domingo, 10 de fevereiro de 2019

Banco Del Mutuo Soccorso e o progressivo italiano

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Voltando a postar algo aqui após um tempo. Com minhas atividades na Santos Life, meus textos acerca de música estão concentrados na revista não tendo tempo de mexer aqui. Mas algumas coisas ainda irão aparecer por aqui caso não resolvam tirar meu blog do ar. A verdade é que me veio uma mensagem dizendo que a partir de abril todo e qualquer meio de postagem pelo Goggle será desativado e já pergunto para alguém outro meio de montar meu blog sem ser nesta parte virtual. Mas enquanto isso não ocorre, falemos desta banda que aportou aqui e foi trilha sonora em dois dias de audição. Foi me apresentado como sendo uma banda de progressivo italiana e confesso aos senhores e senhoras que me acompanham que a pulga estava bem atrás de minha orelha direita quando recebi esta mídia com 8 discos dos caras. Mas não podemos sofrer ou mesmo tecer algum comentário ultrajante de forma antecipada e fui para casa com esta mídia afim de pesquisar acerca de mais uma banda legal ( ou não) que pintou aqui em casa. A música italiana é meio brega por sua natureza mas ninguém aqui disse que ser brega é ser ruim, disse? Odair José é considerado brega e nem por isso é ruim. É melhor que muita porcaria atual!!!!! O progressivo italiano possui este nível de breguice da música natal mas com o requinte de elementos de Emerson, Lake and Palmer, Yes, Genesis em seu som. O Banco Del Mutuo Soccorso possui a aura brega da música italiana mas encara tal tarefa com uma musicalidade progressiva sensacional. Franceso Di Giacomo é o vocalista e responsável pela aura brega já que seu vocal, além de cantado na língua natal dos caras, possui um que de Andrea Bocelli. Soar como o tenor citado não é uma referência lá muito positiva mas Franceso lembra bastante. Mas o instrumental feito pelo guitarrista Rudolfo Maltese, pelo baixista Tiziano Ricci, pelo baterista Maurisio Masi e pelo tecladista Vittorio Nocenzi compensa cada momento aqui com uma musicalidade impecável em discos tão diferentes entre si que o termo progressivo pode misturar com o pop, clássico, música tradicional, jazz e por onde mais eles quiserem ir.
Discos como Darwin! ( 72 ), Io sono nato libero ( 73 ) ou Banco ( 75 ) devem ser apreciados imediatamente caso queira ouvir algo fora do eixo tradicional e ou piegas. Lógico que ainda gosto das bandas que sempre gostei e nem é minha intenção de pagar de descolado só para dizer que conheço de som. Aprendi e ainda aprendo bastante, sempre descobrindo algo bacana do qual nunca tive acesso. O mundo da música é uma eterno aprendizado aonde a descoberta se torna presente para quem não quer se acomodar. E esta banda foi mais uma ótima situação maravilhosa de quebrar o paradigma e abranger os horizontes.

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