvir certas bandas de certos estilos. Criado na safra de bandas cujo movimento foi dado como new metal, o que muitos não entenderam foi que foi apenas um estilo dado pela mídia que afim de promover estas bandas, acabou vindo com este termo que é apenas um rótulo que não serviu de nada. Só um surdo para não ouvir qualidade em algumas bandas do estilo. Mesmo que não goste, uma coisa é certa: os músicos são bons e sim, foi a última grande manifestação sonora depois do grunge. E o Godsmack não tem nada a ver com o Korn assim como o Korn nada tem a ver com o Deftones e assim por diante. Na verdade, Sully, Robbie ( baixo), Tony ( guitarra/vocal) e Tommy ( bateria) caem mais para um Alice in Chains, graças inclusive pelo vocal do líder da banda que lembra muito o de Layne Staley em diversas partes. Problema? nenhum. O que sai desse quarteto é um som básico, ora arrastado, ora mais pesado mas cativante. Algumas faixas estão entre as melhores aqui como Moon baby, Whatever, Keep away e Stress que seguem a cartilha que pede uma banda de pós grunge pesada. O que alguns devem fazer é parar com este papo de não gostar de nada pois quem pede por tradicionalismo o tempo inteiro nada mais atesta uma imbecilidade sem razão.
Na verdade, o rock ou o metal não morreram nesta época. O que morreu foi um comportamento infantil e atrasado de achar que só uma década foi legal e o que veio depois é "ruim".
Indicado para quem quer, apenas, ouvir um som bacana sem ter que dar satisfação para algum amigo true. Aprovado!!!!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Medidation - Classical Relaxation vol. 10

Finalizando a noite ao som duma banda legal chamada Godsmack, logo terá uma resenha, tenho em mãos uma compilação de temas de música clássica. Chopin e Mozart. Caso você não saiba quem são, um conselho: música clássica faz muito bem para o cérebro meus amigos. Lembro com carinho quando minha minha mãe, dona Alda, colocava música clássica para este rapaz ficar quieto quando tinha apenas 1 ano de idade. Desde cedo, a música sempre esteve comigo. Por isso, toda vez que ouço algo assim me vem sempre esta história que minha mãe sempre disse. Em 10 temas, tive a sensação clara de onde veio o heavy metal e porque a importância da música clássica no rock. Um som calmo e gostoso que me fez ler algumas páginas de meu livro atual e enriquecer minha vida por completo.
Não há muito do que falar, apenas recomendo ouvir um pouco de música clássica de vez em quando, no recôncavo de seu lar, após aquele dia exausto. Concerto for flute and harp de Mozart é um dos temas mais lindos da música clássica e da música em geral. Meus pensamentos foram longe em tantos pensamentos que caso queira contar, teríamos uns três dias de conversas ininterruptas.
Agora posso me deitar em paz e pronto para mais 3 dias de trabalho e 2 de faculdade. Como esta compilação não deve constar a venda facilmente, aconselho sempre dar uma olhada em alguma banca de jornal mais próxima de sua rua e dar mais atenção naquelas sessões de cd´s que vendem ali. Bnca de jornal não só feita para comprar revista de fofoca e sim um reduto de cultura inacreditável.
Terapêutico e rico. Boa noite a todos....

Enya - A day without rain

Estou tendo um momento de tranquilidade ouvindo música clássica. Sim, este que vos digita também gosta de ouvir algo assim e nada melhor isso para pensar na vida, redigir trabalho de faculdade e ler um bom livro. E este disco da Enya seria uma peça clássica caso fosse uma. Sempre gostei do som que esta fada fez e aqui não é diferente. A day without rain é mais um daqueles discos dos quais você encontrará temas bonitos e os vocais dela sempre encantando e nos fazendo refletir sobre diversas coisas.
Sempre produzido por Nicky Ryan, o disco vem recheado de temas tão lindos que só mesmo muito radical para achar isso "uma merda". O disco já abre com a faixa título, uma viagem a sonhos distantes dos quais momentos foram traçados e marcados para sempre em nossas vidas. Wild Child não é a música do W.A.S.P. mas é um tema belíssimo aonde o instrumental apenas segue o complemento que o vocal trilha durante toda a beleza. O disco não muda, dando continuidade na mais bela forma musical com Only time, Tempus vernum, Flora´s secret, Fallen embers entre outras que preenchem este disco dignamente. Ao fim desta audição, a mente já se encontra pronta para relaxar de forma plena em minha cama e assim ter uma ótima noite de sono. O mundo não é somente feito de temas pulsantes mas também de momentos tranquilos como este. E uma mulher igual a Enya deveria receber por cada disco lançado um prêmio já que sua contribuição para a música é feita de forma que nos faça fugir para outros caminhos que sejam menos tortuosos e turbulentos. Belo disco.

Lasgo - Some Things

Entre os meus discos que estão para resenhar, apareceu este que me remeteu a uma época. Lembro perfeitamente quando apareceu o Lasgo com hits como Something e Blue. Era uma época que a música eletrônica estava mais musicada e menos bate cabeça. Aqui, a música era conduzida pela voz de Evi Goffin, a loirinha responsável pelas vozes aqui. Com porte de modelo, a menina era uma das que eram a cara da dance music daqueles novos tempos pós atentado terrorista aonde as pessoas estavam querendo ser felizes e dançar. Foi o tempo em que fui em algumas daquelas baladas da capital disco além daqueles finais de ano na extinta mythos. Peter Luts e Dave Mccullen apenas ilustram a capa pois acredito que não tinham lá muita função no "grupo". Aqui não há guitarras pesadas, bateria, baixo ou qualquer instrumento. São momentos da mais eletrônica discoteca para os descoladinhos da época. Mesmo não sendo descoladinho ( e eu quero que se foda quem me ache um antiquado ) gosto de sons assim e não é preciso usar camisetinha colorida, bermuda branca nem sandálias de garoto maduro que mora no litoral. Posso escutar este som com uma camiseta do Venom. Além das citadas, Some Thing ainda consta em seu track list com alguns temas bacanas como Alone, Searching, I wonder, Follow you, Cry, Pray, You, Heaven, Don´t belong 2 u, Cloud surfers e Feelings. Caso odeie este tipo de coisa nem tente ouvir. Caso não entenda o porque eu gosto de sons assim, prefiro que não me encha a paciência com discursos radicais. Eu ouvindo Lasgo ainda sou mais true que você ouvinte de extremo que posa de mal mas vai com a namorada pro show do Jorge e Matheus. E Lasgo é infinitamente melhor que tudo isso que rola hoje nas paradas de sucesso de plástico. Passe bem e viva a vida.

Duran Duran - Big Thing

Quando uma banda está na década em que foi concebida fica fácil ser estabilizado já que é o artista que da década em que está. A troca de décadas fez bem para alguns, vide exemplo o Aerosmith que começou nos anos 70 mas que nos 80 teve uma segunda chance de ser projetado a então década da onda e conseguiu emplacar hits. O mesmo valeu para o Heart, Yes, Genesis entre outros que conseguiram se adaptar nos anos 80 sem danificar suas contas bancárias. Na transição dos 80 para os 90, os excessos foram limados e o básico voltou. Outras tendências foram criadas pela mídia e quem estava nos idos de 84 no auge teve que lutar para se manter durante a década seguinte. O Duran Duran talvez seja uma das bandas das quais ficaram meio perdidas nesta transição. Sejamos sinceros: os anos 90 foram bons para eles? Sim e não. Sim, pois ainda conseguiram emplacar alguns hits mas não pois tiveram que lidar com os artistas que então lideravam as paradas. O Duran Duran nos anos 90 tiveram que ser os tiozinhos no cenário que não era o deles. A regra era: eu cedia as pressões ou declararia falência musical. Não pararam e deram continuidade nos discos. Big Thing de 97 pode ser um dos discos que sofreram com esta transição. O disco não é ruim, mas também não pode ser considerado um dos melhores ou a melhor coisa que fizeram. Simon Le Bon, Nick Rhodes e John Taylor gravaram um disco bom mas que passou longe dos clássicos mesmo tendo alguns bons momentos nele. I don´t want your love e All she wants is são as melhores faixas e com cara de hit, com cara de Duran Duran. Outras faixas podem ser destacadas como Too late Marlene e Drug ( it´s just a state of mind) que poderiam estar em alguma coletânea. O restante do material pode ser algo legal de se ouvir caso queira ouvir algo de forma descompromissada e sem necessidade que grude na cabeça. O problema que fui fazer o comparativo logo depois aonde ouvi o ao vivo Arena de 84 e a diferença chegou a ser gritante. Realidades diferentes e até mesmo duras de aceitar. Big Thing não valeria um disco novo por 30 reais. Talvez possa dizer que é um ótimo disco de 15 reais, não mais do que isso. Mas dê uma checada, vai que você gosta.....
Obs: Conforme o ano real deste disco ele é de 88 e não de 97 conforme consta no encarte dele.

Cult of Horror - Babalon Working

Antes de mais nada, tenho que enaltecer o trabalho que Ricardo Nadal está fazendo em prol ao som nacional. Nadal e Denis estão, cada um pouco, nos fornecendo obras maravilhosas. E veio em mãos mais uma grande banda de black metal carioca da qual tive o prazer em ouvir e ficar impressionado. Aqui não há nada "revolucionário". O que me cativou em Babalon Working foi justamente aquela pegada mais crua na linha do Celtic Frost em Morbid Tales, referência esta que tive ao ouvir as faixas deste disco. Outras bandas me vieram na lembrança mas foi Morbid Tales que me lembrou bem mais. Aqui a temática é satânica/ocultista e que álbum sensacional!!!! Após a intro, o que tive foram faixas extremamente cativantes do que o metal negro pode proporcionar a todos os seus amantes. Gravado por Sister Jeanne nos vocais, Carrie Ann Knife na guitarra e baixo e Hugo Golon na bateria o disco constam 7 faixas cruas porém bem feitas com os instrumentos bem timbrados para o estilo que praticam. Destaques para Rotten Club, Luciferian Doctrine, The new flesh, a já clássica Baphomet´s pose além de 6rind 6uts 6ore, Rape the night ( the cum blood) e o grand finale com a "romântica " Butcher ballad que encerra este play aonde o mesmo pode ser indicado para quem curte o black metal feito pela primeira geração e até gerações posteriores devem ter acesso a tal poderio metálico. O Cult of Horror é a prova que o básico nem sempre é menos e sim algo acessível mas ainda assim revigorante e aniquilador. Que venham mais " diabadas " das boas como esta.

Empire of Souls - Revenge Circle

Enquanto o novo disco desta banda fantástica não é lançado ao mundo para nós meros mortais, eis que numa das minhas compras acabei adquirindo este disco que se encontra fora catálogo a um bom tempo e por isso foi recebido com muita felicidade. Eu tinha uma vaga lembrança deste lançamento e ontem pude relembrar o quão este disco é soberbo do começo ao fim. Já contando com o frontman Mário César e seus vocais fortes e Cléber na guitarra, a banda na época era completada pelo baixista Rogério e pelo sempre excelente baterista Paulinho Ferramenta e foi com esta formação que gravaram um dos discos maléficos da história da música. Revenge Circle é um daqueles discos que só um fã do estilo irá assimilar sendo não indicado a ouvidos mais sensíveis a tais pedradas. Fora a proposta lírica que deixariam muitos com medo mas que para mim nada mais é do que uma interpretação artística do qual qualquer artista tem o direito de realizar realizando assim uma liberdade de expressão verdadeira.
As 7 faixas são matadoras e conversando com outros amigos meus sobre o disco, foi certeira a opinião de alguns em dizer que Revenge Circle é um dos melhores discos lançados por uma banda brasileira. E Mysteries of the moon, Revenge circle, Sentences of armageddom, Masturbate with the cross, Dark propecies of a new cosmic cycle, Memories of the autumn tears e Disgrace somente comprovam o que disse até agora.
Saca aquele disco que vicia a cada audição? Revenge Circle é um desses exemplos. E que venha logo o novo material pois com a formação que está atualmente tanto as novas quanto estas da primeira brutalidade gravada não sobrará quase nada após esta avalanche sonora chamada Empire of Souls.
Clássico absoluto!!!!!!!!!

Dio - Magica

Mais um grande ícone abordado e que possui um disco até então desconhecido para mim. Eu sabia que existia tal disco porém nunca tinha ouvido atentamente o conteúdo musical de tal obra. E acabo por descobrir que Magica é um dos melhores discos da carreira de Ronnie James Dio desde Holy Diver, The Last in line e afins. Além dele, neste disco tocou músicos de renome e talento como Jimmy Bain ( baixo, Rainbow), Craig Goldy ( guitarra) e Simon Wright ( bateria, AC/DC).
Nos anos 2000, um dos discos mais legais foi lançado e aqui há uma história por trás do conceito e há até uma faixa chamada Magica Story aonde Dio nos conta esta fascinante viagem que só ele fazia com maestria. Quando estas bandas chatas de power metal nos tentam fazer acreditar que eles escrevem obras "épicas e grandiosas" e você ouve este disco só mostra que bandas como Rhapsody of fire ou até o queridinho Sabaton falando de guerras são meras bandinhas de crianças que pensam ser adultas mas não passam de um bando de idiotas metidos.
Obras como Magica, Crimson Idol ( W.A.S.P.), Hall of the mountain king ( Savatage) entre outros sim são obras épicas e de conteúdo superior a estes moleques querendo fazer som de adulto.
Voltando a Magica de Dio, o disco vai girando enquanto a história vai seguindo e músicas estupendas aparecendo como o início apoteótico com Discovery e Magica theme. Dando sequência temos duas músicas que merecem destaque que são Lord of the last day e Fever dreams, sendo esta última inspiradíssima cuja levada é puro Dio. E como cantava este tal de Ronnie..... Outros dois destaques são Turn to stone e Feed my head cuja sincronia criativa entre vocalista e instrumentistas se torna perfeita e prazerosa de se ouvir e bate aquele orgulho de ouvir um disco bacana, de ter a oportunidade de realizar tal feito maravilhoso.
Recomendado para todos que ainda não tiveram a oportunidade ou mesmo não deram uma chance a este álbum. Apesar de altos e baixos, a carreira solo de Ronnie James Dio merece uma ótima pincelada pois constam grandes momentos como este descrito. Alguns amigos meus me falam que eu consigo ser imparcial. Outros dizem que eu literalmente entro de cabeça no disco. Eu prefiro dizer que, quando se escreve sobre o que gosta, tudo fica melhor pois há muitos demagogos que ama escrever bem de tudo somente com o intuito de ser "legal". Tudo bem que falar mal toda hora pode ser sinal de carência afetiva. Por isso, ter um equilíbrio é muito importante.
Puta disco.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Motörhead - Ace of Spades

Meus amigos que me desculpem mas terão que me esperar um pouco no barzinho logo mais. Sim, este mero formador de opinião não irá falar de nenhuma novidade pois 98 % de quem curte rock conhece Motörhead e este disco. Bom, pelo menos a faixa título deste disco com certeza até sua mãe já ouviu em alguma vez na vida. Falar de Ace of Spades é falar de um fantástico disco de rock que ultrapassa qualquer rótulo. Punk, metal, rock n´roll, não importa. Ambas as tribos rockeiras tem este disco como um de seus favoritos ou mesmo aquele disco para simplesmente curtir de forma descompromissada bebendo aquela cerveja gelada e papeando com os amigos, como irei fazer daqui a pouco. São graças a bandas como o Motörhead e graças a um ser chamado Lemmy que você conheceu vários amigos seus. Portanto dedico este disco a todos os meus amigos rockers.
Esta reedição da Voice Music veio bem caprichada tanto na qualidade de som quanto na arte gráfica com fotos e um texto falando sobre o disco considerado clássico absoluto do então trio formado por Lemmy ( vocal/baixo), Eddie Clark ( guitarra) e Philthy Animal Taylor ( bateria) que foi lançado em 80 e trouxe alguns daqueles sons que ainda farão muitos de nós curtir muito. Nas 12 faixas originais do disco, o que tenho em mãos são mais do que clássicos, são legados imortais para gerações futuras que quiserem entender o que o rock foi um dia.
Falar da faixa título é chover no molhado mas acho que Ace of spades é a faixa manjada mais legal de todos os tempos, daquelas composições que emocionam e agitam até o mais parado ser vivo. Arrisco a dizer que chega a ser um punk urgente com aquele baixo enfurecido e o vocal de Lemmy mandando todos para aquele lugar e lembrando a todos que eram o Motörhead e eles não estavam para brincadeira. Outras faixas como Love me like a reptile, Shoot you in the back, Live to win, Fast and loose, ( We are ) the road crew, Fire fire, Jailbait, Dance, Bite the bullet, The chase is better than the catch e The hammer não apenas representam o próprio grupo inglês e sim a representação máxima do que o rock n´roll pode lhe proporcionar de forma verdadeira e direta. Um dos discos que podem fazer você esquecer dos problemas da vida, esquecer da crise, esquecer que convivemos que seres cujo emburrecimento já tomou conta, enfim, nos fazer felizes é a tarefa de Ace of spades que nesta edição contam com 3 Bônus tão boas quanto o track list original e não há como não destacar Dirty love, Please don´t touch e Emergency que encerrou esta audição e me fez um ser mais forte para enfrentar o ou a imbecil que acha rock "tudo igual". Não, eles não compreendem e nunca irão compreender a grandeza e o orgulho de ouvir um disco como este entre outros desta maravilha ou de outras maravilhosas bandas que temos a disposição.
Uma coisa é certa: você tem todo o direito de não gostar de Motörhead ou achar que o Lemmy não era um cara legal. Mas, possui o dever de respeitar tais instituições pois artistas verdadeiros merecem meu respeito. Ace of spades não foi feito para jogadoras de bingo. Este disco foi gravado para quem é rockeiro de verdade. Discurso apaixonado? Sim, quando ouço um disco desta magnitude não há como não ser apaixonado por tal obra de arte tão rica e inspiradora. Viva Motörhead. Lemmy: hoje a cerveja e as risadas para com meus amigos são dedicados a você, Eddie e Animal.
Só se emociona quem ainda possui um coração batendo e sangue correndo pelas veias. Até mais....

domingo, 13 de novembro de 2016

Testament - Brotherhood of the snake

Não, eu não podia ir dormir sem antes tecer este texto falando sobre o disco novo do Testament. Não ouvi uma música sequer até adquirir o produto original pois queria ter a qualidade máxima para ouvir este petardo. O Testament foi uma daquelas bandas meio que injustiçadas devido a acusação de querer ser o Metallica mas que nunca conseguiu. Não sei se é verídica esta história mas quem acha isso esta perdendo tempo ao invés de curtir um baita som. Não quero entrar no mérito sobre quem é melhor. Eu prefiro ouvir ambas e concluir que cada uma delas faz seu som e ficar nesses comparativos torna-se chata a vida que poderia ser simples de viver. Ouvi algumas faixas do novo disco do Metallica e não há dúvidas que Hetfield & cia virão com tudo mas o papo é este arsenal de riffs chamado Brotherhood of the snake. Aqui temos mais uma vez a banda destilando um thrash metal cuja pegada insana já me fez abrir um baita sorriso já na faixa título, uma aula de como se fazer metal. Dane-se se é Thrash, Heavy... é metal e pronto. Chuck Billy continua sendo um gigante nos vocais e sabe como ninguém mesclar vocais melódicos e urrados numa mesma faixa. As guitarras de Eric Peterson e o mago Alex Skolnick estão mais afiadas do que nunca e uma cozinha que conta com o baixo de Steve Di Giorgio e com a batera sempre precisa de um cara chamado Gene Hoglan não seria certo vir com um disco meia boca. Aqui, este termo passa bem longe e nas 10 faixas temos o que todos nós queremos desses heróis que nos alegram naqueles momentos dos quais necessitamos daquele ombro amigo, mesmo que distante. Um disco deste porte é melhor do que qualquer consulta psiquiátrica assim como tantos que ouvimos no decorrer de nossas vidas. Além da faixa título citada, outras maravilhas como The pale king, Stronghold, Seven seals, Born in a rut ( fudida!!!!), Centuries of suffering, Black jack, Neptune´s Spear, Canna-Business e o encerramento em grandioso estiloso com a pedrada The number game deveriam ganhar uma premiação cada uma por se tratarem de obras de arte em forma de música. Sem sombra de dúvida, este disco está no pódio dos melhores do ano com direito a champagne e comemoração deste quinteto vencedor. E ofereço este disco a todos os meus brothers e minhas sisters que assim como eu vibram por discos tão lindos quanto esse aqui.
Ligeiramente emocionado. É assim que termino minha noite. Até...

Led Zeppelin - Para não gostar, basta ser surdo. para não ver talento, basta ser estúpido.

Este final de semana me proporcionou o que eu resumo como a vida como ela deve ser. Não preciso de muito luxo ou quase nenhum, somente o necessário para ser feliz. E para finalizar esta noite de Domingo, nada melhor do que ouvindo Led Zeppelin e sua musicalidade cuja riqueza nos faz ouvir mesmo não sendo a sua banda de cabeceira. Como alguns amigos mais próximos sabem, não sou aquele ser apaixonado pelo grupo formado por Robert Plant ( vocal), Jimmy Page ( guitarra), John Paul Jones ( baixo) e John Bonham ( bateria). Listaria algumas bandas das quais me encantam mais que eles. Louco? Não, de jeito nenhum. Todos temos nossas bandas favoritas e na opinião humilde deste que vos escreve, Lynyrd Skynyrd soa mais prazeroso do que Led Zeppelin. Isso é apenas a minha opinião e ninguém é obrigado a concordar comigo.
Mas, ao contrário do que alguns pensam ou interpretam, eu nunca falei que não gostava. Seria uma estupidez tamanho família dizer que não há talento aqui. Afinal, estamos falando de 4 monstros sagrados do rock e seria uma heresia dizer que Page não é um guitarrista bom. O cara é um monstro na guitarra!!!!! E Bonham? Esse aí nem prefiro comentar: o cara era simplesmente sobrenatural. Jones fazia seu baixo adquirir um groove sensacional e Plant é um cara que simplesmente aprendeu a lidar com o tempo e sempre cantar de forma primorosa.
Esta parte do Box set lançado em 93 traz dois discos trazendo algumas faixas que não entraram nos discos normais entre outras que acabaram aparecendo nos discos mas que não foram singles. Produzido pelo próprio Page e George Marino, o material me fez viajar na música Zeppeliana que percorre estes dois discos e me sinto mais rico culturalmente. Uma compilação que começa com Good times bad times, você espera o que? Outras pérolas podemos encontrar aqui como We´re gonna groove, That´s the way, You shook me, Black mountain side, How many more times, I can´t quit you baby entre outras. Sabe uma banda que lhe faz ouvir duma forma zen? Led Zeppelin tem esse feeling que chega aos meus ouvidos duma forma sensacional.
Uma banda como o Led Zeppelin é essencial para mostrar ao paspalho que ama enaltecer que rock é tudo pesado, barulhento e que o vocalista só "late". Eu sei que dialogar com um ser humano pobre de cérebro é complicado mas se calarmos nossas bocas, só irá restar este tipo de imbecilidade no mundo. Esse é um dos motivos dos quais ignoro boa parte das pessoas ditas "normais" devido a incapacidade de dialogar comigo acerca de música e achar que somente esse produto de massificação é o legal.
Led Zeppelin finalizando e o disco novo do Testament iniciando. Aguardem resenha....

Guns n´Roses - Allianz Parque - 12/11/2016

Eu sinceramente estava pensando, logo após o término do show, como ia escrever esta resenha sem ficar emocionado. Estou mais sossegado, descansei, e assim resolvi digitar algumas considerações acerca desta noite que, com exceção da chuvinha, foi a mais bela da minha vida. Sim, vi inúmeros shows sensacionais, ainda tenho alguns para ver mas para superar o que assisti ontem será difícil, muito difícil.
Fazendo um breve resumo do que o Guns n´Roses significa para este tio, volto lá pelos anos 90, quando uma nova banda estava despontando para o mundo e estava angariando mais e mais fiéis para esta religião comandada pelo porta voz Axl Rose. Como qualquer artista em evidência já tinham aqueles pentelhos que achavam legal falar mal da banda e não era difícil ter pessoas taxando de modista quem curtia a banda. Bom, uma coisa tenho a dizer: que se fodam pois estou aqui falando da banda em 2016 e só mostra  que a "moda" ainda não passou. E lembrando aos detratores que Appetite for Destruction completa 30 anos ano que vem.... O Guns foi a minha banda preferida durante muito tempo e mesmo não estando mais no meu pódio ainda me arranca emoções ao ouvi-la pois suas músicas passaram naquele teste que só o tempo determina quem é quem e o estádio do time verde mostrou que a moda está longe de passar. Falando exclusivamente de Axl Rose, o que este cara significa em minha vida é algo sem tamanho para determinar o quão importante é este cara em minha vida. Sim, ele sempre foi conhecido pelos seus ataques de nervosismos mas olhando para isso eu vejo o contrário: um cara que não aceita tudo que falam, um cara que possui uma personalidade própria e forte. É claro que sua personalidade difícil acabou causando a separação da banda mas mesmo assim ele fez o que quis e driblou gravadora, empresário e toda a indústria musical mandando um foda-se bem grande para tudo isso. Ah, eu li comentários sobre o cara "não estar mais bonito como antes" ou " está gordo". Um lembrete para essas idiotas: Axl sempre cagou e andou para este lance de ser o galã. E agora mais do que nunca, ele quer estar no palco apenas para fazer o que gosta: música. Rock não é para ser bonito e sim subir num palco e quebrar tudo.
Sim, teve uma época em que não acreditava mais no Axl, neguei completamente a minha presença nos shows que o então Guns vinha fazendo no Brasil pois não via aquilo como sendo o que um dia eu acreditei. Dj Ashba pode ser um baita guitarrista do Sixx A.M. mas o guitarrista do Guns chama-se Slash. O mesmo vale para Bumblefoot, cabeça de pipoca.... Slash toca melhor do que todos estes com um braço só.
Anunciada a reunião, fui conferir em vídeos os primeiros shows e a minha ida ontem foi o que eu pude constatar: os shows estavam matadores e Axl cantando muito, renovado e pronto para mais uma chance de colocar a banda no lugar certo: no topo.
Portanto, o clima para assistir este acontecimento histórico estava ótimo em volta do estádio que ainda rendeu uma ida ao Shopping Bourbon para um rango e ainda um café. Dentro do local, com os amigos, o clima estava mágico e quem curtis mesmo era notado. Sim, tinham um monte de paraquedistas que estavam ali pela "balada" mas este é o preço que temos que pagar pela grandiosidade da banda.
O show de abertura que pertenceu a Plebe Rude foi boa, bem executada e algumas músicas conhecidas aqueceram a galera. Agora, o que não cola mais são os discursos de que " foram escolhidos pela própria banda para abrir os shows" ou " que é uma honra estar aqui dividindo o palco com o Guns" entre outros blá blá blas que não convencem mais. Todo mundo sabe que estas bandas de abertura, em sua maioria, são cobradas para abrir shows internacionais e mais ainda: duvido que o Clemente seja realmente fã de Guns. Me poupe....
Aí veio a ansiedade, a espera pelo show do ano, pelo show da minha vida... Entrando PONTUALMENTE no horário, a banda já iniciou a festa com It´s so easy e foi difícil conter a emoção, estava enfim assistindo um show do Guns n´ Roses!!!!!! E foi assim até o final e neste momento todo rolou outras pérolas enigmáticas do rock como Estranged ( porra!!!!), Coma ( surreal), Civil War, Welcome to the jungle, Live and let die, Better, Chinese Democracy, entre outras que até o final apoteótico com Paradise City rendeu momentos de alegria dos quais nunca mais irei esquecer.
Outra coisa bacana foram os covers, em destaque o trecho de Layla tocado pela banda e com Axl no piano para anteceder outra grande momento com a faixa November Rain, cuja obra prima pode ser dita como épica. Nightrain foi outro grandioso momento, puta riff maravilhoso, solo, tudo.
Faltaram sons? Sim e não há problema algum nisso pois uma banda com a bagagem que o Guns possui acaba faltando sempre alguma faixa. Para mim não faltou nada e posso descrever esta noite como uma noite daquelas que farei questão de contar para meus sobrinhos. Curriculo Vitae? Eu tenho. Não fui gerente nem presidente de nenhuma corporação. E nem ligo, sabe por que? Porque shows assim valem mais do que qualquer promoção, trabalho, esposa, filho....
E vou encerrar por aqui pois lágrimas estão correndo de meus olhos neste exato momento. Obrigado Guns n´ Roses!!!!!!

domingo, 6 de novembro de 2016

Vulcano e Infector - Boteco do Valongo - 05/11/2016

A música nos ajuda num monte de coisas das quais nem temos noção ás vezes mas ter como trilha sonora algo que você deposite sua paixão é algo que ninguém tira de você. Não serão modas pasteurizadas nem massas manipuladoras que irão tirar isso de você. Sendo ouvinte ou integrante de qualquer banda, todos estamos neste momento mágico que é traduzido em forma de música e ontem a noite mais uma vez tive a comprovação de que quem curte som de verdade não se deixa levar a negativismos tão facilmente. Tanto o Vulcano quanto o Infector provaram que, quando temos paixão por aquilo que ouvimos e tocamos, podemos chegar em algum lugar. Não, essas duas bandas não querem tocar no Morumbi para 230 mil pessoas nem ficarem milionários. Quer dizer, seria uma ótima não é mesmo? Mas caso fosse de forma plástica aonde a maioria vai só para tirar fotinho do celular e vir com jargões do tipo " o show foi top" é preferível que toquem para um público restrito porém cativo e sincero que está ali porque realmente gosta do som e não para tirar selfie.
Ontem eu vi o retorno de uma das melhores bandas de death metal de todos os tempos e se baseando nos dois discos lançados, o Infector não deve nada a nenhuma banda gringa e fica pau a pau com inúmeros ilustres do estilo. Me julguem ou me chamem de puxa saco mas eu sou mais o Infector do que o Cannibal Corpse. O som que Marcello Loiacono e cia pratica é semelhante a aquelas bandas sensacionais como Bolthrower, Dismember, Benediction entre outras que são interessantes ao mesclar peso com algo mais cadenciado e algumas partes rápidas. Hoje contando com Leandro ( vocal, Ninurta), Edu ( baixo) e Paulo Mariz ( bateria) ao lado do nosso riffmaster, a banda está muito melhor do que a primeira formação e não estou desmerecendo os antigos integrantes pois eram músicos sensacionais. O Infector hoje em dia está mais carniceiro e promete um futuro promissor pois as músicas novas apresentadas estão entre as melhores já lançadas por eles e lógico que entre as melhores do death metal mundial. Contando ainda com covers de Countness Bathory do Venom que ficou sensacional e Iron fist do cidadão que nós conhecemos. Um show que ficou na história, na minha história. E um adendo ao Marcello : o cara detém alguns dos melhores riffs, guardem este nome!!!!!
Terminado o Infector veio o Vulcano e sua aula de metal extremo de sempre. Falar do Vulcano é falar sobre a história do metal não só nacional e sim mundial já que muitos caras do black metal europeu, mais resumidamente na Noruega, tem o Vulcano como uma referência máxima junto com Sarcófago e Sepultura da fase Morbid Visions. A banda que estão com os guitarristas Zhema e Gerson, o baixista Carlinhos, o batera Arthur e o frontman Luiz Carlos Louzada transita num momento único e ver estes caras tocando seus clássicos é algo que incentiva qualquer um a continuar acreditando no sabor que a vida nos proporciona. Tocando o clássico Bloody Vengeance na íntegra e mais músicas diversas, a banda chega a ser sobrenatural no palco tamanha pegada e técnica. Os anos de estrada só fizeram bem aos mestres e digo que, mesmo que você não curta o tipo de som praticado pela banda, possui o dever de respeitar estes senhores. Zhema poderia estar em casa de pijamas e dormindo mas estava lá mandando clássicos como Death metal, Total destruição, Guerreiros de Satã entre tantos belos temas metálicos. O baterista Arthur, além da simpatia de sempre, mostra ser o melhor batera de metal daqui, como este cara toca!!!!! Carlinhos é um show á parte, sempre incentivando a galera a agitar e se mostra um monstro no baixo e Gerson parece que está na banda desde o começo tamanho o entrosamento que o mesmo apresenta e ontem não foi diferente.
Enfim, esta foi uma noite recheada de clássicos, amigos e um puta clima sensacional que nos encarar os perrengues do dia a dia com sangue nos olhos e não deixando nos rebaixar pois somos mais fortes do que estes imbecis modistas ou nas palavras de Roberto Opus, os ditos netbangers que só ficam ali falando asneira mas que dorme de luz acesa mediante medo de ouvir um metal sendo METAL.
Sempre costumo dizer que o artista merece todo o reconhecimento pois o que eles fazem por nós, música, não tem preço que calcule tamanha prestatividade para conosco.
E com licença que hoje tenho show do Ratos e semana que vem.... ah, deixa para semana que vem.
Que fase a minha amiguinhos!!!!!!!
Obs: agradeço desde já as visualizações e comentários acerca deste espaço e saiba que antes de mais nada sou apenas um cara que gosta de opinar acerca das coisas a meu redor. Obrigado de coração!!!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Lighthouse Family e Lisa Stansfield encerram esta noite de feriado

Antes de finalizar esta noite ( que está rolando ainda Lynyrd Skynyrd) antes de ir dormir venho mais uma vez escrever sobre alguns artefatos que pego de forma descompromissada e gera resultados surpreendentes. A música pop nos anos 90 trouxe uma certa sofisticação em relação aos anos 80 aonde a cor abundantemente colorida e a própria música ia na mesma caminhada. Mas, com a chegada da nova era musical, a música como um todo ficou mais enxuta e no pop não foi diferente. Até artistas que foram extravagantes como Madonna e Cindy Lauper, passando ainda pelo Duran Duran focaram menos no visual dando enfase na música. O duo formado pelo vocalista Tunde e pelo faz todo o resto Paul Tucker gravaram algumas músicas pop bem legais e que geram uma memória afetiva pois me lembra muito certa época de minha vida na qual ainda tínhamos uma rádio tocando coisa legal e que ainda revelava talento ao invés de simples jabá gratuito como nos dias atuais. E o Lighthouse Family simbolizou como ninguém esta época. E neste Ocean Drive temos alguma pérolas daquela época como a bela faixa que abre o disco, Lifted, que já mostra o que teremos no restante do disco que ainda traz Loving every minute, The way you are, What could be better entre outras. Além das faixas normais, alguns remixes constam nas faixas Bônus e ficaram tão legais quanto as originais pois não descaracterizaram as faixas e sim deram um brilho a mais.
Outra que apareceu durante os anos 90 foi a deliciosa Lisa Stansfield e seu disco auto intitulado. Ela na capa, com aquele olhar e aquele penteado curtinho lembrou Madonna na fase Erotica mas o som difere da minha Rainha. Várias cantoras adotaram este tipo de pop na virada da década mas Lisa gravou algo bem refinado e recomendo ouvir para relaxar e diferir um pouco do rock. Ouvir este disco degustando de um ótimo vinho pode ser uma pedida sensacional. E faixas como Never Gonna Fall, The real thing, I´m leavin´, Never, never gonna give you up, Got missing you e a excelente Footsteps são os destaques mas um conselho é ouvir ele como um todo, com calma e de forma despojada. Só lembrando que a mesma veio ao Rock in Rio em 91, caso alguém lembre...
Aqui foram duas das inúmeras exemplificações de como a música pop pode ser acessível, gostosa de se ouvir mas sem ser vulgar e popularesca. E antes que venha dizer que tais artistas não são "metal verdadeiro", um aviso: muito cara de banda de metal ouve inúmeras coisas fora do estilo que toca pois só burro para acreditar em purezas. Música boa será boa, independente de rótulos que possuam.
Fui...

Lenny Kravitz - Um cara julgado de forma errônea possui na verdade um talento fantástico

No que acabei de ouvir os discos deste cara, fui dar uma volta para conversar com dois amigos e passarmos uma tarde bem bacana falando sobre inúmeras coisas de nossas vidas e dentre elas a música estava presente. Eu e meu brother Carioca chegamos a comentar sobre o Lenny Kravitz e como o som do cara estava fresco em minha cabeça, não faltaram de minha parte elogios a musicalidade deste cidadão, apesar de possuir algumas pisadas na bola. E uma das coisas que o Carioca disse foi mais ou menos o que eu penso: que apesar do talento, Lenny Kravitz acaba sendo alvo de preconceitos musicais pelos mais rockers devido o cara ter uma certa pose e ser do mainstream. É certo que o mesmo nunca deixou de apresentar sua versão de canastrão sempre no estilo. Mas torna-se uma grande injustiça julgá-lo musicalmente por causa do visual. Porque sua mistura de rock clássico com algo ligado a música negra rendeu e rende várias músicas e discos legais. E aqui tenho um pedaço do que é sua discografia, começando com o fantástico Mama Said, lançado em 91 e desde aquela época o cara mostrava que, ao invés de ficar chorando por causa de preconceitos raciais, o cara tinha um talento acima da média e sempre fez a diferença nas paradas de sucesso. Um dos convidados especiais neste disco foi um cara chamado Slash que recentemente voltou para uma banda chamada Guns n´Roses. Além de Slash, o disco contou com a participação de Sean Lennon, filho de você quem sabe quem é. Aqui o cara simplesmente toca todos os instrumentos e canta, além de compositor principal mas ajudado pelos convidados em algumas faixas. O destaque principal do disco chama-se Always on the run, um rockão cheio de groove com direito a um solo inspirado de Slash. Além dela, ouras faixas tornam-se prazerosas como Stand by my woman, It ain´t over ´till it´s over, All i ever wanted entre outras. Recomendo uma audição urgente e você irá conhecer um Lenny Kravitz que pode surpreendê-lo. Já a outra pedida até para quem optar por algo mais amplo o cara tem a coletânea simplesmente chamada Greatest Hits e como o nome diz, traz as melhores faixas e aqui temos algumas obras de arte como Are you gonna go my way, Fly away, Can´t get you off my mind, American woman ( quero ver quem sabe de quem é esta música), I belong to you, Believe ( o solo final na música é de emocionar) entre outras. Aqui, a nova música era Again, uma daquelas baladas que um cara do porte de Lenny Kravitz tem a manha de ser o bonzinho mesmo com pose de canalha mulherengo.
Bom, após ler isso deveria ouvir mais e reclamar de menos pois é fácil sair julgando aparência. O difícil é reconhecer que talento aqui tem de sobra. Basta descobrir. Bye...

Seal - idem

Este disco é um dos 5 duma leva que comprei por um preço bem convidativo numa semana na minha faculdade aonde eram vendidos ainda livros a preços bem pequenos. E este disco me pegou numa curiosidade sobre o que encontrar num disco deste talentoso cantor. Uma vez fui assistir a um show do Seal no antigo Credicard hall ( hoje Citibank) e sai de lá de boca aberta graças ao espetáculo que assisti. Um clima agradável, músicas bem feitas, músicos competentes e o astro principal demonstrando uma simplicidade fora de série. E neste disco, todo aquele clima voltou como uma daquelas lembranças gostosas que te fazem sair de onde você está e ser teletransportado para aquela noite bonita.
Lançado em 94 e após o sucesso do disco anterior graças a faixa Crazy, Seal gravou um álbum de música pop do jeito que tem que ser. Nas 10 faixas ( + um reprise de Bring it on) uma musicalidade foi ouvida de forma atenta e caso venha com discurso radicalóide de que música pop não presta ou mesmo que venha me chamar de Maria vai com as outras, um aviso: se eu fosse por opinião de amigo, não teria metade do que eu tenho aqui em casa e gostaria de tantas outras bandas que muitos amigos meus gostam mas que não me fazem muita graça.
Falar deste disco é lembrar logo de cara da faixa que rendeu uma trilha sonora no filme do Batman ( aquele) chamada Kiss from a rose. Pode soar simples num momento inicial mas ouvindo ela de forma atenta irá descobrir algo mágico nela. Exagero? Não sei mas que eu achei foi exatamente isso.
Mas este disco não se resume somente a ela e o restante das faixas deve ser ouvida com a mesma paixão pois são estupendas como a já citada Bring it on passando por Prayer for the dying, Dreaming in metaphors, Don´t cry ( perfeição) entre as outras faixas super legais e me fazem pensar numa garota da minha classe cuja beleza, caso fosse traduzida num disco, seria mais ou menos na linha deste álbum.
Atualmente o que vemos na música pop são artistas cada vez mais focados na imagem e em bizarrices das quais fico meio perplexo. Sinto falta de cantores como o Seal nas paradas. Afinal, uma parada de sucesso que já teve Kiss from a rose, ter músicas medonhas como as do Justin Bieber é algo a se preocupar. Os ídolos pop estão mudando e da forma medonha que vemos hoje em dia....

Chateaux - 3 discos lançados pela Classic Metal reforçam o quão boa era a banda.

Em primeiro lugar, acho que temos um dever de agradecer um cara chamado Denis Pedro Zuliano pelo serviço prestado a favor da boa música feita, pelo serviço para quem quer apreciar e conhecer mais algumas bandas de metal que ficaram meio que esquecidas. Porque convenhamos, quem conhece Chateaux a não ser aquele público mais descolado? E esta parcela de pessoas interessadas pela banda recebeu com muito entusiasmo estes relançamentos, incluindo este que vos escreve. Digo mais: caso fosse desses caras ricos, uma das minhas prioridades seria realizar shows com bandas que acabaram ou que nunca vieram ao país. No caso do Chateaux, teria que reunir no mínimo umas duas ou formações pois iria gostar muito de ter Steve Grimmett para cantar as faixas do estupendo Chained and Desperate de 83 incluindo tocar as duas faixas que saíram em 82 do single. E já inicio a resenha falando deste que pode ser considerado o melhor disco e consta com 8 faixas de arrepiar. Destaque? Experimente ouvir Spirit of Chateaux e não se emocionar.... que música sobrenatural!!!! Instrumental forte e um vocalista fora da média era a junção certeira num disco que ainda contava com a faixa título, Burn out the dawn, The dawn surrendered, Straight to the heart, Baton rouge, Son of Seattle e Shine on forever aonde Grimmett desafia a lei da ciência vocal e detona como nunca.
As faixas do single apareceram aqui também e são igualmente matadoras e são elas Young blood e Fight to the last. Discoteca básica é pouco, isso é algo para guardar e mostrar para gerações futuras a importância do Chateaux, independente se ela vendeu milhões de cópias ou não pois quem vangloria discos vendidos não curte música e sim apenas status...
Infelizmente Steve Grimmett priorizou a carreira do então emergente Grim Reaper e acabou deixando o projeto e isso deixou os integrantes um tanto inseguros quanto ao futuro da banda. Mesmo assim, foram lançados Fire Power de 84 e Highly Strung de 85 que, mesmo sem a presença de Grimmett, mantiveram aquela garra da banda em produzir discos legais e músicas do porte de Highly Strung, Turn it on, Hot touch at midnight, Phalanx, Chase the sun, First strike, Rock n´roll thunder, Eyes of stone, Run in the night entre outras. Além do cd, no encarte ainda consta informações acerca dos 3 discos além dos integrantes que tocaram e até dedicatória de um dos caras para a Classic Metal. E com este mesmo positivismo, vou adquirir mesmo sendo de modo tardio os discos do Acid, uma banda da qual não conheço tanto mas tenho quase certeza que será de extrema importância ouvir os discos e me armar contra esta maré massificadora que invade a sociedade como uma ressaca na Ponta da praia. E um dia quero dar um abraço neste cidadão chamado Denis e agradecer pessoalmente a emoção de poder ouvir Chateaux da forma que acho correta: original e com um ótimo som.
E dedico esta resenha para todos meus amigos que gostam de som. Porque historicamente falando, a música é música e qualquer rótulo é apenas um mínimo detalhe.
Uma salva de palmas para o Chateaux e para Denis Pedro Zuliano pela alegria proporcionada a todos nós.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Frank Zappa aparece mais uma vez em 3 discos soberbos.

Sim, parei o tempo. Estava precisando para um pouco com as minhas obrigações do dia a dia. E hoje um assunto do qual não convém falar aqui veio a tona e confesso que fiquei ligeiramente puto com tal conversa. Não vou citar culpados ou inocentes ou mesmo o que ocorreu mas tenho que sempre lembrar as pessoas que me acompanham: não se espantem com NADA que irão ler aqui. Se há algo do qual não sou dotado é de hipocrisia ou até puxa saquismo agudo. Falar bem somente para agradar não foi e nunca será meu lema. Mas, falar mal para ter uma certa "fama" também não é legal. A música foi inventada lá atrás para unir as pessoas e não para desunir. Sim, há coisas das quais não sou apto a sentir amor e carinho mas não fico falando toda hora. Lembre-se que na história mundial, quem ficava martelando a mesma ideia na tua cabeça recebia o honorável nome de ditador.
Sim, estamos numa era em que é legal falar mal para se sentir bem. Se para alguns isso é recompensador, para mim não agrega nada a vida. Falando sobre nosso artista citado, não é das tarefas mais fáceis gostar da obra de Zappa até porque a genialidade caminha lado a lado com uma maluquice sensacional aonde o senso de humor precisa estar num nível acima dos 50 % senão a chance de não curtir é bem grande. Ouvi dizer que Frank Zappa não pode ser considerado rock. Porque? O rock virou manual básico de bom mocismo e ninguém me disse nada? Desde quando isso... Se o Zappa não é rock eu não sei. Acho que ele mesmo não ia aguentar certas imbecilidades de rotular sua rica música já que Mr. Z sempre foi um ser multifacetado e sempre pronto para mais alguma aventura musical, gostando ou não do ia sair. Portanto, caso fique nessa de rótulo, mude de blog e vá ler algo manjado.
Iniciando esta trinca temos o estupendo disco Freak out juntamente com o Mothers of Invention que foi lançado em Julho de 66 mas engana-se que esta foi a primeira coisa que gravou pois Zappa já atuava em outros projetos e bandas. Aqui temos uma música divertida e indo contra a maré sempre pois ao contrário de algumas pessoas mal humoradas, Zappa sabia como ninguém falar mal de quase tudo sendo engraçado. E aqui temos faixas do calibre de I ain´t got no heart, How could be i such a fool, I´m not Satisfied entre outras faixas bem sacadas tanto musical quanto lírica.
Outra obra digna de conhecer é Joe´s garage. De 79, este disco dividido em 3 atos, temos Zappa narrando o que acontecia na garagem do tal Joe e mais faixas malucas porém sublimes como On the bus, que é muito bacana e sarcástica. Aliás, é algo difícil entender as piadas de Zappa mas você acaba rindo mesmo assim pois o segredo aqui é se divertir. Mas, em meio a outras faixas como Catholic girls temos uma das mais lindas canções feitas na face da Terra e ela se chama Watermelon in easter hay. Trata-se dum instrumental e o solo doce de guitarra e forte candidata a rolar naqueles finais de tarde na leitura de algum bom livro. Viram? Os malucos também amam....
Finalizando por ora a audição da obra deste gênio, tenho em mãos Them or us de 84 e dá-lhe mais musicalidade aliada a bizarrice positivamente falando. E faixas como In France, Sinister footwear II, Stevie´s spanking entre outras belezas da arte mais bela do mundo. Uma curiosidade: nesta época já despontava para o sucesso um certo Steve Vai que ouviu os conselhos do professor e se tornou um dos caras mais criativos dos quais tenho notícia mas que ao mesmo possui uma chatice mas que não deixa minha pessoa desrespeitar este mago da guitarra. O disco fecha com uma versão amalucada de Whippin´post do The Allman Brothers band que ficou no mínimo inusitada mas vindo de quem veio... isso é Frank Zappa.
Pois é meus amigos e minhas amigas, agora posso dormir com a consciência tranquila de um dever cumprido com a música e sempre alertando o quão é importante gostar do que você realmente gosta e não do que os outros querem que você ouça. E mais uma vez agradeço a este senhor por me enriquecer e cabe uma frase importante: se alguém chegar perto de você e disser que é perfeita, corra imediatamente. Pessoas assim me dão medo. Frank Zappa também fugiria de gente assim....

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Running Wild - Rapid Foray

Sim, estou diante de mais uma banda da qual preciso me redimir e pedir desculpas por ignorar sua obra por todo este tempo. Rolf Kasparek ou Rock n´rolf precisa entender que ás vezes somos falhos e eu de certa forma falhei em em ter falado um dia que Running Wild era chato. Calma amiguinhos, vocês não irão ler este tipo de resenha para aberrações como Rhapsody of Fire, Sonata Arctica, Edguy, Primal Fear, Sabaton entre outros malas. Mas o Running Wild não é qualquer porcaria e sim uma puta banda cuja discografia será desbravada por este que vos digita de forma empolgante e sim, terei mais pérolas para ouvir dentro em breve. Mas enquanto os outros discos não chegam, vamos ao mais novo lançamento dos caras, Rapid Foray que promete ser um dos melhores discos ouvidos por mim neste ano. Empolgante do início ao fim, o estilo clássico da banda volta a reinar após dois discos de volta bem abaixo do esperado e caso curta o que de melhor fez a banda um dia, volte a dar seu crédito para Rolf e cia.
Faixas do porte de Black skies red flag abrindo um disco traduz que a diversão está somente começando e quem não curtir heavy metal de verdade aconselho ir regar flores no jardim ao som das bandas citadas acima. Aqui não há espaço para frescura ou mesmo para metidos a intelectuais que amam atitudes golpistas ou mesmo que adora falar de ditadura mas ama Cuba. A sequência com a sensacional Warmongers dá continuação brilhante ao disco que ainda possui Stick to your guns, uma faixa daquelas de emocionar todo e qualquer ser humano que ainda possui um coração batendo. A faixa título é outra bela obra de arte das mais refinadas, uma aula de riffs e interpretação vocal raçuda. A instrumental The depth of the sea é outra maravilha da sétima natureza reinante, para chorar agradecendo a todos os anjos pela escolha de ser rockeiro. Outra faixa para erguer os braços de felicidade é Black Bart, um hino de guerra para sair num navio e atacar orcs ( para você Caio Mário). O disco encerra com a soberba Last of the Mobieans, uma daquelas faixas de encerramento aonde não há outra coisa a fazer do que agradecer ao Running Wild por acender a paixão por ouvir sua discografia a partir daqui.
Caso você já acompanhe a banda, faça um bem a si mesmo: compre este disco e ouça tantas vezes for necessário e agradável. Heavy metal traduzido duma forma honesta. Nada mal para uma terça feira hein?

Roadie Metal Volume 8 - Vários

Enfim chego ao último disco e espero que não termine por aqui. Graças a Roadie Metal descobri algumas bandas sensacionais, cujo talento equipara a atitude de querer mostrar algo de ótima qualidade em meio a tanta porcaria que vemos aos montes. Nesta coletânea dupla, temos bandas legais ao lado de outras que ainda precisam de uma dose maior de arroz e feijão preto para chegar a um nível bacana perto dos destaques desta compilação.
E dentre os destaques temos o Claustrofobia com Metal Maloka, o Torture Squad com Return of evil, Death Chaos com a maravilhosa faixa From the dead they will rise, a minha descoberta Jailor com a estupenda Stats of Tragedy além do Crookhead com a igualmente ótima Via crucis e Haumette com estranha porém bacana Changed Heart, uma espécie de black meio industrial se não tiver enganado.
Já no segundo disco mais algumas pérolas como o Black Triad com R.I.P., o surpreendente Heaven´s Guardian com a positiva Dream, o já resenhado Moby Jam e seu Homem de gelo e Blancato com Laís, outra ótima agradável surpresa. Não me compete citar as bandas não tão legais assim pois posso até ser maldoso com alguma delas mas uma parte daqui carece de música, duma pegada mais encorpada e mesmo quando o instrumental é bom o vocal entra para estragar a festa toda. Mas no geral, esta compilação tem para todos os gostos dentro do rock e pode ser um apanhado do que rola no país e mostra que som pesado pode ter várias facetas, bastando escolher qual a melhor se encaixa em seu gosto. Longa vida a Roadie Metal!!!!!!!!