domingo, 16 de julho de 2017

Vulcano e Anthares fizeram um dos maiores shows que fui em minha vida ontem no Clash Club - 15/7/2017

Ontem no Clash foi comprovado algumas coisas das quais eu já sabia e que soa até piegas demais dizer sempre. Mas, é sempre bom ressaltar que, a música cura o que certos sentimentos fazem você se machucar. Sim, música. Uma das formas de arte mais completa, única e que te leva a reações maravilhosas de felicidade e emoção dos quais muitas outras coisas na vida não lhe trazem de forma tão perfeita. Ver e ouvir gigantes do metal subindo aos palcos e tocando apaixonadamente me trouxe uma sensação única e mais: saber que alguns desses gigantes são seus amigos então.... aí o jogo é ganho desde o começo. Saindo daqui da baixada com o Vulcano juntamente com outras pessoas maravilhosas, fomos rumo a Barra Funda afim de presenciarmos uma noite mágica regada a muito heavy metal de imensa qualidade. Quando as pessoas me julgam por gostar de música brasileira, mal sabem eles que incluo no cenário da música brasileira tanto o Vulcano quanto o Anthares pois eles são brasileiros e, portanto, compõem o time de música brasileira de qualidade. Foi incrível na van ver os caras conversando sobre rock dum jeito tão eclético que deu vontade de mandar algum desses pseudo radicais pros quintos. Esses caras são banda e público ao mesmo tempo. Eles são a parte do público que sobe para tocar e nos alegrar e não estrelas intocáveis do rock. Portanto, não tinha como não ser emocionante esta noite. Mas houveram duas bandas abrindo esta festa e a primeira foi o D.E.R. , protagonizadores dum dos mais ferozes grindcore da face da Terra!!!!!!! Focando no lançamento do ep Rancor, os caras fizeram o que o grindcore manda: um show enérgico, curto e grosso sem muitas papas na língua. Foi tão legal que foi mais rápido do que o normal mas foi lindo.
Já o Warsickness, banda que chegou a tocar aqui numa das trincas, fez o que o thrash metal pede em destaque para os guitarristas muito precisos e tocando muito. O vocalista é outro figura, declamando frases "poéticas" mas sempre com muito bom humor. O cara é o Gerre ( Tankard) brasileiro!!!!!! Até o som da banda pende para um Tankard pelo fato de falarem de cerveja e serem divertidos. Foi uma aula foda de thrash, tocada por caras que gostam do que fazem. Batata, tragam estes caras novamente!!!!!!!
Daqui em diante, a festa foi feita pelos donos dela e quem veio na sequência foi o Vulcano. Fazendo um show animal como de costume, a banda liderada pelo herói Zhema fez o que esperávamos desses lendários, sem mais nem menos. E não tem como destacar cada um individualmente pois todos eles acrescentam em muito a musicalidade da banda e tantos os atuais quanto os que passaram na banda são e foram importantes na história desta lenda do metal mundial. Luiz Carlos Louzada é o frontman, o cara que faz as caras e bocas mas nada disso é feito de forma gratuita ou para somente "ganhar público". O cara é um apaixonado pelo estilo que faz , basta acompanhá-lo no facebook aonde verá sempre o mesmo mostrando as bandas que ouve, vivendo de verdade o rock. Zhema é aquele maestro que conduz a orquestra do apocalipse com aquela calma e humildade que serve de conselho a muitos inferiores que não possuem um décimo do que este tem. Gerson Fajardo é o parceiro do maestro, o cara da guitarra Cherry Bomb, o guitar hero. Tendo já feito inúmeros shows e ter um disco gravado, Gerson já mostrou o porque de ter sido chamado pelo Zhema: o cara faz muito a diferença no que faz não agindo de forma caricata e sim de forma muito verdadeira, apaixonada e chego a me emocionar ao vê-lo sempre no palco. Carlinhos Diaz é aquele baixista que põe mais fogo na lenha, faz a cozinha de qualquer banda ficar segura e cheia de atitude. Também é outro que gosta do que faz e seu baixo consegue se sobressair em meio a guitarras altas. Melhor, seu baixo ajuda a banda ficar mais pesada, mais brutal. E por fim, o melhor baterista de metal de todos os tempos, Arthur. É muito gratificante receber os cumprimentos desta lenda que te agradece por estar ali com tamanha felicidade que alguns anônimos deveriam agir por igual mas como se trata de um anônimo.... Não podemos esperar muita coisa.
Entre músicas novas e antigas, o disco Bloody Vengeance foi executado além de outras pérolas como uma faixa do Ratrace, muito foda e seria muito bom se relançassem este disco. Enfim, o Vulcano saiu vitorioso no palco mas a noite ainda tinha mais pois a noite finalizada com o Anthares.
Comemorando os 30 anos do No limite da força e divulgando mais novo disco O caos da razão, os caras simplesmente fizeram um show explosivo, puta aula de thrash/speed/sei lá o quê que quiser rotular. Faixas como Fúria, No limite da força, Paranóia final, Vingança, Chacina, Prisioneiros do sistema e Batalhas ocultas foram executadas ao vivo e com um poder tão incrível que fiquei com aquela sensação de soco no meio do estômago em vários momentos. Além da formação atual, foram chamados os ex integrantes para executar algumas faixas do Limite e como os caras ainda estão em forma!!!!!! Caso você seja um amante do thrash metal, corra atrás de ambos os discos agora mesmo!!!!
Bom, ao final desta noite houve o retorno ao lar e após esta noite descobri que nós, enquanto existirmos neste planeta, temos que estar perto sempre de quem nos quer ao lado, amigos sempre prontificados a nos fazer felizes. É disso que o rock fala, sempre falou mas infelizmente ainda que insiste em ser mesquinho, zé povinho e achar que o rock é só desgraça e inimizades. Não, o rock se faz com música boa, amigos que são irmãos frente a esta batalha que o dia a dia nos traz mas juntos seremos fortes o suficiente para combater o emburrecimento cultural e toda a podridão da sociedade.

Um comentário:

  1. São noites assim que fazem de nós amantes do metal nacional, ter a certeza de que escolhemos fazer, escutar e apoiar este gênero musical. Parabéns pela matéria. Abraços. Aranha

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