quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Uma ida a Pinacoteca e uma tarde maravilhosa.

Voltando as resenhas, volto duma maneira tradicional mas diferente. Expliquemos: fui no sábado passado numa apresentação envolvendo o coral regional além de outras atrações envolvendo a música feita para poucos. Não, não estou falando dum evento de metal ou mesmo de rock. Estou falando de música clássica, música tradicional aonde o instrumento é a voz, piano, violino, violoncelo. Não houve guitarras pesadas nem nada relacionado a cultura pavorosa de massa. O que eu vi foi uma amostra de como nossa cidade pode conter vários atrativos além do trivial. E atualmente o que mais vejo são pessoas completamente destituídas de massa cerebral na cabeça gostando de coisas duvidosas além de aderirem a modas um tanto estranhas para não dizer trágicas e das quais tenho muito medo do que irá acontecer a todos nós dotados de inteligência, bom gosto e apreciadores de arte verdadeira. O que falar duma geração cuja a vontade de ler um livro é nula? Neste evento constei que a grande maioria presente eram de pessoas mais idosas e muito pouca a presença de pessoas mais jovens ou da mesma idade que eu, o que reforça o abismo que esta sociedade está indo e sem a menor possibilidade de cura.
Por isso que sigo meu caminho e enquanto houver cultura em volta, ficarei extremamente feliz e realizado. Além de conhecer um pouco da casa, num outro momento fui buscar 3 cds muito bons que estavam disponíveis para quem frequentar. Como toda arte, temos que pagar por ela e não fique espantado: preços convidativos e ainda um belo atendimento por parte de duas meninas estagiárias de História que, além de fornecerem os discos, me contaram um pouco da história que envolve esta casa que é um patrimônio histórico não só de Santos e sim do Brasil.
Originalmente pertencente a uma família alemã, a casa chegou a virar um cortiço e até a ser abandonada, ficando em ruínas e eu me lembro dela velha e esquecida naquele pedaço quando eu era um garoto inocente. Uma família portuguesa chegou a viver por lá mas com a morte dos donos, a casa ficou abandonada já que ambas as partes da herança não sabiam o que fazer com aquele patrimônio pois as dívidas eram tão grandes que o resultado foi deixar para a prefeitura decidir o que fazer e a mesma foi tombada e reformada e lá foi instalada a fundação Benedicto Calixto, local de obras de arte e eventos como o relatado acima. E os discos....
Começando com o brilhante Brasil em cores da soprano Marcia Domingues, temos 11 faixas de compositores diversos aonde Marcia interpreta a todos os temas com sua linda voz e instrumentistas muito bons. Coloquemos aqui uma ressalva: não estamos falando de música massificadora nem muito menos de algo roqueiro. Aqui a pessoa precisa ter a mente aberta para apreciar tal disco e sinceramente foi uma das experiências mais lindas da minha vida, algo fantástico. Sereia do mar, Roseas flores d´alvorada, Uiará, Azulão entre outras fazem deste disco uma obra brilhante e uma cantora acima da média.
Já os dois álbuns adquiridos foi do pianista, compositor e Médico oftalmologista Eduardo Paulino que em Classical Rendez-vous e Óleo sobre teclas mostra seus dotes no piano com interpretações geniosas e muito bem feitas para canções bem legais. Temas como Pavane, Quatro cantos, Praia dos sonhos entre outras faixas, Eduardo demonstra muito bom gosto e mais uma vez reforço a opção de simplesmente ignorar caso não seja sua praia.
Particularmente gostei muito dos discos e são ótimos artefatos para ouvir em casa naqueles dias tensos e cansativos ou mesmo para abrilhantar uma bela tarde de sol.
Enfim, a cidade possui cultura. Basta o santista correr atrás e parar de reclamar da cidade. Lógico que há problemas mas também há muitas coisas legais a se fazer, muita cultura a ser desfrutada.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Conheça um pouco sobre as distorções do Sharyot em Los Angeles.









 A banda Sharyot está passando por um processo muito importante em sua carreira. A Produção de seu primeiro CD, que esta sendo feito em Los Angeles, acompanhado de pessoas muito conceituadas no ramo da musica, e que desperta grande curiosidade para todos os fãs que acompanham o trabalho da banda.
Como qualquer músico sabe, este processo requer grande atenção e empenho pois ficara registrado para sempre. E isso o Sharyot sabe bem, pois esta trabalhando na pré produção de seu CD há mais ou menos 1 ano.
Hoje conversei um pouco com os dois Guitarristas da banda Sharyot Stefano B.A. e Rafael Amarante, uma dupla que sabe e conhece do instrumento e conseguir saber um pouco mais dessa nova fase em que a banda está vivendo, e como estão todas preparações para o lançamento. Vale lembrar que a banda conta com um ótimo lançamento de estréia e que com certeza este novo disco será um degrau a mais na carreira destes talentosos músicos.

Como foi para o Sharyot, toda a mudança, e aprendizado de gravar em Los Angeles?

Desde o começo da banda todos tínhamos o foco de fazer isso um dia. Batalhamos muito para conseguir chegar ate aqui, toda mudança exige muita força de vontade e disciplina, não é fácil, mas é gratificante e o fato de estarmos em uma equipe produtiva foi um fato facilitador(Stefano B.A, Rafael Amarante, Stella Bridge, Edu Galdin e Matheus Dalla Costa). Los Angeles é um lugar de extrema importância para a arte e para música, principalmente o Rock, estamos incorporando todo esse conhecimento e experiência em nosso trabalho como banda e individualmente. E toda essa experiência com certeza estará no nosso som.



Quais guitarras vocês usaram na gravação do CD?

Na gravação do CD, não trouxemos nossos instrumentos, então tivemos apenas um dia para poder comprar a guitarra. Foi um dia bem longo, e demoramos horas, o Rafael Amarante optou pela PRS SE custom, eu acabei optando por uma Les Paul Epiphone Slash Signature, que já conheço e sei que e uma ótima guitarra, tem os captadores seymour duncan que eu gosto muito, e dão o peso necessário para as musicas, e ainda no studio Clear Lacke, nós teríamos também outras opções de guitarras, como uma outra PRS, uma fender Jazzmaster, um violão 77 Martin D-35.







Como foi Trabalhar com Wagner Fulco?

O Wagner Fulco foi o responsável pela gravação do nosso CD, e na hora do studio a cobranca dele em captar o nosso melhor foi bem interessante,foi uma das maiores experiências musicais e nos ajudou a abrir nossas mentes para o novo horizonte a nossa frente.
Ele tirou um som de guitarra maravilhoso de um Marshall JCM 900, mas infelizmente depois de uma musica gravando as válvulas do amp explodiram (risos)!!!! Nunca vi isso, usamos também os amplificadores dos nossos parceiros da Meteoro que como sempre nos atendem como precisamos e também usamos um Mezzabarba. O jeito que ele se movimentava no studio para captar o melhor som de todos os instrumentos foi algo realmente diferenciado. A escolha dos microfones certos para cada captação, cada posicionamento de tudo dentro do studio, não é a toa que ele é tão renomado e reconhecido aqui nos EUA.


De onde veio a inspiração de vocês, para tantos Riffs e duetos que estarão neste CD?

A inspiração sem dúvida veio das influência das grandes bandas de Metal, porém aquele velho ditado já diz tudo “1% de inspiração e 99% de transpiração”, mais eu acredito que foi um processo muito natural, pois trabalhar com o Stefano B.A. Além de muito divertido flui muito bem, Foi bem interessante o processo de criação, logo vocês verão os resultados!






Stefano Como foi ter outro guitarrista na banda neste processo de gravação? Você mudou alguma coisa em seu jeito de tocar?

A ideia do Sharyot, desde o começo sempre foi ter duas guitarras, mas devido uma série de coisas, as vezes tínhamos que fazer os shows somente com uma, mas as gravações sempre coloquei várias guitarras. Para este CD e esta nova jornada definimos que realmente queríamos ter alguém presente e dividindo os riffs e duetos comigo, Foi então quando o Rafael entrou na banda, e o mais legal de tudo foi essa junção do meu estilo de tocar com o dele.


Rafael, como foi trabalhar com o Sharyot, vindo de tantos trabalhos como Jazz, e música brasileira? Você se adaptou para o heavy metal?

Eu comecei a tocar guitarra por causa do Rock n Roll e do Metal, porém dediquei grande parte da minha vida para me aperfeiçoar em diversos outros estilos, e isso me deu uma visão muito ampla da música, entrar para o Sharyot foi uma ótima oportunidade para eu voltar a minha origem, para minha essência e usar o meu conhecimento adquirido em outras linguagens para me expressar de uma forma autêntica dentro do heavy metal. Aquele velho ditado expressa bem essa questão “O bom filho a casa retorna”.



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Cloven Hoof - Dominator / The Opening Ritual

Após um dia muito bom, regado a muito amor, carinho e romantismo ( sim, eu sou romântico) eis que chego em casa e abro meu computador para digitar algumas coisas referente a estes dois discos do Cloven Hoof, banda formada em 79 e praticante dum heavy metal tradicional cuja pegada Iron Maiden dos primórdios torna-se latente logo no início da audição. Não seria por menos já que tanto um quanto o outro nasceram na cena da New Wave of British Heavy Metal. Não vamos julgar aqui ou mesmo comparar a importância que ambos tiveram ou mesmo quem é melhor quem é o pior e sim estamos falando de duas bandas que possuem qualidades, cada um em sua praia e legado. Julgar o Cloven Hoof ou mesmo outras bandas que não tiveram a mesma estrela brilhante que o Iron Maiden teve é simplesmente rebaixar gratuitamente esta entidade metálica destacada na resenha. Como gosto de música, minha empolgação pelo Iron é a mesma pelo Cloven Hoof e não interessa se estamos num estádio ou no Manifesto: um show inesquecível será em qualquer lugar, não importa o tamanho.
Estes 2 álbuns me fizeram curtir cada segundo, cada riff, cada melodia tirada deles e confesso aos senhores e senhoras que discos assim me motivam cada vez mais gostar de som pesado. É a música sem fronteiras, barreiras inúteis que nos fazem curtir uma banda mais underground e outra banda mainstream já que tais adjetivos não interessa para quem quer ouvir algo bacana e inspirador.
Começando pelo excepcional The Opening Ritual, ep de 82 e que trouxe na bagagem alguns sons bem legais do metal como Gates of Gehenna , Stormrider ( muito foda!!!!), a heavy rock Back in the USA além de Starship sentinel, ambas músicas fantásticas e empolgantes. Neste relançamento da Classic Metal traz ainda uma demo de 82 que foi rodada muitas vezes pelos programas de rádio da época, fazendo a carreira dos caras subirem. Aqui temos That´s the way it goes, linda melodia e ainda com um vocal muito bem encaixado além do instrumental sempre rico. Return of the passover, Road of eagles e A piece of the action formam o restante do track list da demo tape num aula metálica sensacional. E não podemos esquecer da bela versão ao vivo de Nightstalker, muito boa.
Mais uma observação: aqui os integrantes foram creditados cada um sendo como um elemento sendo eles Air, Water, Fire e Earth. Os nomes eram de Lee Payne ( baixo), Rob Hendrich ( vocal), Steve Rounds ( guitarra) e Kevin Pountney ( bateria) respectivamente além de cada integrante adotar uma máscara como no Kiss.
Já em Dominator, a formação era completamente outra. Além do já citado Lee Payne, a banda era completada pelo vocalista Russ North, o guitarrista Andy Wood e pelo baterista Jon Brown todos eles trazendo algo ao som magnífico e mais faixas sensacionais foram feitas entre elas a minha favorita deste disco, Nova battlestar, dotada duma pegada meio metal meio hard rock. Mas as outras faixas são igualmente poderosas como mostram Rising up, Reach for the sky, Dominator além de Road of eagles, sendo esta última já aparecida no outro disco e numa versão ao vivo no Keep ir true festival em 2009. Warrior of the wasteland, The invaders e Fugitive completam Dominator, um daqueles discos essenciais para quem gosta de metal.
Parabéns a Classic metal por mais um puta lançamento!!!!!!!!

domingo, 19 de novembro de 2017

Psychotic Misanthropy, Two Old Men, Chemical Disaster, Infector Cell e Hierarchical Punishment - Portuga rock bar - 19/11/2017

Antes de ir me deitar, eu tinha que falar acerca do que foi hoje. Hoje no Portuga tive a chance, o privilégio e a honra de ver 5 bandas desenvolvendo o que há de melhor no metal brasileiro. Primeiro lugar, devo dizer o quão é aconchegante é o Portuga rock bar. Situado em Itanhaém, o bar exerce um clima descontraído semelhante a estar na sua casa numa ótima tarde de domingo. O clima estava ótimo e além disso, é servido um belo churrasco durante todo o evento e você pode bebericar sua cerveja comendo uma carne de qualidade. Trazendo 4 bandas da baixada, a festa deu início com o ótimo show dos meus já ídolos da casa, o Psychotic Misanthropy. Basicamente foi o mesmo empenho do que vi tempos atrás no Caveira velha porém acrescido dum som melhor aonde as guitarras estavam bem melhores além do vocal de Mirella numa sincronia muito boa com o restante do instrumental. Aliás, a mina apavorou dentro e fora dos palcos já que possui uma visão bem bacana acerca de som pesado. Amante do deathcore, ela me indicou bandas e ainda ficamos falando um pouco do Project 46, outra grande revelação do peso nacional. É ela que injeta um ar de modernidade na banda além do baixista Jason, um dos melhores do estilo. Marcelo e Pedro brilharam nas guitarras afiadas e Jair na bateria completaram a equipe que abriram o festival com tudo.
Na sequência o duo Two Old Men fez um dos shows mais legais que já assisti praticando um heavy metal com uma pegada meio Motörhead e até me lembrou de leve o Satyricon mais rocker. Formado pelos experientes Cláudio Cardoso na guitarra e vocal e Paulo Ferramenta na batera e vocais os caras simplesmente fizeram a galera vibrar na divulgação do ep Don´t kiss me baby. Ainda tivemos a graça da vocalista Marly ( No Sense) participando na última faixa e um adendo: essa mulher canta pra caralho!!!!!! Parabéns ao Two Old Men pelo trampo e que lancem mais e mais materiais aos amantes do black n´roll.
Os já conhecidos Chemical Disaster deram sequência a bela tarde de domingo com mais uma baita aula de death metal e na divulgação de More Scraps of our wound. Não sei qual é a vitamina destes caras mas o show do Chemical é intenso do começo ao fim. Seria mais ou menos como dar partida num trem em alta velocidade que sai atropelando tudo e todos, uma verdadeira locomotiva metálica. Afinal, 27 anos de estrada não são 27 dias e nada mais justo a recepção calorosa que sempre são acostumados a receber. Perfeito!!!!!!!!!!
E direto de Cotia ( SP) veio a banda Infector Cell divulgando o disco Cultura Suicida e tocando seu som brutal cheio de peso, muito peso. Sinceramente fiquei de boca aberta tamanha foi a violência no palco e o tão legal é assistir estes caras.
Fechando o festival tivemos o Hierarchical Punishment que vem divulgando o disco The Choice e sua atual formação que só enriqueceu ainda mais o grindcore destes mestres em fazer um som brutal. E foi muito legal ver o quanto Edismon acrescentou na guitarra com solos espertos e um peso absurdo. Grell não poderia ser diferente. Tocou muito bem sua guitarra além de ser o maestro para conduzir esta banda que foi formada em 94 e que possui bons anos de estrada. O baixista Morto, o vocalista Podrão e o baterista e recordista mundial de bandas Luiz Carlos Louzada completam o time e fazem o que gostam, para o bem da humanidade.
Mais uma bela noite de metal, amigos, churrasco e uma casa da qual me fez sentir naquela festa de final de ano animada.
Banda e público, todos em pró de tocar e ouvir algo bacana, sem pressão mercadológica ou sazonal. E que o Portuga continue cedendo sua humilde hospitalidade em prol de dias como este de hoje. São eventos assim que me fazem acreditar ainda em algo verdadeiro. Belíssimo dia!!!!!!!!!








sábado, 18 de novembro de 2017

Evil Minds - Boteco do Valongo - 18/11/2017

Acabei de retornar ao meu lar e ao som de Elis Regina, irei falar de uma das maiores revelações dentro do metal. Sim, metal. Não interessa se é heavy, thrash, black, death. O intuito aqui é ser metal e ponto final. Para minha satisfação, mais uma vez consegui ver esta banda que vem trabalhando bom muita vontade afim de lançar seu disco de estréia chamado Eyes of Tomorrow. E hoje no Boteco do Valongo, o que eu vi na verdade não trata-se de nenhuma novidade pois já os vi e estas faixas já estão entre as melhores que ouvi em muito tempo. O quinteto formado por Wellington ( vocal), Tiago e Rafael ( guitarras), Adriano ( baixo) e Roner ( bateria) praticam um heavy metal tradicional com pitadas generosas de thrash metal e possuem qualidade o suficiente para ir muito longe, só dependendo deles para este intuito. Foi sim uma das apresentações mais sinceras que tive o prazer de assistir.
Músicas como War ( já é clássica), The Blood storm, Devil smiled to me ( que música sensacional!!!!), Face of souls além das outras que constarão no disco irá deixar muita gente de boca aberta e ouvidos antenados com o que rola de melhor no metal. E ver a atuação de cada músico em particular é assistir um workshop. Exagero? Pegue os guitarristas. Rafael e Tiago executam riffs, solos, tudo numa medida que não cansa o ouvinte e que deixariam gigantes do instrumento bem pequenos. Porque guitarrista bom não é o que só fica solando. Ele também possui a capacidade de fazer riffs e botar peso num som. Tiago é um absurdo e Rafael é um monstro no instrumento. E a cozinha? Adriano e Roner simplesmente quebram tudo e se a cozinha está segura, o restante da banda agradece. Agora preciso falar do vocalista.
O vocalista. Ele. Sim, ele. O que Wellignton fez hoje e já vem fazendo é simplesmente algo fora do comum. O cara canta muito!!!!!!!!!! Um talento único e assistir este frontman executando sua função é de ter orgulho em ainda acreditar no heavy metal, que o estilo pode sim ter vocalistas como este cara. Além das faixas próprias, a banda ainda executou dois covers bem legais para Motorbreath ( Metallica) e uma versão muito própria para Painkiller ( Judas Priest) aonde a banda inteira mostrou muita categoria na hora de executar um dos maiores clássicos do metal.
Que estes irmãos do metal conquiste muito mais e preparem-se para Eyes of Tomorrow pois ele vai chegar de um jeito avassalador. Sabe aquela capa do Pantera aonde possui alguém tomando um murro na cara? Será mais ou menos que vai acontecer com todos nós quando darmos aquele play no som quando o disco físico sair. O heavy metal agradece!!!!!!! Boa noite. Segue abaixo algumas fotos desses que já nasceram gigantes na proposta da qual executam de forma excelente.


Evil Minds detonando no Boteco do Valongo.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Master - idem

Clássicos sempre serão clássicos. Seja do rock setentista, passando pelo heavy metal tradicional e indo para áreas mais extremas, inúmeros exemplos de discos que marcaram uma geração e mostraram o que o rock poderia produzir. E em 1989, um disco meio que manteve seu estilo mais brutal de se fazer metal o mais forte possível. O Master, cujo mentor Paul Speckmann vinha com esta pérola brutal e sim, fazia jus a outros clássicos lançados como Scream Bloody Gore, Seven Churches, entre outros. Ao meu ver Death, Possessed e Master foram grandes responsáveis por alguns outros garotos quererem montar suas respectivas bandas de metal da morte. Lógico que outros nomes devem ser enaltecidos como Massacre, Cannibal Corpse, Deicide mas a trinca citada acima é impecável e o Master neste disco deu uma aula de como tocar pesado, rápido e com atitude.
Em 11 faixas, temos faixas espetaculares e marcantes como Pledge of Allegiance, Unknown soldier, Pay to die, Funeral bitch, Master e Terrorizer cuja aula de riffs pesados aliados aos vocais desgraçados de Paul cria sim uma sincronia macabra cuja trilha sonora serve para avaliarmos como anda o mundo de hoje e mostra que tais letras não mudaram em nada não soando ultrapassadas em nenhum momento.
Mas enquanto isso tudo não vai para os ares, vamos divertir ouvindo discos tão emblemáticos quanto este. Para quem gosta e quer entender o estilo que curte atualmente e para os que tinham este ouro em lp, tem a chance de ter agora em cd. Death metal em seu estado mais bruto e insano. Old school até os ossos!!!!!!!!!
Eu e a lenda Paul Speckmann

Minds that rock - Brazilian heavy music compilation - vários.

Compilações de bandas é sempre legal. Sim, ter acesso a vários talentos nacionais e internacionais pode ser uma ótima alternativa para quem não quer ficar ouvindo sempre a mesma coisa e no mundo do som que não toca em rádio ou televisão, a cena musical está bem rica e esta coletânea é um ótimo caminho para ouvir coisas legais. Aqui temos 17 bandas, cada uma com estilo e sim, temos os destaques. Algumas bandas já iniciaram sendo minhas queridas como o Bloody, Cerberus Attack, Chafun Di Formio, Encéfalo, Maverick, além do impressionante Yekun. Aqui consta também o Vetor, que recentemente encerrou atividades e aparece com uma faixa aqui.
Além dessas, o Endrah também torna-se um belo destaque devido a pegada brutal que executa seu som, muito foda, e também o Losna acaba sendo bem agradável de se ouvir.
Aqui também há espaço para algo mais calmo dentro do metal como mostra o As Dramatic Homage e o bem legal Darkship. Ok, há algumas escorregadas como mostra o Elizabethan Walpurga com um heavy com vocal black e o tal do Pato Junkie, este último praticante dum som que se mostra até engajado nas letras mas sonoramente não me convenceu. O Sacrificed, pela faixa contida não me empolgou mas quem sabe em outras audições possa me fazer gostar mais de sua participação. Agora, duas bandas aqui eu tenho que destacar como sendo as melhores disparado: Maverick e Gestos Grosseiros. A primeira faz um metal pesado e bem cadenciado. Já a segunda é uma pancadaria infernal e me fez curtir mais e mais sua faixa aqui. É a minha revelação desde já!!!!!!!!
No mais, pode adquirir sem medo pois há diversidade e mostra que o rock nacional possui força e competência para gerar inúmeros frutos. E outra coisa: a embalagem é coisa fina, em digipack e com capinha para armazenar o disquinho. Parabéns aos envolvidos!!!!!!!


Outlaw, Psychotic Mysanthropy e Chemical Disaster - Caveira Rock bar - 12/11/2017

Em mais uma ida a São Paulo, fui conferir este festival com 3 bandas que mostraram num palco que o lance é tocar, sem ter em vista se irá ter muito ou pouco público pois uma das coisas que todos temos em mente é que nunca foi e nunca será fácil fazer metal no país cada vez mais massificado por acéfalos cuja proposta de viver é tão nula e seu apego por música se resume em ouvir o que o sistema enfia goela abaixo dos tantos imbecis. Mas o metal extremo não pode ficar chorando pelos cantos achando que um dia teremos um festival assim em pleno Morumbi lotado. Seja aqui ou lá fora, o metal pesado é e sempre será algo marginal e de difícil acesso até para quem curte outras vertentes do metal ou do rock. E quem faz som por meios do underground tem que ter em vista uma coisa: ou sai de casa para tocar ou fica eternamente ensaiando sem nenhuma resposta.
E o Caveira rock bar, mesmo com as dificuldades de se manter um pico underground, sobrevive numa selva cada vez mais difícil de ter uma luz no fim deste túnel. Mas a casa consegue comportar banda e público de forma bem caseira, acolhedora aonde todos se sentem muito bem como se tivesse numa daquelas reuniões de amigos em casa. Sempre tratando a todos com muita educação e atenção, estes caras merecem uma salva de palmas por manter o espírito do rock pesado vivo.
Chegando ao local, uma baixa: a banda Dark Tower, uma das atrações, não poderia tocar devido a problemas em seu deslocamento e não estariam a tempo de tocar. Sendo assim, coube ao excelente Outlaw abrir o domingo com um black metal muito bem tocado, sendo uma grande surpresa para este que vos digita. Com uma pegada de bandas como Dissection, o quarteto mandou muito bem e tocou alguns sons que estarão em seu disco que será lançado em breve. Foi impressionante ver a atuação de todos!!!! Guitarras muito bem timbradas além duma cozinha eficiente e um vocal agressivo porém bem dosado. Mais uma amostra de como o black metal está mais forte do que nunca por aqui, demais!!!!!
Na sequência vieram os santistas do Psychotic Mysanthropy em mais uma grande apresentação, mostrando que talento e vivência na estrada podem lapidar uma banda formada por novos e veteranos músicos juntos para detonarem um death metal old school  com pitadas da atualidade, o que eu acho muito bacana. Os guitarristas Pedro e Marcelo possuem um ótimo timbre, pesado e com ótimas melodias numa sincronia absurda. O baixista Jason vem se tornando um dos melhores no instrumento, o cara tocando é um monstro. E faz cozinha com o veterano Jair, este um baterista de altíssima qualidade e que consegue tocar lento e rápido sem erros, muito bacana. E a vocalista Mirella trouxe um vigor extra no som pois possui um vocal forte, uma fusão entre o gritado e o gutural que faria muito marmanjo ficar com medo. A mina simplesmente apavora encima do palco!!!!!!! Que mais oportunidades apareçam para estes talentos únicos da baixada.
E fechando a noite os veteranos do Chemical Disaster e seus 27 anos de dedicação ao death metal iniciados nos anos 90 e que lançou um clássico do estilo no Brasil chamado Resurrection que merecia uma edição relançada pela Cogumelo. Mas dizeres a parte, o que presenciei foi mais uma aula de metal comandada pelo eterno batalhador Luiz Carlos Louzada além de seus companheiros Fernando Nonath e Ricardo Lima nas guitarras e a cozinha sempre eficiente de Carlos Diaz no baixo e Juca Lopes na bateria. Em 16 faixas, os caras foram tocando música por música sem muito falatório e dá-lhe riffs e sons inigualáveis do death metal nacional como Soul sick, uma porrada sensacional. E lógico que ainda não faltou a eterna Sexual Maniac além do cover de Black metal do Venom. Como disse um amigo meu: falar bem de um show do Chemical é chover no molhado pois sempre será jogo ganho e fechou mais uma ótima noite de metal, amigos e risadas. Abaixo as fotos do evento:














Na sequência: Outlaw, Psychotic Misanthropy e Chemical Disaster.



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Lou Reed - New York

Recomendações sempre são bem vindas. Fui recomendado a dar uma chance para este disco e para esta artista. É verdade que Lou Reed nunca despertou minha vontade ou curiosidade em ouvir algo dele. Um cara difícil de se lidar. Gênio indomável. Mas ainda assim, um cara que fez o que quis em seu tempo artístico. Para o bem ou para o mal, ele sempre estará na história musical e nunca será apagado. Ouvindo este álbum lançado em 89, o que esperava de um disco dele seria algo chato, burocrático e de difícil degustação. Eis que minha língua foi queimada pois o que ouvi foi um disco de rock n´roll honesto cujo instrumental bem tocado faz de base para Lou cantar a seu jeito. Na verdade, cantar não seria propriamente o certo mas aqui o cara faz aquela vocalização aonde ele está quase lendo a letra. E não é que a junção desta "leitura" com o instrumental torna mais atraente a audição sem enjoar? Não, não está lendo coisas. O disco do Lou Reed passou no teste e foi muito bacana ouvir faixas como Romeu had Juliette, Halloween parade, Dirty BLVD, Endless Circle, Sick of you ou mesmo Strayman. No geral o disco empolga e dá aquele ar de som de bar sujo no meio do centro de Santos aonde a qualquer momento pode ocorrer alguma briga. Logicamente que ouvir em festa talvez não seja uma boa. O melhor lugar para se ouvir este disco é sozinho, lendo um livro enquanto se delicia com a poesia e música dum cara que nunca teve muita papa na língua. Este disco me despertou a vontade de ouvir mais coisas dele mas posso me deparar com alguma coisa chata. Mas até que me prove ao contrário, este New York é um baita disco de rock direto. Diversão garantida!!!!!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Yes - Tormato

Antes de ir a faculdade, uma resenha de algo bacana é e sempre muito bem vinda. E aqui tenho em mãos mais um disco desta que é a banda mais completa de rock progressivo, pelo menos em minha opinião. Sempre digo que, o Genesis com Peter Gabriel é a minha banda de progressivo favorita mas não podemos deixar de falar sobre rock progressivo sem mencionar o nome do Yes no pacote. E aqui temos músicos acima de qualquer suspeita, completos e que sempre fizeram de tudo para levar o melhor material aos fãs ardorosos. Este disco foi lançado após o excelente Going for the one e é visto com uma certa injustiça por alguns fãs sendo chamado carinhosamente de "Tormento". Não chega a ser um Going for the one mas também nem de perto é algo torturante ouvi-lo. Lançado em 78, Tormato incluía em suas fileiras o vocalista Jon Anderson, uma das vozes mais espetaculares do rock em geral. E o que falar sobre o baixo sempre presente do saudoso Chris Squire?
Em 8 temas, o disco é composto por faixas muito legais tais como A future times, Rejoice, Don´t kill the whale, Madrigal, Release, release, Arrivin ufo, Circus fo heaven, Onward e On the silent wings of freedom que fecha o track list original do disco. Aqui trata-se duma versão relançada com bônus e algumas delas se destacam como Abilene, Picasso e Everybody´s song, esta última um arregaço bem no perfil desta banda espetacular.
Meio que no embalo estou ouvindo o box Yes Years e me passa este sentimento tão único que é ouvir algo que gosta pois música é isso. Seja rock, pop, mpb, black metal ou grind. Agradeço ao rock progressivo por ter me mostrado um de seus grandes representantes. Yes é e sempre será algo do qual levarei tal legado com muito orgulho caso um dia minha sobrinha queira conhecer.
Uma ótima tarde de paz e música a todos.

The Yardbirds - Blue Eyed Blues

Num desses achados da vida, este disco veio parar até mim graças a um amigo que me forneceu este e o próximo a ser resenhado. De acordo com informações obtidas por este amigo, trata-se dum daqueles discos lançados por gravadoras mais mandrakes que nota de 3 reais. Saca aqueles disquinhos que ficam a 9,99 naqueles postos de conveniência a beira da estrada que você acaba comprando meio que para ter algo para ouvir no carro? Este disco é essencial para tal feito. Trata-se duma sopa de letrinhas mas é ainda assim uma baita sopa de letrinhas muito bem vinda. Tendo Eric Clapton numa foto mais atualizada e sem ter uma nota sequer tocada por Jimmy Page neste disco mesmo assim seu nome aparece na capa. Sim, Page chegou a integrar este grupo mas aqui nenhuma das faixas apresenta algo dele tocando.
Apesar disso tudo, o disco é bem agradável de se ouvir, trazendo inúmeras peças musicais bem interessantes como 23 hours too long, Out on the water coast, Five long years, I ain´t got you, Good morning little schoolgirl, Little red rooster ( em duas versões), Higway 49 ( esse Higway está errado hein), Wang - dang - doodle, I´m a man, Jeff´s blues e finalizando com I see a man downstairs.
Como disse antes, não seria algo indicado para quem já possui tais discografias mas ouvir a voz do mestre Hollin´Wolf em algumas faixas já valeria qualquer coletânea pirata lançada na face da Terra. Valeu o aquecimento para ir a faculdade daqui a pouco. Música boa nunca é demais!!!!!!!

sábado, 4 de novembro de 2017

Vulcano , Anthares e Funebro - Boteco do Valongo - 03/11/2017

Para iniciar esta resenha, antes de mais nada, precisamos falar sobre o heavy metal. O heavy metal, historicamente falando, sempre foi um estilo dotado de bandas e sub gêneros maravilhosos, variados porém unidos em prol da amizade, entretenimento e atitude de ouvir um estilo tão rico. O rock prega que temos que nos unificar, nos tornarmos fortes e corajosos para encarar uma sociedade cada vez mais presa em modismos e assuntos de conteúdo pífio.
 A noite de ontem foi de festa e o que você vai ler será um relato de um fã de metal que curte e curtiu cada momento de ontem e sempre.
Abrindo a noite, tive a honra de conhecer o Funebro, banda que prioriza o old school com seu black/thrash/death brutal mas ainda assim com aquela pegada dos anos 80 em se fazer o metal da morte. Divulgando seu disco, os caras quebraram tudo no Valongo e souberam como ninguém aquecer a galera para as atrações que vieram depois. Ainda tiveram a honra de ter o mestre Angel numa participação sensacional e saíram ovacionados pela galera presente e uma coisa temos que acertar aqui: por mais que você não curta tal som praticado por eles, é inegável a garra encima do palco, tocando com muito amor o estilo do qual praticam. Alguns caras apenas tocam metal. Outros tocam e curtem o som que praticam. O Funebro opta para a segunda opção. Puta show!!!!!!!
Após esses guerreiros, veio o Anthares e seu No limite da força tocado na íntegra, fazendo relembrar a magia de quem curtiu este lançamento na época. Em São Paulo, os integrantes originais subiram ao palco para executar este disco na íntegra mas aqui a formação atual da banda fez a honraria e que honraria!!!!!!! Pegada impressionante, um amor incondicional ao thrash metal e ao heavy metal em geral foi o que vi ontem. Simplesmente emocionante agitar tais sons com amigos juntos, comemorando alegremente aquele momento único.
Aí veio o Vulcano..... É chover no molhado que os caras ao vivo são imbatíveis. Também é chover no molhado enaltecer cada integrante individualmente. Porém, como estamos falando duma banda, nada mais significativo que haja a sincronia e o espírito interdependente deixando de lado egos inflados e competições que não agregam em nada tal noite. Abrangendo todas as fases, a banda fez aquilo que os paulistas viram: uma aula de metal extremo e um respeito inigualável para com seu público cativo. E o que foi o mestre Angel  cantando Bloody Vengeance na íntegra? Foi algo brutal, lindo, apaixonante, emocionante.Mas também é sempre ótimo lembrar o quão gigante fica Luiz Carlos Louzada vulgo Batata ao estar no palco. E o fim do espetáculo com Fallen Angel foi inusitado e mais inusitado ainda ter os dois vocalistas no palco numa troca de respeito de ambas as partes que me tocou de forma brilhante no qual foi mostrado que gigantes não precisam de duelos bestas e sim um espírito maravilhoso de amizade, de irmandade metálica. Não teve como não lembrar do saudoso Johnny Hansen neste momento pois o mesmo foi parte importantíssima na história não só do Vulcano mas em toda a cena roqueira da baixada.
Ao fim da apresentação, os cumprimentos finais em cada integrante e era visível a alegria que cada um estampava na cara. Que noite brilhante!!!!!!!! Obrigado as bandas, amigos, Boteco do Valongo, enfim, todos que fizeram desta uma noite inesquecível.
São momentos assim que ainda me fazem crer que temos heavy metal de verdade seja por parte dos fãs e das bandas. Nunca me senti tão bem quanto estou agora. Paz!!!!!!!!!