sábado, 29 de julho de 2017

Abate Macabro - Açougueiro Brutal Black Metal

Fechando a noite das resenhas, uma em especial merece meu destaque. Quando fechei a compra das bandas Reffugo e Deadpan ( citadas em resenhas anteriores), pedi para o senhor Luiz Carlos Louzada para acrescentar no pacote alguma banda de black metal da qual ele poderia indicar a minha pessoa. E a indicação veio do Rio Grande do Sul. Senão vejamos: uma banda cujo nome é Abate Macabro. O nome do disco chama-se Açougueiro Brutal Black Metal. Na foto da banda temos 3 caras com a cara pintada. Pronto. Era só o tempo para colocar este disco no som e se divertir e ficar embasbacado com o poderio das 9 faixas deste álbum. Em quase 50 minutos de música, o Abate Macabro ganhou meu respeito logo de cara com a faixa Scars na qual o ouvinte vai se preparando para a seguinte, Battle cries of Freedoom, uma aniquilação matadora e 3 caras afiados cuja proposta é ser extremo no som e contestador. Lógico que pessoas dotadas de sentimento acima do permitido irão ficar doentes do estômago ao ouvir faixas cujos nomes falam por si: The antichrist weapon forged in black metal, Defecating in Christ´s viscera ou mesmo Jesus Christ bastard crucified. Da minha parte, encaro como uma forma de contestar contra a igreja mas Jesus também nem deve de ligar muito com isso até porque ele não tem culpa do ser humano pregar de terno e gravata, entregar papelzinho na rua ou mesmo de fazer perguntas como " você aceitou Jesus?". Outras belas surpresas estão no ótimo cover do Immortal para a faixa Unsilent storms in the north abyss ou mesmo na instrumental intitulada como Instrumentos para um abate.
Independente de posicionamentos religiosos, a banda pratica um som extremo e que nunca deixa a peteca cair como o black metal anda ultimamente aliás. Recomendo para amantes do extremo em geral. E obrigado Batata pelas indicações!!!!!

Deadpan - In Aliens we trust

Em mais uma grande caça a descobertas, uma banda da qual sempre quis conhecer devido a indicações positivas. Outra banda pertencente ao selo do Batata, o Deadpan mostra um death metal técnico e um conceito bem bacana por trás das letras de In Alien we trust. A história é contada durante o andamento do disco e no encarte há cada parte contada pelo vocalista e guitarrista Gustavo Novloski mostrando que o cara leva muito bem em falar dos seres de outros planetas. Com um planeta cada vez mais caótico e o ser humano vendo a possibilidade de ser destruído por ele mesmo, o alienígena descrito na história possui a difícil tarefa de dar um jeito nisso aqui. E cada faixa é um capítulo e cada capítulo temos uma trilha sonora impecável. Apesar de trilhar num caminho mais técnico, em momento algum o Deadpan soa chato pois utiliza de tal artefato para satisfazer o fã com um som guiado pelo feeling mas com doses de complexidade.
Em 6 partes, temos altas doses de death metal, sendo praticamente impossível eleger uma única faixa. A mature song, Unmasked living, In aliens we trust, Life olympic games, Standard e Two faces são extremamente cativantes valendo muito a pena ir nesta viagem metálica.
Com o ser humano cada vez mais fadado a ser idiota e manipulado por questões profissionais, este disco poderia servir como um auto ajuda, uma espécie de estímulo para o homem parar de pensar somente em status, poder, grana e começar a desfrutar das coisas bonitas que o planeta traz de melhor. Enquanto não temos uma melhora ou mesmo enquanto o mundo não vai para os ares, vamos ouvindo pedradas magníficas deste trio. E você?

Reffugo - Christ Agony

A música underground mostra mais uma vez do que pode ser capaz. Para começar, não posso deixar de citar nesta resenha um cara que batalha para realizar algo muito bacana em pró do metal e este cara chama-se Luiz Carlos Louzada. Graças a seu ouvido afiado, este cidadão possui um selo aonde grande parte das bandas são de extrema qualidade e os paulistas do Reffugo não foram diferentes neste quesito e finalmente tenho em mãos Christ Agony. Liderado pelo também batalhador Rodrigo Malevolent ( baixo/vocal), a banda pratica um death metal sensacional e muito bem tocado. Vinicius de Souza e Wellington Simões brilham no trampo das guitarras muito bem tocadas e pesadas. Levi Tavares ( bateria) não fica por menos nesta história já que o cara é um dos melhores do estilo no quesito baterista. Em 10 sons animalescos, temos uma aula de como ser extremo bem feito em pedradas do naipe de Immortal Beign ( cacetada), Reffugo, Man of darkness, Damned chaos, Lucifer, Carnal desire ( opa, eu conheço este nome...) e o fechamento com Let´s drink aonde vale a pena ouvir a faixa até o final mas não contarei para não estragar a brincadeira.
Me sinto orgulhoso por fazer parte disso e bandas como Reffugo me fazem acreditar que ainda temos alguém querendo contestar esta merda toda e ainda assim fazer um puta som. Detalhe importante: a foto que consta da parte de dentro do encarte foi justamente no show do qual fui e gostei muito do som.
Enfim, são discos assim que me fazem crer que a vida pode ser legal quando feita da maneira que não aja regras de moda nem do que você precisa ouvir para ficar "por dentro". E um abraço especial ao Rodrigo, que você continue na batalha sempre pois o metal precisa muito de caras com a sua garra e perseverança. Discaço de primeira qualidade!!!!!!!!

Blackjaw - Anticlimax

Voltando as resenhas nesta noite de sábado, o início não poderia ter começado melhor. Esta banda e mais especificamente este disco ficarão em meu som por um longo tempo. O quinteto formado por Ravi Fernandes ( vocal), Rodrigo Ribeiro e Silas Filho ( guitarras), Juliano Amaral ( baixo) e Thiago Nascimento ( bateria) finalmente lançaram Anticlimax e merece destaque logo de cara no acabamento gráfico, aonde temos uma capa bacana fora todo o encarte estar bem caprichado. Mas não adiantaria lançar o gráfico caprichado caso o som fosse uma tortura. E para o bem da humanidade e para o bem da música, Anticlimax é um disco super agradável do início ao fim, contendo 11 faixas estupendas, recheadas de músicas melódicas na medida certa. Ser rotulado como somente hardcore seria bem pequeno e comodo para classificá-los já que aqui temos uma ótima salada de estilos aonde o foco principal é um som mais alternativo e menos pesado. Sim, o Blackjaw não é distorcido, gritado, urrado. Até arrisco em dizer que, uma pessoa que não tenha o rock como sua preferência, uma pessoa de fora do eixo roqueiro pode apreciar como um ótimo item musical. Aliás, só um surdo para achar que algo aqui seja pesado demais ou que trata-se de "barulho". Portanto, o Blackjaw merece a atenção por ser acessível mas não fútil. Confesso que estava meio para baixo antes de ouvir este disco. Mas ao pôr este disco, me veio uma paz sensacional, um momento que só a música pode lhe ajudar no momento o que é uma dádiva eterna ter música em casa para poder ouvir. Das faixas aqui, podemos destacar Reverie, Time to unlearn, Drowning, Sovereignty ( que solo de guitarra inspirado), Fear the dawn, Distance, Eclipse além das restantes pois aqui TODAS elas fazem sua parte de nos deixar feliz ao ouvir cada uma delas. Os vocais de Ravi estão impecáveis e ele é um dos melhores deste estilo. Os já citados guitarristas também possuem uma técnica soberba sem a necessidade de malabarismos. E junto a uma cozinha rica, a banda já entrou em campo com o jogo ganho e a torcida na mão.
Após ouvir tal disco, o que veio em minha cabeça é o quanto sou privilegiado em ter discos assim em casa para apreciar cada momento, cada sonoridade. E sabe o que é o mais legal disso tudo? É que a cada audição, este disco tende a crescer ainda mais em meus conceitos. Fãs de Bad Religion, Face to Face, Anberlin, Garage Fuzz, Rise Against, Glasslight Anthem e similares pode comprar de olho fechado e sem ouvir. Este disco está sendo vendido por apenas 15 reais e pode ser adquirido pela própria banda. Uma ótima oportunidade de ter algo diferente em seu som. Parabéns a todos os envolvidos e um abraço especial a meu grande amigo Silas pela humildade de sempre. Caras assim merecem conquistar mais e mais por estar fazendo algo honesto e fora dos padrões modistas que assolam o mercado fonográfico atualmente. Pode gostar de bandas gringas sim. Mas dê uma olhada também nas bandas do seu cenário. Irá valer muito a pena cada momento de sua atenção.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Anneke Van Giersbergen - Everything is Changing

Finalizando a noite em grande estilo, em mãos o disco de estréia desta mulher que durante um bom tempo nos encantou no The Gathering mas que agora construiu uma bela carreira solo e suas contribuições no mundo da música fazem dela uma artista completa e que de quebra canta muito. Anneke veio com tudo nesta estréia solo e já familiarizado com este material, foi fácil ouvir e falar do disco após inúmeras audições. O legal dela é que não repetiu a mesma fórmula do Gathering nem de seus outros projetos. Ela realiza um som que simplesmente não merece perder tempo em classificar, de colocar algum rótulo. Ela flerta com o som alternativo em geral, desde o mais pesado até o mais pop e assim segue o disco. Destaques? todas elas. Sim, por serem diferentes entre si, cada um dessas canções possuem uma personalidade que faz ser destaque todo o álbum. Mas caso queira algumas referências então escute Feel alive, Everything is changing, Take me home, a emocionante Circles ( aonde sua voz mostra um poder inacreditável), Hope pray dance pray e a faixa que encerra este disco, 1000 miles away from you podem fazer você dar início a um conto de amor que eu já comecei e não possui hora para terminar. O segundo disco é tão legal quanto e recomendo ouvir e chama-se Drive.
Mas uma coisa eu preciso dizer e que não possui nada a ver com a música mas é necessário citar: olhando as fotos que constam na capa, contra capa e dentro do encarte, uma coisa precisamos concordar que Anneke é uma das mulheres mais lindas do universo!!!!!!!!
Boa noite em grande estilo.....

Yes - Fragile

Acho que já disse um monte de coisas boas acerca desta banda que nem precisaria escrever mais sobre eles. Mas aos poucos estou fazendo minha coleção e agora o fantástico disco gravado na época de ouro, aquela da qual a nave veio e os deixou aqui, contendo 9 momentos dos quais agradecemos os comandantes desta nave por deixar estes dinossauros mágicos do rock em geral. Somente por Roundabout, este disco já valeria todos os prêmios vindos de toda parte do planeta. Mas temos peças musicais do naipe de Cans and Brahms, We have heaven, South side of the sky, Five per cent for nothing, Long distance runaround, The fish, Mood for a day e o grande final com a enigmática Heart of the sunrise. Lembrando que um disco do Yes não é somente um mero cd que se põe no som e sim um momento único aonde você é confortado com uma espiritualidade sem explicações. Apenas curta e aproveite a vida do jeito que você achar melhor. Boa noite

Nickelback - No fixed Address

Este disco pintou em mãos após o último e maravilhoso álbum Feed the machine. E ainda bem que o último disco foi melhor pois este No fixed address possui algumas escorregadas que, se não queimou o filme de vez, deixaram uma mancha de merda na cueca antes de lavar. Sim amiguinhos, o Nickelback também erra como todo ser humano e neste disco eles deram aquela derrapada. Mas, considerando a proporção aqui ( de 11 somente 2 foram erros) até que o estrago não foi tão fundo assim. Digamos que foi uma daquelas situações em que os caras falharam mas não a ponto de não falarem mais com os caras e queimar seus cds em praça pública sob a acusação de trair o movimento. Aqui há músicas com o padrão Nickelback de qualidade como Million miles an hour, Edge of revolution, Make me believe again, Get em´up e Sister sin, esta última com um toque de country bem sacado. Também mantém o nível intacto nas baladas e dá-lhe What are you waiting for ?, Satellite, The hammer´s coming down e Miss you feitas sob medida para as rádios tocarem e fazerem algumas donzelas ficarem com as calcinhas molhadas com a voz do Chad. Mas aí tem as duas músicas fracas....
Ok, vou ser menos rude com She keeps me up: ela é pop, mas até que possui um refrão legal e até passa entre as já citadas What are you waiting for ? e Make me believe again. Agora Got me runnin´round.... Ela já nasceu errada somente por ter a participação do medíocre Florida ( ou Flo rida) que conseguiu fazer o de sempre: nada. A parte da banda até está ok mas quando este rapper de meia tigela executa sua parte, a impressão  que dá é que no clipe, caso tivesse um, apareceria algumas mulheres rebolando e aquele cenário de pseudo malacos se achando os comedores está feito com a banda sendo legal e adotando a política da boa vizinhança para com os manos canadenses.
Mas, como citei anteriormente, duas músicas ruins perto de outras 9 de qualidade não foi nenhuma tragédia e com Feed the Machine nas lojas, esta mancha negra foi apagada e os canadenses recuperaram a moral comigo. E a prova de que, mesmo fãs da banda, podemos sim apontar os erros que eles cometem pois o fã de verdade é igual a seu amigo de verdade: ele vai falar teu erro quando o mesmo acontecer sendo sincero com você. Fã que grita por tudo e diz amém a todas as coisas que o artista faz é o mesmo daquele "amigo" que passa a mão na tua cabeça e só te elogia. Pense nisso....

The Night Flight Orchestra - Amber Galactic

Abrindo as resenhas desta noite para finalizar este dia produtivo, uma das melhores revelações da qual tive o prazer divino em ouvir. Este disco é daqueles que ficarão marcados como uma das experiências mais completas nesses anos de ouvir música e ficar emocionado, feliz e agradecendo aos Deuses por ter inventado algo maravilhoso chamado música. Música boa é sim aquela que você gosta e lhe trará felicidade como aquela garota que você conhece e lhe traz a felicidade de estar com ela ou como aqueles amigos especiais da qual dá prazer em sorrir e ser grato por estar vivo.
E este álbum traz todas as sensações maravilhosas da qual descrevi acima e mais ainda. E sabe o que é mais legal? Este disco foi concebido por alguns caras que tocam em bandas de metal. Björn Strid ( vocal, Soilwork) e Sharlee d´Angelo ( baixo, Mercyful Fate, Arch Enemy entre outros grupos) mandaram os cagadores de regras se danarem e caíram nesta viagem regada a AOR de qualidade elevada junto com David Andersson ( guitarra), Richard Larsson ( teclados), Sebastian Forslund ( guitarra) e Jonas Kälfsbäck ( bateria). Imagine uma banda que se propõe a misturar Boston, Toto, Styx, Journey e que ainda podemos incluir algumas pitadas de Survivor e Foreigner. Imaginou? Pois é, corra atrás deste disco agora mesmo, mande uma mensagem para o Rafa da Blaster pedindo para guardar um álbum para você pois arrependimento será a última coisa que você terá ao ouvir as 10 faixas ( mais um cover do qual não descobri de quem era). Midnight Flyer já abre o disco e eu jurava que tinha colocado um álbum do Boston mas não foi engano. QUE SOM É ESSE?!?
Star of rio continua na mesma pegada que mantém o clima sensacional em Gemini e Sad state of affairs. As 4 primeiras os caras deram só uma "aquecida" para as outras 6 faixas restantes. O lado Toto entra em cena e Jennie ( puta som!!!!!), Domino, Josephine ( para cantar juntinho), Space whisperer, Something mysterious ( que isso, que inspiração é esta?!? ), Saturn in velvet e o tal cover fecham o disco e fecha também com uma linha de pensamento que muitos teimam em não saberem: sim, temos novidade no rock, temos discos novos sendo lançados e sim, eles são bem legais. Lógico que nada aqui é novidade em termos sonoros. Mas o importante neste caso é que a boa música continua viva e empolgante.
Gosta das bandas citadas? Pois bem, faça um favor a si mesmo. Ouça agora mesmo estes caras. Aqui não valerão comparações com os medalhões citados. O que vale é o som rolando, um tributo aos caras que fizeram isso tudo nos anos 80. Este disco é um tributo a algo maior do que tudo isso: trata-se dum lembrete a você que é tão preocupado com status, tão preocupado em formar turmas só de caras "importantes" mas se esquece do real significado de estar com alguém de forma prazerosa e não porque o cara possui uma conta bancária alta e vai para o exterior todo mês. Este disco é um brinde a vida!!!!!!!!

domingo, 23 de julho de 2017

Trinca dos Infernos - Screams of Hate, Skinlepsy e Vetor - Boteco do Valongo - 22/7/2017

Mais uma Trinca e mais uma vez 3 bandas que realmente deram o sangue no evento. Sim, foi o que eu vi ao lado de amigos e muita diversão. Mas meu dia de prestigiar as bandas daqui começou mais cedo. Mais exatamente as 20 horas estava eu no guarujá, em algum estúdio de ensaio vendo mais uma banda despontando para deixar alguns de boca aberta quando o disco de estréia estiver lançado. Trata-se da estupenda máquina avassaladora chamada Evil Minds que prepara seu disco de estréia e ontem pude assistir a um dos ensaios desses caras. Além de serem pessoas sensacionais, a banda simplesmente está preparando um trabalho digno de nota em se tratando de metal tradicional com algo moderno e pesado, bem pesado. Sem citar nomes mas vocês terão um vocalista acima da média, uma dupla de guitarristas que não devem nada para ninguém e uma cozinha matadora aonde baixista e baterista garantem a sustentação para os outros integrantes terem a segurança necessária para o trabalho metálico. Aguardem por mais uma grande revelação do metal nacional.... Chegando na Trinca, ou mais especificamente falando no Boteco, me deparo com um pequeno público. Ir no Boteco já é uma maravilha devido ao atendimento. Logo na entrada você se depara com a recepcionista mais linda do universo que, com um baita sorriso, é praticamente impossível ser mal humorado ou tratar um doce daqueles com má educação pois a mulher é uma lady!!!!! Ela sempre fala que eu sou o mais gentil que comparece lá mas eu costumo dizer que ser gentil com quem retribui a gentileza não é uma obrigação e sim algo muito natural de minha parte. Apesar de algumas "mulheres" ditas "fortes e independentes" não acharem legal tal "gentileza" por acharem estranho tal educação ( complexadas?), prefiro ser sim educado com quem merece. Meu coração pode estar duro mas ele abre exceções e esta musa da portaria merece sim toda a educação, carinho, amor que alguém pode dar a ela. Bonito não? Ainda sou taxado de ignorante por algumas mas enfim....
Abrindo a noitada tivemos o Screams of Hate de Guarulhos divulgando seu disco Neorganic com um baita show de metal pesado, cheio de riffs animalescos e uma atuação gigantesca por parte dos integrantes. Muito mas muito legal e espero que venham mais vezes pois a banda é excelente e indicada para quem curte metal pesado, sem querer saber se é thrash, groove, o que for. Após o Screams of Hate, veio o maravilhoso Skinlepsy cujo show foi, para o meu gosto o boom da noite. Divulgando o segundo disco, Dissolved, foi uma banda certeira para o evento pois cativou aos presentes com um baita show de heavy metal contestador, perturbador, uma máquina esmagadora pronta para aniquilar babacas. Tendo integrantes do Pentacrostic, Anthares e ainda a participação de Luiz Carlos Louzada, mais conhecido como Batata num dos sons foi aquela constelação de estrelas metálicas que não precisam chorar por nada pois sabem que metal no Brasil sempre foi e sempre será algo difícil, underground e seletivo. Encerrado o show, os caras ainda ficaram até o fim do evento para prestigiar o Vetor, banda encarregada de encerrarem a noite mostrando uma melhora absurda nos palcos. Ainda em promoção do fantástico Chaos Before the end e já preparando mais um ataque sonoro para breve, a banda comandada por Eduardo Júnior trouxe ao palco do Valongo um puta show de metal e, doa a quem doer, minha opinião pessoal não é e nunca será moldada por opiniões de outras pessoas, apesar de ser taxado de mau caráter. Uma coisa eu sempre disse: O Vetor ao vivo foi me agradando aos poucos, principalmente Edu, que foi achando seu caminho para cantar sem querer atingir notas impossíveis. Hoje o cara faz o que sua voz alcança e o resultado está cada vez melhor. Lógico que a parte instrumental sempre foi um show a parte mas era no vocal que a banda pecava um pouco. Em momento algum estou rebaixando o Edu, muito pelo contrário, estou fazendo uma análise sincera e ter percebido sua melhora foi de extrema alegria por minha parte pois o cara é um baita ser humano e sempre me respeitou por conta de escrever a verdade. Melhor assim do que elogiar pela frente e aqui meter o malho no cara. Mas o Vetor foi excepcional e fez jus ao direito de fechar o evento com chave de ouro, fantástico mesmo. Ainda conversei com o Edu antes de subir ao palco e comentei com o mesmo que ouvi o disco esses dias e o quanto ele me soa bem a cada ouvida. Desejo sorte a estes caras. Quem não gosta ou critica negativamente tem o seu direito de fazer. Ninguém é obrigado a gostar de nada mas uma coisa é certa e isso eu ouvi dum grande baterista da região. Gostando das bandas ou não, a hora que esses caras começarem a parar a chance de termos algo será pequena tendo em vista o cenário caótico que está o país numa cultura de massa cada vez mais burra e manipuladora. Mas enquanto não chega ao fim, vamos curtindo as bandas e sim, irmos em eventos que queremos ir de verdade e não somente para dar uma "força". Porque cara que vai ver banda só para dar uma força é o mesmo da menina que fica com algum cara por pena. Em ambos os casos não está havendo sinceridade você não acha? Sendo assim, se o cara não quer ir nos eventos e só quer ir ver banda cover, deixa o cara ser feliz aonde ele achar melhor. Ao mesmo tempo que é legal ver as pessoas prestigiando, chega a ser chato essa obrigação, esta forma de "pedir" para ir aos shows. Porque no final, sendo cover ou autoral, faz a boa música continuar viva. Viver mais e reclamar de menos. Obrigado Batata, Nadal e a todos os envolvidos. E um beijo para ela, a minha recepcionista maravilhosa!!!!!!! Metal é amor.....

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Jimi Hendrix - War Heroes / Loose Ends

Certos caras não são deste planeta. Alguma nave veio, deixou o referido artista e após mostrar como tem que fazer, a nave leva de volta e o que fica são suas obras deixadas para nós, habitantes deste planeta curtir. Um desses caras foi Jimi Hendrix. Neste planeta em que Hendrix habita, pessoas comuns nunca iriam habitar pois pessoas normais não são nada mais do que seres comuns, sem a menor importância em nossa vida. Eu já tinha me rendido a ele em discos adquiridos anteriormente mas aqui tenho mais dois motivos para continuar achando que ninguém fez o que ele fez na guitarra. Lançamentos póstumos, ambos os discos saíram anos depois como Cry of Love e First Rays if the new rising Sun entre outros tantos lançamentos inéditos pois Hendrix era ativo numa criatividade assombrosa. Começando a aula com Loose Ends, temos Hendrix sendo feliz com Mitch Mitchel ( baterista) e com os baixistas Billy Cox e Noel Redding em diferentes sessões mas tendo no comando o guitarrista. Entre alguns takes em que os caras estão só ensaiando, temos pérolas maravilhosas como Coming down hard on me baby, uma versão bem bacana de Blue suede shoes ( Carl Perkins) e uma outra versão de chorar de joelhos para I´m your hoochie coochie man ( Willie Dixon ) que ficou algo perto do que podemos chamar de perfeito. Vale lembrar que esta música já ganhou uma versão bem bacana do Motörhead e consta no relançamento de Another Perfect Day numa versão ao vivo de arrepiar. Buddy Miles também deu seu ar da graça na bateria, o que comprova o alto calibre dos músicos que acompanharam Hendrix....
Já War Heroes possui os mesmos caras citados acima com exceção de Buddy mas a qualidade permaneceu intacta e mais 9 faixas comparecem aqui para nos fazer felizes da vida como Bleeding heart, Highway chile, Tax free, Midnight, Beginning e Izabella ( eu conheço duas Isabelas ). Artista talentoso, um guitarrista fenomenal além de cantor espetacular, Jimi Hendrix foi o que chamamos de ser de outro planeta mas acima de qualquer suspeita, o maior guitarrista que a Terra já teve. Lógico que outros gigantes brilharam e brilham por aqui. Jimmi Page, Blackmore, Eddie Van Halen, Rick Medlocke, Gilmour, Tony Iommi, Tommy Bolin, todos estes e mais um monte são monstros sagrados da música mundial. Mas o que Hendrix fez enquanto habitava este planeta foi e sempre será de tirar o chapéu. Agradeço ao meu amigo/irmão Mauro Pinheiro Cruz pelo belo presente. Amigos assim, somente por existirem na vida de alguém, já é o suficiente. Quando um cara desse patamar ainda me presenteia com tal obra, fica melhor ainda. Música é e sempre será algo para nos unir e não para separarmos uns dos outros. Boa noite.

A sea of Leaves - idem

Indo na onda do maravilhoso show de ontem e no intuito de conhecer sempre algo legal no mundo da música, pus este disco muito bom desta banda sensacional. Edu ( guitarra/vocal), Gustavo ( baixo) e Enrico ( bateria) gravaram este disquinho e aqui temos 8 faixas de muitíssimo bom gosto aonde tais sons te levam bem longe daqui. Uma onda sonora começa em Over the edge, num show de guitarras dissonantes alidadas ao vocal de Edu que, aliás, é um baita cantor diga-se de passagem. Gustavo e Enrico também não deixam a peteca cair, numa cozinha alucinante e sólida. Don´t kill the lights é outra obra prima, uma joia preciosa que contém um refrão de fazer chorar. A mesma ainda aparece num formato voz e violão e mais uma vez vemos o cantor que Edu é além de saber muito bem o que é melodia tanto na guitarra quanto no violão, fantástico. Meridian é outra particularidade musical, bem bacana e mais uma viagem bem bacana. E o que dizer sobre um som tão único como Cosmic messenger ? Simplesmente perfeita, acabou sendo a minha faixa favorita do disco o que torna-se difícil devido a qualidade de todas as músicas. Follow the leader, Strange noise, Madness is a walking dream além de We can do better são igualmente perfeitas e serve como uma luz no fim deste túnel cada vez mais fácil de se perder devido a tanta porcaria que toca por aí. Este disco ainda contou com a produção do experiente Nando Basseto, cara que sabe como ninguém o significado da palavra música. A banda ainda conta com um ep e se prepara para gravar um novo disco. Que os anjos da música digam amém.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Acruz Sesper trio / A sea of Leaves - Stormix lab - 20/7/2017

Finalizando a noite, dois grandes shows ocorreram em meio a notícia da morte do vocalista do Linkin Park, o que causou um furor nas redes sociais com postagens respeitosas com outras cretinices feitas por quem não possui miolo e sim um pedaço de merda na cabeça. É notório e não é de hoje que pessoas dotadas de personalidade fraca e emburrecida adoram fazer piada de alguém que morre e quando o cara põe o gosto pessoal no meio, é meio que natural para o ser babaca zoar a morte do vocalista do Linkin Park por ele não curtir o som da banda. Para este tipo de babaca, a morte do cara significa uma "vitória", uma batalha vencida contra as "merdas" modistas. Você não é obrigado a gostar de nada, ninguém tem o direito de lhe obrigar a gostar, ficar, namorar, transar com ninguém. Mas, se colocar no lugar dos fãs da banda seria um sinal de respeito por quem deve estar triste com a morte do cara. Eu mesmo fiquei um pouco chateado sim pois os dois primeiros discos do Linkin Park eu tive o prazer de ver sido lançado e são obras que colocaram o rock no mainstream nos anos 2000 ou eu estou enganado?
Mudando de assunto, afora esta fatalidade, ocorreu mais um evento em santos neste bar bem bacana situado na rua Mato Grosso 176. Atendimento bacana e que combinou perfeitamente com o tipo de evento que aconteceu hoje. Com um dos grandes batalhadores do som alternativo santista Sérgio Dias a frente do evento e discotecando o melhor do som, a casa ainda foi palco de duas grandes bandas dentro do cenário alternativo do rock daqui, Acrus Sesper trio e o sensacional A Sea of Leaves. Foram duas apresentações bem bacanas, regadas ao melhor do som alternativo com direito a músicos inspirados e música da melhor qualidade. A noite começou com o A sea of Leaves que voltou aos palcos após um longo tempo parado. E os caras fizeram um puta show, aonde tocaram sons já gravados e prometeram composições novas que estarão num próximo disco novo. Adquirir os itens desses caras e ainda receber os cumprimentos dos mesmos foi algo muito bacana, positivo. Caras talentosos que em nenhum momento não precisaram ser arrogantes para serem importantes. O guitarrista e vocalista Edu foi um show a parte, tocando sua guitarra de forma soberba além de possuir um baita vocal. O batera Enrico também detonou em sua bateria além do baixista Guzz Natale, um cara bem comunicativo e que tocou seu baixo de forma primorosa, imprimindo um sentimento, uma vontade de estar ali tocando o que gosta.
Finalizando a noite o Acruz Sesper Trio com um som sensacional e o mais legal de tudo: não há como localizar o som dos caras em alguma coisa pois o tempo que estaria tentando decifrar o que eles fazem seria o mesmo de simplesmente curtir o som e se divertir. E foi o que eu fiz!!!!! Curtir um som, esquecer um pouco os problemas da vida e tentar ser feliz. Liderado por Alexandre Farofa, mais conhecido por ser o vocalista do lendário Garage Fuzz, aqui o cara além de cantar toca uma guitarra cujo som chegou muito perto de atingir a perfeição, se não atingiu!!!!! Outro cara que dispensa comentários e merece estar aonde está pois não deixou o reconhecimento subir a cabeça. E você vê o porque do Garage Fuzz ser tão rico sonoramente já que seus integrantes são ecléticos e bem ativos musicalmente, seja no Garage ou em projetos maravilhosos como este.
Terminada ambas as apresentações, só me restou vir para casa e digitar esta resenha. Obrigado as bandas, obrigado Sérgio e Stormix pela receptividade. Lembre-se: a vida não é somente feita de viagens para Disney. Momentos de simplicidade como estes, sendo ouvir bandas maravilhosas, dar risadas com os amigos, música... Não cara não há nada melhor do que isso. Boa noite.

domingo, 16 de julho de 2017

Aberrant / D.E.R. - Split

A trilha sonora do fim do mundo. A trilha sonora para qualquer discurso do Temer falando sobre os trabalhadores. A trilha para qualquer ônibus indo para Praia Grande em pleno verão de carnaval lotado e cheio de sub gentes. Um dia inteiro em Cubatão, admirando as aberrações que transitam no centro da cidade. Ou mesmo uma ida rápida agora mesmo no Brisamar em São Vicente ou no Mercado em Santos em qualquer uma daquelas promoções mirabolantes de black friday no extra. Este disco é a trilha de tudo que pode acontecer com você. Cada estilo musical permite o artista mostrar sua obra e, gostando ou não, para alguém será legal. E o grindcore é um estilo que nunca foi aceito pelos fãs mais puristas do metal, imagina de quem nem gosta de rock.... Mas, esteja você am ambos dos lados da moeda, terá o dever de compreender que o estilo nasceu justamente para ser feio, rápido, sujo, desgracento e para poucos alienados inteligentes pois o estilo propõe você a pensar acerca do que vemos no dia a dia e colocar um pouco de consciência na mente de quem acha a vida uma eterna novela global ou mesmo um seriado teletubbie. Não, a vida será cruel com você também.
E este split traz os brazucas do D.E.R. e os americanos do Aberrant aonde ambos fazem um grind brutal e sem muitas cerimônias. Quem viu o D.E.R. ontem no clash club viu um show avassalador, direto e reto bem na cara do Renan Calheiros. Faixas como A vingança dos esquecidos, Agonize, Servo desleal, Espritd´escalier, Contrapátria, Os covardes em suas casas, Mar de pequenas cobras, Cada coisa em seu lugar, Sui caedere e Não serei são fulminantes, famintas pelo sangue de algum charlatão.
Já o americano Aberrant vem numa brutalidade mais elevada com levadas meio cadenciadas em meio a desgraça sonora que rola em faixas como Genocide peace, Scorguing flesh, Bloodlust, Crusher destroyer, Devoutly patriotic, Miscalculated, Infect consume multiply e Friendly reminder fora a intro e o outro que são de arrepiar o cabelinho do fã de Rhapsody.
Após acabar o disco, fiquei em estado petrificado por alguns instantes aguardando meu corpo voltar ao normal e meu cérebro processar o que ouvido a pouco tempo. Split maravilhoso!!!!!!!!

Anthares - No Limite da Força

Aproveitando o gancho do show de ontem, aproveitei também para adquirir e ouvir o disco originalmente gravado em 87 e um baita salto em relação a metal feito no Brasil. Anthares e Vulcano possuem caminhos meio que parecidos pois ambos foram desbravadores em fazerem algo que ninguém antes supostamente nem acreditaria que isso fosse acontecer. Nem tudo eram flores e algumas aberrações também apareceram como o Salário Minimo que, me perdoem quem gosta, eu simplesmente acho extremamente cafona, uma espécie de Yahoo mais distorcido. Agora, Anthares, Centúrias, Azul Limão, esses sim eram bem legais e traduziam o que o metal internacional nos trouxe de inspiração para algo fantástico. E falando deste disco, ele é impecável do início ao fim.
Abrindo com a instrumental que dá nome a banda, já vemos uns caras talentosos praticando um baita heavy metal, com direito a guitarras muito bem tocadas. Mas aí vem Fúria e o som vai numa linha mais thrash e não só nesta mas em No limite da força, Paranóia final, Vingança, Chacina, Prisioneiros do sistema ( letra atualíssima) e Batalhas ocultas percebi uma semelhança com Bonded by Blood ( Exodus), um pouco de Testament da fase mais The Legacy e um pouco do Destruction oitentista. São faixas que viciam logo de cara e pedem mais e mais audições pois trata-se dum item muito mas muito legal. Já coloquei em meus planos comprar o mais novo disco pois a nova formação também é impecável. Item obrigatório para quem gosta mesmo de metal e não de porcarias fakes.
Anthares, vocês ganharam mais um fã e com muito orgulho!!!!!!!! Viva a música brasileira.

Vulcano e Anthares fizeram um dos maiores shows que fui em minha vida ontem no Clash Club - 15/7/2017

Ontem no Clash foi comprovado algumas coisas das quais eu já sabia e que soa até piegas demais dizer sempre. Mas, é sempre bom ressaltar que, a música cura o que certos sentimentos fazem você se machucar. Sim, música. Uma das formas de arte mais completa, única e que te leva a reações maravilhosas de felicidade e emoção dos quais muitas outras coisas na vida não lhe trazem de forma tão perfeita. Ver e ouvir gigantes do metal subindo aos palcos e tocando apaixonadamente me trouxe uma sensação única e mais: saber que alguns desses gigantes são seus amigos então.... aí o jogo é ganho desde o começo. Saindo daqui da baixada com o Vulcano juntamente com outras pessoas maravilhosas, fomos rumo a Barra Funda afim de presenciarmos uma noite mágica regada a muito heavy metal de imensa qualidade. Quando as pessoas me julgam por gostar de música brasileira, mal sabem eles que incluo no cenário da música brasileira tanto o Vulcano quanto o Anthares pois eles são brasileiros e, portanto, compõem o time de música brasileira de qualidade. Foi incrível na van ver os caras conversando sobre rock dum jeito tão eclético que deu vontade de mandar algum desses pseudo radicais pros quintos. Esses caras são banda e público ao mesmo tempo. Eles são a parte do público que sobe para tocar e nos alegrar e não estrelas intocáveis do rock. Portanto, não tinha como não ser emocionante esta noite. Mas houveram duas bandas abrindo esta festa e a primeira foi o D.E.R. , protagonizadores dum dos mais ferozes grindcore da face da Terra!!!!!!! Focando no lançamento do ep Rancor, os caras fizeram o que o grindcore manda: um show enérgico, curto e grosso sem muitas papas na língua. Foi tão legal que foi mais rápido do que o normal mas foi lindo.
Já o Warsickness, banda que chegou a tocar aqui numa das trincas, fez o que o thrash metal pede em destaque para os guitarristas muito precisos e tocando muito. O vocalista é outro figura, declamando frases "poéticas" mas sempre com muito bom humor. O cara é o Gerre ( Tankard) brasileiro!!!!!! Até o som da banda pende para um Tankard pelo fato de falarem de cerveja e serem divertidos. Foi uma aula foda de thrash, tocada por caras que gostam do que fazem. Batata, tragam estes caras novamente!!!!!!!
Daqui em diante, a festa foi feita pelos donos dela e quem veio na sequência foi o Vulcano. Fazendo um show animal como de costume, a banda liderada pelo herói Zhema fez o que esperávamos desses lendários, sem mais nem menos. E não tem como destacar cada um individualmente pois todos eles acrescentam em muito a musicalidade da banda e tantos os atuais quanto os que passaram na banda são e foram importantes na história desta lenda do metal mundial. Luiz Carlos Louzada é o frontman, o cara que faz as caras e bocas mas nada disso é feito de forma gratuita ou para somente "ganhar público". O cara é um apaixonado pelo estilo que faz , basta acompanhá-lo no facebook aonde verá sempre o mesmo mostrando as bandas que ouve, vivendo de verdade o rock. Zhema é aquele maestro que conduz a orquestra do apocalipse com aquela calma e humildade que serve de conselho a muitos inferiores que não possuem um décimo do que este tem. Gerson Fajardo é o parceiro do maestro, o cara da guitarra Cherry Bomb, o guitar hero. Tendo já feito inúmeros shows e ter um disco gravado, Gerson já mostrou o porque de ter sido chamado pelo Zhema: o cara faz muito a diferença no que faz não agindo de forma caricata e sim de forma muito verdadeira, apaixonada e chego a me emocionar ao vê-lo sempre no palco. Carlinhos Diaz é aquele baixista que põe mais fogo na lenha, faz a cozinha de qualquer banda ficar segura e cheia de atitude. Também é outro que gosta do que faz e seu baixo consegue se sobressair em meio a guitarras altas. Melhor, seu baixo ajuda a banda ficar mais pesada, mais brutal. E por fim, o melhor baterista de metal de todos os tempos, Arthur. É muito gratificante receber os cumprimentos desta lenda que te agradece por estar ali com tamanha felicidade que alguns anônimos deveriam agir por igual mas como se trata de um anônimo.... Não podemos esperar muita coisa.
Entre músicas novas e antigas, o disco Bloody Vengeance foi executado além de outras pérolas como uma faixa do Ratrace, muito foda e seria muito bom se relançassem este disco. Enfim, o Vulcano saiu vitorioso no palco mas a noite ainda tinha mais pois a noite finalizada com o Anthares.
Comemorando os 30 anos do No limite da força e divulgando mais novo disco O caos da razão, os caras simplesmente fizeram um show explosivo, puta aula de thrash/speed/sei lá o quê que quiser rotular. Faixas como Fúria, No limite da força, Paranóia final, Vingança, Chacina, Prisioneiros do sistema e Batalhas ocultas foram executadas ao vivo e com um poder tão incrível que fiquei com aquela sensação de soco no meio do estômago em vários momentos. Além da formação atual, foram chamados os ex integrantes para executar algumas faixas do Limite e como os caras ainda estão em forma!!!!!! Caso você seja um amante do thrash metal, corra atrás de ambos os discos agora mesmo!!!!
Bom, ao final desta noite houve o retorno ao lar e após esta noite descobri que nós, enquanto existirmos neste planeta, temos que estar perto sempre de quem nos quer ao lado, amigos sempre prontificados a nos fazer felizes. É disso que o rock fala, sempre falou mas infelizmente ainda que insiste em ser mesquinho, zé povinho e achar que o rock é só desgraça e inimizades. Não, o rock se faz com música boa, amigos que são irmãos frente a esta batalha que o dia a dia nos traz mas juntos seremos fortes o suficiente para combater o emburrecimento cultural e toda a podridão da sociedade.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Cowboy Junkies - Miles from our home

Finalizando as resenhas de hoje, uma banda já conhecida aqui do meu santuário musical voltando as listas de compras. O quarteto Cowboy Junkies lançou um de seus melhores álbuns em 98 e ele chama-se Miles from our home. Seguindo a tradição, as faixas possuem aquela calma do country porém com uma cara mais alternativa ao estilo caipira americano. Trata-se daquele disco para se ouvir no conforto do lar, pensar na vida, desencanar de coisas ou pessoas, enfim, relaxar um pouco afim de não perder o juízo.
Contendo 10 faixas, o destaque inicial é a voz lindíssima de Margo Timmins que aliada a instrumentistas de nível elevado como Michael Timmins ( guitarra), Peter Timmins ( bateria) e Alan Anton ( baixo) produz um disco musicalmente impecável. Faixas como New dawn coming, Blue guitar, Miles from our home, Good friday, Darking days, Hollow as a bone, Someone out there, The summer of discontent, No birds today e Those final feet fazem toda a diferença num disco e somente sendo um surdo para não apreciar tais faixas.
Num tempo de pobreza criativa e artistas cada vez mais descartáveis do que copo de plástico, ter algum ser humano comprando um disco desses é a prova de que nem tudo está perdido. Mas estou perto de completar 40 anos. Sendo assim, se os jovens quiserem dar continuidade que o façam o quanto antes para não reclamarem do mundo quando verem tudo se acabando.
Belo disco para se apreciar sem qualquer moderação.

Florence + the Machine - Mtv Unplugged

Graças ao disco Ceremonials, descobri não só uma artista sensacional mas uma dona de músicas igualmente sensacionais e que só comprova a estupidez de alguns quando falam dela. É certo que há uma tremenda babação de ovo encima dela, aonde alguns metidos a "cool" para se aparecer ficam ouvindo Florence. A partir do momento que prestei atenção somente na música e larguei de lado a maciça atenção por parte deste puxa sacos, entendi qual o propósito dela. Em seu formato acústico, a mesma apresentou 11 faixas de seu repertório para a Mtv e o resultado não saiu menos do que soberbo. E foi extremamente valioso cada segundo ouvido aqui. Uma apresentação impecável e algumas faixas já clássicas sendo executadas da forma intimista que cada uma pediu. Abrindo com Only if for a night, a ruiva já chegou com a platéia na mão e desta faixa em diante, foi só momento bonito. Drumming song e Cosmic love são outras pérolas dela além das já conhecidas por esta pessoa que vos fala como Breaking down, Never let me go, No light, no light, What the water gave me além da faixa que encerra o acústico, Shake it out. Outras maravilhas ainda constam aqui como Try a little tenderness, a meio country Jackson e Dog days are over. É algo mágico ouvir este disco pois o que rolou aqui foi uma troca de confissões, mostrando que o artista quando se expressa seja de forma triste ou alegre, ele mostra o quão é igual a todos nós. Ele possui momentos felizes e se decepciona de forma igual a nossa, possui os mesmos prós e contras acerca do que vemos no dia a dia.
Ninguém é perfeito nesta vida, ninguém é obrigado a nos satisfazer 100 %. Mas também eu, você e qualquer pessoa dotada de opiniões temos total direito de discordar de algo. E eu discordo quando falam que a música está morrendo ou que não tem mais ninguém bom no cenário. Florence + the Machine pode não ser a revolução musical mas negar seu talento e, mais ainda, negar que suas músicas não apresentam nada de bom é de duas uma: ou o cara nunca ouviu ou se ouviu já foi com aquela cabecinha oca de que nada presta se não for metal. Ou mesmo rock.
Como eu acredito que o ser humano ainda pode ser inteligente, vejo que esta mentalidade anda diminuindo, tendo assim consumidores de música que não se importam com rótulos: eles querem ouvir música boa. Duma mera cantora ignorada para uma das artistas mais magníficas da minha coleção. Esta é a Florence. E como canta a moça....

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Luxúria de Lillith - A Volúpia Infernal ganha relançamento a altura de sua obra e de seu autor.

Retornando brevemente para uma resenha pra lá de especial, trago um relançamento mais especial ainda. Trata-se de A Volúpia Infernal, disco lançado com gravações anteriores temos faixas espetaculares que comprovam o título de melhor banda de black metal nacional por este que vos fala e que graças a um festival em Osasco, tive a honra de ver a primeira apresentação e se tornar um dos fãs mais assíduos do trio capitaneado por Alysson Drakkar, um dos grandes do estilo e um ser inteligente que ousa os mais melindrosos a serem desafiados por sua verborragia na cara contra alguns dogmas. Bom, aí cada um enxerga como quiser. Eu procuro não impor religião nem posições extra musicais na hora de ouvir uma banda e no caso da Luxúria, a mente aberta é importante na hora de ouvir e encaro as letras como algo contestador contra essas pessoas que cagam regras, tentando impor a você no que acreditar ou mesmo aqueles seres engravatados que ficam te parando na rua e perguntando se você aceitou Jesus, o que, mesmo tendo se formado no catolicismo, acho um pé no saco e uma forma muito grotesca de convencer aos mais otários a adentrarem na igreja e pagarem aquela "passagem" para o céu afim de rolar um meet and greet com Jesus Cristo, com direito a foto e postagem no instagram se sentindo muito feliz.
Voltando ao disco, temos faixas de arrepiar como Desejos infames, Da morte para todo fim, Delírios de uma orgia noturna, A dança da maldita profana, Tempestade, Profanos beijos de sangue, Luxúria de Lillith, A volúpia infernal além da bônus O sarau dos vampiros. Este disco é um item lindíssimo e agora em digipack ganha doses mais bonitas ainda, tornando-se um daqueles discos a figurar a sua estante como um dos destaques. Parabéns a todos os envolvidos. Um disco foda duma banda mais foda ainda. Este é o Luxúria de Lillith. Mas que fiquem sabendo: além deles, há um cenário espetacular de bandas do gênero tão boas quanto!!!!!!!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Camisa de Vênus e Marcelo Nova - 2 é demais!

Encerrando as resenhas venho com este disco que ganhei afim de conhecer mais sobre Marcelo Nova e seu Camisa de Vênus. Nesta série temos um disco de Camisa e outro do cara em carreira solo. Eu sei que um artista deve ser conhecido pela música mas caras como ele, Lobão entre outros você acaba citando também as eternas presepadas e ou declarações sempre para causar burburinho entre o pessoal. Nesta disputa eu fico com o Lobão mas Marcelo Nova também rende inúmeras entrevistas hilárias, principalmente quando fala do rock no Brasil entre outras peculiaridades que personagens deste naipe nos trazem. Lógico que não gostaria de conhecer o Nova pessoalmente já que sua fama de ser meio metido me impediria de ter um mero autógrafo. Mas não há como negar a competência do cara no palco. Aqui o disco consta com o álbum  Correndo o risco de 86 gravado pelo Camisa de Vênus e faixas como Simca chambord, Só o fim além das não menos legais Mão católica, Deus me dê grana, Ouro de tolo, O que  é que eu tenho que fazer ?, Tudo ou nada e A ferro e fogo. Já o disco de 89, Marcelo Nova e a envergadura moral pode não ser tão bom quanto o Camisa mas rendeu momentos legais em Coração sequestrado, Papel de bandido, Ela saiu um dia, Algum lugar, Qual é a sua meu rei?, Imagens na memória, A gente é sem vergonha ( com Genival Lacerda), Canção do inverno e finalizando com Amanhã não estarei mais aqui. Trata-se duma bela amostra do que um dia foi o rock nacional e o quanto isso faz falta nos artistas atuais. Pensando bem, o Brasil era mais feliz quando Marcelo Nova, Lobão entre outros personagens folclóricos mandavam na parada toda. Esta época não volta nunca mais mas volta e meia eles pintam falando algo na internet da vida.
Artista não precisa me chamar para churrasco nem para comer pizza. Eles só precisam gravar algo legal. Ponto final.

A-HA - Cast in Steel

Algumas bandas nos pregam peças. A peça mais pregada por elas é anunciarem aposentadoria. Sim, muitas bandas já fizeram isso e dependendo de quem for, eu fico feliz por ser mentira. O Scorpions fez isso mas nos enganou com um belo disco de inéditas. O mesmo fez inúmeras vezes o Kiss e da mentira saíram dois discos fabulosos. Os caras do A-HA fizeram a mesma coisa mas, na sequência do anúncio e do suposto fim, anunciaram sua participação no Rock in rio e este mais novo disco de estúdio. Fiquei com raiva? De jeito nenhum!!!!! Estes caras ainda são influentes, criativos e com fogo para queimar várias lenhas na vida e se ainda nos proporcionam alegria tanto em shows quanto em discos de estúdio, tem mais é que continuarem a nos fazer felizes. Finalmente este disco caiu em minhas mãos e ouvindo constei o quão legal este trio continua legal. É um disco bonito, feito por músicas cativantes, emocionantes mesmo. E uma música que possua a voz sensacional de Morten Harket já é sinal de jogo ganho além dos outros caras também são excepcionais músicos e compositores. Logo de cara a bela faixa título já nos deixa com aquele ar gostoso e somente ela já valeria todo o disco. Mas o restante é algo muito bacana como comprovado em Under the makeup, The wake, Forest fire, Living in the end of the world, Mythomania, She´s humming a tune e Giving up the ghost. No geral o disco é bem interessante e as outras faixas são na mesma linha que as citadas, impecáveis e mostrando que medalhões não são somente algo para se ouvir no passado. Quem vive de passado é museu e com certeza o A-HA não faz parte deste museu.
Puta som recomendado para quem não se importa com rock ou pop. O importante aqui é admirar uma música feita com sentimento sendo um surdo quem achar um som assim ser "merda".

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Nickelback - Feed the Machine

Tentar explicar este disco é algo para se ficar falando durante dias. Não é de hoje que estes caras formados na mesma terra de Rush, Avril Lavigne, Exciter, Razor, Triumph, Harem Scarem, Celine Dion entre outros produzem discos bem bacanas assim como não é de hoje a má vontade por parte de alguns em querer taxar a banda de ruim ou dizer que não é rock. Alguns falam do Nickelback como se tivessem falando do Malta ou até mesmo comentando acerca do mais novo disco do Justin Bieber tamanha é a raivinha e o rancorzinho de ser o do contra. Mas nesta vida existe um cara como eu que já chega e fala que o Nickelback executa um hard rock moderno, recheado de riffs pesados mas com algumas baladas maravilhosas no meio disso tudo. Costumo dizer que os caras agradam o cara que gosta de som pesado e a mãe do cara que gosta de som pesado com as baladas radiofônicas. Algum mal nisso? De jeito nenhum!!!!!! Isso só mostra a versatilidade deles. E este disco está sendo candidato sério a ser o melhor do ano caso não apareça mais ninguém. Aqui o Nickelback gravou algo melhor que o anterior pois retomou ao som dos anteriores como o excelente Dark Horse ou até mesmo o meu favorito deles, All the Right Reason. Mas Feed the Machine traz algumas daquelas faixas que me fez passar mal. O disco já abre com uma sequência de tirar o fôlego, iniciando com a faixa título, um arregaço!!!!! Goin for the Ferryman continua a saga pesada do disco com um refrão bem bacana e a voz de Chad sendo sempre o diferencial além das guitarras. Must be nice vem numa levada meio southern rock pesada, por sinal estilo este que eles gostam de tocar entre as faixas. For the river é mais alegre porém com um certo peso e é a mais hard rock de todas além daquela faixa para acordar e caminhar até Cubatão chamada Silent Majority. Eu não falei das baladas né? Pois bem. Aqui elas estão presentes e como sempre os caras tiveram as manhas de escrever aquelas inspiradas para eu, ouvinte, ficar pensando na Ariadna Fernandes, na Leandra Santos ou na Jade Monalisa. Song on fire, After the rain, Home e Every time we´re together são elas, para se ajoelhar para qualquer uma das citadas e agradecer pelas existências de tais mulheres.
Numa época em que artistas cada vez mais plastificados proliferam para um público cada vez mais emburrecido "amar" é de tirar o chapéu que bandas como o Nickelback ainda serem criativos a ponto de ainda criarem músicas para sentir de verdade e não apenas para ouvir no mp3.
Recomendo? Nem preciso responder.....

Clan of Xymox - The best of

Antes de falar de um dos melhores lançamentos deste ano, um best of do Clan of Xymox para ouvir algo bacana do gothic rock com referências eletrônicas. Eu, como um ouvinte eclético, detesto rótulos. Acho um porre quando você vem com um rótulo e alguém para se gabar que sabe mais de som do que você, quer falar difícil para descrever tal banda ou artista.  O Clan of Xymox faz um puta som, apenas isso. Esta compilação traz 14 faixas para você pensar naquela festa do passado ou se preparar para a mais nova festa gótica regada a mulheres lindas e estilosas que só o mundo gótico pode proporcionar. Aqui os destaques vão para There´s no tomorrow, Jasmine and Rose, I want you now, Loiuse, Consolation, This world, Muscoviet musquito, Farewell e Stranger mas no geral é uma daquelas coletâneas bem agradáveis para se ouvir com os amigos ou até mesmo sozinho.
Na verdade, recomendo ouvir os discos inteiros já que não irá se arrepender. Agora, caso queira um resumo para começar, este best of já dá para o gasto.

Noel Galagher´s High Flying Birds - idem

O próximo a ser resenhado é talvez um dos artistas que mais as pessoas amam odiar mas não sabem o porque. Desde o Oasis, Noel e seu irmão Liam Galagher sempre tiveram no ranking de muitos haters como músicos metidos, arrogantes cuja banda não passava duma sombra barata dos Beatles. Olha, eu não chegaria a comparar até porque Beatles é um mundo. Oasis vive em outro mundo. E estes caras que detonam a banda é por causa da birra que eles tanto possuem dos irmãos. É certo que ambos gostam duma chance de se aparecerem. Também é certo que Liam deve ser um chato de galocha tendo Noel não muito atrás. Agora, julgar a qualidade de compositor de Noel é se taxar de anta musical. Ouça com mais calma os discos do Oasis e verá muita coisa boa dentro da sonoridade britpop dos caras. Mas o Oasis é ( por enquanto ) passado e cada um foi para lados opostos. Liam lançou o fraco Beady eye e agora aposta numa carreira solo. Já Noel, somente com este disco de estréia, mostra que saiu na frente do irmão. Muito superior ao trabalho de Liam, Noel Galagher´s High Flying Birds causou me uma ótima sensação de compra bem sucedida. O som é bem diferente do que se espera dele comparando com sua antiga banda mas se a intenção foi essa, mais um ponto para ele pois mesmo se aventurando em sonoridades mais complexas, o cara fez um disco bem agradável mas que deve ser curtido aos poucos, com calma. Mas algumas faixas já ficaram fixadas na mente como Everybody´s on the run, If i had a gun, What a life, Broken arrow e o grand finale com Stop the clocks. Como citei antes, trata-se dum disco que gruda logo de primeira mas que impacta o ouvinte com algo diferente e mostrando que competência não é algo dificultoso para um cara igual a ele.
Após ouvir este disco, comprovo o quão o ser humano anda chato pois com certeza terá um monte de manés pichando o disco sem ao menos ouvir só porque o Noel não chamou ele para comer uma pizza. Por mim o cara pode ser o mala sem alça. Com o tanto que me grave discos legais como este, ele já está fazendo sua parte no mundo do entretenimento. Ou eu estou errado?

Yes - Yes years me mostrou com quantas faixas se faz uma banda perfeita.

Retomando as resenhas, volto com um achado, algo para se ensinar em sala de aula quando o assunto for música bela, aonde a arte é resumida numa banda que outrora me causou sono mas que atualmente me conquistou pelo seu legado sensacional dentro da música em geral. Falar do Yes é falar duma banda que apresenta todos os ingredientes necessários para que uma banda cative o ouvinte. Não basta ter músicas longas. Tem que, durante as mesmas, passar emoção e cativar quem está do outro lado ouvindo. Não sei se é a idade. Não sei se é o fato de não ligar mais para músicas grudentas para se ouvir em casa. O fato é que o progressivo anda me trazendo "descobertas " até então esquecidas ou ignoradas por este nobre homem e o Yes é uma delas dentro do estilo. Falar de seus integrantes então é algo que nem precisa muita apresentação já que ambos fizeram sua parte dentro da discografia que não possui nenhum disco que possa ser situado como uma porcaria imensa. No mínimo, algo mais fraco mas porcaria nunca. E esta caixa contendo 4 cds e que ainda vem com um livreto muito bacana traz o que estes senhores fizeram na carreira até uma determinada época. E que viagem maravilhosa foi ouvir estes discos. Músicas impecáveis é que se encontra aqui. Começando pelo disco 1, 13 faixas brilhantes pegando a primeira fase da banda que recomendo ter. Entre elas, os destaques são Something´s coming, Survival ( que linda), Every little thing, Everydays, Sweet dreams, Starship Trooper ( que arregaço), I´ve seen all good people e encerra com a não menos brilhante The fish. Ufa!!!!!!
Retomando a viagem fui para o disco 2 e mais algumas das ideias soberbas e faixas de emocionar até o mais ranzinza dos ouvintes como Roundabout ( Chris Squire debulhando no baixo), Heart of the sunrise ( que também consta no disco 4 sendo tocada ao vivo na tour do disco Union), Close to the edge e Sound chaser. Nesta época a banda já estava instabilizada como uma das maiores bandas e seus shows eram super produzidos, com direito a palco desenhado por Roger Dean e tudo mais.
Continuando com o andamento lindo desta viagem, o disco 3 traz a banda já inclinando para a primeira saída de Jon Anderson mas que rendeu um clássico sensacional chamado Going for the one. E temos a faixa título, um primor de bom gosto e rock n´roll de primeira qualidade com direito a um toque bem leve de Led Zeppelin. Mas também temos o que podemos chamar de A balada do Yes. Ou você é um chato que não consegue ver um mínimo de beleza em Soon? Tirada duma parte da faixa Gates of delirium, tal parte foi intitulada com o nome citado acima e tornou-se um dos maiores sucessos da banda e um exemplo que nem sempre gravadora foi sinônimo de incompetência musical.... Ainda temos Awaken, Wonderous stories, Money além da bela versão de I´m Down dos Beatles que esses ingleses fizeram com tamanha paixão.
Aí chegamos ao disco 4, a última parte desta jornada maravilhosa e uma fase da banda meio que detestada por alguns mas que até hoje não entendo. Sim, a banda estava adentrando aos anos 80 e tinha mudado o som completamente. Mas não quer dizer que fizeram porcarias não é mesmo? Só sendo surdo para citar como "porcaria" faixas como Make it easy, Owner of lonely heart, Rhythm of love ou mesmo Love will find a way, uma dessas canções que te levantam mesmo em dia de prova de cálculo. A faixa que encerra este disco e toda a viagem, Love conquers all, pode não ter a mesma magnitude do que veio antes mas é bem bacana e traduz o sentimento do qual eu nutri em separar estas horas tão preciosas para assim adquirir conhecimento musical e intelectual. Sempre direi isso: uma das poucas paixões que tenho na vida é pegar um box desses e apreciar cada detalhe, saboreando de forma emocionante o som desta que podemos considerar uma das maiores bandas deste universo que me perdoa o erro que cometi um dia em classificar tal instituição como chata. Eu que estava sendo um tolo!!!!!!




domingo, 2 de julho de 2017

Coldmist - From the dark hills of the past

Finalizando esta noite de domingo com mais uma bela revelação advinda do extremo. Sempre todo final de domingo caio na reflexão e penso em melhoras para seguir na vida. Estando de férias, as chances de pensar melhor em relação a inúmeros assuntos pode nos tornar mais fortes e preparados mentalmente. Sábias palavras dum amigo meu: " as pessoas estão muito preocupadas com o físico mas estão esquecendo de cuidar do mental". Certíssimo!!!!!! Hoje a sociedade passa por uma das piores épocas aonde alguns valores são esquecidos num piscar de olhos em favor a coisas fúteis. É legal ter as coisas, muito bacana quando consegue a custa de muito suor comprar seu carro, sua moto, casar, ter filhos. Isso tudo pode ser legal sim senhor. Mas uma coisa é ter tais coisas porque sua vontade é de ter não porque lhe pressionam para ter. Logicamente que filho e carro são situações completamente opostas mas você já reparou que em ambas as situações há pessoas acabam tendo por mera obrigação da sociedade? Conheço inúmeros amigos meus que possuem ambos e são felizes mas uma parcela das pessoas tem aquele espírito do " se meu vizinho tem, quero ter também".
Por isso que me mantenho cada vez mais recluso em dar opiniões pois as pessoas não estão mais capacitadas de ouvir verdades. Ainda não cheguei ao ponto de não conhecer mais ninguém que pense mas repare bem nas pessoas e me responda se não estamos diante duma sociedade cada mais utópica. E discos como este me dão forças extras para aturar as perguntas cretinas e paciência para aturar pessoas imbecis na minha frente.
From the dark hills of the past possui um arsenal de faixas poderosas como a faixa título que após uma intro vem atropelando tudo de podre. Outras belezas extremas estão aqui e Night and mysteries, A funeral frost, Triumph of cruelty, Manus crispts from beyond, Deadly mist, Emotions of a full terror, Old domains e Fullmoon tragedies comprovam o que venho percebendo faz tempo: o black metal, em termos de novidades, vem dando de mil a zero em relação a outros estilos dentro do metal.
E o Cold Mist segue sendo um dos exemplos concretos disso. Recomendo!!!!!!!!!!

Napalm Death - Noise for musics sake

Ouvir música. Ouvir algo que você goste pra caramba. É o que move a vida de muitos, a maioria diga-se de passagem. Você já chegou a pensar na hipótese de não existir música? O ser humano mostra o quão lixo é com ela, imagine sem!!!!! Mas como todo bom disco, este aqui me deixou bem contente. Falar do Napalm Death é algo como chover no molhado pois quem os conhece sabe da importância que tiveram e ainda possuem dentro da música underground. Iniciando as atividades como uma entidades mais rápidas em se tratando do grindcore, a banda gravou aquele disco que mudou a vida de muitos: Scum. Pode ter músicas curtas mas elas são contestadoras e provocam a ansiedade de quem quer mudar algo neste planeta. Formações mudaram e hoje a banda ainda está tocando e lançando discos soberbos, mostrando que o tempo não fez mal a estes ingleses. Nesta coletânea, temos dois discos contendo faixas de todas as fases até então. Logicamente que não há faixas dos últimos discos mas aqui temos até a época em que banda estava incerta quanto ao futuro pois Barney chegou a sair da banda por um breve período e outros projetos foram montados. No disco 1 temos os primeiros 27 exemplos de como ser brutal e consciente, um ataque apocalíptico aonde faixas como The kill, Scum, You suffer, Siege of power, Suffer the children, Maas appeal madness, Plague rages, From enslavement to obliteration, Diatribes, Breed to breathe, o eterno cover de Nazi punks fuck off ( Dead Kennedys) entre outras pedradas geniais. E foi só a primeira parte pois a segunda vem com mais coisas maravilhosas que significam muito em minha vida. Só para citar alguns exemplos : Rise above, Missing link, Mentally murdered, Cause and effect, Pride assassin além de algumas outras coisas lindas como participações ao vivo de Godflesh, Lee Dorrian e Bill Steer ( ambos foram da banda antes de irem para Cathedral e Carcass respectivamente) além de faixas extraídas dum show em 87. Apesar das faixas transitarem de produção, aqui temos um documento musical histórico não só para o Napalm Death e sim para toda a história do grindcore já que eles e o Carcass foram um dos percussores do que hoje é chamado de grind. Aqui não tinha deathcore, metalcore nem bandas super técnicas e sim bandas com uma postura muito mais autêntica do que moleque metido a revoltado que acha o máximo dar meia dúzia de berros querendo ser fodão mas não passa duma criança mimada por falta de tomar um tapa no meio da cara e aprender a ser homem. Além dos discos, há um pôster contendo a trajetória de todos os integrantes e seus projetos anteriores e posteriores, um mapa aonde a viagem é garantida e o aprendizado é mais legal do que qualquer faculdade que você faça na vida.
Aliás, a história do Napalm Death renderia um ótimo TCC com direito a exposição com banner e tudo o mais. Muito bom!!!!!!!!!!!!

Suffocation - Effigy of the Forgotten + Human Waste

Death metal. Este estilo musical originado a muito atrás nos deu nomes maravilhosos, um estilo maravilhoso que, ao contrário de alguns estúpidos, não é somente música barulhenta. É sim uma forma de nos libertarmos um pouco do nosso dia a dia, de algumas situações medíocres que a vida nos coloca na frente e, sem saída, temos que enfrentar com unhas e dentes. E sim, os músicos são extremamente competentes, sabem tocar seus instrumentos. Ou você acha que para tocar death metal basta só fazer barulho? Explique isso então para bandas técnicas como o Suffocation.... Esta lenda viva mantém uma discografia respeitada pelos amantes do estilo e inúmeras passagens intricadas não seriam fáceis de se reproduzir nem pelo cara do Dream Theater. Mas, ao contrário da banda citada, o Suffocation transforma musicalidade em qualidade sonora para agradar o ouvinte e fazê-lo feliz. Nesta versão temos o excelente disco Effigy of the forgotten, um dos clássicos de estilo e praticamente uma espécie de guia obrigatório para o death metal. Só a faixa título já vale cada centavo pago neste item, algo maravilhoso e único. As outras faixas não ficam atrás e peças muito foda da genialidade extrema como Liege of Inveracity, Infecting the crypts, Seeds of the suffering, Hbitual infamy, Reincremation, Mass Obliteration, Involuntary slaughter e Jesus wept são como tesouros lapidados e brilhantes, joias insubstituíveis do estilo. Que me perdoem os fãs de Cannibal Corpse mas o Suffocation é infinitamente mais legal. Aliás, o Cannibal Corpse é uma banda que não me faz muita vontade de ouvir então....
Ainda temos o álbum demo Human Waste que traria algumas das faixas de Effigy of the Forgotten em suas formas mais primitivas mas um adendo: elas já eram maravilhosas!!!!!!!
É engraçado como as pessoas se acham as fodonas mas quando perguntado se conhece Suffocation, a resposta é não. Pois é, acho que o poser aqui não sou eu.....
Resumindo: um clássico do estilo duma banda que merecia uma posição bem maior do que tem dentro do death metal e do heavy metal em geral. Foda!!!!!!!!

Faith no More - Sol Invictus

Eis que finalmente este disco do Faith no More chega em mãos e confesso que fiquei meio apreensivo quanto ao que ia encontrar aqui. Porque, das inúmeras críticas, alguns falaram mal e outros não falaram tão bem. Mas como sou meio o que adota o lema " descubra você mesmo" adquiri este disco na Blaster afim de conferir o que Sol Invictus traria de bom para mim. É sabido que uma banda liderada por um cara legal e maluco como Mike Patton pode se esperar de tudo, menos algo normal. Mas com seus outros companheiros, Billy Gould ( baixo ), Roddy Bottum ( teclados), Mike Bordin ( bateria) e Jon Hudson ( guitarra) ele fica menos maluco já que se deixar tudo em suas mãos teríamos uma contiunação do Mr. Bungle ou até mesmo do sua carreira solo mas aqui não é o caso. Nas 10 faixas temos algumas faixas que só com mais ouvidas que irei me acostumar mas o fato de incomodar o ouvinte o artista já ganha pontos e sabemos que ser normal hoje em dia é algo de se estranhar pois quem se acha normal ou perfeito é digno de olhar mais atentamente para esta pessoa. A faixa que título ao disco abre de forma a deixar o ouvinte confuso mas Superhero deixa as coisas um pouco normais e é uma das mais legais. Sunny side up, Separation anxiety, Cone the shame, Rise of the fall e Black friday transitam entre o que já me acostumei com o que terei que me acostumar ainda mas de modo algum o disco soa chato, pelo contrário!!!!!!! Agora Motherfucker e Matador são típicas viagens de Patton mostrando que, caso um dia trabalhasse com Frank Zappa teríamos uma das duplas mais malucas do universo. Mas ok. Eu gosto de gente doida perto de mim, me traz mais segurança. From the dead fecha o disco e fecha uma experiência que poucos irão assimilar. Talvez por preguiça ou por falta de humor mas Sol Invictus não seria indicado para alguns zés da vida que só querem ouvir o normal e se acham o máximo por isso. Faith no More é foda!!!!!!!!!!!!!

sábado, 1 de julho de 2017

Mactatus - Provenance of cruelty

Finalizando esta noite com mais resenha, após o Varathron, agora é a vez do Mactatus representar o som extremo. Este disco me deixou bem surpreso pois nunca liguei muito para esta banda. Aqui, os caras usam e abusam da cartilha do black metal. De corpse paints ao extremismo, tudo é feito com o intuito de ganhar o ouvinte e mostrar a que vieram. Sons maravilhosos, muito bem elaborados é o que encontramos neste disco. Vou começar falando da melhor faixa chamada Dark Journey. Com um início de extrema beleza, a música citada é uma peça de arte musical que convence na brutalidade que aliada aos teclados muito bem encaixados produz uma mistura envolvente e encantadora.
O restante do disco não fica atrás como Draped in shadows of Satan´s pride, King of the dark side e The empero´s trail não me fazem mentir transbordando musicalidade por todos os lados e indicado para quem gosta do estilo e até para quem não curte muito o extremo mas admira uma certa beleza dentro da música.
Adquira agora mesmo se houver culhões. Som de primeira qualidade!!!!!!!!!

Varathron - Walpurgisnacht

Agora uma sessão de black metal. O prazer de se ouvir música é isso. É ouvir inúmeros sons sem a menor preocupação de se o seu amigo ou amiga irá aceitar. Aliás, acho uma tremenda babaquice quando determinada pessoa fica meio que preocupada com o que o amigo irá falar, ser chamado de poser traidor entre outras coisas patéticas que alguns adoradores de metal mantém ainda em andamento. O que esta minoria precisa entender é que, quanto mais a cabeça estiver aberta, melhor a pessoa irá viver. Eu sei que é difícil. Mas não é impossível. Este disco caiu em minhas mãos de forma natural e ao ouvir as 8 faixas ( mais a intro) constei o quão sortudo sou pois o que se ouve aqui neste disco de 95 é uma daquelas aulas do que há de melhor no som extremo ainda que muitos ainda acusem o estilo de ser algo barulhento somente. Hinos como Cassiopeia´s ode, The dark hills, Mestigoth ou mesmo Under the sign of horus são daqueles temas que instigam a você ouvir cada vez mais estes e o restante do disco, um espetáculo blasfemo porém contundente na medida exata.
Caso queira mais um item diferenciado em sua discografia maléfica, Walpurgisnacht pode ser um item muito importante e enriquecedor. Longa vida ao black metal!!!!!!!!!

Amy Macdonald - A curious thing

E mais uma Deusa pinta por aqui em casa. Na minha vida, inúmeras delas habitam meu coração de forma amorosa e carinhosa como Norah Jones, Sandy, Adele, Anneke, Liv Kristine, Ariadna Fernandes entre tantas outras mulheres lindas que nos encantam e me tornam um homem melhor e mais maduro. E mais uma passará a habitar este reino maravilhoso: Amy Macdonald. Numa daquelas curiosidades sensacionais aonde algum amigo sempre indica alguma cantora para este que vos digita ouvir e se apaixonar, Amy veio para me encantar e cantar seu som em A curious thing, lançado em 2010. Poderia simplesmente intitular como pop mas há algo de diferente no som de Amy para simplesmente classificar como pop. Soaria muito no lugar comum, diga-se de passagem. Sua voz aliada a todo o resto transformou esta audição em algo a ser descrito como muito bonito.
Com a abertura de Don´t tell me that it´s over, passando por No roots, Love love, An ordinary life indo para o final com What happiness means to me temos mais um daqueles irresistíveis momentos de ternura e gratidão por existir tal cantora em minha vida.
E o que falar dum jogo já ganho que ainda tem uma versão acústica de Dancing in the dark ( Bruce Springsteen) após a última faixa? A impressão que ficou nesta história foi que ela iniciou para nunca mais chegar ao fim e querer outros discos dela o mais breve possível. Confira agora mesmo!!!!!!!

Bezerra da Silva - Alô malandragem, maloca o flagrante

Enfim chegou o grande momento de falar de música brasileira. Sim, música brasileira mesmo. Apesar de vivermos um momento muito sinistro tanto na música quanto na mentalidade do povo aonde a cretinice cada vez toma conta e o proporção de se ouvir música de baixa qualidade invade cada vez mais nossa sociedade. Precisamos urgentemente tomar uma providência, botar consciência neste povo pois um povo submisso é um povo burro. De uns tempos para cá tenho cada vez mais despertado o interesse em ouvir o que o Brasil tem de melhor na música e, como já disse inúmeras vezes, música boa não possui um único estilo. Por exemplo, no exato momento em que este texto esta sendo redigido, o Varathron está em meu som sem o menor constrangimento nem medo. Da mesma forma que ouvi este disco sensacional do cara que significa para nós o que o Howlin´Wolf significa para o blues. E quem achar que samba e pagode é a mesma coisa, engana-se pois o termo pagode nada mais era do que o nome da festa que era regada a rodas de samba e samba mesmo, sem essa de cantor de meia tigela. Bezerra, Cartola, Adoniran Barbosa entre outros são exemplos de musicalidade intacta e o que de melhor o país possui em termos de música brasileira. Fique sabendo que Elis Regina entre outras cantoras da mpb gravaram inúmeros sambas. Vide um exemplo do clássico Tiro ao Álvaro que Elis interpreta grandiosamente além de Marisa Monte que chegou a gravar um disco inteiramente composto por composições de sambistas da velha guarda. Maria Rita, filha de Elis e uma ótima cantora, recentemente nos apresentou um show magnífico recheado de sambas maravilhosos chegando até a gravar um disco ao vivo desta tour. Lógico que não entrarei no discurso de que "para ser brasileiro tem que gostar de samba" pois isso seria uma forma de nacionalismo barato. Vou me concentrar em dizer ótimas palavras acerca deste disco, que irá ocupar um lugar especial em minha prateleira e em meu coração. Se Bezerra estivesse vivo não ia aprovar nada do que estes fedelhos estão fazendo com o samba que ele, Cartola, Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho ajudaram e ajudam a criar. Senão vejamos: pense bem na sua resposta. Pensou? Vai lá : Você acha que pseudos cantores de meia tigela e grupos medonhos como Thiaguinho ( meu Senhor, este cidadão tem o mesmo nome que eu?), Belo, Rodriguinho, Travessos, Sorriso Maroto, Bom gosto ( aonde está o bom gosto?) entre outras aberrações da galáxia de zumbis podem estar no mesmo escalão que os medalhões citados acima? Caso sua resposta for afirmativa é de duas uma: ou você sofre de surdez ou possui um grau exagerado para ser um baita tonto. Esses canalhas transformaram o samba de outrora num pagode bobo, insonso cujas letras parecem ter sido escritas por algum adolescente recém saído das espinhas na cara. Aqui Bezerra fala de forma inteligente de como ser malandro. O verdadeiro malandro não é aquele que gosta de ser o espertinho de forma errada. O malandro, de acordo com a ideia dele, é o cara que trabalha honestamente, paga suas contas e possui seu tempo de folga para tomar uma cerveja com os amigos. Malandro não é o que vemos nos também abomináveis MC´s que pregam a ostentação fútil e com isso levam inúmeros bestas a praticarem coisas erradas como querer a todo custo um tênis ou querer ganhar tudo na base da esperteza cretina.
Minha mãe ficou chocada ao adentrar no meu quarto e perceber que sambas deliciosos como Malandragem dá um tempo, Defunto grampeado, Quem usa antena é televisão ( muito boa), Maloca o flagrante, Vovô cantou para subir, A rasteira do presidente ( atual!!!!!), Meu bom juiz, Língua de tamanduá, Na boca do mato, Sua cabeça não passa na porta ( para um bom entededor....), O direito dos otários e Compositores de verdade estavam saindo do mesmo som que está rolando o disco do Mactatus. O mesmo Bezerra da Silva não ficaria de mi mi mi e querer ser vítima. Ele tirava uma onda como ninguém, um gênio.
Após acabar o disco, o que ficou foi um aprendizado e que mais vezes ainda irá rolar em meu som. Bezerra da Silva e sua música serão levadas eternamente como um legado de inesgotável aula para esta geração assim como para gerações futuras. Viva a verdadeira música brasileira!!!!!!!

Dinosaur Jr. - idem

Finalizando por ora as resenhas ( e aguarde pela resenha a seguir), enfim mais um disco que tinha reservado do Dinosaur Jr. Estava olhando o encarte e reparei que este disco foi produzido e lançado em 85. Uma amostra duma banda que estava a frente do tempo, antes de aparecer os anos 90, Nirvana, garage rock, entre outras coisas. Imagino os caras lançando isso em plena época aonde ainda não tinha tirado o teclado, o laquê e toda afetação que os anos 80 tinham. Imagino o que os caras do hard rock, ao ver esses caras lançando este disco, tirando um sarro destes maltrapilhos alegando que o legal seria se vestir de mulher e passar batom. Não, eu gosto muito de hard rock. Mas não gostaria de ser roqueiro e me vestir com as roupas da minha irmã nem lhe pedir o batom emprestado.
E um cara chamado J Mascis decidiu que ele queria e as 11 faixas deste disco são algo digno de ouvir mais e mais vezes. Distorção na guitarra, vocais no estilo Mascis de ser e clássicos do rock de garagem como Forget the swan, Cats in a bowl, The leper, Does it float, Pointless, Repulsion, Gargoyle, Severed lips. Mountain man, Quest e Bulbs of passion, que encerra o disco de forma brilhante, única. O maior barato da música é não se prender a rótulos tanto que neste exato momento que esta resenha esta sendo feita, o som está rolando Bezerra da Silva..... Quem vive de rótulo é remédio. Música é e sempre será algo universal, um autêntico passeio de A á Z, de forma literal.
Voltando ao disco, não só recomendo como aconselho a qualquer um que goste dum som sem ficar nesta papagaiada de cagar regra. Eu posso estar cagando a minha regra mas não. Apenas dou meu pitaco. Agora dá licença que o Bezerra está cantando e aguardando uma bela resenha. Até mais.

Theatre of Tragedy - A rose for the dead

Voltando as resenhas habituais aqui neste blog, vamos retomar as atividades com este ep, um achado que ajuda em muito a música no geral. Falando do Theatre of Tragedy, a banda é uma das melhores no que se propuseram a fazer dentro do gothic metal e que obtém uma discografia muito legal. Este ep com 6 faixas é de 97, aonde a banda estava na transição de algo menos urrado e indo para um belo gothic rock pesado com referências a Fields of the Nephilim, Sisters of Mercy entre outros e que culminou num dos maiores clássicos do estilo, o impecável Aegis. Aqui temos 3 faixas normais, sendo a faixa título uma das mais lindas que já fizeram assim como Der spiegel e As the shadows dance, todas muito legais. As versões remix de And when he falleth e Black as the devil painteth ficaram legais, em principal a segunda perfeita para dançar no Madame dia 7 de Julho. Agora, uma joia lapidada está neste ep e que acabou sendo a grande atração deste ep. Afinal, só sendo surdo para não sentir uma ótima sensação ao ouvir a versão que deram para Decades ( Joy Division)!!!!!!! Simplesmente genial, uma obra de arte para deixar o líder enforcado com muito orgulho aonde estiver. Estávamos na fase em que a grande maioria dessas bandas estavam mudando o som devido a saturação que tomou forma dentro do gothic metal e mostrar versões de bandas mais góticas foi uma saída para mostrar que não basta fazer gothic metal por fazer e sim aprender de onde começou tudo. Sou a favor quando alguma banda quer se arriscar e mudar um pouco o som, mesmo que para algo pior mas pelo menos temos que bater palmas pois ao mudar a sonoridade, a banda corre o risco de aturar um monte de chato reclamando. Caso encontre este ep, faça sua aquisição o mais breve possível pois trata-se dum item obrigatório diretamente do gothic metal.