segunda-feira, 12 de março de 2018

Charlie Parker e Oscar Peterson me trouxeram uma musicalidade fantástica.

Após escrever acerca dum evento de bandas de som extremo, nada mais significativo de mudar um pouco o ar e ir para esta praia ás vezes complexa para alguns mas irresistível para outros tantos. O jazz como forma musical não é fácil em algumas horas mas num momento em que você coloca estes discos para rolar, bate aquela sensação de paz e harmonia tamanha que você agradece aos céus por tais joias lançadas pela Folha de São Paulo. Num encarte bonito, além do disquinho vem um livretinho falando acerca do artista, faixas e algumas curiosidades acerca desses grandes gênios da música. Começando pelo grande saxofonista Charlie Parker, o cara foi nascido em Kansas e desde cedo mostrou uma aptidão faminta pelo jazz e desde moleque já arriscava tocar e com treinamentos cada vez mais intensos, o mesmo mostrou que foi um dos melhores do gênero. Mas ao mesmo tempo que tinha a genialidade para a música, acontecimentos pessoais o fizeram ser viciado em heroína e em álcool desde cedo chegando a comprometer seu lado profissional culminando em faltas em ensaios e performances constrangedoras. Morreu cedo, aos 34 anos, mas deixou um legado maravilhoso e aqui constam 16 faixas que passaram tão rápido tamanha a qualidade e ao mesmo a forma gostosa que canções como My little suede shoes, Lover man, Repetition, Just friends, Night and day e Now ´s the time afloraram em meu quarto duma forma sensacional.
Indo para o pianista Oscar Peterson, este camarada nascido em Montreal no Canadá também desde cedo foi criado numa família cujo pai opressor praticamente fazia os filhos tocarem piano e algum instrumento de sopro. Como Oscar sempre se mostrou interessado na música, não levava a linha dura do pai como um mal negócio mostrando que alguns paus moles de hoje são leite com pera demais sendo que faltam pais mais rígidos como o de Oscar para dar uma lição a esta geração de adolescentes mimados. Causando furor entre o público e uma certa repudia da mídia, o mesmo encarava as críticas da mesma forma e sempre foi um cara que nunca se rebaixou para ninguém. Alguns acusavam temas como Night train, West coast blues, Love for sale ou mesmo Gal in calico complexos demais mas sinceramente o que me passou foi sim uma música desafiadora porém eclética e acessível aos ouvidos deste que vos digita.
Estas séries são recomendadas pois além da música há toda uma história inda de cada desses músicos. Datado? Som de tiozão? Conservador demais? Metido a inteligente? Deixo os comentários para vocês. Uma coisa é certa: ouvir música por ouvir ou mesmo por ser da moda ou pior ainda, ouvir porque todo mundo ouve.... Prefiro ser inteligente, conservador, tiozão ( eu sou tio da Luísa) e datado do que ser mais um zé ninguém manipulado que não acrescenta em nada não passando dum ser acéfalo e inútil. Boa tarde....

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