E o Caveira rock bar, mesmo com as dificuldades de se manter um pico underground, sobrevive numa selva cada vez mais difícil de ter uma luz no fim deste túnel. Mas a casa consegue comportar banda e público de forma bem caseira, acolhedora aonde todos se sentem muito bem como se tivesse numa daquelas reuniões de amigos em casa. Sempre tratando a todos com muita educação e atenção, estes caras merecem uma salva de palmas por manter o espírito do rock pesado vivo.
Chegando ao local, uma baixa: a banda Dark Tower, uma das atrações, não poderia tocar devido a problemas em seu deslocamento e não estariam a tempo de tocar. Sendo assim, coube ao excelente Outlaw abrir o domingo com um black metal muito bem tocado, sendo uma grande surpresa para este que vos digita. Com uma pegada de bandas como Dissection, o quarteto mandou muito bem e tocou alguns sons que estarão em seu disco que será lançado em breve. Foi impressionante ver a atuação de todos!!!! Guitarras muito bem timbradas além duma cozinha eficiente e um vocal agressivo porém bem dosado. Mais uma amostra de como o black metal está mais forte do que nunca por aqui, demais!!!!!
Na sequência vieram os santistas do Psychotic Mysanthropy em mais uma grande apresentação, mostrando que talento e vivência na estrada podem lapidar uma banda formada por novos e veteranos músicos juntos para detonarem um death metal old school com pitadas da atualidade, o que eu acho muito bacana. Os guitarristas Pedro e Marcelo possuem um ótimo timbre, pesado e com ótimas melodias numa sincronia absurda. O baixista Jason vem se tornando um dos melhores no instrumento, o cara tocando é um monstro. E faz cozinha com o veterano Jair, este um baterista de altíssima qualidade e que consegue tocar lento e rápido sem erros, muito bacana. E a vocalista Mirella trouxe um vigor extra no som pois possui um vocal forte, uma fusão entre o gritado e o gutural que faria muito marmanjo ficar com medo. A mina simplesmente apavora encima do palco!!!!!!! Que mais oportunidades apareçam para estes talentos únicos da baixada.
E fechando a noite os veteranos do Chemical Disaster e seus 27 anos de dedicação ao death metal iniciados nos anos 90 e que lançou um clássico do estilo no Brasil chamado Resurrection que merecia uma edição relançada pela Cogumelo. Mas dizeres a parte, o que presenciei foi mais uma aula de metal comandada pelo eterno batalhador Luiz Carlos Louzada além de seus companheiros Fernando Nonath e Ricardo Lima nas guitarras e a cozinha sempre eficiente de Carlos Diaz no baixo e Juca Lopes na bateria. Em 16 faixas, os caras foram tocando música por música sem muito falatório e dá-lhe riffs e sons inigualáveis do death metal nacional como Soul sick, uma porrada sensacional. E lógico que ainda não faltou a eterna Sexual Maniac além do cover de Black metal do Venom. Como disse um amigo meu: falar bem de um show do Chemical é chover no molhado pois sempre será jogo ganho e fechou mais uma ótima noite de metal, amigos e risadas. Abaixo as fotos do evento:
Na sequência: Outlaw, Psychotic Misanthropy e Chemical Disaster. |
Demaaiisss. Showzaço memorável \m/
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