Com uma bagagem desde 2012, os caras estão na luta e gravaram um interessante disquinho do qual possuo até hoje.
Na sequência a pancadaria do Usina trouxe aquela pegada do Sepultura do Chaos a.d. para o Boteco, num show brutal e com letras mais do que na cara. Formada em 2004, a banda vem angariando fãs e seus shows são sinônimo de violência sonora. Destaques para o vocalista Rafael que comanda de forma bem legal a galera além do excelente guitarrista Tadeu Neto, um discípulo da escola Dimebag com riffs pesados e cheios de emoção. O baterista Fábio Minhoca espanca as peles sem piedade e a baixista Bruna simplesmente não está na banda somente porque é bonita e sim porque possui talento e atitude para tocar seu baixo. Outra coisa a favor do som do Usina são as letras em português que geram uma realidade mais nua e crua, sem muito amor nem carinho. Saíram do palco com o dever cumprido. Show devastador.
E por falar em devastador, o Surra já um habitual monstro que quando sobe num palco está disposto a detonar tudo e todos. Somente 3 caras são o que precisam para tocarem seu som porrada e também letras em português e bem realistas. O que falar dum disco chamado Bica na cara? Leeo ( guitarra e vocal), Guilherme ( baixo) e Victor ( bateria) mostram pruma sociedade que a realidade é cruel e que as pessoas precisam acordar o quanto antes. Puta show e mostram que estão cada vez mais afiados.
E fechando a noite.... João Gordo e cia. Falar dum show do Ratos já virou algo como dizer que o céu é azul ou que a água molha. Estão há mais de 30 anos fazendo o que muitos não fazem: arregaçam as mangas sem ficarem chorando. E ver uma figura emblemática quanto o nosso querido João Gordo no palco é e sempre será um momento único. Não me importo nem um pouco com seres da chamada "inteligência" musical brasileira metidos a pensadores. Para mim, o meu porta voz chama-se João Gordo, o cara que não precisa de poesia barata nas suas letras para retratar a realidade do Brasil. Suas letras dão um pau em qualquer uma que o Chico Buarque escreveu. E se for levar para outros "gurus" como
João Gordo no show de ontem no Boteco do Valongo. |
O show em si é aquela festa só aonde o recheio são os clássicos de ontem e hoje como Amazônia nunca mais, Suposicollor, Morrer, Crucificados pelo Sistema, Crocodila, Conflito violento entre tantas outras pérolas geniais. Terminado o show, voltei para casa feliz da vida por mais uma noite regada a som, contestação e amigos maravilhosos. Fui!!!!