domingo, 27 de agosto de 2017

Chemical Disaster, Exterminatorium, Might Execution e Face of Death - São Paulo em chamas - Fofinho Rock bar - 27/08/2017

Em mais um evento do qual tive a grande honra de participar, São Paulo presenciou ontem o único evento metálico na cidade. Talvez pela constante movimentação dos paulistas, foi de se estranhar somente este evento ter acontecido perto do que é sempre São Paulo. Acredito que um dos motivos seja que, para realizar eventos como este é necessário um retorno do público. Ontem, a presença pequena da galera identificou que, evento com poucas pessoas não se restringe somente a um ponto específico. Sim, São Paulo também tem show com baixo público. Procurar culpados? Xingar quem não foi? Nenhuma das questões devem ser levantadas pois não sabemos o porque das pessoas não terem ido. Talvez algumas dessas pessoas podem estar neste exato momento com uma corda no pescoço se questionando quando as coisas irão melhorar já que o filho quer comer. Outras devem estar simplesmente desempregadas e por isso não possuem um cash para sair e se divertir, sendo a única alternativa ficar em casa. Outros podem até ter recursos para ir mas possuem outras prioridades na vida como esposas e filhos. E mais ainda outros que simplesmente não querem sair porque não devem nada para ninguém e se foi opção do cara curtir um sábado a noite em casa de boa, comendo uma pizza e tomando uma gelada também deve ser respeitada tal decisão. O que as bandas fizeram foi tocar e agradecer quem foi e prestigiou. Ninguém é mais ou menos "true" porque foi ou ficou em casa ouvindo Laura Pausini. Até então a italiana estava em meu som e nem por isso deixei de ir.... Mas confesso a todos que meus dias de baladeiro se foram, restando força e dinheiro para somente eventos como este. Infelizmente meu cansaço não me permitiu curtir o restante das bandas após o show do Chemical pois as 3 horas da manhã já me bate aquela vontade de ir para casa e deitar em minha tumba quentinha como aquele personagem malvado do Thundercats fazia quando se danava no final do desenho.
Mas vou falar das que eu assisti e essas 4 bandas fizeram shows bem bacanas, aonde a atitude driblou a qualidade de som mediana da Fofinho. Aliás, esta casa que é tradicional aos camisetas pretas do metal, poderia passar por uma reforminha pois quase ninguém curte mais inferninhos que mais parecem depósitos de papel na China. Pela história que a referida casa representa para ps paulistas merecia sim um tratamento urgente para que não se perca mais uma das que fecharam por falta dum investimento maior.
Abrindo a noite, veio o metal pesado e cativante do Might Execution que prometeram um lançamento do disco novo para breve. Tocando com uma garra alucinante, o quarteto despejou riff, pegada brutal e músicas sensacionais. Mesmo com a casa vazia, os caras deram um gás tremendo, tocando como se tivesse um público de 1200 pessoas. Show impecável!!!!!!!!! Death, thrash, não importa. É metal e pronto, sem firulas e rótulos.
Might Execution
Dando sequência, vieram o death metal brutal do Exterminatorium, um trio que simplesmente não deixou pedra sobre pedra e fizeram o que há de melhor no estilo maldito do metal. Sendo o show de despedida do baixista, foi uma pena saber desta baixa no meio do show pois o trio que vi ontem fazia bonito e não deve nada a outros trios do metal da morte que vemos por aí. Gosta de death metal brutal com aquela levada de bateria metralhadora e nomes como Krisiun, Morbid Angel, Belphegor, Angel Corpse entre outros? Então não perca o show destes caras de forma alguma!!!!!! Grande surpresa da noite que me contagiou bastante.
Exterminatorium
Na sequência desta noite veio o thrash crossover do Face of Death e mais um atropelo foi o que eu presenciei. Tocando com uma garra impressionante, a banda tocou músicas próprias além de versões inspiradas para Refuse / Resist ( Sepultura) e Beber até morrer ( Ratos de Porão) com a participação do vocalista do Infector Cell que estava presente no evento. Esta banda é indicada para quem curte um thrash com uma pegada mais hardcore ou mesmo para aqueles que preferem algo mais atualizado mas sem perder a essência do estilo. Outra grande surpresa!!!!
Face of Death
E eis que vieram uns caras da baixada santista chamados de Chemical Disaster. Falar do Chemical é chover no molhado já que tendo assistido a inúmeros show dessas lendas já é de costume ver sempre um show violento, inspirado e acima de tudo uma banda que declara seu amor ao death metal numa entrega deles para com a galera que ficou para vê-los. Como disse Luiz Carlos Louzada ao agradecer o público: " não importa a quantidade e sim a qualidade". Bingo! Cativaram o público presente, tornando-os parte daquela cena ali presente. Tocando faixas de todas as épocas além do já tradicional cover de Black Metal da lenda Venom, Batata e seus comparsas abrilhantaram o evento e é incrível o poder que as bandas daqui surtem aos de fora. Literalmente falando, as bandas daqui apavoram e não devem nada para as bandas paulistas ou mesmo de outros estados. Um vocal inspirado, guitarras afiadas ( Fernando Nonath e Ricardo Lima são mestres!!!!) e uma cozinha avassaladora ( as caretas de Carlos Diaz são as melhores além do Juca que toca muito sua bateria) são a fórmula necessária para fazer um som rico. 
Chemical Disaster

Como disse antes, não vi as outras bandas decorrente do meu cansaço mas fica meus parabéns a todas as envolvidas. 
Retornei para casa muito cansado mas feliz por ter presenciado mais um puta evento rodeado de amigos, conversas e risadas cujo preço é incalculável. E um abraço para duas pessoas: Rodrigo Malevolent do Reffugo, sempre presente nos eventos e para minha amiga e amor Mariana que recentemente perdeu sua cachorrinha, a Lory. Que tenha forças para se reerguer pois quem já perdeu essas criaturinhas sabe a dor que é. 
Acredite no som que você gosta de verdade, seja ele o que for. Ter paixão no que ouve e toca é um sinal para diferenciar você dos charlatões da vida.

domingo, 6 de agosto de 2017

Sandy - Mendes Convention Center - 05/08/2017

E mais uma vez pude ver o show da cantora que, talvez, salve o Brasil da lama que está a música nacional em se tratando do mainstream. Sandy não é mais a febre do momento. Mas, com um público cativo, continua cantando e encantando por onde passa com seu show e sua belíssima carreira solo. Ontem foi um misto de pensamentos, sentimentos de alegria e saudade se misturaram durante toda a apresentação. Ontem também fez 2 meses que a minha cocker Pink partiu deste planeta para latir em outro universo que lhe deu a juventude novamente. Então, nem quis digitar ontem sobre o show por conta das emoções estarem bem acaloradas. Mas hoje, mais tranquilo, fico mais a vontade para falar acerca do que vi ontem, do grande espetáculo proporcionado pela mulher que adentrou em minha vida com seu irmão no disco As quatro estações. Assim como eu sinto muito por alguns "amigos" que possuo, dos quais ainda ( AINDA) não me conhecem ou conhecem meu gosto musical eclético de A á Z. Para estes caras, ir nesse show "queima meu filme", dizem pelas costas que sou um "louco" de ir no show da Sandy, entre outras babaquices de cara de mentalidade pequena. Mas como sou dotado de pernas e personalidade próprias, nada me impediu de ir até o Mendes e curtir um show emocionante, de impacto fulminante e que faz um bem danado ao coração e a saúde. O fato de eu ir ou gostar da Sandy não me fará mais ou menos roqueiro do que o cara posudo com a camiseta do Marduk e que faz sempre a carinha de malvado. Ter gosto musical próprio é muito importante já que ir na aba dos outros somente para ser aceito pode ser legal enquanto está com seus amigos mas quando chega em casa e se olha no espelho pode ser que esteja olhando para uma marionete e não para si mesmo. E sabe o que é mais legal na música? Enquanto eu falo do show da Sandy, o Humble Pie está quebrando tudo no ao vivo gravado em Fillmore. E garanto que muitos desses radicais nem conhece o Humble Pie. Contraditório não?
Para quem ainda pensa em falar asneiras a meu respeito, por favor continue. Continue pois eu me divirto muito com suas críticas acerca da minha pessoa, mesmo estando distante. Ou você ou vocês acham que eu não sei o que falam de mim num ponto de encontro do gonzaga? É tanta "preocupação" que até fico radiante.
Voltando ao show, com um pequeno atraso, eis que inicia o show com uma produção de palco impecável, um ótimo som, uma banda afiada e ela, reinando soberana, cantando muito e que linda é a voz dela. Eu não sei o que acontece mas a voz da Sandy me produz uma emoção que eu mesmo ás vezes não consigo explicar exatamente o que é, apenas acontece. Fora que o seu jeito de conversar com o público é sempre aquele jeitinho todo meigo, simples que acaba cativando ainda mais e até o marido da minha amiga de escola achou o show muito legal, agradável de se ver. Confesso que não sei aonde algumas pessoas arrumam tanto ódio para com ela, não sei mesmo....
Como o repertório foi todo calcado no cd/dvd Meu Canto, o set foi praticamente o mesmo do espetáculo e que set lindo.... Meu Canto já abriu com Sandy mostrando uma voz afinada, forte. Outros momentos de emoção ocorreram em Sim, Perdida e Salva ( nessa a lágrima caiu), All star, Olhos meus, Pés cansados entre outras. Até uma composição do Luan Santana ela cantou e..... simplesmente melhorou a canção!!!!! Sandy possui um talento tão fantástico que até uma música do Edguy ela conseguiria transformar numa ótima canção....
Achei bonito ela cantando Cantiga por Luciana na qual foi dedicada a seu avô e aí percebe-se o quanto a família dela foi importante para ela e para o irmão pois ambos cresceram com uma ótima cabeça e souberam administrar as tantas asneiras que falam deles até hoje. Um ponto positivo deve ser dado ao público que fizeram a cantora relembrar duas canções dos tempos de dupla, o que eu achei muito legal e só reforça o quão leal são os seguidores de ambos. Eu não vi isso no show da Wanessa Camargo que fui assistir. É a diferença duma cantora que sempre primou pela integridade artística com outra que simplesmente seguiu modas fabricadas para um público acéfalo. Pergunte quem conhecia alguma música da Wanessa das antigas nos shows em que ela quis ser diva dos gays e você terá a constatação do que disse agora. Agora faça a mesma pergunta para os "fãs" que vão no show dela agora que virou a diva dos sertanojos universiotários....
Encerrando o show em grande estilo com Nada é por acaso e Ponto final, Sandy se despediu do público que a aplaudiu de pé e a mesma prometeu que não irá demorar mais 4 anos para retornar a cidade.
E assim foi mais uma grande experiência com esta garota de beleza interior intacta e uma beleza exterior espetacular, uma fada cuja a finalidade é fazer um mundo melhor para todos nós. Vou trabalhar esta semana a noite mas quer saber? Depois dum show desses, o que posso acrescentar é que terei uma semana empolgante e cheia de energia positiva.
Se um dia eu a conhecesse pessoalmente ia lhe agradecer por todas estas coisas boas, por cada momento maravilhoso ao escutar cada disco, cada música. Por todo este legado maravilhoso eu digo: Obrigado Sandy, você é demais!!!!!!!!