domingo, 20 de dezembro de 2015

Final de ano.

Sempre destino este espaço para música pois acredito que a música nos salva, alivia e abençoa em vários momentos da vida, alegres ou tristes. Não gosto de falar sobre outras coisas por alguns motivos mas desta vez tenho que falar sobre algumas coisas que estão me incomodando dentro de mim. Sim, vou bancar o tristonho reclamão. Mas calma, nem comecei.
Este ano foi muito bom em termos profissionais. Trabalho, faculdade e uma promessa dum 2016 melhor me anima mais ainda em continuar nesta caminhada. Mas, por outro lado, outras situações me colocam numa dúvida interminável: porque não estou feliz? Estou muito bem, não sofro nenhum problema de depressão ou coisa parecida. A impressão é que algumas pessoas próximas que moram comigo e nem preciso citar quem pois aí não interessa nem deve ser colocado aqui ou está chateada pelo meu incidente com a bebida no último churrasco ou não sei mais o que. Vive reclamando da minha barba, vive reclamando da minha forma de se vestir com o argumento que "já passei da idade de andar assim" e por aí vai. Fora que justamente a pessoa mais importante da minha vida está igual a muitas pessoas de fora: não sabe interpretar quase nada que se fala para ela e me julga por coisas ridículas. Hoje mesmo me acordou de uma forma abrupta e fez um discurso sobre tantos cds que possuo alegando que estou "ocupando a casa toda" e que já estou dando trabalho demais. Poxa, trabalho demais?!? E é óbvio que fico muito puto afinal não tenho sangue de barata com alguém que chama minhas camisetas pretas de bandas de "pano de chão" somente porque não quero mais usar camisetas "normais". Apesar de ter dito que ia trancar a faculdade para sair de casa, não o farei. Não vou desistir assim tão fácil, vou terminar a faculdade. Aí, terminando, terei que tomar um rumo longe daqui. Não há nada planejado e aprendi que nada se faz por impulso. Mas não aguento mais certas burocracias por nada, somente para encontrar o famoso pelo no ovo.
Devido a essas palhaçadas, irei passar o natal aqui em casa sozinho. Quer dizer, sozinho não pois estarei em companhia de 3 motivos dos quais ainda não sai daqui: Pink, Penélope e Ricca. Não quero ceia nem presente pois isso foi o homem dito civilizado que botou isso na cabeça de todos. Não é novidade para ninguém que esta data virou algo de puro comércio e a reunião familiar virou simplesmente um amontoado de fotos de risadas artificiais e cheio de rashtags ( não sei nem me interessa como se escreve isso) dos mais cretinos possíveis. O que eu queria mesmo era uma passagem só de ida para algum lugar melhor, para continuar sendo responsável, trabalhando e tendo meus disquinhos sem ninguém me apontando o dedo dizendo que estou errado em comprar cd num momento "em que ninguém compra mais". Fui errado no acontecimento acima, isso não há dúvidas. Mas não, no restante posso ser o que eu quiser, me vestir do jeito que me achar melhor e comprar cds de bandas e artistas dos quais eu admiro não é crime. Não estou escrevendo isso por querer atenção ou compaixão de meus amigos nem que sintam pena de mim. Apenas fui sincero. Obrigado a todos e que tenhamos um ótimo 2016 pois 2015 já deu. Bye.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

U.d.o. e Blitzkrieg - Via Marquês - 15/11/2015

A pedidos, falemos deste show antológico do qual fiz parte. Ia falar sobre outra coisa mas optei por este pois acho mais legal escrever sobre algo positivo e não ficar no foco de assuntos que não acrescentam em nada na minha vida. Esta semana mal começou e mais alguns mostraram o estrago que a rede social fazem nas pessoas. E quando você constata que as pessoas que agem feito patetas são pessoas com o mínimo grau de inteligência, algo está muito ruim. Mas como disse, o post aqui é sobre festa e amizade. Sim, além da música o que rolou neste show foi sim uma confraternização entre amigos, novos e velhos, não importa. O que importou mesmo foi a magia que a música de ambas as bandas transmitiu durante as horas que ficamos no Via Marquês neste domingo último. 
Chegando com um certo atraso na casa, acabamos perdendo boa parte do show do Blitzkrieg e te confesso que gostaria muito mais de vê-los.... Mas deu para comprovar o quanto a banda ainda é foda no palco e caso goste de um heavy tradicional com pegada e um vocal ótimo, eis a chance. Brian Ross estava impecável e mesmo sentindo calor o cara fez um ótimo show junto com a banda que o acompanha. 
Mas aí veio o show que calou a minha boca.... Udo e banda subiram ao palco com um show matador e devo pedir desculpas por todo estes anos ter execrado o baixinho e nem curtindo muito Accept com ele no vocal. Sim, temos nosso direito de gostar ou não de qualquer artista e eu nunca fui simpático a ele. Com o tempo fui curtindo mais Accept com ele e este show me fez acender a chama da possibilidade de conhecer mais sua brilhante carreira solo pois as músicas dele são tão boas quanto ao seu estágio na banda alemã. Sinceramente, fiquei sem palavras e até agora não caiu a minha ficha que eu vi este show brilhante e decidido ir encima da hora. Esta noite foi um autêntico passeio aos anos 80. 
E quando Udo voltou com as faixas do Accept... meus amigos, o que foi aquilo... Juntamente com os brothers of metal, pulamos, vibramos, sorrimos e nos emocionamos com Balls to the walls, Fast as a shark e o final apoteótico com Princess of a dawn. 
E assim, neste clima descemos a serra e pode escrever o que estou dizendo: este show não sairá tão cedo da cabeça dos que estavam lá e mostra o que já sabemos: que o heavy metal é o estilo mais unido, sincero e que não necessita de estar na moda ou " na boca do povo". Obrigado a todos os amigos que abrilhantaram ainda mais esta noite!!!!!!!


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Elis Regina - Essa Mulher

Essa mulher maravilhosa cuja voz encanta cada vez mais a minha vida. É assim que é tratada Elis Regina aqui. Aproveitando o gancho do livro publicado atualmente e que foi devorado por este que vos escreve, cada vez mais fui sendo agraciado por uma história musical e pessoal duma mulher de personalidade difícil é verdade mas ainda assim uma cantora que nunca arredou o pé para certas mazelas da vida e que a infelicidade a tirou daqui no dia 19 de janeiro de 1982. Mas não vou me aprofundar em certos detalhes não por medo nem quero tampar o sol com a peneira. Mas quero simplesmente falar deste som de 79 e que ainda contou com a regência e arranjo do grandioso músico Cesar Mariano, um dos maiores músicos do Brasil e do mundo. Elis por si só foi a melhor cantora do mundo mas Cesar possui créditos ao trazer a sonoridade certa para a voz da nossa gauchinha.
Em mais um discaço Elis juntamente com Cesar e produção de Mazola gravaram um dos melhores discos da cantora. Nesta época ela já era a cantora número 1 do país e sua importância causou uma comoção entre os que amavam ( o público) e os que odiavam ( militares) pois por ser porta voz daqueles que lutavam contra a ditadura, acabava sendo vista por uma persona non grata em relação aos senhores fardados. Aqui consta a música mais linda que Elis gravou em minha opinião,  O bêbado e a equilibrista. Composição de Aldir Blanc e João Bosco a música foi tema da anistia e a letra falava claramente dos tantos que foram vítimas da ditadura militar mas duma forma bonita. Lembro que ouvia sempre esta música durante minha infância mas não sabia quem era aquela voz tão linda que vinha do rádio mas sentia uma espécie de conexão com o que vinha daquela voz feminina.
Mas há outros destaques além do bêbado e da equilibrista como a faixa que abre o disco, Cai dentro de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro. Essa mulher também é ótima e foi composta por Joyce e Ana Terra e interpretada por Elis de forma sensacional. Outra joia musical está em Basta de clamares inocência de Cartola e algo que sempre caminhou juntamente com Elis foi a afinação de sua voz que era algo impressionante. Eu hein Rosa também merece um destaque pois com a levada alto astral e Elis solta e leve a composição de João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro torna-se algo maravilhoso. Outro destaque é Bolero de Satã ( Elis já era black metal em 79? ) dueto dela com o figuraça Cauby Peixoto que ficou demais. Além dessas o disco ainda conta com Beguine dodói, Altos e baixos, Pé sem cabeça e o encerramento com a lindíssima As aparências enganam com Elis interpretando duma forma tão sincera que parece que a música era de sua autoria. Enfim, este disco é mais um que indico a você pai e mãe que gostaria que seu filho fosse uma pessoa melhor ouvir e tirá-lo desta bunda molice que é ouvir mumuzinho ou assistir reality show. Se pelo menos um desses idiotas que ouvem funk ou qualquer porcaria feita para lavar cérebros pegasse um disco da Elis para ouvir, ia perceber que há coisa melhor do que esses lixos de hoje. Obrigado Elis por me tornar uma pessoa melhor diferenciada!!!!!!!

domingo, 1 de novembro de 2015

Wintter - Wings

Na primeira vez que este disco veio em minhas mãos, não consegui ouvir pois algum problema na fabricação no cd não realizou a minha vontade de ouvir este disco. Agora novamente em mãos graças a Blaster, pude conferir este ótimo álbum de hard rock. Sim, mais uma bandaça de hard rock em mãos e mais uma vez fico feliz. Porque música é felicidade e espanta alguns fantasmas dos quais queremos ver longe das nossas vidas e memórias. Aqui temos 11 faixas inspiradas!!!!! Saca aquele disco que começa agradável e no final você acha foda? Wings é assim. Ele inicia com a ótima e tímida Crazy flying guys num clima totalmente positivo e uma banda tocando muito bem e sabendo que está fazendo. See you in hell vem na sequência e traz uma pegada mais pesada mas ainda assim com bastante melodia, principalmente nos vocais. Ótima música!!!! Dreamer é outro achado maravilhoso, uma pérola musical da qual não precisa mudar o mundo ou virar um hit obrigatório. Ela apenas existe, o que já é bom demais. The letter, Take your wings, The fly warriors, Wings, Aces never die, God of war e The airplane rides mantém a mesma pegada e aqui eu já me rendi ao som do Wintter e o disco já me cativou vorazmente. O disco encerra com uma das mais lindas baladas que já pude ouvir, a espetacular Wings of hope numa mensagem para todos nós em relação ao que anda acontecendo. Resumindo: o que está esperando para perguntar pro Rafa se consta este disco na loja?

sábado, 31 de outubro de 2015

Muqueta na Oreia - Blatta

Antes de partir para mais um sábado regado a ótimo som, amigos e outras coisas um conselho para quem gosta de som pesado e hardcore: adquira agora mesmo este discaço do Muqueta. Aproveitando o nome da banda, vamos pensar numa coisa: elabore você uma lista das 10 pessoas das quais mereciam uma muqueta na orelha? mas não é uma muqueta de boa e sim uma bela muqueta bem dada. Ah, não vale falar da Dilma... Estou falando de seres do seu dia a dia que acham que são semi deuses sabichões, que entendem tudo de tudo e nada do que você fale está certo. Pensou? Elaborou uma lista? Se quiser, pode enviar como resposta a este texto. 
O nome da banda calha perfeitamente com o som que eles querem praticar e este disco comprova que a cena hardcore está muito bem azeitada e pronta para confrontar com o egocentrismo e com toda esta sociedade hipócrita. cantadas em português, os sons aqui vão do caos sonoro até uma dose de bom humor dentro da pancadaria. Falando sobre inúmeros problemas da nossa sociedade, esses caras mostram que uma boa porrada pode ser bem feita. Alguns destaques estão em sons animalescos como Nova Era, Paranoia, Hardware Software e Tupperware ( esta letra fala poucas e boas e serve de alerta a você que só pensa em trabalho), Cabeça Vazia ( como conheço gente assim....), Exu Caveira ( também conheço vários....), Excesso e Abundância, Obsesso e Opalão ( ótimo toque rocker nesta aqui). As bônus não acrescentam em nada e poderia ser descartadas mas não fazem o disco cair pois como são as duas últimas, basta desligar o som e partir para o próximo disco. 
Vá até a Blaster e confira a ótima leva de discos nacionais que andaram chegando por lá e irá encontrar além desse muitas coisas legais, menos um tal de Desbrava que é chato de doer....

Airtrain - Idem

Mais uma bela surpresa!!!!!! Este quinteto pratica um tipo de som do qual andam fazendo com mais frequência e estava mais do que na hora, o hard rock. lógico que um pouco de peso aqui, outro ali está presente no disco mas é o hard rock festivo que impera no som de Caio Siriani ( vocal), Julio Machia e Arthur Santos ( guitarras), Guilherme Delmolin ( baixo) e Ivan Rehder ( batera) e espanta os chatos que só abrem a boca ou o facebook para falarem de crise, violência, arrastão entre outras coisas chatas. as 8 faixas aqui são muito boas só dando alguma observação no vocal do Caio que precisa de um pouco mais de lapidação mas o que é apresentado aqui já está ótimo. Afinal, se a Claudia Leitte pode julgar a voz dos outros sem cantar nada, o Caio pode cantar não é mesmo? Julio e Arthur são dois guitarras de mão cheia e a cozinha formado por Ivan e Guilherme dão todo condimento para que o resto fique tranquilo. e os sons são um caso á parte, um melhor que o outro e mostra um futuro brilhante para eles caso alguém de muita boa vontade os leve para o estrelato. Fico pensando esses caras na Frontiers lançando o próximo disco e faixas como Living for a Love ( quem nunca fez isso não é mesmo?), Back to War, German Night, Road to the Sky, Shark Attack, Julianne, Rock the Bones e Into my Soul sendo cantadas a plenos pulmões pela galera no Swedden Rock Festival. Uma coisa é certa: se esses caras estivessem ali na cara do gol, estariam no topo. Para amantes de Tyketto, ouçam.

Pray for Mercy - In Absentia

Sério candidato a uma das coisas mais lindas que ouvi em vida. pelo tipo de letras, pelo tipo de logo deduzi que seria algo voltado para o metalcore, death core ou algo mais moderno porém pesado e cheio de criatividade. aparentemente sendo um disco conceitual, In Absentia mostra-se forte nas letras e mais forte ainda na música cujo instrumental e o vocal urrado dá toda a dramaticidade que ambas as letras necessitam. o que venho notando nestas bandas é que elas estão fugindo da mesmice e trazendo idéias geniais que pode encher o saco se ouvir só este estilo mas dizer que é algo horrendo como foi o emo anos atrás aqui no brasil é algo totalmente mentiroso. e a voice music como sempre nos fornecendo gente deste naipe para quebrar a cara de quem acha que no Brasil não se faz som decente e que só bandas do Brazil são as mais legais. não que seja contra o Brazil vir até o brasil mas é bom informar aos senhores que a maior cantora do mundo saiu daqui do Brasil.
Voltando a falar do disco, a produção do tal Adair Daufembach anda sendo importante para estas bandas pois o cara conseguiu criar uma identidade muito própria ao som destas bandas e o Pray for Mercy se destaca em sons densos e letras que fariam até subversivos como Chico Buarque baterem palmas diante do lirismo aqui. Os vocais de Otávio Augusto e Bruno Tortorello, as guitarras pesadíssimas de Hebberty Taurus e Isadora Sartor se completam com a cozinha formada pelo baixista André Soares e pelo batera Lucas Gomes e que ainda contém o tecladista Gustavo Oliveira formam uma das melhores formações do estilo e sonzeras como O início da Escuridão, Cárcere, Invocação ( todas divididas em atos ou anexos) farão a festa para quem curte o estilo e uma dica para quem como eu não ouve tanto estas bandas dar aquela ouvida pois há muitas delas detonando por aí. Só não venha com este papo de velho chato dizer que o som deles é 'modernoso' demais para você....
Anote bem este nome: Pray for Mercy. Recomendado!!!!!!!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Misconducters - Boundless

Olha quem voltou e numa casa nova!!!!! Atendendo a pedidos, agora possuo estre espaço destinado as resenhas sempre bacanas e por que não polêmicas sobre alguns artistas dos quais gosto ou daqueles que conhecemos no meio do caminho. Aqui o intuito é falar a verdade e nem sempre a verdade é boa para as pessoas pois meu gosto musical eclético ainda incomoda alguns ou deixa incrédulo outros mais desavisados o que eu acho bem divertido. E inicio oficialmente as resenhas com esta grata surpresa que mescla o punk rock com alguns riffs metálicos de ótima qualidade.
Com alguns lançamentos na bagagem, esta banda originada na Inglaterra pelo brasileiro Den ( guitar/vocal) e radicada agora aqui com Brisa ( baixo) e Vitão ( batera) faz um puta som e se curtir bandas que misturam sabiamente o punk com metal pode curtir sem medo o Misconducters. Aliás, quem disse que o punk não pode juntar ao metal é um completo idiota pois a junção de ambos os estilos pode ser algo perfeito e contestador. Em 7 sons, chama a atenção a simplicidade e o tesão com que é feito faixas como The game, Class of ' 84, Pave the way, Hunter and prey, Boundless, Plain conditioning e Lurch. E  este disco está a venda na Blaster discos por um preço bem bacana. Então, está esperando o que para ir até lá amanhã enquanto a esposa escolhe um sapato hein? Muito recomendado!!!!!!!!

domingo, 25 de outubro de 2015

LYNYRD SKYNYRD - ONE MORE FOR THE FANS.

LYNYRD SKYNYRD - ONE MORE FOR THE FANS.
um grande amigo meu chamado gerson fajardo disse na blaster uma frase sobre os vocalistas: “um bom vocalista é aquele que faz você chorar”. pegando a frase dele e tornando para o lado de banda ao invés de somente o vocalista, posso falar com toda convicção do mundo que o lynyrd skynyrd é uma das bandas que me fazem chorar cada vez que ouço algo deles tanto ao vivo como em estúdio. sim, eu amo lynyrd skynyrd e sua história musical e pessoal sempre será exemplo para se viver decentemente e ter atitude para superar fases difíceis e não ligar para rancorosos que só pensam em criar confusão ao invés de tornar este mundo melhor. comemorando seus 40 anos e dando um pacote especial para os fãs eles gravaram este ao vivo no fox theatre datado de 12 de novembro de 2014 e que traz agora sua versão em cd e dvd. para quem não sabe, o título deste lançamento é uma referência ao clássico ao vivo gravado em 76 chamado one more for the road e que foi um dos primeiros registros do guitarrista steve gaines que, como todo fã do lynyrd sabe acabou sendo uma das vítimas daquele fatídico dia de 77 quando o mesmo perdeu a vida junto com a irmã e ronnie van zant. neste ao vivo, a banda resolveu fazer algo mais do que simplesmente eles tocarem. com artistas de tremenda qualidade fazendo parte do cast, este ao vivo conteve os mesmos tocando músicas do lynyrd e ao final os mesmos vinham encerrar a festa. emocionante foi fichinha perto do que senti. foi algo sobrenatural, bonito. com alguns nomes conhecidos por mim e outros ilustres desconhecidos, temos um belo tributo desses caras a banda número um dos eua. dentre os jogos ganhos tivemos aaron lewis com saturday night special aonde o frontman do staind mandou muito bem uma versão honesta juntamente com a banda de apoio para os cantores solos. outro destaque absoluto foi o grupo fodão blackberry smoke e sua estupenda versão para workin´ for mca. ainda nesta tocada tivemos o cheap trick ( numa versão maravilhosa de gimme back my bullets ), gov t´mule ( numa versão lindíssima para simple man) e ainda warren haynes com a banda de apoio numa versão eletrizante de that smell. e quando você acha que não terá mais nada ainda vem peter frampton numa versão pra lá de up de call me the breeze, charlie daniels junto com donnie van zant em down south jukin´e o mestre gregg allman me fazer chorar feito criança numa versão perfeita para tuesday´s gone. mesmo estando bem debilitado o velho gregg mandou muito bem!!!!! além dos citados, algumas surpresas agradabilíssimas como randy houser em whiskey rock-a-roller, o.a.r. numa versão honesta para don´t ask no questions, moe. & john hiatt em the ballad of curtis loew, jamey johnson do white buffalo numa versão super especial para four walls of railford e o cowboy canastrão trace adkins com sua pompa de garanhão em what´s your name. mas aí os mestres da festa encerram este especial com travelin´man, free bird ( só esta música detona tudo que o led zeppelin fez) e sweet home alabama num encerramento fantástico. e que gary rossington melhore de seu recente enfarto e nos possa brilhar com sua guitarra e seu jeito único de tocar. após tudo isso, só digo mais algo: lynyrd skynyrd é a melhor banda do universo!!!!!!!

DARK WITCH - THE CIRCLE OF BLOOD

DARK WITCH - THE CIRCLE OF BLOOD
poxa, como foi prazeroso ouvir este disco... digo isso por duas razões: 1- a banda evoluiu muito desde seu início . 2 - o disco é fabuloso. sim amigos, estou aqui com um dos melhores discos lançados neste ano e um dos melhores de todos os tempos em termos de heavy metal. eu ando meio que de saco cheio quando ouço bandas fazendo sempre as mesmas coisas e chorando na porta dos outros feito abandonados. o dark witch realiza o oposto: um som poderoso e cheio de garra é o que ouvimos em the circle of blood, primeiro disco dos caras. bill martins ( baixo/vocal), cesar antunha ( guitarra), décio andolini ( guitarra) e andré kreidel ( batera) mostram para muitos que bandas autorais ainda podem existir e que temos muita qualidade em termos sonoros aqui na baixada. enquanto algumas bandas de fora vem querer trazer demônio ou tecer comentários irresponsáveis sem um pingo de ideologia, o dark witch, juntamente com rygel, opus tenebrae, empire of souls, chemical disaster, infector, no sense, vulcano entre outros nos mostram o quão forte é esta cena e que os citados possuem qualidade para galgar degraus maiores com muito trabalho árduo e remando contra a maré da mediocridade que assola a sociedade e até alguns acéfalos dentro do metal mesmo. em 13 faixas ( sendo uma delas uma belíssima faixa em português voz da consciência que por favor me corrijam se não for a versão do harppia inclusive com a participação do próprio tibério nos vocais) temos uma banda detonando pedradas como circle of blood, wild heart, master of fate, firestorm, stronghold, blood sentence, to valhalla we ride entre outras. sinceramente, é impossível passar em branco e não ouvir the circle of blood e não se empolgar já que tenho em mãos um dos lançamentos mais fodásticos do ano. parabéns dark witch e que venham mais e mais discos maravilhosos como este. e antes de pedir um disco para os caras, tome vergonha na cara e compre pois não foi de graça as gravações e toda a arte envolvida. comprando os discos desses caras você não só fortalece as bandas como a cena como um todo. caso queira tudo de graça, não reclame se caso isso tudo acabar um dia pois foi o culpado por isso. lembre -se disso....

NIGHTWISH - SHOWTIME, STORYTIME

NIGHTWISH - SHOWTIME, STORYTIME
a história dela na banda começou aqui. a princípio como uma convidada para ajudar a banda nos shows da tour do disco imaginaerum, floor jansen veio para cantar em alguns shows enquanto a banda procuraria uma substituta para anette olzon que infelizmente não deu certo na banda mesmo tendo gravado dois discos muito bons. bom, a história comprovou o óbvio e floor foi efetivada como a nova vocalista da banda e a definitiva e isso se mostra latente neste ao vivo gravado no wacken open air e lançado em 2013. não, a banda não necessita de reunião com a tarja. não estou dizendo que não gosto mais da fase da cantora operística mas a realidade é que com floor jansen o nightwish encontrou sua vocalista perfeita e insubstituível. bom, eu sei que irei sofrer represálias quanto a isso mas seria muito legal o nightwish regravar os discos antigos com floor. como essa peripécia não irá acontecer, este ao vivo é um ótimo remédio para conferir as músicas antigas com uma vocalista mais rock e menos “ diva da ópera”. é certo que o after forever não tinha o mesmo potencial que o nightwish e o revamp mostrou-se abaixo da competência que esta holandesa possui mas se formos analisar a carreira solo de tarja não encontrei tanta coisa em seus discos solo após my winter storm apesar de eu concordar que ela possui um carisma quando pisa num palco. mas agora a voz do nightwish possui a dona certa... nesta edição em cd duplo temos 15 faixas tiradas do ao vivo e temas como dark chest of wonders, wish i had an angel, she is my skin, ghost river, ever dream, storytime, i want my tears back, nemo, bless the child, romanticide, amaranth, ghost love score e song of myself apagam de vez as duas vocalistas já que a execução em TODAS essas mostram-se sensacionais e eu com uma vontade de pedir floor em casamento a qualquer momento. enquanto muitos preferem a filandesa eu prefiro uma deliciosa torta holandesa que ainda vem com uma voz estupenda. lógico que além dela, os outros caras detonam e estão entre os melhores instrumentistas dentro do metal e da música em geral. mas é inegável que a festa foi comandada mesmo pela rainha floor. e quem assistiu o show da banda em são paulo sabe do que estou falando. longa vida ao nighwish e que floor prossiga nesta trajetória maravilhosa iniciada aqui. aonde fica a loja mais próxima de alianças?

VULTURINE - TENTÁCVLOS DA ABERRAÇÃO

VULTURINE - TENTÁCVLOS DA ABERRAÇÃO
após o sensacional justabeli, o incrível misanthropic triumph agora é a vez desta banda que sinceramente fiquei impressionado. uma produção de primeira, faixas cheia de profundidade e peso e 7 faixas brutais. com uma temática aonde o anticristianismo procede com total liberdade até porque temos o direito de nos expressar da forma que quiser, o vulturine esbanja talento neste disco. e se fossemos definir o disco nada melhor do que a frase que estampa a contra capa : “ a repetição do ódio e nada mais”. simples assim. mas é bom ressaltar alguns destaques musicais como born to spread his words, fanatismo e obsessão ou até mesmo highest power. formado por w nas guitarras e vocais ( não, não é ele.....), daemon est deus inversus no baixo e khaos na bateria o trio ainda tem a disposição necro faunus para fazer os vocais. curte um black metal bem gravado mas que ainda assim consegue ser brutal e não necessariamente rápido o tempo todo? não deixe de ouvir o vulturine.

IMPIEDOSO - ABISMO DA DESGRAÇA

IMPIEDOSO - ABISMO DA DESGRAÇA
antes de falar do discaço maravilhoso do soulfly, tenho muito que escrever algo sobre uma das melhores bandas de black metal daqui e que não deve nada para muitos nomes de lá no gringo. eles tocaram recentemente na trinca dos infernos e fizeram um show sensacional, cheio de garra e sim, mostrando que banda de black metal possui senso para compor músicas sem ser somente veloz. lógico que a velocidade é algo que acaba tendo em algumas partes mas nem sempre ser rápido significa ser o mais fodão do mundo. este disco mostrando 5 faixas é algo digno de nota e se caso curta o estilo e não fique de mimimi religioso e entenda que uma banda ou músico deve possuir a liberdade artística intacta, ouça abismo da desgraça e que faixas como fire, master of darkness, demônio da sedução, abismo da desgraça e elizabeth bathory ( sim, a mulher que amava tomar banho com sangue de virgens) façam a diferença na sua discoteca básica do extremismo. e que esses caras prossigam na dura batalha que é fazer som autoral e de identidade própria num lugar aonde o cretino possui mais importância que o certo. ótima pedida!!!!!!!

Soulfly - Archangel

finalizando por ora as resenhas, tenho em mãos um dos lançamentos mais perfeitos deste ano. e o responsável por isso é max cavalera, o cara que saiu de belo horizonte e virou ídolo mundial. como todo ser humano, max cometeu erros como a sua saída do sepultura em 96 após os caras mandarem sua esposa e empresária embora. ao meu ver, ele pensou exclusivamente na esposa e não na empresária. ok, eu entendi o lado do cara de ficar do lado da esposa mas e o lado da banda? mas como todo ser humano ele tem o direito de seguir em frente e não pensar no passado pois quem fica preso no passado não anda para a frente. formado o soulfly, demorou para eu gostar dos discos e na verdade para o meu gosto a banda começou a gravar algo digno de nota a partir de soulfly 3 e mais para a frente em dark ages que foi o disco que deu início a uma sequência de ótimos discos sendo os dois últimos, enslaved e savages ótimos exemplos de como max poderia e ainda pode escrever temas inspirados mesmo não estando em forma. é fato que max nunca foi um cara preocupado com técnicas e sempre meio desleixado na guitarra mas é verdade que nosso ídolo está velho, gordo e mal toca direito sua guitarra rítmica nos shows. mas quer saber? isso pouco importa pois o cara não deve nada para ninguém e no estúdio percebe-se que o cara ainda não perdeu a pegada de fazer sons mesmo tendo em marc rizzo seu fiel escudeiro e guitarrista de mão cheia. archangel vem como sendo seu décimo disco e com o time fechado no já citado rizzo além de tony campos ( baixo) e zyon cavalera ( batera), max mostra mais um disco soberbo. em 13 faixas temos pérolas violentas como we sold our souls to metal que abre o disco mostrando o que max cavalera sabe fazer de melhor. archangel vem na sequência e com um peso avassalador e cadenciada mostra algo mais épico no som. sodomites é outra maravilha e ishtar rising é algo impressionante, foda mesmo. outras pedradas na cara de quem ama uma treta sem sentido vem em live life hard!, shamash, bethlehem´s blood, titans, deceiver, mother of dragons, you suffer ( no melhor estilo napalm death), acosador nocturno e o instrumetal soulfly x. detalhe: as 3 últimas são bônus e sinceramente nem parece. esta edição especial ainda traz o dvd do show no hellfest em 2014 aonde max e cia detonam um set de 45 minutos de pura intensidade. com um pacote desses é impossível não ficar feliz!!!!! max, que você continue no metal por mais alguns anos pois o mundo ainda precisa de você.