segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Ataque Profano Metal fest - Boteco do Valongo - 8/12/2019

Partindo de um convite fui a este fest afim de agitar um pouco o parado domingo que pairava no ar. Atendendo a pedidos e devido ao fato do festival ter sido tão legal, irei tecer algumas palavras acerca deste dia. O que vi foi um exemplo de companheirismo entre as bandas que participaram aonde uma ajudando a outra o evento rolou sem maiores problemas. O já clássico ambiente agradável do Boteco do Valongo que hoje pode dizer que é a única casa que traz bandas de metal extremo para tocar não é novidade para ninguém. Mas duas bandas da noite me trouxeram algo muito bacana: o resgate de quando comecei a ouvir metal. Bandas formadas por jovens apaixonados, com sangue nos olhos e aquela gana de destruir no palco. Lembrei ali de quando comecei a ouvir metal, daquela inocência de estar descobrindo um estilo tão legal e que mudou minha vida por completo. Não sei o que eu seria se não fosse o rock. Sim, este que vos digita é aquele mesmo que é eclético, que não fica somente num único estilo mas sou e sempre serei parte do rock, nunca irei negar minha essência e de como sou um privilegiado em curtir som pesado.
Começando o festival, tivemos uma baixa: o cancelamento da banda Age nor Defields que estaria escalada para tocar porém por problemas desconhecidos de minha pessoa, a banda não veio ao local. Coube então aos paulistas do Sanguinários abrir o domingo com um metal com referências de hardcore e punk. E saca só os pseudônimos: Satanik Ripper ( bateria e vocal), A. Sküllcrüshër ( voz e guitarra) e Diabolic Slaughter ( baixo). Quer coisa mais oitentista e old school do que isso?!? Lembrando bastante o Sepultura da fase Morbid Visions e o Sarcófago da fase INRI, o trio mandou uma paulada insana no palco, uma paixão única como se fosse o último momento no planeta de cada um. Saca aquele som lindamente tosco? Não, não estou diminuindo os caras. Pelo contrário. Uma banda para tocar não precisa ter virtuosismo ou ser muito cristalina. O que conta aqui é o feeling, a origem de tudo. Mas engane-se quem achar que os garotos não sabem tocar. Eles possuem total domínio do que estão fazendo, principalmente o guitar que possui ótimos riffs e não deixa o som ficar oco. Uma grande promessa, caso continuem se empenhando. Vale ressaltar que os mesmos possuem uma demo ( Satanic Killers) no you tube para dar uma checada: https://www.facebook.com/sanguinariometal/videos/425742774757671/. Clique e não perca a oportunidade de vê-los.
Dando sequência tivemos a presença ilustre de veteranos do metal extremo. Estou falando dos santistas do Necrodulia que marcaram a nova formação e tocaram até uma ótima música chamada Reino das Sombras prevista para sair no full do ano que vem. Paulinho Ferramenta ( vocal), Ailton e Pedro ( guitarras), Ludmilla ( baixo) e Ezequiel ( bateria) soaram impecáveis, numa apresentação soturna, agressiva cujo sons transmite o sentimento de caos, insegurança e incerteza que podemos ter dentro de nós. Com temáticas anticristãs e acima de tudo para fazer você rever certos conceitos do "certo " e "errado", faixas de extremo bom gosto foram executadas por uma banda movida a paixão pelo estilo que praticam. E como foi legal ver o Paulinho cantando. Sempre o conheci como baterista mas sua performance no vocal vem tendo elogios e isso motivou mais e mais este grande lendário do rock santista. Pedro também fez bonito e quem o conhece em outros trabalhos sabe o quão dedicado é. Atuando também no Psycothic Misanthropy e Opus Tenebrae, Pedro Clark caminha a passos largos rumo ao topo dos grandes. Ailton também tocou muito, um timbre tirado das catacumbas mais geladas da Noruega e que forma com Pedro uma das duplas mais insanas na guitarra. A cozinha segura por Ludmilla e Ezequiel também ajuda e como toca bateria este último!!!! E lógico que Ludmilla no baixo fortalece a presença cada vez mais maciça das mulheres atuando em bandas, não devendo nada a nenhum marmanjo. Chaotic Religion e Não existe um Deus que não possa ser morto merecem estar num disco pois já estão entre as mais belas composições já feitas. Uma apresentação para ficar na história.
Fechando a noite tivemos o quarteto do Rippery com seu thrash speed calcado nos principais nomes dos anos 80 e até com uns toques maravilhosos de metal tradicional. Curte Metallica, Slayer, Sodom, Artillery, Xentrix, entre outras bandas mais obscuras dos anos 80? Então procure agora mesmo por sons como Hell on ice, Burnin´n hell e Phantom of the night ( faixa que dá nome ao ep) e se delicie com cada riff. Leandro Dias ( guitar/vocal) foi do Heavenly Kingdom e quem não se lembra de sua participação cantando algumas faixas do Sodom no show do guitarrista Frank Blackfire no mesmo local? Completando a formação temos o ótimo guitarrista Rafael Serafin, o baixista Johnny Oliveira além de Breno Lopes na bateria sendo este último um clone do James Hetfield ( Metallica) dos anos 80. Além das próprias, os caras ainda mandaram covers do Destruction, Anninhilator e uma bela versão de Black magic do Slayer.
Terminada a noite, só me restou ir para casa e agradecer por cada momento vivido ontem. E como é legal ter o feedback de resenhas passadas como foi o caso dos caras do Funebro que estavam no evento e fizeram questão de me agradecer pela matéria que fiz quando falei deles num show do Vulcano. Matéria que foi encaminhada para eles por ninguém menos do que o Zhema....
Que noite. Por mais domingos assim. Segue abaixo algumas fotos do evento:


Por problemas em meu celular não consegui registrar nenhuma foto do Sanguinários.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Maerstrick - Espresso Della Vita : Solare

Esta banda realmente já possui um talento de gente grande. Desde 2004 na ativa, Fabio Caldeira ( vocal, piano e teclados), Renato ' Montanha' Somera ( baixo) e Heitor Matos ( bateria) juntaram-se ao renomado produtor Adair Daufembach ( também responsável pelas guitarras no disco) trabalhando neste disco entre 2016 e 2017 cujo conceito foi escrever acerca das 12 horas que temos acordados como numa viagem de trem, como uma metáfora da vida. E dessa viagem veio um disco que surpreende do começo ao fim. Numa primeira audição notei como uma produção de qualidade pode fazer um disco crescer além de agregar bastante no quesito detalhes. Aqui, cada camada sonora é notada com os instrumentos na mesma medida. Imagine você pegar o que de melhor fez o Angra com o que de melhor fez o Dream Theater e adicionar um toque sutil daquele progressivo dos anos 70 como Yes ou Genesis. Pronto, temos o Maestrick cujo nome trata-se duma união entre duas posturas distintas aonde teríamos a seriedade e erudição dum maestro com o desprendimento e o caráter de forma cômica duma travessura, um truque ( trick).
Em 12 faixas, esta equipe de extrema competência nos transportam numa belíssima viagem progressiva que admite em seu som violas caipiras ( os caras são de São José do rio preto) além de ritmos brasileiros lembrando inclusive o Clube da Esquina, Renato Teixeira entre outros baluartes da música nacional. Destaques para I A.M. living, The seed, Across the river além da faixa que encerra o disco, a emocionante Transition. É válido salientar que todo o disco merece uma audição já que cada faixa é importante para entender todo o conceito. Estamos falando de músicos de extremo talento no cenário nacional que nadam contra a maré do comodismo do público que cada vez menos quer consumir artistas e músicas novas para ouvirem músicas que eles já ouvem em casa nos 'tributos' da vida. E que embalagem sensacional esta!!!!! Em digipack, o mesmo ainda vem com um encarte interior contendo todas as letras e informações necessárias. Parabéns Maestrick pelo ótimo trabalho!!!!!

sábado, 20 de julho de 2019

Virgin Voices - A tribute to Madonna

Nas constantes idas a internet, uma faixa deste cd fez com que eu fosse atrás de outras versões feitas para faixas da Madonna e acabei me deparando com este tributo cujo primeiro volume traz 14 faixas de artistas do pop e do alternativo prestando suas homenagens a cantora que outrora gravou discos belos e deixou eternizada uma bela coleção de hits mundo afora. É verdade que seu último disco, o pavoroso Madame X, não merece um pingo de homenagem mas é inegável que discos como Ray of Light ( esse sim um disco que REALMENTE revolucionou), Like a virgin, Bedtime stories, Erotica além do contestador Like a prayer serão clássicos eternos e que uma legião de admiradores da cantora estarão sempre revivendo suas músicas de ontem. 
Lançado em 99, aqui temos versões maravilhosas porém outras nem tão bacanas mas que valem toda uma audição já que o resultado deste tributo acaba sendo satisfatório. Desde já os destaques vão para a bela versão que o Dead or Alive fez para Why it´s so hard cuja letra forte ficou perfeita com eles. Uma bela surpresa!!!!!!. Outra grande versão em destaque foi para Swim que o Spahn Ranch regravou com muita categoria. O Silverbeam também mandou seu recado com Bedtime stories, deixando -a mais densa. O KFDM soube dar sua cara para Material girl e até o Information Society aparece com Express Yourself numa versão bacana.
O Frontline Assembly também merece destaque já que deixou mais sexy uma das faixas que mais causaram polêmica na carreira da Madonna, a deliciosa Justify my love.
Já outras faixas não ficaram a altura das originais como comprova o Berlin ( aquela de Take my breath away lembra?) que deixou meio sonsa Live to tell além do Gene Loves Gezebel que desconstruiu Frozen sendo em ambos os casos a oportunidade perdida de brilharem já que tais canções são originalmente soberbas. 
As demais ficaram legais sem querer arriscar de mudar algo. Lembrando que este é um tributo totalmente atrativo mesmo com esses altos e baixos. Mas pela história, tributos sempre terão subidas e descidas sendo até normal. Altamente recomendado para fãs da cantora mas para quem curte algo mais eletrônico e underground dentro da música e ver como a Madonna influenciou e influencia góticos, roqueiros, punks, indies.... Esqueça Madame X. Estamos falando de uma das maiores artistas de todos os tempos. Ouça isso!!!!

sábado, 29 de junho de 2019

Filhos de Nair - idem

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Quando perguntado se o rock morreu, um famoso crítico musical deu a seguinte resposta: "possuo dois programas de rádio, sendo um deles com a programação só de bandas nacionais. Vocês não fazem ideia do quanto de bandas geniais eu recebo diariamente." Esse cara chama-se Régis Tadeu e numa bela entrevista ao programa pânico, o cara falou sobre o rock ter "morrido". Ele ainda citou que, quando o rock foi mainstream nos anos 80 por aqui, angariou muitas pessoas que não eram propriamente roqueiras e até o começo dos anos 90 com a MTV, o rock tinha seu lugar na tv. Com o fim da emissora, o rock simplesmente voltou ao lugar que lhe pertence: o underground. E isso retrata bem as últimas apostas de gravadoras e a queda de qualidade na música de "sucesso". E aonde você deve buscar música de qualidade? Plataformas digitais pode ser uma ótima ideia. Mas os circuitos do Sesc pode ser também de muita utilidade já que acontecem todo ano festivais ou mesmo shows em particular duma galera que não quer chorar e sim tocar mostrando sua música para pessoas famintas por um som simples porém bem feito. A banda Filhos de Nair foi formada em 2016, tendo este nome somente em 2017 quando o trio formado por Ché nas guitarras, Pizza na bateria e Kékas no baixo oficializaram o nome Filos de Nair e se propõem a realizar um rock instrumental minimalista, sem firulas ou masturbações sonoras. É aquele som instrumental para relaxar após um dia de trabalho, um desses disquinhos que irão rolar de forma despretensiosa no seu aparelho de som. Não, os caras não querem ser a maior banda do mundo nem revolucionar o que já foi feito. Eles somente querem tocar e se divertir. Não tem aqui espaço para "desenhar" e sim ser direto e certeiro.
São 10 sons ora mais pesados ora mais leves e viajantes mas mesmo a parte pesada não serve para agredir e sim para agregar algo bacana. Da abertura com Cities, indo para Desert Road, O gago, Torpedo e encerrando com The digger temos uma banda que não está nem um pouco preocupada com referências. Meu ouvido detectou passagens de som alternativo com algo de pós punk e até anos 70, principalmente por contar com um trio. Fuja do manjado. Escute os filhos da Dona Nair e deixe a mente ir longe junto com estas canções. Mas um aviso: ouça mais de uma vez.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Um pouco de Brasil no som não faz mal a ninguém.

Voltando ao blog, recebi 3 belos presentes em cd do meu amigo Mauro Pinheiro Cruz e me peguei pensando o quão rica é a música brasileira. Sempre trazendo algo fértil, esses 3 artistas que vieram em minhas mãos hoje enriqueceram em proporções gigantescas meu gosto musical e como sempre quebrando aquele paradigma de que roqueiro só ouve rock. Balela!!!! Fui e ainda sou meio criticado por gostar de artistas fora do eixo rocker. Atualmente não muito mas no começo as pessoas meio que me reduziam pelo fato de ter em meus cd´s coleções que vai desde Rouge até Burzum. Recentemente a descoberta cada vez mais produtiva acerca do que temos de música popular brasileira me fez perguntar como alguém pode ainda ser radical com tanta coisa a disposição.
Lógico que, quando tinha meus 16,17 anos jamais me passaria pela cabeça em curtir Elis Regina. Agora vejo que estava errado e possuo um belo arsenal brazuca de levantar o astral. Sá & Guarabyra, Ivan Lins e Jorge Ben foram ao meu micro system e realizaram aquele festival de músicas sensacionais e sim, cantar em português não é sinônimo de blasfêmia. Ok, hoje em dia olhar as paradas de sucesso dá nojo mas aceite que os tempos são completamente outros e isso é percebido graças a total falta de cultura dum povo falido que culpa o governo mas não gosta de ler um livro, não gosta de estudar e o principal: brasileiro não gosta de regras. E o que isso tem a ver com a música? Tudo a ver!!!!! Esses artistas citados acima hoje são itens para tiozinho conservador, chato, que se acha o difícil. Mostrar Sá & Guarabyra para um cara que não gosta de ler um livro é perda de tempo. O cidadão simplesmente demonstra total falta de massa cefálica, simples assim. Vamos baixar a cabeça? De jeito nenhum!!!!! Temos sim o direito de negar cada aberração que vier em nossa direção e ouvir o que achar melhor, não por questões modistas pois quem ouve música, sente aquele prazer que cada canção irá passar para você. Música para mim é um instrumento para canalizar emoções, lembranças além duma reflexão do que você é ou que pode ser. Trata-se enfim dum item cultural e transformador. E foram a dupla citada acima que abriram as audições com sua história fazendo toda a diferença. Num belo apanhado, a dupla possui canções emblemáticas desde que eram um trio e aqui não faltam temas belos como Espanhola ( numa bela interpretação ao vivo), O silêncio é de ouro, a medley com as músicas Primeira canção da estrada/O pó da estrada, Sete Marias, Dona ( igualmente ótima com o Roupa Nova), Roque Santeiro entre outras. Não tem como ouvir tais canções e não curtir belas harmonias vocais aliadas a um instrumental que mistura com maestria o rock com a mpb.
Após eles, Ivan Lins que faz um pop de altíssima qualidade mas que nos anos 70 chegou a flertar com o rock. Para mim, ele, Guilherme Arantes e Beto Guedes são o trio de ferro em se tratando de composições belas e que ambos fizeram um tremendo favor a música de qualidade aqui gravadas pela Elis. Como não lembrar de Dinorah, Dinorah e não lembrar da baixinha? Madalena, Aos nossos filhos.... ambas interpretadas por Elis de forma mágica. Outros belíssimos exemplos de como um artista pode ser completo estão em Vitoriosa, uma bela canção positiva além da melodiosa Vieste. Elton John fez escola aqui.
Fechando o show de talentos vem Jorge Ben e seu ritmo contagiante bem brasileiro com aquela cara de pôr do sol e chope gelado. Jorge Ben desfilou um repertório fantástico aonde alguns temas podem ser destacados entre eles A banda do Zé Pretinho, Bicho do mato, Mulher brasileira entre outras pérolas.
Enfim, exemplos estão presentes. Basta vasculhar sem medo que sempre terá algo de qualidade ao invés de ficar só reclamando. Contestar sim, é válido. Agora só ver coisa ruim como sendo única.... sinto muito. Seja feliz. Viva a real música brasileira e seus intérpretes.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Bang - Mother/ Bow to the king

Voltando ao blog, trago mais um belíssimo achado. Todos sabemos o quão está difícil conviver neste lugar chamado sociedade. Sabemos também que pessoas como nós, que possuímos discernimento para avaliar o que é e não é legal cada vez mais caminha-se para a extinção e que nas próximas gerações, caso não haja uma solução, teremos amebas no lugar de seres humanos habitando este planeta. Uma pessoa que falar para você que " gosta de tudo" é para no mínimo ser avaliada. Esta mesma pessoa se esquece dum parêntese bem importante: é impossível gostar de tudo. E mais: uma pessoa dessa, com uma resposta desse naipe, possui alguma opinião? Ou ela é mais uma dessa galera que prefere ficar "encima do muro" a famosa "insentona" ? Graças aos anjos protetores que possuo sim opinião e, para o bem ou para o mal, sei muito bem o que quero e o que não quero para meus ouvidos.
E os americanos do Bang vieram mediante uma recomendação e dificilmente irão sair do meu som e posteriormente de meus ouvidos. Em 72, os caras vieram com esses dois mini álbuns ( é o que parece) aonde a banda destila um hard rock no melhor estilo setentista aonde melodias ricas fazem valer cada momento aqui visitado. Indo para o lado Mother, temos a faixa título, que abre o disco de forma enérgica, maravilhosa. Humble vem na sequência e que linha de guitarra é esta? Timbre forte, aquele clima sensacional que o hard rock da época mostrava ao mundo. Keep on e Idealist Realist fecham a primeira parte da audição de forma animadora mas antes de se recompor do que ouvi vem No sugar tonight e que música meus amigos. Feel the hurt começa com um belo violão para vir a guitarra e destilar aquele som reconfortante e o solo contido nesta faixa é de emocionar. Tomorrow e a faixa título desta parte do disco fecham de forma muito bonita esta audição. Só achei meio confusa as informações acerca da banda com vários integrantes que já passaram nela. Uma coisa de bom foi saber que a banda voltou a ativa recentemente mas sem nenhum lançamento nesses tempos atuais.
Fechando esta resenha, temos que lembrar que, nossos ídolos ou envelheceram ou já se foram. Não só eles, nós também estamos envelhecendo. Por isso, ocupe seu tempo ouvindo discos legais pois a vida é aquele momento que, se não aproveitar o hoje, o amanhã pode ser tarde demais.
Banda espetacular!!!!!!! Escute isso e veja de onde vem as influências das bandas de stoner rock de hoje e não se limite em somente ouvir as bandas manjadas.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Badger - One live Badger

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Mais um grandioso achado diretamente dos anos 70. O que ouvi neste disco ao vivo no Rainbow Theatre em 73 foi e ainda continua soando sobrenatural. Caras que subiram ao palco para tocar música, sem preconceitos ou rótulos pré concebidos. No site a banda é intitulada como progressiva mas há muito mais nas 6 faixas executadas de forma primorosa. Algumas curiosidades acerca deste disco torna e tornou a audição algo a mais nesta riqueza musical. A banda foi formada pelo baixista e vocalista David Foster com o tecladista Tony Kaye que tinha acabado de sair do Yes. E por falar em Yes, o registro foi gravado quando eles abriam para os ingleses e sem falar que David Foster integrou o Warriors, banda anterior de Jon Anderson ( vocalista, que depois iria para o Yes). E sabe quem fez a capa deste álbum? Roger Dean, o mesmo que fez pelo menos 90% das capas clássicas da banda. Completada na época por Roy Dyke na bateria e Brian Parrish na guitarra o que temos aqui é uma aula única de como se praticar sons sem querer atropelar ninguém ou até mesmo sem egos inflados.
Resultado de imagem para badger one live badger capasO disco abre com a fantástica Wheel of fortune e seus mais de 7 minutos de feeling certeiro e um baita clima rocker de verdade. Fountain mantém a pegada do disco com instrumental impecável e vocais sendo divididos por Parrish e Foster. Wind of change e River antecedem a enérgica The Preacher e notei um certo clima de Humble Pie.
O disco fecha com a tijolada On the way home numa clima descontraído e uma platéia ensandecida e olha que eles estavam abrindo para o Yes....
Enfim, esta pérola originalmente lançada pela Atlantic teve um relançamento 20 anos depois pela Repertoire Records e merece uma audição. Assim como uma bela compra caso ache em alguma loja especializada. Garanto que não irá lhe causar arrependimentos e sim uma alegria imensa de consumir esta épica jornada. Recomendo!!!!!!!

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Babe Ruth - First Base

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Retornando a página, venho com este disco. Ouvi em algum lugar que música é mais do que o simples ato de ouvir música. É sim, uma consciente utilidade da música, fazer você pensar, refletir, viajar em algo sonoramente rico e prazeroso. Não escreve estas linhas para dizer que sou o melhor ou me intitular o número um em conhecer bandas. Esta descoberta ( e a seguinte) foi um presente do meu amigo Edinho, que sempre traz algo bacana. E para mostrar que nunca iremos conhecer tudo e convenhamos: que graça teria a música se não tivesse mais o que descobrir, se impressionar? E o Babe Ruth me despertou isso e mais um pouco neste petardo de 73.
Em 5 temas, Janita Haan ( vocal), Dave Hewitt ( baixo), Dick Powell ( bateria), Dave Punshon ( piano), Alan Shacklock ( Guitar) e alguns convidados em instrumentos complementares me trouxe a magia que foi os anos 70. Quando eu era adolescente, nem em sonho ia querer ouvir este disco talvez por querer a urgência do som pesado mas que com certeza eu teria deixado para lá este disco. Wells fargo, The runaways, King kong ( de Frank Zappa), Black dog, The mexican e Joker desfilam um instrumental afiado e os vocais de Janita complementando este bolo sonoro.
Caso não conheça este disco, corra atrás agora mesmo pois trata-se duma joia maravilhosa do classic rock. Baita disco!!!!!! Em tempos de música pobre, nada mais bacana do que ouvir um disco rico em informações e simplesmente ignorar a podridão.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Budgie e mais dois discos formidáveis dos quais fui presenteado

Resultado de imagem para budgie capasA noite não poderia encerrar da melhor maneira: música boa, música de qualidade, música que me faz feliz por alguns instantes. Há fases em nossas vidas aonde o desânimo tenta entrar mas com alguma força de vontade e algo para ocupar a mente, conseguimos driblar os problemas acrescentando algo positivo em nosso dia a dia. Quem acompanha o tal do facebook nota o quão chato está. Pessoas que outrora eram amigas, hoje se xingam em redes sociais e deixam para trás toda uma amizade de anos em questão de minutos por decisões políticas contrárias. Basta ver os últimos acontecimentos e veja o que está acontecendo no rock por exemplo. O underground se dividindo em direita e esquerda, bandas não tocando juntas porque possui o underground esquerdo e direito. Não sei aonde isso tudo vai parar. O país está parado e a taxa de desemprego aumentou. O caos social está mais crítico do que nunca e tudo, exatamente tudo, é alvo de acusações infundadas advindas duma parcela vitimista que prefere adotar o método complexado e se apoiar na bengala do preconceito. Mas aqui estamos seguindo e o rock não para. Burke Shelley ( baixo e vocal), Tony Bourge ( guitarra) e Steve Williams ( bateria e vocais) foram os protagonistas de dois discos adquiridos recentemente graças ao amigo Éder Lima que disponibilizou os álbuns Impeckable de 78 e If were Brittania i´d waive the rules de 76. Dizer qual disco é o melhor chega a ser sacanagem já que ambos possuem momentos de brilhantismo puro. Aqui temos o classic rock que inspirou em muito o que veio a ser a NWOBHM e para quem não sabe, foi uma das bandas que ficaram conhecidas ao grande público graças ao Metallica que chegou a gravar alguns sons em versões matadoras. Começando com Impeckable, o disco é uma aula de rock daquelas obrigatórias e em 9 faixas, o trio passeia no bom gosto musical em faixas emblemáticas como Melt the ice away, Love for you and me, Pyramids, Smile boy smile e na linda Don´t go away que começa com um belo fraseado de violão para depois a banda inteira brilhar, tudo capitaneado pelo vocal de Burke Shelley que além disso manda muito bem no baixo.
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O igualmente poderoso If were Brittania... traz 7 sons animais aonde a faixa título é soberba além de Anne Neggen, You´re opening doors, Heaven knows our name e Black velvet stallion que fecha de forma única o disco, com uma levada que lembra o Rush de começo. Aliás, além do Rush, você verá que Triumph, Humble Pie entre outros trios com certeza beberam um pouco desta fonte roqueira e até bandas mais atuais como o Wolfmother e formações stoner em alguma passagem da vida ouviram o Budgie e estes dois discos não soam em momento algum datados. Soam sim bem a frente do tempo e quem gosta é um prato cheio de qualidade em doses cavalares.
Faça um favor: escute agora mesmo!!!!!!!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

In no Sense - Despertar

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Encerrando a noite ao som do Venom, nada mais significativo do que dizer algumas coisas acerca desta banda. Não é mais segredo para ninguém o quão prolífera está a safra de bandas nacionais que cada vez mais se prontificam em lançar discos legais e se moverem e trabalharem com afinco em suas carreiras. O In no Sense ( um possível trocadilho com a palavra Inocence) foi originado em Fortaleza ( Ceará) em 2010 e conta com o vocalista Jeferson Veríssimo Fontenele, os guitarristas e vocalistas Matheus Ferreira e Lucas Arruda além da cozinha formada pelo baixista Adilson Silva e o baterista Vicente Ferreira. A proposta da banda é fundir em seu som um misto de metalcore, Progressivo, Djent e hardcore com letras em português aonde a proposta é incentivar pessoas que passam por problemas de insegurança, depressão, carência entre outras coisas que o sistema insiste em nos contaminar fazendo com que o ouvinte ache uma luz e creia na esperança acima de qualquer coisa. Tais circunstâncias não são meras "frescuras" como amam dizer os cagadores de regras ambulantes. Nunca foi e nunca será vergonhoso admitir fraquezas e nós somos fracos em alguma coisa e passamos momentos em que não vemos com clareza a solução. E tanto o encarte quanto as letras retratam bem isso e temas como Despertar, Cárcere, Ao seu alcance ou Precipício além de serem matadoras faixas, servem para uma reflexão pelo que somos ou fazemos, tanto para os outros quanto para nós mesmos. O que me chamou bastante a atenção foi o fato da banda conseguir dosar numa medida certa o peso do metalcore com refrões de impacto aonde os vocais limpos são importantes para tal feito. E letras como as que constam aqui são interessantes e podem significar algo para alguém assim como me fez bem pode fazer bem a você. Além deste disco, a banda consta no currículo o ep Teatro de marionetes de 2012 além de Resistência lançado em 2014.
Belo trampo!!!!!!!!!

Rock Factory Project - The Hands of Time

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Pelo título e pelo conceito de cada canção, trata-se de um disco aonde é abordado um tema do qual sempre ficamos intrigados na hora de falar e que só torna mais complexo tal assunto conforme vai passando o tempo para nós aqui neste universo. Ás vezes é necessário pensar, refletir como aproveitamos este tempo curto que temos aqui. Será que aproveitamos ou nos deixamos preocupar com o que falam de nós? Não seria a hora de aproveitar mais a própria vida ao invés de ficar se preocupando com a alheia? Sim, seria muito mais proveitoso nos divertir e realizar projetos pessoais que desejamos ao invés de ficar querendo saber o que falam ou deixam de falar. O erro é inevitável. Para errar, temos que tentar. Uma vida sem tentativa é uma vida levada em vão, frustante, aonde o medo de errar faz de muitos algo enraizado num passado fantasmagórico que não nos move para frente e ver um futuro melhor. Provar algo. Ou nada a provar. Escolha seu lado.
Partindo deste começo, vamos ao disco em si deste duo formado por Glauco que cuida da parte das letras e Sandro cuidando das guitarras e vocais e em conjunto destas forças veio o excelente e inclassificável The Hands of Time. Desafio a encontrar um estilo definitivo neste cd. Prog, metal,rock dos anos 70, tem de tudo um pouco nas 10 faixas. Eternal souls abre o disco da forma que citei antes: sem chances para rotular. O som é pesado mas sem tanto peso e os vocais de Sandro dão um toque mais inclassificável no som. Imaginei um encontro do Porcupine Tree, Evergrey, Pain of Salvation, bandas estas que ultrapassam o limite do tradicional e nos fazem pensar um pouco, proporcionando algo a mais, desafiando o ouvinte com algo novo. Além da faixa em questão, outras como No time to lose, King of the road, Time ( Hopes from the past ) ( bela faixa), além de Shadows Unseen e a faixa que se encerra, Ripple Effect, são somente exemplos de como o disco é legal pois vale ouvi-lo na íntegra já que cada momento é crucial para a viagem ser completa. Vale lembrar que a dupla se conhece desde os anos 70 e este disco é de 2017 e possuem material mais recente. Quer rótulo? Procure outras bandas. Quer algo sem a menor preocupação de estilo e músicas excepcionais? Embarque nesta graciosa experiência lírica e sonora e reflita mais sobre o que falamos logo no início. Muito bom!!!!!

Hate by Hate - An Ancient Hate Reborn

Confesso que, ao olhar o nome da banda, disco e capa achei que se tratava duma banda de death metal ou algo do gênero. Por isso a importância de ouvir o disco com calma e na íntegra para se basear com mais clareza na hora de escrever. Ao contrário do que achei, esta banda sensacional nascida em Cachoeiro de Itapemirim em 1993 calca seu excepcional repertório no thrash metal com aquela pitada generosa do heavy metal tradicional juntando em seu caldeirão metálico Metallica, Iron Maiden, Testament, Anthares ( principalmente no vocal), Exodus entre outros baluartes do metal. Com uma gravação impecável, este disco deve ser apreciado por quem gosta de heavy metal bem feito. As 8 faixas são espetaculares e requer mais ouvidas afim de detectar inúmeras nuanças sonoras aonde guitarras muito bem timbradas estão conectadas a uma cozinha impecável e um vocalista que transmite paixão ao cantar sons como Dry land, Kids will kill, Boundaries of nothing e About the hate que encerra de forma pitoresca este disco. Saca aquele disco de metal para ouvir com gosto de quero mais? Pela longevidade dos caras nota-se que fez muito bem a Sandro Santana ( vocal), Sérgio Rodrigues e Marcelo Cavalini ( guitarras), Sandro Magno ( bateria) e Rodolfo Formágio ( baixo) que mostram em An Ancient Hate Reborn que o metal no Brasil, assim como rock analisado no geral, anda muito bem e produzindo bandas dos mais diversos estilos. Recomendado!!!!!!!

terça-feira, 23 de abril de 2019

Megaphonics - idem

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O lance de resenhar, e eu já disse isso várias vezes, é descobrir cada vez mais talentos grandiosos no som nacional e a variedade que temos de artistas independentes hoje em dia supre com sobras quem ainda acredita no rock nacional. Os 4 discos que resenhei de ontem para hoje, nenhum deles foi igual ao outro, as 4 bandas formam um nicho musical completamente diferente e isso é deveras importante para ouvir música. Fico imaginando aquela pessoa que nutre um gosto musical somente, como deve ser chato ouvir um estilo somente e simplesmente denegrir estilos diferentes pelo simples fato de querer ser "puro" ou " verdadeiro" perante os coleguinhas. Acontece que estamos em 2019 e ficar nessa de ouvir um só mercado musical transforma qualquer pessoa num ser totalmente travado. Esta banda me passou uma vibe tão espetacular que todo o resto não importa. Não importa classificar em tal estilo, se é pesado ou se é leve. O que importou foi a audição deste projeto espetacular capitaneado pela vocalista e lindíssima de plantão Miyuki, que além de ser nipônica, ela canta todo o repertório na língua da terra do sol nascente. Para quem acompanha o rock, sabemos que inúmeros talentos saíram de lá do Japão como Loudness, Bow Wow e que a cultura japonesa é rica em todos os aspectos. E você quer saber? O fato dela cantar em japonês abrilhanta ainda mais a sonoridade pois com uma voz de anjinho porém forte, Miyuki consegue transparecer mais da cultura japonesa com muito mais sinceridade. Instrumentalmente falando, o restante do conjunto manda muito bem e Vanha ( guitarra), Ronny ( bateria) além do talentoso Maia ( baixo) tornam o jogo ganho logo de cara na faixa Kaze ga fuki. Outras pérolas do pop rock estão aqui como Akiramenaide, Kimochi ( que linda esta faixa), Taikou no uta e Fune, todas elas dotadas de incrível bom gosto e que envolve logo de cara mesmo que você não entenda nada de japonês. Do mesmo jeito que o Rammstein faz sucesso cantando em alemão, o Megaphonic´s não terá  o menor empecilho cantando em japonês.
Parabéns a banda e que mulheres incríveis como Miyuki continuem cantando e encantando cada vez mais nossos ouvidos e olhos. Indicado para quem gostava muito do antigo Party up ( que depois virou Toyshop) e para quem ainda acredita que melodia acessível não significa ser raso. Baita disco!!!!!!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Brado - We are

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Uma das coisas mais legais é quando uma banda aparece com um som cuja finalidade inútil de rotular só atrapalha a audição. Esta banda é um exemplo. O quarteto formado por Eric Bruce ( vocal/guitar), Charlles Pazin ( guitarra), Kiyo Ishikawa ( baixo) e Rick Koba ( bateria) gravaram We are sem a menor preocupação de soarem x ou y. Aqui o que se ouve é aquele modern rock perfeito para as rádios rock. Ou seja, instrumental ora pesado ora acessível com vocais idem mesclando músicas agressivas e temas mais melodiosos. Produzido por Thiago Bianchi, as 10 faixas apresentam uma salada sonora sensacional aonde não é aceita aquela famosa ladainha de que "é moderno então é uma merda" feita por alguns metaleiros que ao se declararem tradicionais acabam sendo tão autoritários quanto o militar que eles tanto odeiam. O que falta para muito cara é assimilar mais sonoridades e entender que o rock precisa se atualizar para continuar sendo atrativo aos ouvidos. E temos faixas soberbas como Gimme a reason, Just one, Such an animal além de Horn hands. Ouvi estas faixas e pensei em bandas como Breaking Benjamin, Seether, Private Line entre tantas outras do rock moderno/alternativo. Everything... is pain e Calling you por exemplo poderiam estar em qualquer disco do Nickelback pois possuem aquele apelo dos canadenses em dosar temas pesados com baladas como estas duas que poderiam inclusive serem classificadas como um hard rock moderno.
Uma grata surpresa da qual irei ouvir mais vezes e a cada audição, as faixas irão melhorar com o tempo. E posso dizer que logo de primeira o disco em si causou uma ótima impressão. E mais uma vez insisto em dizer: o rock no Brasil está cada vez melhor. Você só está procurando no lugar errado.
Puta banda, puta disco!!!!!!! E já li outras publicações classificando como power metal, thrash metal e influências de Metallica e Primal Fear. Ouça e tire você suas conclusões....

Marenna - Livin´no Regrets

Após a pancadaria do Natural Hate, agora quem aporta aqui é o hard rock do Marenna. E que grata surpresa!!!!! Capitaneada pelo vocalista Rod Marenna, este maravilhoso projeto nasceu em Outubro de 2014 em Caxias do Sul ( RS) aonde inclusive foi gravado este disco ao vivo em 2016 durante a tour de No Regrets. Completada pelos excelentes músicos Arthur Appel no baixo, Aaron Alves na guitarra e Gionathan Sandi na bateria além de convidados a banda executa neste disco um belo exemplo duma banda que mistura hard rock com aquele aor e melodic rock num empolgante set list recheado de refrões para se cantar junto. Após a intro, a banda chega detonando com You need to believe, um daqueles achados musicais únicos aonde bandas como Harem Scarem vem em mente além de Tyketto, Journey, Van Halen ( fase Sammy Hagar), Diving for Pearls, Survivor, Dare entre outras pérolas deste estilo maravilhoso. E você acha que acabou? Negativo!!!!! Never surrender, Reason to live, Keep on dreaming são daquelas obras de arte em forma de música. Você pode não gostar do estilo proposto mas torna-se inegável a qualidade desses caras fora o clima pra cima e com aquela cara de ida ao Ninfas que cada uma delas proporciona. E não posso terminar esta resenha antes de citar Fall in love again, Forever, About love, Like an angel além de Life goes on e No regrets que fecha de forma brilhante este show. Rod canta bem e amparado por músicos excepcionais o cara destila sua boa voz tranquilamente cativando a galera ainda com sua espontânea forma de falar entre uma faixa e outra. Resumindo: os ingredientes para um ótimo disco estão aqui. Caso aprecia o estilo abraçado pelo cara e as bandas citadas acima, pode ir sem medo de ser feliz. Da costela de um homem foi gerado a mulher. E da mulher foi gerado o hard rock e o aor. Soberbo!!!!!!

Natural Hate - Welcome to Underground

Natural Hate - Welcome to Underground
De volta com alguns discos legais que descobri, virá uma seleção de bandas nacionais que englobam estilos diferentes porém a qualidade é algo que teremos em comum. Não é mais uma novidade que as bandas hoje em dia estão trabalhando para se manterem em pé, mesmo a maré nadando contra em diversos aspectos. Este trio de Caetité ( BA) mostra a que vieram com este puta som de 2017. Intitulado Welcome to Underground, a banda em seu texto no encarte diz que o nome " é um olhar sobre o sertão moderno, que dialoga com a globalização, tecnologia aonde novos e antigos problemas de um mundo caótico que luta para manter viva suas tradições, cultura e história". Vinicius Toledo ( vocal/guitarra), Nawdson Leite ( baixo) e Helber Carvalho ( bateria) executam um thrash metal com as pitadas necessárias de death metal deixando o som bem encorpado mas sem ficar veloz demais. Ouvindo as 11 faixas temos uma banda que não tem medo em adicionar ritmos sertanejos ( não confundir com música sertaneja) em meio a brutalidade do som como mostra My origin e a última faixa chamada Sangue, suor e poeira aonde belas violas dão aquele tom de interior. Isso só mostra que uma banda pode arriscar, mostrar que o Brasil é rico em cultura sendo este resgate sonoro algo bem aproveitado quando feito sem forçar a barra. Outras faixas são soberbas como a que abre o disco Ready or not, here i come além da faixa título, Terrible wonder of the world, Suffocated in shit e I see.
Uma banda que me veio em mente foi o Deadpan que faz algo semelhante ao Natural Hate inclusive o vocal lembra bastante além do fato de que ambos não precisam tocar na velocidade da luz para mostrar que é extremo. Se você não ouviu ainda, ouça pois a banda é bem legal e vai cair em cheio para quem aprecia as vertentes citadas mas com a cabeça aberta pois aqui não cabe comentários ou mesmo pensamentos radicais. Disco matador!!!!!!!

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Kid Rock - First Kiss

Em conversas com amigos, uma das coisas das quais enaltecemos é o poder que a música realiza em nossas vidas. Como um pensador famoso disse, sim, a vida sem música seria além de um grande erro, um verdadeiro desperdício de energia e total falta de motivação. Já imaginaram o que seria de cada um de nós caso não houvesse discos legais para ouvir? Conheço gente que já me falou que não ouve música.... Fazer o que não é mesmo? Em minhas recentes leituras li um livro chamado Playlist da minha vida aonde uma adolescente passa por diversas situações em que a falta de música iria gerar consequências bem mais desastrosas para ela. E confesso que me identifiquei muito com a história a ponto de até me emocionar ao fim da leitura. E tudo que eu disse agora pode não valer de nada mas representa o que eu sou e espero ser até o fim da minha vida. Que meus últimos 50 anos aqui na Terra seja com muita música, velha ou nova.
Voltando ao ponto principal aqui, nosso convidado de hoje é o canastrão Kid Rock e seu disco First Kiss, lançado em 2015 e mostra uma faceta já conhecida mas não tão utilizada em seus primeiros discos. Kid Rock gravou neste álbum um belo southern rock que aliado ao country produziu 10 faixas bem ao estilo sulista de ser. Se você torceu o nariz em suas músicas mais rap, esqueça um pouco aquela fase. Kid Rock aqui faz o som típico de Lynyrd Skynyrd, Allman Brothers e afins. Lógico, não está idêntico aos citados pois pitadas de pop estão aqui e acolá mas a intenção dele aqui foi justamente relembrar que todo norte americano, não importa o estilo, respeita muito as bandas citadas e como o mesmo já indicou o citado Lynyrd no Rock n´roll hall of fame e que chegou a cantar na banda em substituição a Johnny Van Zant em alguns shows por problemas de saúde, o que ouço em First Kiss não soa tão estranho assim.
O disco abre com a faixa título, uma sonzeira de respeito para botar para cima aquele domingo de manhã, um clima de praia, mulherada linda e muito amor no coração. Good times, cheap wine dá a sequência, uma levada primorosa, empolgante. Johnny Cash ( com um nome desses, precisa citar algo?), Ain´t enough whiskey e Good time lookin´for me mantém a ótima pegada do disco, simplesmente cada segundo torna-se divino. O disco fecha com a bonus track Say goodbye, uma daquelas faixas emocionantes da qual sentimos orgulho imenso e um enorme respeito por Kid Rock. Best of me, One more song e Jesus and bochephus completam este magnífico track list e um belo recado a você radical: escute este disco com calma e mente aberta. Todas as faixas foram produzidas por Kid com exceção da faixa título que foi produzida em conjunto com o 'papa' do country Dann Huff. Seria mais uma noite comum de quinta. Seria pois First Kiss alegrou um pouco meu ser. Uma salva de palmas para Kid Rock!!!!!!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Céu - Vagarosa

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Hoje estava ali na Besouro discos e fui presenteado por amigo meu com este disco desta cantora. Já tinha ouvido falar dela e bem por sinal. Pois bem, cheguei em casa e botei pra rolar este disco de 2009 chamado Vagarosa e logo na primeira faixa de fato ( há uma intro antes), Cangote, o estilo da cantora já me cativou. Bela voz unido a um instrumental rebuscado é o que logo constatei e gostei bastante. E o disco seguiu assim até o final com a belíssima e viajante Espaçonave, uma viagem cósmica que consegue unir psicodelia e pop numa tocada só. Mas há outros destaques como Comadi, Nascente, Grains de beauté ( magnífica), Vira -lata ( participação de Luiz Melodia), o belo interlúdio Papa além de Ponteiro, Cordão da insônia, Rosa menina rosa ( composição de Jorge Benjor) e Sonâmbulo são daquelas faixas das quais lhe mantém encantado enquanto o disco rola no seu som. A garota Maria do Céu Whitaker Poças ou simplesmente Céu iniciou em 2002 sendo este Vagarosa seu segundo disco e que vendeu muito bem nos EUA e aqui no Brasil causou um belo burburinho. Junte num caldeirão Bebel Gilberto, Marisa Monte, música alternativa e você terá mais ou menos uma ideia do som muito bem encaminhado aos meus ouvidos.
Esta cantora mostra uma faceta da música brasileira que precisamos mostrar as pessoas pois desacreditadas acham que esses lixos do mainstream são o que representam a música feita por aqui. Ledo engano. Céu mostra que há aquela luz no fim do túnel e que pode sim ser acessível sem ser piegas ou pregar futilidades como faz Anitta, Ludmilla entre outras enganadoras que existem por aí. Como prefiro escutar e falar do que eu gosto e ignorar coisas das quais não me agregam, utilizo meu tempo livre afim de escutar preciosidades do quilate desta cantora. Ouça este disco agora mesmo!!!!!

terça-feira, 26 de março de 2019

Caffeine Blues - Entre o céu e o inferno

Estava aqui em casa ouvindo esta banda e aproveitei para dar uma passada aqui no blog afim de comentar acerca deste ep muito bacana do qual fui agraciado domingo último num grande evento aqui. E a cada ouvida, gosto cada vez mais deste som. Hardcore melódico mas com uma pegada um pouco mais agressiva, priorizando a energia que é bem habitual ao estilo. As letras são em português e causa um grande impacto já que fica mais na cara do ouvinte certas idéias. Faixas como Locomotiva, Anúncio, Noite fria, Contrato e Suor cativam logo de cara aonde um vocal urgente aliado a guitarras bem timbradas e cozinha magnífica fazem de Entre o céu e o inferno uma das melhores audições que podemos ter. A banda foi formada em Santo André em meados de setembro de 2007 e conta com Leonardo Alves na guitarra e vocal, Allan  na outra guitarra além da cozinha formada por Élio no baixo e Eduardo na bateria. Caso tenha o nome desta banda em algum lambe lambe de show, não perca tempo e vá. Enquanto vemos o mainstream cada vez mais definhando com as mesmas propostas radiofônicas desgastadas e fúteis, um cenário underground está cada vez mais forte e lançando discos como este. Confira!!!!!!

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Public Enemy - Muse Sick-n-Hour Mess Age

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A verdadeira voz da resistência. A manifestação nua e crua duma geração que realmente queria fazer algo. O rap naquela época era um instrumento de total não conformidade para com o sistema sugador e opressor. Ali ninguém queria saber de gracinhas nem de desmoralizar de forma amadora. Grupos como Public Enemy, Run DMC entre outros tinham uma contestação e ainda uma musicalidade que hoje inexiste no rap americano. Sabe o que acontece quando um estilo que era contrário ao status quo, vira o status quo? Ele passa a ser igual a eles. Hoje você vê esses rappers atuais e dá vontade de vomitar quando escuta estas produções pasteurizadas ao extremo com letras aonde a regra é transar, banalizar a mulher e incitar toda uma geração a ficar chapada o tempo todo. O rap antigo não era conservador e sim contestador.
O rap americano de hoje é o que rola aqui em terras nacionais com esta futilização absurda propagada pelo tal do funk carioca aonde ostentar é o único objetivo do "futuro" do Brasil. Chuck D e cia jamais iriam entender tais manifestações mas o que resta a mim é ouvir este disco soberbo de música negra de raiz, sem ser vitimas e sim verdadeiros guerreiros comprometidos em mostrar aos verdadeiros racistas que o negro não precisa de esmola. Aliás, toda a música que ouvimos hoje em dia tem raiz negra, do blues, rock e indo para o rap, o negro detém os créditos de possuirmos discos legais para ouvir. E esta pérola de 94 veio em minhas mãos e cada faixa foi ouvida com muita atenção. Cada faixa é uma aula de como se portar como ser humano, de não abaixar a cabeça para quem quer te derrubar a todo custo. Eu não acredito em Chico Buarque, Caetano Veloso e sim em Chuck D, Mano Brown, Chorão, entre outros caras que realmente falam uma língua urbana e inteligente, sem apelar para sensacionalismos baratos.
O rap é uma força bruta, insana e que nunca irá se calar. Faixas como What side you on?, White heaven/ black hell são obras aonde o cenário é a rua, o caos urbano em que vivemos. Eu não acredito em histeria, pessoas cujo propósito é defender lados de políticos e famosos polemistas de redes sociais que amam cagar regras só pelo propósito de fazer bagunça e gerar atenção.
Ouvir este disco é uma dádiva. Clássico. Acho vou ouvir de novo.....

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Shakira - Greatest Hits

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No momento em que estava bolando um texto sobre a situação da música pop atualmente, me veio este ótimo Greatest Hits da colombiana Shakira. Você já reparou o quão rala está a música mainstream? E seria imensamente fácil descrevermos o panorama caótico da música aqui no Brasil aonde lixos tóxicos fazem sucesso da noite pro dia com uma música cada vez mais preocupada em gerar 'likes' ou mesmo uma geração cada vez mais estúpida e desprovida de qualquer noção de ser ridículo. Como vi num vídeo no you tube, um comentarista da Jovem Pan especificou que a música pop antigamente tinha algo a mostrar, era mais profunda e despertava algo emocional no ouvinte. Hoje me gera uma certa vergonha alheia quando constato que a música perdeu este sentimento e o que importava ( a música) foi para o brejo e deu lugar a dançarinos e todo um clima de circo. Confesso que nem perdi meu tempo assistindo o Grammy mas um grande amigo meu me mandou um vídeo duma apresentação de uma tal de Cardi B. Antes que você faça a poética pergunta  " que porra é essa?" saiba que esta foi a minha reação quando vi o tal vídeo. Meu amigo roqueiro radical, se você achava a Shakira algo ruim e faixas como Estoy aqui, Un poco de amor, Donde estás corazón, Ciega, sordomuda, Ojos asi entre outras desta coletânea vai passar a amar toda e qualquer música da colombiana assim que tiver o mesmo desprazer que o meu ao ver a tal Cardi B. Juro, a música pop está acabada de vez. Ainda que cantoras veteranas continuem na ativa, a nova geração de cantoras mostra que o futuro da música pop está condenado a permanecer na masmorra da imbecilidade e sem a menor esperança de salvação. E podem começar a rezar pois algumas das veteranas estão com no mínimo 30 anos de carreira. Ok, o rock não anda lá muito bem mas ainda assim sempre ouço alguma banda nova muito legal surgindo que não terá a mesma magia que os medalhões tiveram mas independente de serem ou não clássicas as bandas de hoje fazem algo bem bacana e com consistência ao contrária dessas novas queridinhas descartáveis do pop.
A mesma sensação eu sinto quando escuto hoje em dia Rouge, Kelly Key, Ivete Sangalo e lembro como se fosse hoje meus amigos chocados ao saberem que eu gostava dessas cantoras. Pois bem, olhando o panorama de hoje, a Kelly Key daria uma surra nesta Cardi B assim como a Wanessa Camargo seria a grande aposta, bem melhor que a tal cantora do vídeo.
E falando em Shakira, não foi a toa que a mesma conseguiu chegar aonde chegou. Sua voz única e cantando em espanhol conseguiu driblar o preconceito de muitos quanto a cantoras latinas com algo impactante e cheia de emoção.
Não quero encarnar o tiozão ranzinza e conservador mas não posso ver o que vejo e ficar calado. Vemos pelo lado também de que o público emburreceu bastante, ficou fácil para empresários/produtores picaretas faturarem encima desta galera aonde o discernimento passa longe, muito longe. Não sou ranzinza nem conservador já que acompanho pessoas de extremo talento hoje em dia que não estão mais na televisão, nem no rádio nem ganhando Grammys. Saudades de quando tínhamos uma parada musical cheia de talentos e dum público cheio de vida que sentia de verdade o poder da música em suas vidas. Aguardem cenas do próximo capítulo.....

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Banco Del Mutuo Soccorso e o progressivo italiano

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Voltando a postar algo aqui após um tempo. Com minhas atividades na Santos Life, meus textos acerca de música estão concentrados na revista não tendo tempo de mexer aqui. Mas algumas coisas ainda irão aparecer por aqui caso não resolvam tirar meu blog do ar. A verdade é que me veio uma mensagem dizendo que a partir de abril todo e qualquer meio de postagem pelo Goggle será desativado e já pergunto para alguém outro meio de montar meu blog sem ser nesta parte virtual. Mas enquanto isso não ocorre, falemos desta banda que aportou aqui e foi trilha sonora em dois dias de audição. Foi me apresentado como sendo uma banda de progressivo italiana e confesso aos senhores e senhoras que me acompanham que a pulga estava bem atrás de minha orelha direita quando recebi esta mídia com 8 discos dos caras. Mas não podemos sofrer ou mesmo tecer algum comentário ultrajante de forma antecipada e fui para casa com esta mídia afim de pesquisar acerca de mais uma banda legal ( ou não) que pintou aqui em casa. A música italiana é meio brega por sua natureza mas ninguém aqui disse que ser brega é ser ruim, disse? Odair José é considerado brega e nem por isso é ruim. É melhor que muita porcaria atual!!!!! O progressivo italiano possui este nível de breguice da música natal mas com o requinte de elementos de Emerson, Lake and Palmer, Yes, Genesis em seu som. O Banco Del Mutuo Soccorso possui a aura brega da música italiana mas encara tal tarefa com uma musicalidade progressiva sensacional. Franceso Di Giacomo é o vocalista e responsável pela aura brega já que seu vocal, além de cantado na língua natal dos caras, possui um que de Andrea Bocelli. Soar como o tenor citado não é uma referência lá muito positiva mas Franceso lembra bastante. Mas o instrumental feito pelo guitarrista Rudolfo Maltese, pelo baixista Tiziano Ricci, pelo baterista Maurisio Masi e pelo tecladista Vittorio Nocenzi compensa cada momento aqui com uma musicalidade impecável em discos tão diferentes entre si que o termo progressivo pode misturar com o pop, clássico, música tradicional, jazz e por onde mais eles quiserem ir.
Discos como Darwin! ( 72 ), Io sono nato libero ( 73 ) ou Banco ( 75 ) devem ser apreciados imediatamente caso queira ouvir algo fora do eixo tradicional e ou piegas. Lógico que ainda gosto das bandas que sempre gostei e nem é minha intenção de pagar de descolado só para dizer que conheço de som. Aprendi e ainda aprendo bastante, sempre descobrindo algo bacana do qual nunca tive acesso. O mundo da música é uma eterno aprendizado aonde a descoberta se torna presente para quem não quer se acomodar. E esta banda foi mais uma ótima situação maravilhosa de quebrar o paradigma e abranger os horizontes.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Motörhead - Live in Berlin

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Não. Ouvindo este disco eu ainda não acredito nem irei acreditar um dia que o Lemmy se foi. Este ano vai fazer 4 anos que o baixista e vocalista mais legal de todos os tempos foi para outro lugar com seus 70 anos de vida. Este disco não é nenhum dos live albuns oficiais. Trata-se dum show que saiu de bônus num dos discos da banda e que veio em minhas mãos como um presente dum grande brother meu. E como uma banda do calibre do Motörhead possui a dádiva de nos fazer amigos e não inimigos, ouvi com muito gosto este disquinho. O show dá a entender ser da tour do disco We are Motörhead pois já abre com a faixa título, um arregaço que não deve nada as músicas antigas. E clássicos como No class, Metropolis, Doctor rock, Ramones ( que Lemmy dedica a Joey e Dee Dee Ramone), Damage case, Going to Brazil, Killed by death, Ace of spades e Overkill que fecha este disco ao vivo. Esqueci de citar Shoot you in the back e Over the top? Desculpe-me. E quando Lemmy pergunta se há algum punk no show e tendo a resposta positiva manda a clássica God save the Queen ? Como pergunta Kelly Key numa de suas músicas: É ou não é pra chorar? Sim, é emocionante meu amigo e minha amiga. E Civil war e Sacrifice são também maravilhosas sim senhor.
Já foi dito inúmeras vezes mas é sempre ótimo lembrar: nossas vidas giram em torno deles. Você trabalha, ganha dinheiro para comprar itens desses caras. Eles são importantes em influenciarem nossas vidas de alguma forma nos incentivando a sermos pessoas melhores a cada dia. E perder Lemmy foi como perder aquele tio fanfarrão que você passa horas falando sobre rock, blues, mulheres e bebidas mas que também te lembra como isso não deve te sufocar.
E eu sempre vou lembrar de todos os meus amigos ao ouvir estes caras além de se orgulhar por ter ido ( pelo menos uma única vez) ao show de uma das melhores bandas num palco. Pessoas ditas "normais" ou presas em modismos jamais irão entender o que é ser roqueiro, de ter um artista como um ídolo de verdade. E que fique claro uma coisa: ninguém vira roqueiro da noite para o dia. Só acho.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Tadeu Franco - Cativante

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Voltando a mexer no blog após um breve intervalo sem discos novos para ouvir, me aparece este que, com o perdão do trocadilho, me cativou da primeira a última faixa. E mais um exemplo de como brasileiro confunde música popular com música popularesca. Passei o ano novo em casa de parente e em casa de parente fatalmente temos que nos sujeitar a ouvir/ver certas coisas e constatar o quão pobre anda a música brasileira. O tal show da virada estava passando o show do tal Luan Santana e juro que achei uma das coisas mais deprimentes que já constatei na vida. É a famosa música ruim para gente burra. Mas você pode me julgar que eu ouço algumas coisas desta safra popularesca, ok. Porém, tenho uma linha de raciocínio em saber separar o que eu gosto e se ouço alguns artistas do mainstream foi porque realmente gostei, nada foi imposto ou me tornado "fã" porque o vizinho achou legal, por somente seguir uma moda.
Aí um amigo me presenteou com este disco. Ao chegar em casa, fui averiguar se o disco era mesmo cativante. E que disco!!!!!! A linha musical é a mpb com aquele tempero mineiro que artistas anteriores como Clube da Esquina, Milton Nascimento, Beto Guedes entre outros injetaram em nossa música tornando-a muito mais rica e pensante. Produzido pelo citado Milton, aqui temos colaborações de Lô Borges, Milton Nascimento, Cláudio Venturini entre outros pilares musicais do cenário. Lançado em 83, o disco possui aquele ar maravilhoso de Beto Guedes com algo de Ivan Lins e até do Guilherme Arantes em seus momentos mais pops. Imitação? De forma alguma!!!!!
Tadeu põe seu estilo pessoal em temas belíssimos como Nenhum mistério, Gente que vem de Lisboa, Canto de uma terra, Nós dois além da faixa título. Ainda nas 10 faixas consta uma belíssima composição de Caetano Veloso em Aonde eu nasci passa um rio que Tadeu o faz de forma sublime e garanto que se tal tema fosse cantado pelo compositor original não teria ficado tão bom quanto. Este disco é daqueles para se ouvir em momentos aonde a tranquilidade e a harmonia devem imperar.
Fechando com Coração civil, Cativante é um daqueles álbuns cuja a obrigatoriedade deve ser mantida. Mas não ouça este disco comparando com os medalhões citados. Ouça tendo em vista um baita cantor com um belíssimo repertório. E aí? Vai continuar ouvindo porcaria ou vai abrir a mente para algo bacana e deixar de ser mais um neste grupo de burros?