domingo, 19 de fevereiro de 2017

Velho - Senhor de tudo - Vida longa ao primitivo

Encerrando as resenhas, por ora temos mais um disco desta que é uma das bandas mais legais vindas da área extrema nacional. Uma banda que se chama Velho o que esperar? Olhando a capa, não há dúvidas de que o lance é ser old school até a medula e adentrando o encarte consto as funções dos integrantes. Senhor de tudo foi gravado em 2012 e contou com a seguinte formação: T. Splatter ( baterias de fogo), R. Lopes ( invocações graves) e T. Caronte ( adorações noturnas). Sentiu o drama? E as 4 faixas trazem aquele metal ora black metal ora speed ora o que for de mais desgraçado e brutal dentro do metal e recomendo muito ter Uma trilha de pegadas, O poder é real, Perto dos portais da loucura e Senhor de tudo e curtir muito cada riff, cada vociferação perpetuada. Já das faixas 5 até a 9 temos Vida longa ao primitivo, gravado em 2009 e dá-lhe mais exemplificações de como ser brutal e old school. Saca só a formação na época: T. Splatter ( batendo), V. Tenebra ( violando), T. Caronte ( odiando) e R. Chaos na função de discordar. e mais faixas brilhantes como a emblemática Newton Misantropo e a Mesma velha história que poderia servir de lição de quem fica chorando porque ninguém quer ver tal banda. Ainda no disco há um ep de 4 faixas ao vivo em estúdio.
O Velho traz aquela atmosfera old school, aquele som feito para poucos curtirem e para muitos acharem barulhento e ou simplesmente achar um "lixo". Mas quem disse que seria fácil? Quem disse que fazer metal extremo dá dinheiro? Ou você acha que o Velho almeja tocar no Morumbi lotado? Quem está nessa não está para ser rockstar nem comedor. Está, antes de tudo, porque ama o que faz e acredita num ideal que conforme dito anteriormente, são para poucos assimilarem.
Parabéns Velho por alegrar a minha vida!!!!!!!!

Rotting Christ - Sleep of the Angels

Uma banda da qual nunca soube ficar acomodada. O Rotting Christ, assim como outras bandas no final dos anos 90, resolveram dar uma experimentada no som. Foi uma época em que o estilo parecido meio batido e com tantas bandas fazendo o mesmo som, a saída dos grupos já consagrados foi mudar um pouco o foco do som. Algumas mudaram para nunca mais voltar ao som de outrora, outras mudaram mas ficaram no meio termo entre a sonoridade renovada mas não esquecendo do que fizeram antes. E o Rotting Christ nesta época ficou nesse meio termo. Sleep of the Angels seria um disco cuja sonoridade mais gothic rock deve ter deixado aquele ser que habita numa caverna bem bravo já que ele não aprova que a sua banda do coração mudar. O logotipo ficou mais legível e o som foi no mesmo barco, apesar de ainda conter os elementos de crueldade em sua música. Em 10 temas, aqui temos o Rotting Christ com um pouco mais de melodia e um cara chamado Sarkis deveria ser conclamado o gênio do século ou um dos pois o que ele faz em suas composições é de dar um tapa na cara de quem acha que artista deve permanecer sempre no mesmo lugar somente porque uma meia dúzia fica exigindo uma truezice babaca e atrasada. Cold colours, After dark i fell, Victoriatus, Der perfekte traum, You my flesh, The world made end, Sleep the sleep of angels, Delusions, Imaginary zone e Thine is the kingdom estão entre as melhores duma discografia que ainda contém muito mais. E quem se lembra daquele show em Santos aonde 50 pessoas presenciaram o show dos caras? Engraçado que muitos dos que se achavam o trues não foram e eu, justamente eu que sou um baita poser da cena, estava lá. Acho que, entrando nesta linha de pensamento, quem sustenta as bandas são os posers. Se poser é ser eclético, trabalhar, pagar contas e não bancar ser o que não é então sou grato por ser poser e não um true pois o true não trabalha, não vai para shows nem adquire material original.
Brincadeiras a parte, eis um baita disco do qual recomendo para quem quer ouvir acima de tudo uma banda de metal cuja qualidade chega a ser tocante. RECOMENDO!!!!!!

Immortal - Diabolical fullmoon mysticism

Após o Sunstorm, vamos para o mais gélido Black metal cujo os praticantes sabem muito bem do que estão fazendo. O Immortal sempre me despertou um interesse pois sempre lançaram discos soberbos. Ontem tive a chance de iniciar minha discografia deles em formato original com este que é um dos melhores discos do estilo em minha humilde opinião. um álbum que traduz o que o black metal deve ser, sem frescuras mas sim dotado duma musicalidade importante para se fazer tal som. Contando com Abbath ( baixo/vocal), Demonaz ( guitarra) e Armagedda ( bateria) na época do lançamento, encontrei em Diabolical fullmoon mysticism o que o estilo como um todo que traz sempre. Com um som cru porém rico, os 6 temas aqui são sensacionais e caso não tenha ouvido ainda, aconselho fazê-lo. Com direito a título de clássico, temas destruidores e amorosos como The call of the wintermoon, Unholy forces of evil, Cold winds of feneral dust além das restantes do álbum são acima de tudo uma enciclopédia metálica. Não sei como a banda irá funcionar sem Abbath mas a verdade é que não será a mesma coisa sem este impagável frontman. E uma pena que Demonaz não poder mais tocar devido a problemas de saúde já que mostra ser um guitarrista de mão cheia e aqui ele se mostra tão inspirado quanto.
Mais uma vez agradeço de imenso coração o black metal por me tornar um ser humano cada vez melhor e feliz.

Sunstorm - Edge of Tomorrow

Após Emotional Fire, o projeto Sunstorm capitaneado pelo CEO da Frontiers e estrelado nos vocais por ninguém menos do que Joe Lynn Turner, chega a mais um disco e que baita disco!!!!!! Trazendo aquele hard rock com referências AOR , temos aqui mais 11 faixas daquelas de ouvir em casa numa manhã de domingo de sol com direito a estar com a Elizângela do lado explicando DRE. Se você ver quem é a Elizângela irá entender do que estou falando....
Com certeza, este disco estará em meu mp3 para poder ouvir na rua ou mesmo dentro da faculdade com um monte de estudantes de medicina e pronto: a trilha sonora está garantida. E cabe ressaltar que todos brilham mas é inegável que a estrela do projeto é Joe, com seu vocal impactante e sim, ele cantou no meu disco favorito do Deep Purple, Slaves and Masters. Aqui temos o cara detonando em sons como Don´t walk away from a goodbye, Edge of tomorrow ( para ouvir no repeat!!!!), Nothing left to say, Heart of the Storm, Tthe sound of goodbye, The darkness of this dawn, You hold me down, Angel eyes, Everything you´ve got, Tangled in blue ( pegada muito foda) e encerrando com Burning fire este disco mostra a qualidade dele como um todo e como Joe Lynn Turner é importante neste tipo de sonoridade. Não consigo imaginar este projeto sem os seus vocais..
Enfim, um daqueles discos dos quais temos que guardar não somente na prateleira mas sim, em nossos corações. Portanto, faça um favor: adquira isto agora mesmo, ouça e depois faça outro favor em comprar este cd original. Todos irão sair ganhando, inclusive você. Hard rock, AOR, não importa. O que importa é este disco ser uma das obras primas deste século.

Ace of Base - The Sign

Após The Bridge, o Ace of Base retorna ao lar deste que vos fala com o disco de maior sucesso deles, The Sign. Lançado em 23 de novembro de 1993, o euro pop da versão atualizada do ABBA fez bonito e ouvir este disco me trouxe novamente tempos passados que foram bons. Eu já era um fã de Nirvana, Metallica, Guns n´ Roses, Skid Row e de som pesado em geral mas sim, eu já ouvia Ace of Base e achava muito legal. Portanto, as pessoas que ficam nesta onda de cagar regras impondo o que deve ou não ouvir já não colava comigo meu amigo e minha amiga. Aonde está que não pode ouvir heavy metal e Ace of Base? Acho que, se o cara só quer ouvir um determinado nicho de mercado musical, ele pode e deve acreditar no que lhe cabe melhor. Mas que não venha estabelecer a sua realidade como sendo a realidade universal e única.
Retornando ao disco, o mesmo apresentava temas radiofônicos sensacionais como a faixa título, um pop bem gostoso de se ouvir. All that she wants também possui uma levada leve e bem bacana assim como Happy nation que chega até ser hippie de tão clean que é.
O disco como um todo é bem uniforme e a chance de ouvir algo costurado passa bem longe. Se não gosta de música pop, o melhor é passar longe. Agora, se caso quiser rolar um disco com o intuito de simplesmente se divertir sem aquela preocupação com rótulos, uma chance de ouvir como a música era nos anos 90 e até para aqueles que xingavam o Ace of Base na época, um amostra de como estava errado tamanha a porcaria que invade cada vez mais as cabeças ocas que presenciamos por aqui.
Ter a mente aberta, acho eu, é uma das melhores sensações que existem na vida.

Janet Jackson - 20Y.O.

Janet Jackson saiu duma família cuja vida não era lá muito fácil. Seu irmão, um certo Michael Jackson formou o Jackson 5 mediante a rigorosa supervisão do pai. Michael foi para carreira solo e se tornou o maior astro da música pop. Só que, com a fama vieram também toda a pressão que o show business parece aplicar encima dessas pessoas e Michael chegou a ser acusado de pedofilia, negado pelo próprio rapaz logo após a morte do cantor. Nesse tramite todo, sua irmã Janet construiu uma carreira solo, colocando alguns hits nas paradas mas não chegou a um décimo do que seu irmão foi. Mas, ao invés de ficar choramingando uma possível sombra do irmão, ela prosseguiu e chegou inclusive a fazer um dueto com Michael na faixa Scream. 
O tempo passou e estou com este disco que me pintou como uma curiosidade de ouvir algo dela fora os hits. Aqui temos ela enveredando sem a menor vergonha para um mesmo tipo de som que Mariah Carey fez. Um som pop mas bem influenciado pela R&B atualizada, com direito a participação de medalhões como o fanfarrão Nelly em Call on me. So excited também aposta nesta linha com participação de Khia ( quem é?) e não faz feio não. Mas é nítido que Janet quer fazer aquele jogo de sensualidade bem típico deste meio, numa espécie de "coroa que ainda dá um caldo".
Já o lado mais melódico dela está em Love 2 love, com sua voz doce e um diferencial no quesito vocais limpos. 
No final das contas, o que ficou registrado foi um disco de música pop que precisa ser ouvido sem a exigência de ser igual ou melhor do que a obra feita pelo irmão dela. Porque, o que Michael Jackson fez, será sempre único e ninguém irá chegar a seus pés. Janet Jackson não é a única em não conseguir tal feito entendeu?

Bob Dylan - Modern Times

Eu me rendi a este senhor. Naquela regra básica da vida de que nós temos que dar chance as pessoas, sim, eu dei uma chance a Bob Dylan e sua música adentrou neste lar duma forma pacífica, com muita qualidade e intimidade tal como praticamente toda a obra que este cara gravou e ainda quer gravar, mesmo estando com seus 75 anos. Lógico que não farei igual a revista época ao comparar a "velhice " de Mick Jagger com a de um trabalhador braçal mas uma coisa é certa: com tanto cansado musicalmente falando, ter Bob Dylan ainda produzindo e gravando é algo que representa a salvação. Modern Times faz parte duma trilogia feita pelo cantor aonde temos um Dylan completamente mandando o "foda-se" para qualquer moda fonográfica e uma total despreocupação em ter algum hit tocando no rádio ou mesmo no carnaval da Bahia. Aqui é a música desprendida de regras e as 10 faixas estão entre as mais legais que ouvi na vida como por exemplo Thunder on the mountain, Spirit on the water, Rollin´and tumblin´, que começam o disco chutando bundas acostumadas com o óbvio. Outras faixas como Beyond the horizon e a faixa que encerra o disco, Ain´t talkin´ poderiam ganhar qualquer prêmio musical e a recente premiação do Nobel da paz a Dylan graças aos serviços prestados para a cultura e bem estar só reforma a tese de que um cara chamado Bob Dylan merece a "babação" de ovo feito por alguns milhares de fãs espalhados no mundo. Lógico que mostrar este disco para um ser de cabelo pintado de loiro, bermuda espalhafatosa e camiseta da oakley seria o mesmo que ensinar uma anta a pilotar um avião. Mas para quem ouve música com o intuito de tornar-se culturalmente mais forte e não como poluente sonoro, este disco será de ótima escolha.
Obrigado Bob Dylan!!!!!

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Rihanna - A girl like me

Pois bem, mais um disco da Rihanna adentra em minha casa com aquele misto de legal com nem tanto. Expliquemos: ela possui músicas legais mas em contrapartida mantém um dos mais chatos agrupamentos de "fãs" que "amam" tudo que ela faz, que ela é "diva" e "arrasa" entre outros termos chulos. Nunca tive a chance de assistir algum show dela e o pouco que assisti naquele rock in rio pude ver que ela não é tudo isso que proclamam por aí. Ela pode ter o dom de estar em faixas emblemáticas como Umbrella ( pode falar o que quiser mas esta música é muito legal, um pop muito bem feito), Please don´t stop the music ( outro grande exemplo de pop) e na melhor música por ela interpretada, a sensacional California king bed. E em participações, um dos sons do dj Calvin Harris ela brilha num dos temas do qual não lembro o nome mas trata-se de algo muito legal e estimulante em ouvir. Mas analisando friamente, Rihanna possui uma voz fraca ( mas característica ) e convenhamos: se tirar a maquiagem, os photoshops da vida e todo o glamour encima dela poderia qualquer uma daquelas meninas que ficam trabalhando de caixa no Extra ou mesmo uma piriguete um pouco mais gostosinha de loja no gonzaga. Conheço meninas que são bem mais lindas que ela, é fácil detectar. Se ela não fosse uma diva, estaria fazendo meu pedido em algum fast food da vida e só. Mas falemos de A girl like me. O disco lançado em 2006 traz mais algumas daquelas músicas pop que a cantora é habituada a cantar e alguns momentos acabam sendo bem legais como Unfaithful, We ride e Final goodbye. É certo que ela adora pôr um reggae travestido de pop nas músicas mas até que quebram o galho como Kisses don´t lie e Dem haters. Não seria aquele disco essencial mas já que pintou na minha mão de forma fácil, não recusei. Porque, mesmo não sendo um disco nota 10, ele rola de forma satisfatória e perto de tanta merda existente por aqui, a Rihanna seria a Billie Holiday.
Indicado somente para quem goste de pop mas sem exigir muito. E nada contra a alaguém que trabalhe nas funções citadas acima. Apenas fiz uma simulação de como seria ela caso não fosse uma cantora. E há meninas lindas trabalhando em tais departamentos que são bem mais bonitas que a Rihanna. Mas ela é a Rihanna, a "diva".... Quando este pessoal parar com tais retardadices agudas e ser mais seletivo quanto elas enquanto artistas de verdade, algo será melhor e não teremos tantas picaretas fingindo ser algo que não são: cantoras.

Rod Stewart - Greatest hits

Ah que tarde de sábado maravilhosa. Sol, tempo bonito e um som rolando pode ser algo prazeiroso desde que feito da maneira correta. E escrever mais algumas coisas acerca de música só preenche um vazio que muitos possuem mas não se tocam disto. Como na canção The sound of silence da dupla Simon & Garfunkel, as pessoas conversam sem dizer algo e ouvem artistas que não emitem um som. E olha que esta música foi escrito há muitos anos.... Mas a verdade é que o quesito conteúdo está cada vez mais sendo perdido e as pessoas estão apenas respirando quando na verdade deveriam estar pensando, evoluindo, lendo algum livro ou mesmo tendo contato com música de mais qualidade. Enquanto muitos ficaram chapando com álcool em baladas que não dizem nada, eu fiquei em meu aconchego ouvindo discos legais e um deles foi este best of de um cantor que, se hoje está mais para um cantor de churrascaria de quinta, um dia Rod Stewart foi um cantor espetacular e gravou músicas maravilhosas. Isso sem contar que o mesmo integrou o Faces, portanto mesmo não curtindo o que ele faz atualmente, o respeito por este cara será sempre acrescentado mesmo nos momentos em que ele parece uma versão atualizada do Roberto Carlos.
Em 10 faixas, este disco consta de sons animalescos como Hot legs, Do ya think i´m sexy, I was only joking e baladas sensacionais como Sailing, Tonight´s the night e The first cut is the deepest que com certeza serviu de trampolim para Rod pegar várias mulheres ao contrário dos garanhões de butique dos quais temos informações por aqui.
Não seria a primeira opção para ter mas este Greatest hits seria um aperitivo para uma carreira inicial que recomendo ouvir. Fique atento e pare com este preconceito bobo de metaleiro radical.....

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Simply Red - Greatest hits

Após o black metal do Malkuth, nada melhor do que uma música pop para dar aquela acalmada nos ânimos e mostrar que música boa não precisa de regras: ela irá existir de qualquer forma. Devo ter resenhado sobre a banda de Mick Hucknall ( mais conhecido como o vocalista e único membro da banda que aparece nos clips) mas como pintou este disco, um best of, me senti a vontade para lembrar o quão pobre está a música pop atualmente perto de artistas do porte deles. Sem querer bancar o velho ranzinza mas se antes tínhamos o Simply Red, hoje temos que ter grupos medíocres como Maroon 5 que consegue ser mais chato do que aula de gestão de custos.
Em 15 faixas, este Greatest hits traz alguns temas sensacionais como a abertura com Holding back the years, um tema bonito e que toca a alma de quem ama música de verdade. Afora esta temos outros momentos pop sensacionais como Money too tight to mention, The right thing, It´s only love ( obra prima) e A new flame. As baladas sempre foram um forte desta banda e sons enigmáticos como You´ve got it e If you don´t know me by now além da espetacular e doce For your babies estão entre as mais lindas do mundo musical em geral. ótimas vocalizações, instrumental tocante. Stars é outra que consta aqui e sim, um tema pop muito bem construído e que me faz lembrar duma época boa.
Lógico que lhe indicaria a coletânea dupla lançada anos depois por conter mais temas e ser bem mais completa. Mas caso ache esta, pode pegar sem medo. Saca aquela música para agradar a namorada num jantar a luz de velas? Ou mesmo se divertir ou até mesmo manter uma sensação de paz e harmonia? Eis aqui uma ótima chance para tais oportunidades. Ou você quer animar algo rolando Justin Bieber?

Malkuth - Extreme Bizarre Seduction

Uma das graças de ouvir som é escrever sobre um disco de um determinado estilo mas estar ouvindo algo completamente diferente do que está sendo escrito. No momento que estou digitando sobre este grupo sensacional de black metal, Simply Red está em meu som e na vibe deste disco pop muito bem feito, vamos ao Malkuth. Eu já tinha adquirido algo deles o que me fez ter este disco. Quem espera do black metal como um todo saberá o que encontrar em Extreme Bizarre Seduction : brutalidade, rispidez, blasfêmia inteligente e sem dó e claro, o ser que inspira esses caras mais conhecido como Satã ou Cramulhão ou Rabo de Seta. Aqui os caras fazem uma espécia satanismo erótico e não se espante em ler temas como Embrace of lesbians goddess ou mesmo My crucial story about Jesus- Sinner. Destaque também para o cover de Feast of the grand whore dos gregos do Rotting Christ, outra banda que dispensa comentários no quesito inovação.
Se por um lado em algumas vezes acho o black metal muito levado a sério, também é de reprovar o preconceito de algumas pessoas referente ao estilo e acusar o mesmo de ser mal tocado, saiba que o black metal é uma das formas de artes mais belas e sinceras que existem.
Uma dica para a turma da Cena ou mesmo a Trinca trazer para nós aqui na baixada, o Malkuth entra no meu hall de bandas não só do black metal e sim de todo o metal em geral, nacional e internacionalmente falando. Puta som!!!!!!!

Grand Funk Railroad - E Pluribus Funk.

Estou num momento em que, ao mesmo tempo que ando para frente e não esqueço das novidades, estou descobrindo também algumas preciosidades lançadas antigamente mostrando que música boa destoa de época. Pode ser um disco de 1971 ( que é o caso deste aqui) ou mesmo um disco de 2017. A música boa irá sempre ter seu lugar cativo na prateleira de quem consome música de maneira correta. Numa época em que o termo funk era algo musicalmente rico, aqui temos uma banda essencialmente roqueira mas que não esconde sua vontade de colocar um groove animalesco em seu som. Mark Farner ( guitar, harmonica, organ/vocal), Mel Schacher ( baixo) e Don Brewer ( bateria) sabiam como ninguém isso e fizeram deste E Pluribus Funk algo de dar água na boca de tão magnífico que empolga até um cansado ser humano que trabalhou o dia todo mas que ainda tem ânimo para escrever sua impressão acerca de discos assim. Em 7 temas aqui temos uma musicalidade rica e caso queira descobrir uma parte do que foi os anos 70, ouça este disco agora mesmo. Destaques para People , let´s stop the war, I come Tumblin´, Save the land, No lies e Loneliness que encerra de forma pomposa este disco que ainda tem Footstompin´music e Upsetter. E mostra o que um trio pode fazer em termos de sincronia e eles faziam mais do que 5 caras num palco. Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin pode ser a trinca do classic rock mas uma é certa: uma banda da magnitude do Grand Funk poderia bater de frente com qualquer um desses grupos. Ouvir estas bandas é de grande importância mas ficar somente resumido nesses 3 e não ampliar seu leque para outras bandas fantásticas que apareceram na época seria uma preguiça de minha parte. E Pluribus Funk é mais do que uma mera audição. É uma aula, uma dádiva do qual nunca irá se arrepender. Nem preciso dizer o quanto recomendo este disco para quem ainda não ouviu. Portanto, pelo bem de sua vida, ouça.

The Corona Lantern - Consuming the Tempest

 Escrever sobre música é algo que me dá um prazer enorme. Poder descrever o que achou de algum determinado disco é algo do qual temos que nos orgulhar e sempre ser sincero quando algo é bom ou ruim. Esta banda causou-me aquela impressão maravilhosa logo de cara ao ouvir pela primeira vez este disco lançado em 2015. Trata-se daquele doom metal com referências de Slugde com uma certa atualidade no ar. Desde a arte gráfica até o som, aqui cheira a ambição e passa longe de ser chato. Dividido em 7 temas, temos 7 temas dos quais é impossível eleger uma faixa como sendo o carro chefe já que todas elas, cada uma em particular possui o dom de envolver o ouvinte numa viagem maravilhosa a um mundo distante daqui, sem o stress do dia a dia. Vertical whispers, Sleeping on warm ashes, Apathy that resonates, Imcompatible structures, A ray of black light lantern, Beneath the leaves of solitary e Consuming the tempest são, sem demagogia nenhuma, temas fantásticos e prontos para ouvir naqueles dias dos quais está de bem com a vida. Valeu cada centavo ter este disco sensacional!!!!!! Amantes do doom, experimente mais esta dose e não se arrependerá.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Lord Amoth - The Last Funeral.

Dando continuidade nas resenhas, mais uma banda que descobri e me passou ser uma grata surpresa. Numa dessas situações das quais não sabemos explicar, ao colocar este disco em meu som, foi constatado que mais uma vez o black metal detém uma das melhores participações dentro do cenário pesado aonde bandas sempre legais fazem a festa e sim, temos um cara como centro de atenção, o Lord Amoth que toca e vocifera toda sua indignação e sua adoração ao senhor de chifres que habita o lado de baixo do planeta. A capa trazendo um ser de corpse paint cortando seu pescoço com um canivete deve ser analisada como algo engraçado aonde levar a sério chega a ser falta de humor por parte de quem se perturbar com isso. Ou você não conhece black metal? O som da banda, completada por Gus Angel Ripper na bateria e um convidado J. Demetrio nos teclados, baixo e guitarra, é um black metal ora rápido ora cadenciado e até apresentando um toque nobre de heavy metal tradicional nos solos de guitarra. É algo que não irá mudar sua vida ou revolucionar o metal. Mas, trata-se dum disco muito bom e mostra que o black metal nacional anda produzindo mais e mais discos de muita qualidade e buscando sempre interagir quem simplesmente quer ouvir desgraceiras do porte Perversion of the goat, The angel with horns, Welcome to my funeral entre outras. Um dos destaques também é ter o selo Violent Records do caro Batata, mostrando que o mesmo dificilmente irá ter alguma banda ruim em seu cast.
Sem mais palavras, recomendo para quem curte o metal negro ouvir esta banda e este disco. Divirta-se!!!!!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Motörhead - Orgasmatron

Nada como após uma audição de Ummagumma, ouvir algum disco do Motörhead. Um dos poucos itens que não tenho destes ícones, Orgasmatron revelou a minha pessoa ser um disco bem legal, divertido e com aquela pegada rock n´roll que sempre foi a marca da banda e seu líder, talvez um dos únicos a ser íntegro e ter acreditado em sai mesmo. Lemmy foi mais do que um homem. Este senhor mostrou ao mundo do rock como ser ele mesmo e ainda ser respeitado por uma grande parcela de pessoas, sendo ou não fãs de Motörhead. Esta edição, além das 9 originais, temos versões ao vivo de On the road ( Killmister) e Steal your face e ainda uma versão da faixa Claw. Outros destaques aqui se encontram nas maravilhosas Deaf Forever, Nothing up my Sleeve, Ain´t my crime, Mean machine, Ridin´with the driver, Doctor rock e a faixa título que 99.9 de quem começou a ouvir rock nos anos 90 descobriu graças a um grupo brasileiro que lançou um disco chamado Arise. Sem dizer qual é a melhor versão, apenas agradeço aos anjos da guarda por esta faixa ter existido pois quando ouvi a versão do Sepultura foi como se tivesse tomado aquela voadora bem certeira no peito.
Se caso ache que Motörhead é somente os discos com a formação clássica, reveja seus conceitos pois Lemmy e cia souberam gravar discos sensacionais dos quais merece sua atenção e chance. E Orgasmatron seria uma das belas aquisições ao lado de Another Perfect Day, 1918 e March or Die. Obrigado Lemmy!!!!!!!

Pink Floyd - Ummagumma

Em 1969 o mundo da música vivia uma época aonde artistas gostavam de contestar e provocar o público com algo complexo e provocador, a ponto de fazer você amar ou odiar mas nunca ser indiferente. E nada nem ninguém imaginava que após Sgt. Peppers ninguém faria algo tão inovador para uma época aonde o conceito de viagem estava ligado a certos hábitos ilícitos. E uma das bandas que levou tais conceitos a limites extraordinários foi o Pink Floyd e se há um disco que traduza tal viagem este é Ummagumma. Sinceramente, não é um disco que você indicaria logo de cara para quem nunca ouviu os caras. Este seria a antepenúltima opção ( a penúltima seria The Wall por conter alguns temas belíssimos em meio a tanta chatice e Final Cut por motivos de cunho depressivo). Não se trata duma porcaria mas também não será o meu favorito da banda. E analisando ambos os discos, o primeiro cd temos 4 faixas sendo o destaque Astronomy domine, uma viagem sensacional e que foi gravada pelo Voivod caso tenha ido a marte nesses últimos 30 anos. As outras são aqueles temas dos quais você precisa de algo extra a fazer enquanto ouve esta primeira parte. E a segunda parte? Aí meu camarada, se caso achou a primeira etapa algo muito viajante para seu gosto, na segunda verá elefantes voando em seu quarto e até uma onça irá deitar na sua cama. Aqui o termo experimentação vira hit de rádio perto do que ouvi, tendo os integrantes tendo seus momentos solos e pode apostar numa coisa: eles não estavam bebendo suco de tamarindo.....
O disco é ruim? Não, não é. Como disse, Ummagumma não é o melhor da banda mas caso queira desafiar sua mente e ler aquele livro de suspense, tenha este álbum como uma trilha de fundo. Ou você acha normal ter uma música cujo nome é Several species of small furry animals gathered together in a cave and grooving with a pic? Mas calma: não se trata de um disco ao vivo do Emerson Lake and Palmer até porque você dorme durante a audição.... Desafie-se.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Matthew Sweet - Altered Beast

Finalizando a noite e dando continuidade nos discos sensacionais dos quais adquiri, eis um artista que sempre ouvi graças ao sensacional Som do Dias, apresentado pelo amigo Sérgio Dias. Um dos preferidos de Sérgio, não foi surpresa a empolgação que o mesmo apresentou quando demonstrei interesse em adquirir este disco. E compreendi o porque da alegria de Sérgio pois este disco de Matthew Sweet ( que não é irmão ou parente dos Sweet do Stryper) é fenomenal. Um dos momentos mais emblemáticos dum ser humano é quando ele obtém a chance, a dádiva de ter algo tão legal para ouvir em casa e ainda que limpa seus ouvidos das impurezas dos quais nós seres humanos nos submetemos neste dia a dia.
Altered Beast é acessível, melodioso mas ainda sim um disco que põe o ouvinte numa sintonia honesta em faixas espetaculares. Ouvir Matthew Sweet me trouxe a lembrança de quando a Blaster ficava na outra localidade na galeria ipiranga e era uma novidade estar ali dentro tendo contato com música legal. Devil with the green eyes, Someone to pull the trigger, Do it again, Reaching out, entre outras grandiosidades da música alternativa em geral. Uma das participações do disco é a inusitada aparição de Mick Fleetwood, baterista do Fleetwood Mac mostrando que Matthew possui moral entre os grandes. E quando você o ano de gravação ( é de 93), nostalgia vem e quando percebe embarcou na máquina do tempo da música. Uma aquisição de ótima qualidade e agradeço ao Sérgio pela qualidade no atendimento e na camaradagem de sempre. E agradeço ao Matthew Sweet por tornar minha coleção mais rica e longe das mesmices. Recomendo!!!!!!!

The Passion of Covers - A tribute to Bauhaus

Iniciando as aquisições na última feira de disco, começo com um tributo a uma das bandas mais esquisitas da história, o Bauhaus. Surgida na cena do gothic rock, a banda é uma das mais legais e mostra que a cena gótica ( apesar de haver muitas bandas que não necessariamente faziam gótico como o Christian Death que pratica death rock) é rica em artistas sempre propostos a mexer com a opinião das pessoas e fazerem jus a palavra "artista" já que atualmente vemos algumas mediocridades querendo ser algo que não podem ser. E ouvir este tributo me faz lembrar as festas do Madame, as festas do pessoal do Angst das quais pude ir em algumas edições e me divertir bastante entre outras festas que ficaram na memória numa época maravilhosa e de muito aprendizado. Tenho até hoje o dvd que o Dj Hades gravou de especial ao Alliance, item este guardado com carinho pois foi graças a este dvd que conheci muita coisa graças aos clips. Não, não estamos em tempos de lutas desnecessárias e sim de pacificações de extrema importância.
Voltando ao tributo, as 13 faixas tiradas para homenagear a banda foram escolhidas com um ótimo gosto e alguns destaques pude conferir como The Eletric Hellfire Club com a clássica Bela Lugosis´s dead. Outra pérola está na versão de The passion of lovers realizada pelo The Shroud, muito foda mesmo. E tem mais!!!!!! Ex - Voto com Slice of life, Faith and the Muse com Hollow hills e o sempre bem vindo Ikon com She´s in Parties além das faixas restantes farão a festa de quem aprecia o gothic rock como sendo uma forma de arte, um movimento que mistura romance e paixões tórridas.
Recomendado para quem aprecia música boa em geral.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mournful Tears, Ninurta e Grease animaram meu final de semana com direito a feira de vinil.

No último final de semana houve o que posso dizer de final de semana produtivo, com música boa rolando e, como sempre rola por aqui, sem o menor preconceito ou rotulações pois é assim que a música tem que caminhar. Na sexta feira, durante a Trinca dos infernos, organizada pelo nosso querido Batata, tive a comprovação do quão boas são algumas bandas daqui da baixada. Começando a noite com o black metal avassalador do Mournful Tears, a banda mostrou sem papas na língua o que é realizar um som por amor ao estilo. Formado pelos guerreiros Despotis ( baixo/vocal, também Ninurta), Mascarum e Vekum ( guitarras ) e Enki Nibiru ( bateria) o show que esses caras fizeram foi para marcar a história das Trincas aonde seu black metal foi executado de forma precisa, violenta e depressiva contra toda esta sujeira que ocorre mundo afora. Ambos são músicos soberbos mas é Enki Nibiru, mais conhecido como Reginaldo Tavares que deu seu show particular cuja bateria técnica e assassina deixou a mim e meu brother Rodrigo boquiabertos tamanha maestria para com o instrumento. E emendando este show em particular, veio o Ninurta que foi outra atração a parte executando seu doom metal com influências de My Dying Bride, Paradise Lost entre outras pérolas do Doom metal. Cabe ressaltar que o Ninurta ainda conta com a guitarra sempre precisa Edismon e o vocal único de Leandro, vulgo cabelo e um dos músicos mais legais do planeta. Mas o dono da noite foi ele, Reginaldo, que, fez dois shows , sendo que no Ninurta ele simplesmente roubou de vez a noite com uma performance de bateria beirando ao paranormal. Como toca este cara!!!!! Numa análise rápida, Reginaldo está no nível de Arthur ( Vulcano) e recomendo dar uma olhada em seu jeito de tocar bateria, tornando sua performance numa aula para quem quiser iniciar no instrumento. Mas sem esquecer os outros caras, igualmente músicos de alto calibre e mais do que prontos para alçar voos mais altos. Elogios estes que não couberam ao Nervochaos mas como não escrevo mais sobre banda que não gosto, deixo para quem é fã ou mesmo assistiu o show completo opinar a respeito mas uma coisa eu achei: que as duas bandas locais engoliram a banda da qual citei rapidamente.
Saindo do Trinca, pude ouvir a trilha sonora do filme estrelado pela cantora Olivia Newton John e o ator John Travolta que fez muito sucesso em seu lançamento mas que só agora pude me aventurar em ouvir por inteiro. E quem nunca curtiu alguns temas aqui ou mesmo nunca ouviu falar é porque está se fazendo de true pois isso tocou bastante, em especial Grease e Summer Nights. Outras faixas legais podem ser encontradas na trilha, todas cantadas com competência pela cantora loira e devo dizer que Travolta não fez feio na voz.
No domingo, meu final de semana foi encerrado com a feira de discos no gonzaga e que contou com o simpaticíssimo Kid Vinil que mandou uma discotecagem muito legal com direito a Nirvana e este que vos digita comentou com o próprio o quão atual continua sendo o Nirvana, recebendo o aval do Kid, um dos caras que mais entendem de som. Sérgio Dias também sempre simpático agradou a todos com um set bacana e parabéns as bancas de discos e cd´s já que estavam com preços justos e fui atendido muito bem, saindo desta feira com alguns cd´s que farei questão de resenhar mais adiante. Aguardem.....

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O Inimigo - Personalidades Plásticas / Imaginário Absoluto

Finalizando a noite e a rodada de discos adquiridos no domingo último, uma banda que me surpreendeu positivamente e que mostra a verdadeira cara do rock nacional. Formado pelo baixista do Ratos de Porão Juninho Sangiorgio e pelo ex CPM 22 Fernando Sanches, eles são responsáveis pelas guitarras muito bem timbradas e Juninho se mostra um ótimo guitarrista, com solos bem encaixados e construídos com o intuito de não ser nenhum virtuoso chato. Sanches, que fez parte duma das coisas mais chatas que foi o CPM 22, aqui aparenta estar fazendo o que realmente gosta. Completado pelo vocalista Alexandre Fanucchi, o baixista Alexandre Cacciatore e o batera Gian Copolla O Inimigo possui uma sonoridade melódica dentro do hardcore mas que contém com outras referências sonoras que só enriquecem os temas desses dois discos. Tanto Personalidades Plásticas como Imaginário Absoluto apresentam músicas enérgicas, prontas para animar seu estima e ouvir em qualquer momento. O inimigo, O que te faz errar ?, Under pressure, Imaginário absoluto, Sozinho em qualquer lugar, Destino fatalidade, Velhas verdades, Em passos disformes entre outras foram gravadas com o intuito de mostrar as pessoas que, independente de estilo, uma banda pode ser ótima ou uma tremenda presepada  não importando cidade ou país.
Curte aquele hardcore mais melódico cuja levada causa um certo positivismo e um sentimento de felicidade? O Inimigo para este que vos digita é a minha mais nova revelação, apesar da maturidade dos integrantes que não caíram de paraquedas do nada no que eles tocam. E mais: estes cidadãos ao vivo são até melhores do que no disco. Vai por mim.

Yes - Fly from Here

Ouvir este disco do Yes é mais do que ouvir um mero disco que tocando algumas músicas e sim uma aura momentânea que temos em nosso dia a dia muitas vezes rodeados por pessoas que nada lhe acrescentam na sua vida. Não gostam de música legal, não possuem um papo legal e por aí vai. Quando chego em casa e me adentro ao meu quarto, estou no meu santuário sagrado, estou em minha fortaleza abençoada por artistas que gosto. Este disco em principal me deixou bem contente em saber que tenho esta chance. Não compare com nenhum disco clássico da banda pois fará uma injustiça para com Fly from Here. E sabe por que? Porque o disco lançado em 2014 é fenomenal possuindo a mesma classe que outros discos da banda. Com logo e capa feitos pelo já experiente Roger Dean e a produção de Trevor Horn são alguns dos destaques que fizeram de Fly from Here um baita trabalho. Mas, temos que enaltecer músicos que estão acima de qualquer suspeita entre eles o saudoso baixista Chris Squire além do guitarrista e cara de professor de matemática financeira Steve Howe.  O baterista Alan White é outro monstro e mostra o porque de fazer parte duma banda tão perfeita quanto o Yes. Apesar da baixa de não ter o vocalista Jon Anderson, uma das melhores vozes do planeta, o novato Benoit David preenche com muita elegância a vaga de Anderson e canta muito bem, em alguns momentos parecendo o próprio Jon. E que faixas foram essas gravadas....
Em 11 temas, temos um ótimo gosto começando com a suíte para a faixa título dividida em 5 partes sendo as intituladas We can fly e Bumpy Ride os destaques num daqueles momentos que me fizeram delirar no bom sentido. O restante do álbum é tão bom quanto a suíte e faixas do porte de The man you always wanted me to be, Life on a film set, Hour of need, Solitaire e o grand finale com Into the storm só me fazem crer uma coisa: o Yes foi a banda que mais levou o termo progressivo a sério, ao lado do Genesis com Peter Gabriel que é outra aula magnífica. Em alguns momentos deste disco, me fez refletir mediante algumas coisas, relembrar fatos legais e um tempo bom que nunca mais irá voltar. São efeitos assim que mostram a que a música veio. Sua única função é fazer as pessoas felizes e eu agradeço esta entidade rockeira chamada Yes pelos serviços prestados a música e que Chris Squire esteja feliz e tranquilo aonde estiver e que ele saiba uma coisa: seu legado estará em meu coração para sempre. Este disco é ainda uma amostra de como somente o rock possui um ecletismo rico possuindo inúmeras bandas para ouvir. Conversando com meu brother Mussa no último domingo, chegamos numa conclusão de que a música é algo muito amplo para ser atrasado e rancoroso. E logo logo teremos um certo guitarrista por aqui, numa daquelas mudanças de horizonte que só o tempo mostra. Espere e verá.....

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Vulcano - Tales from the black book.

Fechando a noite em grande estilo, o Vulcano é aquela banda da qual não necessita provar mais nada a ninguém pois quem acompanha as bandas da baixada sabe da importância em ter uma banda deste porte por aqui. E uma banda não é aquela que fica fazendo discurso para boi dormir ou mesmo chorando pelos cantos querendo que o público compareça aos shows de forma forçada ou para dar aquela "força". Uma banda arregaça as mangas e que, mesmo sabendo das dificuldades em fazer som pesado aqui, faz sempre algo. E cada um possui suas funções. Eu sendo o cara que relata o que vivencio e as bandas que gravam e tocam ao vivo. Este disco lançado em 2003 foi também um dos últimos registros com Angel nos vocais e Zhema estava no baixo nesta época. Mas a batera tinha voltado a ser do monstro Arthur, um dos melhores do estilo sejamos sinceros.
E nas 16 faixas ( dentre elas regravações para Guerreiros de Satã, Total destruição e Dominios of death ) temos aquela aula, aquela lição de casa passada pelos professores do Diabo em riffs animalescos e faixas como Gates of iron, From the black metal book ou mesmo The sign om the door apimentando de forma mais do que especial um disco que recomendo para quem gosta de Venom. Não sei porque, ouvi muita coisa de Venom neste disco, em especial ao vocalista Angel, apesar de sua forma única de vociferar temas tão carinhosos aos meus ouvidos.
Faça um favor a si mesmo: antes de me olhar torto porque eu estava usando uma camiseta da Elis Regina no evento da Cena, verifique se caso você possui este ou qualquer disco do Vulcano em seu arsenal. Caso não possua, vá agora mesmo obter sua cópia ou será acusado de ser um tremendo dum poser. E viva o som extremo!!!!!!!

Martyr - For the Universe

E quando você tenta ouvir seus outros discos, eis que chega mais uma leva de discos bacanas que nos fazem esquecer um pouco dos problemas do dia a dia e do gosto cada vez mais horripilante das pessoas ditas " normais". Mais um disco daqueles que me fizeram estampar um sorriso e agradecer mais uma vez a Classic Metal por este lançamento e seu serviço prestado ao metal tradicional. E esta banda holandesa não conhecia, talvez de nome, mas nunca cheguei a ouvir. E mais uma aula de metal tradicional temos em For the Universe que de acordo com o resumo do guitarrista Rick Browman foi lançado sob outro nome e como uma demo tape. A então gravadora na época gostou tanto do que ouviram que propuseram a banda lançar isto em disco tendo o nome de For the Universe em 85. Aqui, você terá a chance de ouvir uma aula do que o heavy tradicional é acostumado em dar, com algumas exceções horrorosas que queimam o filme de forma constrangedora. Mas o Martyr não faz parte desta turma de trambiqueiros e tem muita qualidade aqui neste disco sim senhor!!!!!
Começando e terminando com o instrumental For the Universe, temos algumas faixas brilhantes como Speed of samurai ( fudida!!!!), The eibon ( outra instrumental soberba), Four walls, The awakening e Black sun, todas sensacionais e como eu já tinha dito, uma aula para quem acha que heavy metal é Edguy e Rhapsody. O restante da banda formado pelo vocalista Gerard Vergouw, o guitarrista Marcel Heesakkers, o baixista Antoine van der Linden e pelo baterista Elias Papadopoulos também fizeram algo marcante, inclusive o vocalista Gerard que é um dos melhores do gênero fora o trabalho incrível de guitarras, com riffs certeiros e mortais.
E trata-se de mais um daqueles discos que nos fazem encontrar com os amigos e ficarmos horas descrevendo a alegria que é ouvir um trabalho tão marcante como este. O heavy metal, sinceramente falando, foi feito para poucos ouvirem. Tentar explicar o tesão que é ouvir um disco desses para uma pessoa de fora do esquema é lavar a cabeça de um burro com sabão, sendo o pobre animal não merece tal comparação ou referência para certas pessoas. Apesar de ser eclético, ter a benção de ouvir heavy metal me faz um ser humano melhor, muito melhor. E obrigado ao Martyr por esta obra em minha vida. Trata-se dum item que não ficará somente em minha estante e sim em meu coração. Sem mais por enquanto.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Faethon - Immortal Ancient Spirit

Finalizando esta leva de discos, mais um grande petardo black metal. E sim, mais momentos divertidos foram absorvidos com uma satisfação beirando á perfeição. Lançado em 2011, este disco faz jus ao termo " sou tosco mas sou legal" pois o que temos após a linda introdução é uma pancadaria beirando o apocalipse misturada com aquela vontade imensa de abraçar todas as pessoas na rua. Awakening of the blood é uma das mais lindas canções que o metal mais obscuro já produziu e seu tema é algo que chega a emocionar, que coisa mais linda!!!!!! The forest is alive é outro exemplo de entrega a música verdadeira e emocional. Fãs do igualmente soberbo Graveland irão se deleitar com este álbum pois possui inúmeras referências ao citado grupo. Till the next avatar possui uma riqueza impagável e um tema do porte de Visions of the glorious past deveria ganhar o grammy na categoria inovação da raça humana. O disco ainda é agraciado com 2 covers, sendo o Absurd e  Thor´s Hammer os homenageados aqui. Sabe aquele disco que te faz curtir de imediato e lhe causa aquela felicidade inexplicável? Um dos exemplos consta aqui. Recomendo!!!!!!!

Moloch - Nur die berge crinnern sich der winde die hier anfang fandres vor so longer gert.

Bom, agora cheguei no disco do qual fui avisado o que iria encontrar. Não, temos guitarras, vocais, baixo ou bateria. Aliás, o que temos aqui é única e exclusivamente um chamado ambient music. Não tenho muito a dizer sobre um som deste naipe mas posso afirmar que não é algo para ouvir em qualquer lugar ou momento. O momento aliás é aquele aonde está somente você e seus pensamentos, medos, vontades e desejos que só você e sua mente tem conhecimento. São 4 temas, sendo 2 deles bem extensos. A segunda faixa por exemplo passa dos 20 ( !!!!) minutos e é mais longa que meus áudios de whatsapp que mando para alguns amigos meus. Serve como trilha sonora para algum filme de terror ou mesmo para aquela sua leitura noturna. Há um cover do Burzum que para conhecimentos de todos teve sua fase de música de elevador. Desafie-se. Procure este disco e tente ouvir sem ter vontade de se cortar ou mesmo que não boceje durante a audição. Ouvindo em casa, este disco ainda terão os momentos para as minhas leituras ou mesmo aquele som para simplesmente sentar na cama e não querer mais nada nem ninguém. Até a próxima pessoal.

Blackhorned Saga - Setan

Quando o Rodrigo diz que algo é muito bom, eu fico cheio de curiosidade para adquirir tal artefato pois sem demagogia nenhuma, ele é um dos caras que mais entendem de som extremo. E ele não estava brincando ao dizer o quão brutal era esse disco pois aqui temos um black metal muito bem feito e tocado com uma fúria de encher de orgulho por ter tal disco em casa. Divididos em 9 temas, Setan é um dos discos mais legais que ouvi de todos os tempos e faça um favor a seu ouvido quando ver este artefato em sua frente: compre. Caso esteja agora sentadinho em frente ao computador, procure para ouvir. Uma coisa só: não me peça para digitar temas em destaque pois estando na língue original dos caras chega a ser uma batalha mundial tentar digitar alguns temas aqui mas posso lhes garantir que todas as faixas são bem parecidas em termos de escolha e valerá cada segundo gasto ao ouvir este álbum. Minha força de vontade falou um pouquinho mais alto aqui e posso digitar alguns temas: Jestem, który Jestem, Spisane nasieniem i krwiq e Kielich goryezy foram as que consegui digitar sem ficar com câimbras nos dedos ou mesmo causar uma torção no pulso. Mas que o disco é ótimo, isso é. Vá lá agora e pare de ficar falando mal do calor. Obrigado Rodrigo.

Herege - Terra Morta

Adentrando as últimas resenhas da maravilhosa aquisição que fiz por intermédio do meu irmão Rodrigo Black, agora temos esta banda que executa um grind que, se não chega aos pés dos gigantes do gênero, garantiu a este que vos digita momentos divertidos porque o grindcore é divertido. É certo que o grind, assim como o black metal, possuem uma similaridade: ambos os estilos não são bem quistos mesmo para quem curte som pesado. Vir com o argumento que de que é "só barulho" é errôneo já que ambos os estilos precisam sim de técnica e muita precisão para tocar, inclusive o baterista. E Terra Morta é um disco bacana e cantado ( ou urrado) em português e os nomes das músicas já entregam a quem eles atacam em suas letras: Basta de preconceito, Dinheiro, Polícia corrupta, Cegueira, Inferno nuclear, Mentes da alienação, Terno e gravata, Terra Morta, Em nome do progresso, Bandidos no plenário, Ilusão e Aqui jaz são contestadoras e provocam pela sonoridade completamente doentia e suja, apesar de ter momentos mais cadenciados para quebrar um pouco a porradaria. Além das faixas em estúdio, temos alguns temas ao vivo e imagino esses caras ao vivo. Não chega aos pés dum Summer saco mas faz bonito. Não tenho conhecimento se a banda ainda está na ativa mas torço para que ainda tenham gás e que podem sim fazer algo mais legal. Mas por ora vou curtindo este disquinho e ouvindo música independente de como ela venha. Caso ache este disco, adquire o mais rápido que puder com muito amor e carinho.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Lapis Niger - Fuckin god Cult

Ah o black metal.... Em mais uma edição adquirida venho dizer que mais uma vez me deparo com um disco sensacional e sabe o que é mais legal? Tudo que necessita para um disco do mesmo estão aqui: o logo tipo sem entender, os nomes bem criativo dos integrantes e claro as corpse paints sempre ostentando a cara de malvados. Mas o que seria do metal mais maléfico do planeta sem tais "regras" ? Portanto, as 9 faixas são uma trilha sonora ao apocalipse aonde vocais desgraçados se unem ao instrumental imundo feito por eles. 9 temas são trazidos de forma assustadora e não indico este som para quem for meio fraco da cabeça pois as chances de se cortar ou mesmo tirar a própria vida pode ser um mero lapso de vontade. Mas acima de tudo temos uma bela obra de arte que faz o ser humano ir ao limite de suas angústias, seus medos, seus traumas de infância ou mesmo experiências recentes e o faz encarar a beleza de canções do porte de Lex tatiopis, Signum quartum, The dirty cross, Days of eclipse entre as outras de forma positiva e mostrar que há pessoas igualmente angustiadas que descarregam toda sua frustração na forma mais maravilhosa declaração chamada música. Black metal é música cujo sentimento consegue ser mais latente e representativo do que muita música dita sentimental. E esta banda me mostrou isso perfeitamente. Recomendo agora mesmo você ouvir isso!!!!.

Power from Hell - The true Metal / Sadismo

Confesso que os incidentes ocorridos pelo vocalista e guitarrista desta banda me despertaram um certo interesse na hora que adquiri estes dois discos do meu irmão Rodrigo Mesquita. Ao falar que a influência ( ou cópia ) seria o primeiro disco do Bathory, a vontade de ouvir isto aumentou mais ainda. Que som foi esse que acabei de ouvir!!!!!! Sim, o Bathory do primeiro disco gerou seu filho e ele se chama Power from Hell. Imagina o Quorthon escrevendo sobre sexo, blasfêmias lindas como prostituição, surubas entre outras coisas que muitas pessoas gostam de fazer mas tem vergonha em falar. Lembro como se fosse hoje a declaração da Sandy aonde a mesma relatou ao repórter da Playboy que a mesma sentia prazer anal. Muitas falsas puritanas chegaram a ter a petulância de acusar a cantora de ser uma "santinha de pau oco ". Engraçado que muitas podem sentir tesão anal, vaginal, oral, sair com o marido dos outros, sair com a namorada do melhor amigo entre outras coisas "pessoais". Agora a Sandy sentir seu prazer vira caso de quebra de tabu, tamanha foi a "comoção" destas pessoas. O vocalista desta banda passou por algo que no mínimo foi bizarro demais se tivesse visto isso ao vivo. Num belo dia, este cidadão saiu para dar aquela volta. Quando avistou uma moça na rua, foi em direção dela e.... passou as mãos nos seios dela. Isso que foi relatado, se realmente ocorreu, pode ser considerado engraçado e sem noção ao mesmo tempo. O que faria um homem a passar as mãos nos seios de alguma mulher na rua? Ok, eu quando saio na rua vejo inúmeras mulheres das quais sinto uma atração e cuja a imaginação de ter a mesma em minha cama vem á mente de forma natural. Mas isso não me dá o direito de passar a mão nela, mesmo que a dita falasse para praticar tal ato. Poderia levar a garota para algum motel e fazer muito mais do que isso. Ao mesmo tempo que é errado e ele foi extremamente infeliz, serviu de prato cheio as tantas feministas horrorosas ( por algum acaso conhece alguma bonita?) que amam qualquer acontecimento do tipo para protestarem com os peitos moles de fora afim de terem seu "respeito" garantido.
Afora esta confusão, o som do Power from Hell é muito legal e os temas encontrados neste 2 discos são para quem curte não só Bathory mas outras belezas como Darkthrone, Mayhem, Celtic Frost/Hellhammer e afins. Ah é claro, tem que ter o humor em dia já que aqui o lance é ser blasfemo sexualmente falando. Que atire a primeira pedra quem nunca viu alguma mulher na rua e não ficou de pau duro. Que atire a primeira pedra quem não vê alguma dessas menininhas saindo do colégio e pensa " ah se eu tivesse a idade dela" e mais: quem nunca quis mostra a experiência adquirida para ela. Para quem gosta de provar do bom da vida, temas como Prostitute for Satan, Bestial times, Mean Machine ( Motörhead), The black funeral, Day of lust, Suicide metal, Black metal gods, More whores, This is my bitch entre outras. E posso ver a cara de espanto de alguns leites com pera ao ver as fotos de The true Metal dentro do encarte querendo vomitar.... Não vou descrever para não estragar a surpresa. Enfim, após ouvir estes dois discos, constato que, caso você não curta mais a banda por questões fora da música está perdendo a chance de curtir uma das melhores coisas coisas já feitas no metal negro.
Puta som!!!!!!!!

Discharge - Why

Dando a retomada as resenhas, agora eu preciso, necessito escrever sobre este disco do Discharge. O título do disco é uma questão que não somente remete a capa chocante mas sim a inúmeros questionamentos dos quais temos em nossas mentes e que atire a primeira pedra quem nunca pensou em algo ou se indignou com alguma coisa. Quem se diz perfeito pode ter ali uma pessoa perigosa e que na primeira desleixada pode mostrar uma outra face, um outro lado que você não conhecia nela. A capa trazendo fotos de cadáveres vítimas de bombardeios e de guerras em geral só reforça que temos uma regra aonde a maioria se dá mal enquanto que uma minoria dita poderosa se dá sempre bem. Não somos nada. Somos sim, marionetes de regras estabelecidas por nós mesmos mas sim manipulados pelos donos do poder. Tendo o próprio povo censurando o vizinho pessoal ou mesmo virtual, os donos de tudo isso dão risada da nossa cara.
Lançado em 81, Why mostra um punk agressivo, sujo e com letras e sons cuja finalidade é fazer você parar um pouco e refletir sobre algumas atitudes das quais toma e não possui a noção do que isso pode acarretar. E aqui temos uma banda contra tudo e todos, bombardeando políticos, televisão entre outras redes obscuras de manipulação a uma massa caminhando para a não salvação. E estamos falando de um disco de 81..... E belezas sonoras do porte de Visions of war, Does this system work, A look at tomorrow, Why, Ain´t no feeble bastard, Religion insitgates entre outras são exemplos do que é e sempre será uma banda de atitude e som punk. Lógico que este tipo de som seria também o percursor do que veria a ser o grind/crust/gore e porque não o black metal old school já que as bases sujas e sem pena poderia estar no primeiro disco do Bathory ou em algo do Venom. Em mais uma venda do meu Boka, tenho a oportunidade de ouvir um som contestador e que não possui papas na língua. Lógico que mimimi´s de plantão que te amam acusar de politicamente correto mas não passam de patrulheiros de redes sociais vão torcer o nariz mas caso a pessoa tiver um pouco de amor no coração e estômago forte irá se deleitar com cada preciosidade aqui contida nesta edição bela. Apropriado a aqueles que um dia jogaram bola no asfalto descalço ou que pularam o muro do vizinho para pegar a bola que algum amigo seu chutou para lá. Agora para quem já foi criado dentro de apartamento a base de um computador para exprimir a macheza virtual irão passar longe deste petardo. Descanse em paz Dona Marisa!!!!!!!!!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Elis Regina - Original Album Series

Voltando a mais um apanhado de discos legais dos quais tenho um imenso prazer em ouvir sempre, venho com um dos melhores boxes desta série que engloba uma grande parte dos grandes artistas e não poderia deixar de ter a série com a minha cantora favorita de todos os tempos. Eu já teci inúmeros elogios, declarações amorosas entre outras coisas ótimas e a experiência de ouvir esta mulher cantando para mim em meu humilde quarto é uma das mais belas que qualquer ser humano poderia ter a chance. Fui ver o filme sobre ela e após 4 vezes no cinema, conclui que Elis foi o que foi e não seria diferente para esta gaúcha que desde cedo já mostrou a que veio. Sempre determinada a ser a cantora do Brasil de maior expressão, Elis peitou, se sujeitou a algumas coisas mas ainda assim foi uma mulher que sempre teve coragem de falar o que muitos tinham medo de falar. É certo que também mostrou que Elis não era a pessoa mais fácil do mundo de se lidar graças a uma personalidade difícil e até dramática em alguns pontos. Mas, uma coisa é certa e temos que concordar: Elis foi uma cantora que se entregou a arte duma forma nunca antes vista e ouvir suas interpretações causa isso em mim enquanto estava ouvindo esta série. 5 discos sensacionais duma mulher que ultrapassou a tudo e a todos com um jeito único de cantar. Nenhuma, eu disse NENHUMA cantora que apareceu antes ou depois dela, chegou a seus pés. Talvez algumas podem ter chego perto de seu talento como por exemplo Maysa e Angela Ro Ro ou até mesmo Cássia Eller, Marisa Monte, Sandy e sua filha Maria Rita. Mas não, nenhuma dessas citadas poderiam ser Elis. Porque para ser Elis, teria que ser o impossível. Seria como desafiar algo gigante demais.
Começando pelo disco Essa Mulher, o mesmo possui o clássico O bêbado e a equilibrista, um dos temas mais lindos do universo. Além dela temos Basta de clamares inocência, Cai dentro, Altos e baixos entre outras.
Já o disco Saudade do Brasil, temos a edição dupla completa e temas eternizados por ela de forma enriquecedora como Canção da América que ficou soberba em sua voz além das pérolas Onze fitas, Aos nossos filhos, O que foi feito deverá, entre outras.
Já Elis por Ela, temos um best of das canções escolhidas pela gravadora e mais uma vez temos Como nossos pais ( quem ouve esta música e não se emociona, algo está errado), Velha roupa colorida, Mestre sala dos mares entre outras.
Finalizando temos Elis Vive trazendo um show da cantora no Palácio do Anhembi em 79 e o que você acha? Em cada música, Elis dá um show particular de interpretação, explodindo ou mesmo cantando de forma angelical. O que ela fez em Corsário deveria ser tema de pesquisa!!!!!! Que voz é essa?!?. Imagino que ninguém imaginaria que ela fosse embora 3 anos depois. Infelizmente, como mostrado nos instantes finais do filme, Elis Regina criou um furacão do qual não conseguiu domar e acabou sendo sugada pelo furacão, perdendo sua vida de forma estúpida e sem pensar nas consequências. Ou alguém acha que ela morreu bebendo suco de laranja?  Passou a impressão que Elis vivia uma depressão devido sua incansável busca por mudanças e respostas das quais ela foi sucumbida e aquilo ficou em sua cabeça. Talvez perfeccionista demais, emotiva demais. Mas, acima de tudo, uma cantora cujo significado da palavra fazia jus quando as pessoas a ouviam e ouvem até hoje. Vou dormir de consciência tranquila e feliz. Feliz por ter esta mulher em minha discografia que se torna rica mais um pouco. Pensando bem, ouvir Elis não é para pessoas fracas. É sim para pessoas que queiram ser desafiados, prontos para algo impactante. Não foi a toa que mandei fazer minha camiseta da capa de Falso Brilhante. Não ouço Elis Regina para me aparecer ou ser "cool" entre as pessoas. Ouço porque meu gosto musical permite tal beleza, apenas isso. Boa noite a todos.