quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Planeta dj Jovem Pan - Vários

Hoje passei um dia de trabalho e estando no meio de pessoas envolvidas com a massa, tive que ouvir rádio enquanto realizávamos o trabalho árduo porém honesto. E passando pelas estações, uma delas me fez sentir um certo desprezo devido a sua péssima programação radiofônica. A tal Guarujá fm foi a rádio em questão e ouvindo o que estava rolando, constatei o quão pobre está a parada de sucesso, principalmente em se tratando desta praga chamada sertanejo universitário. Pois bem, o respeito é algo importante na vida de qualquer ser humano mas o que tive que ouvir foi duma tortura infindável, daquelas de fazer um mero pau de arara parecer brincadeira da Disney. Ficou parecendo que estava tocando a mesma música sem parar tamanha a mediocridade que meus ouvidos teve que se sujeitar. E numa das porcarias que tocaram, tive que ouvir a nova música da Wanessa Camargo que agora voltou fazendo.... sertanejo universitário!!!!! Confesso que me senti traído como aquela marido fiel de tantos anos que descobre as puladas de cerca da esposa mesmo sendo leal e amá-la de todas as formas. Wanessa Camargo fazendo esta porcaria em sua música foi o mesmo que o Metallica quando gravou St Anger. É certo que ela sempre quis fazer algo que tivesse pegando no mercado mas fazia de forma não tão absurda. Até em DNA aonde ela apelou descaradamente para o público gls fazendo algo dançante e cantado em inglês ela conseguiu fazer algo que me empolgou e registrou o melhor disco dela disparado. Mas fazer sertanejo universitário foi uma punhalada no meu peito, aonde ela traiu não só a mim mas sim o conceito de ser uma artista de verdade. Ao lugar deste conceito, Wanessa apelou grotescamente para um mercado fútil e não me causaria espanto se amanhã ela resolver gravar funk... Vou passar a odiar a cantora por isso? Não. Apenas não sou desses fãs otários que amam tudo que o artista faz. Se o Paul McCartney já gravou suas músicas fracas e não foi poupado porque pouparia a Wanessa Camargo? Enfim, a vida é assim, com erros e acertos e espero que ela se redima desta cagada e volte a ser minha Wanessinha.
Mas, quando um dos caras resolveu colocar na rádio Jovem Pan, tive uma resposta melhor nas músicas, sendo que grande parte delas constam nesta compilação dupla. Músicas dançantes, que levantam meu astral... qual o problema? Nenhum. Das 33 faixas divididas em 2 cds, somente uma não me agradou. Bela proporção não é mesmo?
Não cabe falar de algum artista aqui pois são faixas feitas por dj´s. Mas é inegável que ouvi estas músicas com um pensamento bacana na cabeça e quando isso ocorre, ouça sem medo. Sabe quando alguém vem com aquela desculpa chula de que rola funk porque " é legal para dançar"? Pois bem, aconselho esta ou qualquer ser vivo que pense assim a repensar este conceito ralo. Uma vez na academia, algum imbecil decidiu rolar funk e como um ser que abomina isso, fui reclamar com o então gerente o porque de tal pobreza sub musical ficar rolando e ainda alto que incomoda mais ainda. Quando ele pensaria que ia dizer para rolar algum rock n´roll ( o que não seria má ideia pois há inúmeros rocks legais para se rolar na academia) respondi: " porra, som de academia é deixar na Jovem Pan". É certo que eu só escuto a Saudade fm quando vou me deitar e faz anos que não fico escutando rádio nem ao menos paro para ver televisão. Mas por favor, quer ouvir uma rádio que chegue perto de ser uma rádio de fato, ouça a citada emissora caso quiser tornar o ambiente da massa menos emburrecida.
Mesmo assim, percebe-se que mesmo neste nicho de mercado as pessoas não possuem a menor preocupação em sentir a música e a mesma apenas é uma mera trilha sonora para as pessoas se entupirem de álcool, drogas e pegarem mulheres feias quando não tiver jeito. Ou eu estou falando besteira? Fui...

domingo, 25 de setembro de 2016

Akon - Konvicted

Finalizando este domingo e se preparando para a semana, um disco que chegou em minhas mãos meio que de surpresa e um certo mistério. O que poderia eu esperar dum álbum do Akon? É certo que a parada musical atualmente, americana ou brasileira, detém a gritante falta de talentos e é certo que o mainstream está com seus dias contados devido a imbecilidade que impera nas ditas paradas de sucesso. Porque o sucesso hoje em dia virou algo fútil, sazonal e imposto a pessoas com um mínimo senso de discernimento ou inteligência cefálica. Pessoas que consomem artistas vindo do mainstream, em sua maioria, viraram meras marionetes duma minoria do sistema que sempre está pronta para alienar muitos idiotas que ouvem música da mesma forma que fazem necessidades no banheiro. A música virou uma espécie de material descartado, que se usa uma vez e joga no lixo. Mas este disco do citado rapper me impressionou. Sim, Akon mantém o tipo canastrão que todo rapper atualmente tem que ter. Mas seu disco impressionou pelo fato de todas as faixas serem boas e meus ouvidos ouviram de forma bem pacífica cada uma delas.
Lançado lá em 2006, o disco trouxe algo conceitual, mais ou menos o que a Beyoncé trouxe na sua limonada. Konviction e Lemonade representam em suas respectivas épocas, um sopro de esperança no mainstream e falando do disco do rapper, ele deve ter sido a salvação da lavoura no ano em que foi lançado. Em 12 faixas, temos participações de Eminem ma excelente Smack that, Styles P. na igualmente ótima Blown away e do canastrão mór Snoop Dogg na romântica I wanna love you. Outras faixas como Shake down, The rain, Nver took the time, Mama Africa ( meio reggae mas bacana), I can´t wait ( bela música), Gangsta bop, Tired of runnin´, Once in a while e Don´t matter também são bem legais e nenhuma delas causou aquela vontade de pular de faixa, tanto que o disco rolou de boa aqui mesmo sendo colocado após um ao vivo do Vulcano. E agora tá rolando o Ozzmosis do Ozzy Osbourne. Para alguns isso seria uma heresia, para outros seria acusado de "traidor" do movimento. Só que, se formos analisar que música boa é aquela que te cativa, estou quite com meu dever de gostar de som nem ligando para rótulos.
Resumindo: um disco que veio meio que no escuro, acabou finalizando as resenhas com chave de ouro neste dia de hoje. E um recado muito importante: muito desses babacas metidos a MC tentam mas nunca irão copiar de forma correta o estilo dos caras de lá. Se bem que não podemos nunca levar a sério ou achar de extrema relevância qualquer idiota que venha com a sigla MC na frente do nome....
Até....

Vulcano - Live!

Vamos voltar no tempo agora. Registre o carro do tempo para uma viagem até Americana( SP) em 1985. Chegando lá, vamos procurar aonde os ingressos do show do Vulcano estão vendendo pois será gravado o disco Live!. Na época formado por Angel ( vocal), Zhema ( baixo), Soto Júnior e Flávio ( guitarras) e Lauro Piloni ( bateria), a banda estava afiada e ensaiada para destruir num show de metal feito de maneira honesta, com garra e atitude.
Aqui registrado em 9 faixas, o quinteto do apocalipse mandaram clássicos que perpetuaram no som extremo nacional e internacional como as pedradas Witche´s Sabbath, Prisoners from beyond, Fallen angel, Riding in hell, The signals, Guerreiros de Satã, Devil on my roof, Total destruição e Legiões satânicas que foram entre algumas das faixas que fizeram e fazem pirar quem gosta de death/black metal.
Acabado este show, saímos com nosso carro do tempo e fomos até o estúdio em São Paulo, o mr. som e acompanhamos o Vulcano tocando alguns sons ao vivo como Land of misery, Tears of truth e Shadows in the mirror mas reparamos que a formação mudou em algumas funções. Neste segundo ato, a formação era Luiz Carlos Louzada nos vocais, Zhema no baixo, Soto Júnior na guitarra e Arthur Justo na batera. Com uma produção melhor, a música praticada pelo Vulcano cresce de forma monstruosa e até hoje a banda só cresceu e continua nos levando orgulho quando falamos de metal feito aqui na região. Aliás, Vulcano, Opus Tenebrae, Empire of souls, Infector e Ninurta formam o big four do metal santista e seria emblemática a junção desses 4 grupos num evento.
Falando exclusivamente do Vulcano, a banda está de parabéns e o documentário apenas comprova que, quem possui história sobrevive e não precisa ficar chorando pelos cantos parecendo adolescentes apaixonados que perderam suas respectivas donzelas.
O que falta em alguns neste underground é arregaçar as mangas e sair a luta. Longa vida aos verdadeiros guerreiros do metal!!!!!!!!
Até....

Luxúria de Lillith - Olhe para mim criança de Satã

Este ep contém 4 faixas e nem teria muito do que falar pois o que eu já disse sobre esta banda já foi dito e qualquer um que me conhece o quanto sou fã deste trio goiano. E como fiquei mais fã ainda ao conhecê-los pessoalmente devido ao tratamento que  Alysson, Andreia e Yngrid nos deram. Eles prometeram voltar e tomara que aconteça logo logo pois ontem tive uma sensação incrível de saudade pois fez uma semana do show que fizeram em Santos. Aqui não há novidades para mim, talvez a faixa O olho do Diabo seria a única que não teria ouvido pois as outras 3 já constam em outros lançamentos. Mas, como um fã ferrenho que sou, adquiri e estou ouvindo estas faixas como se fosse a primeira vez.
Black metal na mais pura sinceridade, aonde não há espaço para caras que somente vão no show para ver as meninas e ficarem babando feito adolescentes bronheiros e dotados de espinhas nas faces.
Uma coisa é certa e seria hipocrisia da minha parte dizer que não ache Andreia e Yngrid bonitas e como estava conversando com alguns amigos meus, ter mulheres bonitas tocando ou mesmo na platéia mostra que o metal mudou e caso algum retardado da massa venha dizer que não tem mulher bonita em eventos de metal, lembre a eles que existem inúmeras belezas em nosso universo e que já vi inúmeras saídas de shows de pagode aonde a comparação com a noite do terror no playcenter era visível e realista.
Enfim, longa vida as mulheres lindas do metal, ao Luxúria de Lillith e principalmente a Alysson Drakkar por sua musicalidade. Até....

Bob Dylan fez o meu final de semana feliz... sim, ele mesmo.

Sei que alguns amigos meus irão ficar com aquela boca aberta e mais uma vez irão dizer: "é, você que falava mal dele...". Todos nós temos o total direito de rever qualquer artista. Posso ter dito que Dylan era um mala sem alça e eu cheguei a achar isso dele. Mas, um grande amigo e conhecedor musical chamado Mauro Pinheiro Cruz me concedeu a chance de apreciar a obra deste talentoso artista. E, mesmo nos tempos em que falava que Dylan era chato, admitia que o mesmo influenciou grande parte dos músicos de folk rock e até chegou a ser influência para os Beatles conforme declaração de John Lennon aonde numa das poucas oportunidades em que abriu a boca para algo concreto, declarou que Dylan foi uma grande inspiração para os caras de Liverpool. Mas, como em quase todas as discografias de gente grande, Dylan teve suas derrapadas mas quem nunca errou pelo menos uma vez que atire a pedra não é mesmo?
Aqui não temos o que o Bob Dylan fez de melhor em sua carreira mas trouze alguns itens agradabilíssimos que me fizeram relaxar. Temos aqui os discos Bringin it all back home de 65, um disco bem legal e que chega perto do Dylan que eu gosto. Dylan, gravado em 73 vem na sequência e trouxe mais alegria ainda com um disco bem legal e interessante. Ainda tenho ao dispor Pat Garrett & Billy the kid, também lançado em 73 que traz Knockin´on heavens door, que para quem não sabe foi regravada pelo Guns n´Roses nos anos 90. Before the flood ( 74), Street legal ( 78), Real live ( 84), Empire burlesque ( 85), Oh Mercy ( 89), Under the red ( 90) e Bootleg series vol. 5 ( 2002) completaram a maratona e como mencionado pelo Mauro, possui altos e baixos mas uma coisa interessante é que, mesmo nos baixos, nada foi torturante de se ouvir.
Muito pelo contrário, este acervo foi muito bem aproveitado e o que serve para alguns artista, serve para nosso dia a dia também: dar uma segunda chance. Sei que não é fácil, nunca foi. Mas pode ser algo maravilhoso caso fizer.
Obrigado Mauro pelos conselhos e pelo disquinho. E obrigado Bob Dylan pela sua música. Até....

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Ed Motta - Manual Prático para festas, bailes e afins

Digo e repito e irei repetir eternamente: ouvir música é uma dádiva da qual algumas pessoas apreciam de forma bacana. Numa realidade imposta por bundas moles que não gostam de nada mas se dizem gostar de "tudo um pouco", é louvável ainda existir pessoas que apreciam música de forma apaixonada e sem a menor preocupação com meros rótulos, modas sazonais e besteiras semelhantes.
Quando um grande amigo meu do serviço me emprestou este disco do sobrinho do Tim Maia, mais conhecido como Ed Motta, trouxe ao meu lar com aquele espírito de mente aberta em ouvir este disco sem se preocupar com estilo musical. Demorei alguns dias mas entre ontem e hoje ouvi este que foi um álbum do qual terminei de ouvir surpreendido com o conteúdo musical. Ed Motta é conhecido por sua fama de mala sem alça que se acha o último biscoito do pacote musical mas que nunca chegará aos pés do seu tio. Independente disso, seu manual prático para rolar em festas, bailes e afins se saiu vitorioso. Não, não seria um item do qual estaria babando na frente de alguma loja nem o colocaria entre meus 10 discos favoritos mas o que não pude negar é que o disco é legal para caramba.
Em 16 faixas, o gordinho manda bem sua mistura de pop, soul e r&b num astral contagiante como comprovei após a primeira faixa, Daqui pro méier, que abre de forma sensacional e te dá aquela sensação de festa, de sair alegre na rua ou mesmo ficar em casa num clima bacana. Vendaval mantém o ritmo e destaco a performance vocal de Ed, o cara sabe do que faz e não cria nada sem conhecimento de causa. Fora da lei chegou a tocar bastante na época e me lembro do clip. Na época, não ligava muito mas via ali uma musicalidade nadando contra a maré do popularesco.
Outra pérola musical se traduz em Como dois cristais que possui aquele clima gostoso de noite em casa e um bom vinho com a melhor companhia que pode ter ao seu lado, uma mulher descolada e pronta para ouvir coisas engraçadas e dar muita risada.
Confesso que não o menor apreço pelo reggae mas o que consta aqui ficou legal na faixa Por você ser mais que dá um clima de paz total, muito boa.
Luna e sera, Mentiras fáceis, Falso milagre do amor entre as outras faixas do disco possuem uma elegância contagiante e indico para quem quiser ouvir algo sem a preocupação de tornar nada clássico. Todos nós temos nossos estilos preferidos. Eu sou um rocker e me orgulho imensamente de fazer parte deste mundo maravilhoso e possuir amigos sensacionais graças ao rock. Mas é necessário sair da zona de conforto e dar uma chance a pessoas e sons diferentes. Quem fica somente num único mundo está fadado a ficar somente num único ponto.
Ed Motta não virou um Bob Dylan. Mas me fez rever alguns conceitos acerca de sua música com este disco. Eu citei Bob Dylan? Hum, já dei a pista para a próxima resenha naquela sessão de artistas que me conquistaram. Ás vezes precisamos dar aquela chance não é mesmo?
Até....

sábado, 17 de setembro de 2016

Luxúria de Lillith, Empire of Souls e Opus Tenebrae - Pokoloco club - 17/9/2016

Certas coisas acontecem em minha vida. Coisas legais, situações tristes, a vida é assim e isso não irá mudar. O que certas pessoas tem que assimilar é que não somos máquinas da qual é programada para não errar. Máquinas não são dotados de sentimentos. Ser humano sim. E o ser humano erra mas também pode ter a chance de botar aquela pedra encima e não guardar rancor. Não me aprofundarei nesses assuntos mais e prometo não me meter mais em nenhum assunto relacionado a causos, tretas. Hoje tive duas sensações em diferentes lugares. No lugar inicial minha essência foi posta em cheque assim como não fui perdoado. Não acho que seja um mau caráter pois pessoas dotadas de tal classificação não possuem ninguém por perto e apoiando. Eu sou uma ótima pessoa. Mas quem disse que uma ótima pessoa não pode errar? No segundo lugar em que fui, tive uma receptividade maravilhosa. Infelizmente não conseguimos agradar a todos e por conta disso, minha vida irá continuar e sossegado irei seguir meu caminho.
Bom, em termos de bandas e público foi nota 10 e não foi uma ou duas vezes que isso foi notado e sim várias. Um clima agradável, vários amigos e as bandas trocando informações e tratando seu público de igual para igual.
Abrindo a festa tivemos o Opus Tenebrae com seu metal recheado de musicalidade e cultura sem precisar pagar de nada. Vejo muita verdade em Roberto Opus e cia e acima de tudo uma banda afiada e que mostra seu crescimento a olhos vistos. Divulgando ainda seu primeiro disco e já ideias para um segundo play, os caras mostraram um entrosamento fora de série e deixaram o palco como bravos guerreiros após a vitória de mais uma batalha. Nem preciso citar o quão único está o som e falar do seu set list é chover no molhado. Ah, netbanger, conforme Roberto sempre cita, é o cara que eternamente fica com seus pensamentos que não existe cena ou bandas dentro do seu quarto tomando sucrilhos com leite desnatado e pedaços de morango usando pijama do frajola e chinelos peludinhos. Confesso que não saio tanto mas eventos assim é um dever comparecer pois comparecendo além de adquirir o material das bandas fortalece a coisa como um todo e você não precisa fazer somente ensaio sem tocar.
Dando sequência, tivemos os igualmente sensacionais do Empire of Souls que fizeram um show igualmente sensacional e o destaque deste show foi o sempre frontman, o gigante Mario Cesar. O cara perdeu a mãe ontem e mesmo assim fez o show. O cara não só mostrou profissionalismo mas também uma atitude e uma coragem de bater palmas. Parabéns guerreiro, você é irmão!!!! Fora isso, os outros caras foram solidários e foram, junto com seu mentor ,corajosos e mostraram o porque são tidos como uma das bandas mais legais da qual tenho conhecimento.
Fechando a noite tivemos a minha banda de black metal favorita no momento, mais conhecida como a Luxúria de Lillith, que fez uma apresentação digna desses goianos que a partir de hoje moram em meu coração. Sim, desde a primeira vez que os assisti em Osasco ( que não contou com a Andreia) eu simplesmente fiquei fascinado não só pelo som e sim pela sinceridade com que realizam seu trabalho. Tocando algumas de suas músicas já clássicas, o trio mostrou dentro e fora do palco uma simpatia, eles simplesmente queriam estar ali mostrando sua arte para quem entende e gosta. Ver e ouvir ao vivo faixas como Templo de Satã ou mesmo a faixa que dá o nome da banda foi de arrepiar. Alysson arregaça mas são as ladies que dão aquele show á parte e mandam muito bem em seus instrumentos. Quem diz que não há mulher com atitude dentro do metal ou é cego ou sofre de ignorância no cérebro. Yngrid e Andreia não são de brincar encima do palco!!!!! Encerrado o show tive o prazer de falar com o trio e a sensação de ser reconhecido por eles e ter seus agradecimentos pelo comparecimento me fizeram mais fã do que já era pois além de músicos, provaram serem seres humanos espetaculares. Me sinto agradecido pela música que vocês fazem e quando voltarem a São Paulo, farei de tudo para vê-los sempre que puder. Resumindo: um dos melhores sábados da minha vida.
 Vida longa a Alysson, Andreia e Yngrid. Luxúria, Empire e Opus: vocês fizeram esta noite mágica e será lembrada para sempre por este que vos digita. Vida longa ao black metal por me proporcionar conhecimento e o poder de discernir sobre o quanto anda nossa sociedade que caminha para a babaquice plena.Até....

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Temple of Souls - Vários

Marcelo Kpta merece desde meus cumprimentos por esta belíssima coletânea que abrange uma parte do underground brasileiro composto por bandas das vertentes gótica/eletrônica/ pós punk mas algumas coisas chatas constam aqui. Que chegue logo a próxima edição!!!! Bom, falando das belas bandas, dos destaques temos desde já um orgulho daqui da baixada. Estou falando do Harry, banda que tem o inigualável Johnny Hansen que conta aqui com uma inédita, So easy so hard, desde já uma das melhores faixas da carreira desses clássicos seres. Outra que merece um destaque é o Dawnfine com Adventures life e traz um som eletrônico bem legal e uma faixa para rolar na pista da Angst. The Chanceller, Blue Butterfly e Electro Bromance também são espetaculares nesse tipo de som e caso curta muito as vertentes mais dançantes, recomendo todos esses.
Outros destaques maravilhosos vão para o Plastique Noir com a faixa Askloromy domine, Das Projekt com The sound of your heart, o sempre ótimo Scarlet Leaves com Luxuriae, Olam Ein Sof ( projeto folk celta com o vocalista do Arum) e o pesado Desrroche num pique meio Marylin Manson.
Agora há algumas pisadinhas na bola como Outro Destino, a fraquinha Fake Dreams e a metida a Legião Urbana/Capital Inicial antigo Poetika com a bobinha A hora da chuva. Mas no geral, temos uma bela compilação honesta em que grande parte traz o que há de melhor na música nacional e caso queira algo legal na música nacional esqueça rádio ou televisão aberta. A música de verdade está no underground. Underground esse que está mais forte do que nunca. Marcelo, lance logo a próxima parte. O bom gosto agradece.

Iron Woods - Gods and Men

Certas bandas nascem para ser aquela da qual você irá ouvir pela primeira vez e já se tornar fã desde então. São essas bandas das quais conhece ao vivo e sendo assim irá querer adquirir o material físico dos caras e o Iron Woods foi uma dessas gratas surpresas maravilhosas que fazem uma noite mais bela. Lançando seu quarto disco, esta banda de Taubaté formada pelo núcleo principal da banda, Holykran ( vocal, guitarra, teclados e flalta), Iser ( baixo) e Guerriera Nox ( bateria ), trazem neste cd 8 faixas para viajar sonora e culturalmente cujas músicas transmitem uma beleza que se alia a peso de forma natural e mostra o quanto as bandas extremas estão cada vez mais ricas em suas sonoridades. E aqui não é diferente com faixas do porte de The voice of battle cry ( antecedida por uma bela intro), We live to fight ( puta som!!!!!), The time has come to fight ( gruda na cabeça), Pagan glories ( come from the sky), Gods and men, The bloodline for heathen pride e a faixa Outro ( quanto tempo que não vejo está faixa fechando algum disco de extremo).
Fãs da música praticada pela banda e fãs de metal em geral devem ter esta obra e parabéns a esta banda por esta obra prima musical.
Candidato a entrar entre os melhores discos de 2016. Recomendo!!!!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Thorhammer Fest - 7/9/2016

Ontem foi uma noite muito satisfatória para quem estava na depre de não ter ido ao show do Rammstein no Maximus Festival. Ainda fico meio triste quando alguma banda toca um Brasil e acabo não indo. Mas prefiro olhar com um saldo positivo pois o meu dia foi sensacional, na companhia de amigos de verdade e outras pessoas das quais tive o prazer de conversar lá no festival. Há quem fique postando coisas do tipo falar mal de festival x mas a verdade é que o cara ou a garota em questão está morrendo de vontade de ir mas não admite. É mais comodo para sua cabecinha oca xingar pois xingando tira a sensação de vazio, ofusca sua carência por atenção e isso não é legal. Fico feliz para quem foi ao festival pois as outras bandas escaladas também tinham para dar um puta show como o Disturbed, Black Stone Cherry ( fantástica!) e até o senhor Marylin Manson mesmo não assustando mais ninguém promete sempre um bom show.
Voltando ao Thorhammer, o festival está de parabéns na escalação das bandas em primeiro lugar. Todos os shows vistos ( só não conseguimos ver o show do Artanus) foram ótimos e o que eu presencia foi um show de músicas cativantes, músicos tocando muito bem e representando seus ideais de forma sincera ao contrário de muito picareta metido a viking que só porque leu um livrinho qualquer e já se acha o discípulo de Odin. Sou discípulo do Caio Mário..... Brincadeiras á parte, foi bem produtivo e saí de lá bem comigo mesmo e feliz por preencher meu cérebro com conteúdo.
A primeira banda que vimos foi o SENSACIONAL IronWood e seu som avassalador. Divulgando o novo disco God and Men, os caras mostraram que o Brasil tem banda boa no estilo proposto e não brinca em serviço. Alguns destaques do disco novo, como We live to fight ( foda!!!!) e The time has come to fight, deram um tempero sensacional juntamente com outras faixas desses guerreiros que levam a bandeira do heavy metal de forma meteórica e acima de tudo a sinceridade de falar sobre algo do qual tem estudo e embasamento. E o disquinho adquirido promete mais uma resenha extremamente favorável e você verá escrito de final: recomendo.
Na sequência umas das melhores bandas de doom metal daqui adentrou ao festival de forma simples e mandou um puta show animal: Mithological Cold Towers. Conforme meu brother Rodrigo, era a banda favorita dele aqui e disse inúmeras vezes como era fã dos caras. E vendo o show comprovei mais uma vez que Rodrigo possui um ouvido de ouro para ouvir sons e descobrir talentos. Que show incrível, do começo ao fim, algo para guardar na memória por um bom tempo. Mesmo sem baixista, a banda mandou um repertório excelente e saiu do palco ovacionado e foi merecido sem sombra de dúvida!!!!!
Após este show veio da Romênia o Bucovina e seu metal todo classudo e com influências medievais, principalmente nos vocais limpos, um show á parte. Os caras estavam bem receptivos e fizeram um grande show e recomendo ir ao Manifesto bar vê-los pois trata-se de um show de extremo bom gosto.
Fechando a noite tivemos o King of Asgard que mereceu o título de headliner graças a um show muito foda, pesado e melodioso. é incrível como a turma do viking metal/ celtic são extremamente criativos e sabendo que dois integrantes foram do igualmente soberbo Mithotyn vemos de onde veio toda aquela musicalidade. Foi um grande show e um grande desfecho desta edição que promete no ano que vem, inclusive com mais uma grandiosa participação dos santistas da Opus Tenebrae representando o heavy metal santista mais uma vez. E até o dia 17/09 aonde terão além da Opus, o igualmente matador Empire of Souls e..... Luxúria de Lillith. Até mais......

domingo, 4 de setembro de 2016

The Police - Ghost in the Machine

Encerrando esta parte de resenhas, um disco duma banda da qual não se pode tecer algum comentário ruim ou mesmo desrespeitoso. Porque se há uma banda da qual temos que enaltecer como a banda perfeita é o The Police ou eu estou errado? Sting, Andy Summers e Stewart Copeland juntos eram imbatíveis numa sincronia mágica entre um baixista com uma voz impecável, um guitarrista certeiro e um baterista que tocava com uma leveza tão fácil que parecia algo simples em suas mãos.
E aqui em 11 faixas, temos mais uma prova da força de escrever temas musicalmente ricos mas assim conseguir gravar hits que ficavam na cabeça das pessoas. Spirits in the material world já começa com vitória e como eu ouvi esta música quando era adolescente.... Every little thing she does is magic também é algo maravilhoso, uma música que une talento e um refrão grudento..
Outras faixas são bem legais como Demolition Man, Secret journey e One world ( not three) que mantém o pique no disco. Você tem todo o direito de não gostar do The Police. Agora falar que algo desses caras seja uma "merda" só atesta o grau de surdez ou de estupidez caso ouvir bem.
Recomendável para ir contra a maré de imbecilidade que assola a música atual.

Santana - IV

Hoje é meu aniversário. E fazer 39 anos sem ter que dar satisfação a esposas que acham legal mandar, ouvindo um som e ainda ter que lidar com uma nova geração de retardados é uma vitória. Uma dádiva, enfim. Mas, ao mesmo tempo que temos uma geração completamente desmiolada dum lado, algumas exceções me dão a esperança de deixar este mundo para futuros adultos e espero que aumente este número porque está complicado....
E no rock ou mesmo na música em geral, a coisa não é diferente. Quando vemos cada dia que passa nossos ídolos se aposentando ou morrendo, vemos também que as bandas e artistas de qualidade atuais não seguem no mesmo ritmo mas temos exceções de gente de talento tentando um lugar neste mercado competitivo que é o mercado da música. E quando um cara igual ao Santana se aposentar de vez, ele vai querer que o som continue rolando. Se bem que o guitarrista não andava gravando coisas lá muito boas vide exemplo os discos dos quais gravou com vários artistas cantando aonde acertou em alguns ( a música com Steven Tyler é sensacional) e errou terrivelmente em outros ( Rob Thomas é muito chato). E após mais alguns discos similares eis que o guitarrista retorna com IV. Conforme informações, esta é a formação que gravou alguns discos clássicos do bigodudo, incluindo Neal Schon, guitarrista do Journey e que ainda montou a obra prima em forma de banda chamado Bad English e ainda um projeto com O vocalista do Van Halen, mais conhecido como Sammy Hagar. E com um time de músicos assim, nada poderia dar errado em termos musicais neste disco. Ok, não seria dado uma nota máxima pois se é um negócio que não curto muito é esse lance do Santana de incorporar essas percussões e ficar parecendo um caribenho de churrascaria. Mas ok, não posso também falar que o disco é uma porcaria pois aí eu estaria sendo injusto demais e IV é um disco agradabilíssimo de ouvir mesmo com o lado caribenho citado acima.
Alguns destaques vão para Shake it, Anywhere you want to go, Leave me alone e a lindíssima Forgiveness que fecha o álbum com classe de veterano.
De 0 a 10, este disco levaria um 8. Caso goste da carreira mais clássica do cara com o cara com sobrenome de carro, adquira agora mesmo. Discaço.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Joe Satriani - Shockwave Supernova

Quem tem saco para guitarrista pentelho? Já disseram isso uma vez: quem gosta de pirulito é criança. Guitarrista pirulitero é igual a patrão metido a mandão: é chato e acha que só ele sabe as coisas e ninguém mais tem o direito de saber. Graças aos céus de vibrações, Satriani é o oposto desses malas sem alça. Satriani é aquele cara que é o 'big boss ' no que faz mas ainda assim o faz com feeling e mostra tudo que sabe sendo simples. Não confunda simplicidade com simploriedade. O que Satriani é e que todo guitarrista deveria ser é mostrar que tal instrumento foi feito para criar temas legais, daqueles que irá ouvir com muito carinho ao mestre. Levando para a faculdade, ele seria o professor que sabe a matéria mas que não precisa explicar tudo de forma complexa pois quer cativar o aluno e não deixá-lo puto da vida.
Neste disco lançado em 2015 o cara simplesmente mandou mais uma aula de como fazer um som instrumental sem a menor falta de algum vocalista. Aqui a guitarra canta e encanta. Em 15 temas ( ou melhor, obras de arte) obtive destaques maravilhosos como a faixa título, um rock n´roll de pegada e uma guitarra soando de forma única. Lost in a memory é outro petardo, assim como San Francisco blue. Vale ressaltar ainda os caras que acompanham o mestre e se acha que Satriani fica querendo confete somente para ele, está enganado.
As duas últimas faixas, Stars race across the sky e Goodbye supernova mostram que lindas melodias fazem parte do seu repertório. Resumindo, um cara que consegue ir a todas as vertentes e ainda assim soar unicamente merece todos os prêmios.
Há personagens e caricaturas de si mesmas. Em que lado você acha que Satriani se enquadra? Fica a dica de quem o considera algo simplório: pirulito demais pode causar diabetes. Pobres fãs do Malmsteen....
Até.....
Keep on movin´.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Motörhead - Bad Magic

Pelos cálculos deste blog, este seria o centésimo post escrito. Se for mesmo ( e o sistema não erra), nada melhor do que falar sobre o último disco de estúdio da lenda Motörhead, o último suspiro criativo do cara que poderia ser o seu tio rocker e cheio de histórias e ensinamentos. Lemmy ainda está vivo pois minha ficha de sua morte ainda não caiu, desde o final do ano passado. Certas figuras lendárias ás vezes são tão imortais em nossas mentes que custa a crer que um ícone desses tenha ido embora da face da Terra. É triste porém realístico que nossos ídolos também são seres de carne e osso que envelhecem. Mas, como este acontecimento é algo normal e de que todos passamos por isso, o que resta é ser feliz na maior parte da vida e aproveitá-la da melhor forma possível e a forma da qual escolho é ouvir o que eu gosto e estar com meus amigos.
Confesso que quando o ouvi pela primeira vez achei um disco meio " cansado" devido a voz de Lemmy já não ser mais aquela voz forte de outrora. Porém o instrumental sempre preciso de Phil Campbell e Mickey Dee seguiu a qualidade de sempre e sempre com energia deu seu show em Bad Magic. Ouvindo o disco em casa, o disco soou melhor no som e Lemmy destruiu na segunda audição. A falta de força na voz é desculpada pois estamos falando dum cara debilitado gravando músicas e mais: que dedicou até o último minuto sua vida ao rock n´roll.
Quando o disco abre, temos Victory or Die, uma vigorosa faixa e que anima para o que vem no restante do disco. Outras pérolas estão neste disco como Thunder & lightning, Firestorm hotel, Electricity, Till the end, entre outras que recomendo ouvir em alto e bom som.
A cover para Symphaty for the devil dos Stones ficou bem legal e fechou o disco da forma que Lemmy sempre viveu sua vida: descompromissada, despojada e com senso de humor.
O que digitei sobre Bowie cabe perfeitamente a Lemmy. Ambos souberam de alguma forma driblarem a dor de partir criando arte para nós seres humanos mais felizes do mundo por ter a dádiva de poder ouvir a obra desses caras.
Só quem realmente gosta de música sabe do que estou falando. Mas agora preciso voltar a aula pois a vida não é somente ser feliz.... Obrigado Motörhead enquanto durou e que Lemmy esteja curtindo o céu de artistas capazes de mudar o universo de alguém.
Até....