sexta-feira, 31 de março de 2017

Yes - Talk/ Relayer

Em mais uma resenha nesta noite, venho com mais 2 discos duma banda que um dia eu jurei que nunca ia ouvir sua fase progressiva por ter discos de duas músicas. Eis que me encontro em 2017 justamente com um dos discos desta fase que outrora tirei um sarro. Quem disse que nesta vida não podemos mudar de opinião? Não há problemas nenhum nisso e além do mais, estamos falado de uma banda cuja sua história e seu legado serão imortais dentro do mundo do rock em geral. Amantes de boa música são aquelas que não poupam estilos para escutar algo legal, mesmo que seja ruim para algum amigo seu o importante é que tal disco seja algo divertido e que lhe abra um baita sorriso no rosto. Aqui temos duas fases diferentes, realidades diferentes. Porém, em ambos os casos, o Yes foi o que melhor mostrou em ambos os mundos, apesar de ainda achar a fase progressiva do Genesis como a melhor formação de rock progressivo o Yes detém o título de banda em que seus músicos são os mais completos e aqui há dois exemplos deste caso.
Vamos começar pelo disco Relayer que foi lançado em 74 e que tinha na formação o vocalista Jon Anderson, o saudoso baixista Chris Squire, o guitarrista Steve Howe além de Patrick Moraz nos teclados e o baterista Alan White. Um detalhe curioso nesta história do rock é que Patrick Moraz chegou a vir ao Brasil aonde tocou na banda Virmana, que tinha entre seus integrantes o sempre folclórico Lobão, ele mesmo.
Voltando a Relayer, o disco consta com 3 faixas somente. Se bem que a palavra "somente" funciona somente pelo fato de ter 3 faixas. O que temos são 3 soberbas faixas aonde os caras transbordaram musicalidade duma complexidade que chega a ser impossível um ser mortal realizar tal feito. The gates of delirium abre o disco com seus mais de 21 minutos e se acha que dormi, ledo engano. Em meu confortável quarto, curti muito esta faixa que traz uma curiosidade: na época, a gravadora da banda estava pressionando os membros a terem algum hit radiofônico. Com suas faixas quilométricas, ficava impossível a gravadora possuir algo para tocar na rádio. Eis que alguma mente brilhante ouviu The gates of delirium e constou em sua parte final uma possível "música" para ser um hit. Pois bem, a parte citada foi utilizada e sob o nome Soon, esta música se tornou um dos grandes hits de todos os tempos e não é para menos: uma música linda, cujo andamento lhe faz até chorar de emoção ou vai me dizer que é proibido chorar? Para se ter uma ideia, esta música me faz lembrar uma época difícil para todos nós que foi a perda de minha irmã de 2 anos e meio devido a consequência de um sopro no coração.
As outras duas, Sound chaser e To be over, mantém a pegada do disco ambas com um pouco mais de 9 minutos cada. Chato? De forma alguma!!!!!! Se este disco é chato você corre o risco de seu um baita otário.
Já Talk é de 94 e a formação foi a mesma que causou a mudança radical do Yes, tornando-se mais comercial e com faixas mais curtas. Jon Anderson, Trevor Rabin ( guitarra), Chris Squire, Tony Kaye ( teclados) e Alan White eram a formação e aqui nota-se uma pegada meio Rush devido as faixas serem mais rock mas com aquela pegada pop e músicas pra cima graças aos vocais de Anderson que brilha de forma triunfal. Os outros caras também fazem muito a diferença em músicas como The calling, I am waiting, Real love ( bonita demais), State of play, Walls, Where will you be e Endless dream que finaliza o disco e finalizou esta que foi uma ótima audição duma banda que dispensa quaisquer apresentações.
Após ouvir estes discos eu penso no seguinte: como pode alguém vir falar algo ou mesmo querer achar que rock é só barulho?Como sempre disse meu padastro: " lavar a cabeça de um burro só serve para gastar água e sabão". Boa noite.

Marillion - Seasons End

Podendo ocorrer mais de uma resenha nesta noite, pelo menos uma está neste exato momento sendo escrita e trata-se de um álbum que dispensa qualquer apresentação. Esta banda excepcional iniciou suas atividades com um outro vocalista, o clássico Fish do qual gravou inúmeras músicas e e os discos já eram fantásticos. Mas, como todo momento difícil para uma banda, a troca de integrante pode ser algo problemático. Se for o vocalista, multiplique as chances de ter algum picareta substituindo alguém de voz especial. Mas para a sorte destes caras legais, eles conseguiram outro cara que não só substituiu Fish mas que agregou em muitos pontos positivos a sonoridade e a parte lírica da banda e este cara está até hoje na banda. Trata-se de Steve Hogarth, um desses caras que transformam em ouro toda e qualquer canção graças a sua voz única e que em momento algum quis imitar o vocalista anterior. Há pessoas que só fazem volume. Outras agregam valores e isso ajuda em muito o progresso, seja duma banda ou mesmo duma fábrica. E neste disco soberbo de 1989, os caras deviam estar inspirados e um toque lindíssimo transformou cada faixa aqui em algo que chega a ser uma bela experiência sonora. Este é um dos exemplos que devemos mostrar para aquelas pessoas que, por realmente gostarem de sons de gosto duvidoso e que realmente são tudo a mesma porcaria, querem colocar o rock como sendo somente algo barulhento e cujo vocal o cara tem que berrar. Mal sabem estes infelizes panacas que o rock é sim um estilo de inúmeras subdivisões que diferem uma das outras.
Voltando ao disco, as 9 faixas são todas emocionantes mas tenho que citar logo de cara uma que é tão bonita, tão perfeita que chego a arriscar em dizer que se trata de uma das baladas mais espetaculares do rock em geral: Easter. Ela me transmite uma leveza única, numa daquelas situações aonde ficamos lembrando de tanta coisa legal, sendo recente ou passadas. E reparem na letra, ela fará você repensar em inúmeras coisas que pode melhorar e sim, perdoar, ter o dom de estender o braço e num abraço apertado, curar mágoas passadas e colocar uma pedra nisso tudo.
The king of sunset town além de abrir o disco, me faz vir com uma questão: Como estes caras conseguem, de onde vem tanta inspiração para escreverem um som tão perfeito quanto esse? The uninvited guest, Seasons end, Holloway girl ( de ficar de joelhos), Berlin ( um petardo), After me ( uma joia lindíssima), Hooks in you ( muito boa) e o fechamento com The space fez um cara feliz e sempre agradecido pelos serviços prestados a música esta banda. São esses caras que nso fazem ainda comprar um disco original ou mesmo simplesmente ouvir algo que transmita emoção, paixão e atitude. Recomendo, assinando embaixo quem compactuar com a minha opinião e achar este disco uma obra prima. Obrigado Marillion!!!!!!!!

quinta-feira, 30 de março de 2017

Armored Dawn - Power of Warrior

Na resenha de hoje, trago para vocês a minha mais nova revelação. Daquelas músicas que vieram naquele cd promocional na edição da Roadie Crew até ouvir este disco na íntegra, o que era uma puta banda, tornou-se para este que vos digita uma das minhas favoritas dentro do metal feito por aqui. É algo que venho presenciando de forma concreta é a qualidade com que as bandas andam realizando tanto shows quanto discos. Lógico que, ainda carecendo algumas vezes de lugares de maior qualidade de som para as mesmas realizarem seus shows, as bandas estão bem melhores em termos de comporem músicas interessantes e chamativas a um público que se interessa por bandas que não pagam duma coisa e na hora são outras completamente diferentes. Há muito charlatão nesse meio que acha que montar banda é somente bolar um nome e tirar um monte de foto com carinha de mal. O dificultoso da questão é arregaçar as mangas e gravar discos além de fazerem shows. Nada é de graça. Muito menos fácil, ainda se tratando de som pesado que ainda é um verdadeiro jogo de leões manter uma banda ativa.
O Armored Dawn neste belo disco um som do qual não irei esquecer tão cedo, talvez nunca. Tipos de bandas como estes caras temos que bater palma devido o profissionalismo com que executam os 10 petardos encontrados aqui.
Apesar de denunciar uma banda cuja proposta seja algo levado para o viking ou power metal, os caras realizam um repertório bem eclético dentro do heavy metal e até algumas pitadas de anos 70 e do hard rock mais pesado. Aqui desde já indico um clássico do metal: My heart. Construída duma forma que empolga o fã, o tema em questão é um dos mais belos da história da música. Além dela, a faixa título é uma convocação a todos nós para enfrentarmos as batalhas do dia a dia que vai desde o trabalho até as encrencas da faculdade entre outras adversidades do nosso cotidiano doido.
Far away é mais bem humorada aonde um teclado hammond se encaixa muito ao som desses guerreiros.
Mas quando você acha que está no fim, vem ela, mais uma daqueles petardos, aquela obra de arte em sua total lapidação e beleza. Ela se chama King, uma das mais poderosas destes caras.
Sabe aquele disco que te faz escrever algo sobre ele ? Pois bem, estamos falando de um deles já aproveitando que indico aos meus amigos da Cena e do Trinca: um dos dois eventos devem trazer o Armored Dawn para tocar na cidade. Enquanto isso não ocorre, Power of Warrior vai me satisfazendo de forma empolgante, uma vibração que há muito não sentia por ouvir algo tão legal.
Finalizo com uma questão: até quando você vai ficar por aí reclamando que não tem banda legal aqui? Cabe a reflexão....Parabéns!!!!!

quarta-feira, 29 de março de 2017

The Who - Live at Leeds

Na resenha de hoje trago não só um simples cd. Trago sim, uma verdadeira avalanche sonora, uma das aulas mais enérgicas, belas e com aquele sangue nos olhos que alguém que entende o mínimo de rock sabe. Sim, este ao vivo do The Who é simplesmente algo fora do normal, um daqueles acontecimentos que tornam-se mais potentes que muita bomba atômica. Roger Daltrey ( vocal), Pete Townshend ( guitarra), John Entwistle ( baixo) e Keith Moon ( batera) estavam inspirados quando foram aos palcos que deram origem a este murro na cara. E antes de acharem que estou querendo causar intrigas, eu tenho que falar para vocês algo muito importante e sério. Dizem as más línguas que o The Who vai tocar no Rock in Rio este ano junto com o Guns n´Roses. Não caiam neste conto da carochinha hein. Sim, Roger e Pete estarão no palco mundo com mais alguns caras bons tocando músicas do Who, até porque eles tem total direito de tocarem algumas delas que constam também neste ao vivo. Mas, não será o The Who que consta nesse Live at Leeds. Até porque, a banda acabou a partir do momento em que Keith Moon passou a não habitar mais este planeta ou você acha que o batera que está agora é aquele lunático sensacional que tocava sua bateria como ninguém? E quando John faleceu então..... ai a coisa acabou de vez. E o último disco sob o nome do The Who é bem fraco, ficando aquém daqueles discos soberbos lançados com a formação completa.
Aqui temos um desfile de hinos imortais como I can´t explain, Substitute, A quick one, while he´s away, My generation ( um punk rock antes de existir o termo) e Magic bus. Não contentes em quebrarem tudo com as citadas acima, os caras ainda mandam uma versão explosiva de Summertime blues, ficando assim tão boa quanto a original. Esses anos 70 não foram brincadeira e um disco como este representa fielmente como uma banda se portava em palco. Mas, temos que tecer um comentário a favor da dupla que restou da banda: esses senhores merecem todo o respeito do universo pois não estarão num palco principal a toa. Estes senhores cravaram seus nomes no eterno hall da fama do rock e mesmo apenas vivendo de seu passado glorioso, eles merecem se divertir desfilando seus clássicos. Ser realista não significa ser desrespeitoso e desrespeito é algo que Roger ou Pete mereçam não é mesmo?
Com certeza, alguém me perguntar um daqueles discos ao vivo a estarem no top 10, este com certeza é uma das ótimas pedidas. Mas aconselho a quem for no Rock in Rio aproveitarem e adquiram conhecimento com estes professores do rock. Muito bom!!!!!!!

terça-feira, 28 de março de 2017

Acid - Maniac

Após o disco da Doro, venho com mais um álbum que consta com uma mulher vocalista. Aqui o nome da moça é Kate e sua banda, o Acid, teve recentemente seus discos relançados pela Hellion Records e para quem curte o que há de melhor no metal tradicional, é sim uma chance de ouro para aprender mais o que foi aquela década. E o quinteto que além de Kate nos vocais traz as guitarras de Demon e Dizzy Lizzy, o baixo de T Bone e a batera de Anvill tem em Maniac um primor, uma daquelas obras das quais você irá ouvir por muito e muito tempo sem enjoar pois aqui temos músicas cativantes. Sim, música. Ou você acha que metal é o que? Das 9 faixas do disco original de 83, uma aula sensacional em temas do porte de Max Overload, Maniac, Black car, America, Lucifera, No time, Prince of hell and fire e Bottoms up que inspiram tanto qualquer música do Metallica. Além dessas temos 3 bônus: Drop dead, The day you die e Exterminator que fechou esta audição, uma verdadeira chance de aprendizado incondicional.
O mais engraçado de tudo são os caras que gostam destas bandas. Estou dizendo isso devido aos pagadores de trues que, para ser metal temos que ouvir somente bandas underground e parar em plenos anos 80. Eu mesmo sou a prova mais do que concreta de que não há regras para se ouvir um som. Aqui, tanto o Acid quanto a Elis Regina fazem um puta som e posso ver um dia o Acid tocando no Clash club e o Metallica ou o Iron Maiden em algum estádio, sem a menor preocupação divisória sobre o que é underground e mainstream. O importante é o som adentrar em meu lar e como sempre meu quarto és meu santuário aonde o importante é eu gostar.
No mais, indico para quem gosta de algo munido de atitude e sons pegajosos. Aproveitem esta onda de relançamentos pois há muita coisa boa transitando no mercado. Confira!!!!!!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Doro - Classic Diamonds

Retornando aos discos recentemente adquiridos, agora tenho em mãos esta joia preciosa em minha coleção. Aliás, quase tudo relacionado a Doro é digno de aplausos pois sua classe em fazer o som que faz sempre foi um primor de carisma inigualável. Esta verdadeira Rainha, além de ainda dotar duma beleza estonteante, presenteia seus fãs sempre com algo especial. E aqui não é diferente. Em Classic Diamonds, Doro faz algumas brilhantes releituras de seus clássicos, sendo dela solo ou mesmo de sua eterna banda, o igualmente soberbo Warlock. Além disso, há uma regravação de Breaking the law ( Judas Priest) com a participação de um de seus grandes amigos, o não menos clássico Udo.
Além desta bela regravação, ainda temos obras de arte feitas de obras que já nasceram maravilhosas como All we are, Für immer, Metal tango e principalmente Love me in black. I rule the ruins, Let love rain on me, I´m in love with you ( ela é romântica, que linda), Burn it up entre as outras restantes que constam no disco mantém o pique e o fato de ter uma orquestra traz mais brilho as faixas dela e só mostra que o metal aliado a música clássica pode gerar resultados sensacionais.
Com tantas por aí que simplesmente não se dão o valor necessário ou mesmo aquelas que ficam "ofendidas" quando algum homem demonstra seu verdadeiro amor é de se louvar por existir mulheres iguais a Dorothe Pesch que dão a cara a tapa com muita classe e quem já conversou com ela pessoalmente, comprovou a doçura que é esta mulher. Ouvindo este disco me fez aconselhar que temos que enaltecer as mulheres que merecem serem enaltecidas como tal.
Puta disco recomendável para quem apenas espera apreciar algo bacana sem esperar por algum clássico absoluto. Beijos.

domingo, 26 de março de 2017

Metallica - Autódromo de Interlagos - 25/03/2017

Dando uma brecada nas resenhas dos discos recentes adquiridos, eu juro que preciso falar deste que foi um dos melhores shows do Metallica, mostrando uma faceta estranha dentre aqueles que não "gostam" da banda. O Metallica, assim como o Iron Maiden possuem uma similaridade que vem sendo posta em dia claro e com todos olhando. Trata-se dos famosos haters que nada mais são seres humanos que se utilizam dos seus computadores para ficarem atacando algo que não gostam, desde o Temer até o Metallica. Eles são formadores de opinião, gostam de comentar no post e todo mundo sob a desculpa de que o facebook é " um lugar democrático aonde pode-se dizer o que quiser". Pois bem, todos temos direito a dar opinião..... desde que seja chamado para tal. Poderia citar alguns exemplos clássicos mas como não sei se estão odiando mesmo ou sofrendo de alguma carência sexual, prefiro manter estes nomes fora desta resenha. Mas uma coisa é certa: alguns desses meninos queriam estar lá e agindo como o sargento de beleza americana, escondem um segredo que só no final do filme será revelado.
Falando do Metallica, o quarteto americano parece estar com a criatividade atual e prontos para sempre nos dar um show majestoso, afiado e sim, emocionante. Foram inúmeras vezes que senti aquela emoção de estar num show do Metallica, pois fazer parte da família ( como James enalteceu no palco) é algo surreal, uma das coisas mais lindas e inspiradoras das quais pude ter. Lógico que senti falta dos meus brothers Carlos Carioca e Wellington ( o do Guarujá) pois formamos a trinca da amizade e pensei em ambos ontem pois foram bandas como o Metallica que me proporcionaram o dom de conhecer caras tão sensacionais quanto eles, sem esquecer de Rodrigo Black cuja amizade retornou mais forte do que nunca fora que o mesmo vem me dando uma força espiritual acerca do que anda ocorrendo comigo.
E eu curti o show junto com uma galera animada, que me fez gargalhar e como é bom espalhar bondade não é mesmo? Coisas que a família da maior banda de metal de todos os tempos pode lha propor....
Falando de forma breve sobre o Lollapalooza, eu sinceramente não senti muito o festival já que a estratégia sempre bem feita por parte de Pepinho Macia foi digna de aplausos: fazer um horário de saída só para o show do Metallica. Do restante do festival, puder ver uma parte do show do Rancid, um puta show diga-se de passagem. Punk rock com algo de ska que combinou para aquela vibe ótima. Já os outros artistas, pelo bem dos céus, perdi pois não significam nada perto do que eu queria realmente ver. Salvo uma exceção: ao adentrar o festival, estava ocorrendo o show do Rapper Criolo, que devo tecer meus elogios já que o cara é inteligente e sua música agrada por ser contestadora sem agredir. Mas a noite era mesmo deles...
Pontualmente, o Metallica adentrou ao palco mas antes a clássica intro já fez valer o show. Aí meu amigo, não há coração que resista e pronto: estava eu chorando. Dizem que homem não chora. Foda-se, eu choro mesmo e acabou. O choro é pelo Metallica meu caro.
Divulgando o fantástico Hardwired .... to self - destruct a banda ontem mostrou um show fantástico, aonde a perfeição foi algo de bater palmas. E o mais legal: tocando várias faixas do disco, a banda mostrou que ainda tem a manha do negócio. Versões de Hardwired, Halo on fire ( ficou foda ao vivo!!!), Moth into flame, Now that you´re dead e Atlas Rise, sendo está última uma das melhores faixas do disco e só mostrando dois pontos importantes no show: a pegada de Hetfield nos riffs e na elegância com que se comunica com o público. E Lars Ulrich, o batera mais condenado pelos batedores de punheta de pau mole que insistem em falar que o cara não toca nada. É certo que Lars, perto de Dave Lombardo ou Charlie Benante, é realmente limitado. Mas, o cara toca com uma vontade tão gigantesca, um apetite tão voraz que a técnica pura e simples acaba indo para o segundo plano. E nesta tour, Lars vem se esforçando bastante e sua atuação foi muito foda. Kirk Hammett pode não ser Dave Mustaine e nem precisa: o cara é um monstro no que faz e com sua forma tímida mas carismática, o cara executou seus solos de forma primorosa. Prefiro ele do que muitos fritadores que não empolgam em nada. Robert Trujillo também foi um caso a parte, tocando seu baixo com a pegada desde seus tempos de Suicidal Tendencies e não foi a toa que Ozzy Osbourne ficou com ele em sua banda solo durante tanto tempo. Quando o mesmo executou Anesthesia ( Pulling teeth) foi de chorar e com certeza Cliff sorriu aonde estava. Fora isso tivemos aquelas belezas clássicas do porte de Whiplash ( nossa senhora), Master of Puppets, The Unforgiven ( sim, o black album é foda amiguinhos), Memory remains, Harvester os sorrow ( grande momento no show), Sad but true, Nothing else matters, Battery, Seek and destroy, For whom the bell tolls, Fade to black e claro Enter Sandman. Sinceramente, o Metallica fez um show próprio mas que também acabou agradando as pessoas que estavam pelo Lolla, uma democracia sem nada forçado. Com um repertório eclético, os caras serão sempre alvo de críticas pelos chamados old schools. Só que essa parcela não entende o quanto cresceram e desde o black album a banda deixou de ser apenas a banda dos fãs de metal e ficam ao lado de Rolling Stones, Aerosmith, Bon Jovi, Guns n´Roses. E não há mal nenhum nisso. Eu sinto é um baita orgulho pois batalharam e se estão entre os grandes não foi algo gratuito.
E enquanto isso, a sua banda da qual você se orgulha de ver tocando no porão da casa reclama que gostaria de estar no patamar do Metallica. Contraditório não? Banda essa que irá xingar um dia caso eles desfrutem do que o Metallica desfruta. É necessário ressaltar que não ligo se é underground ou mainstream. O cara pode ir ver o jogo do Corinthians e no dia seguinte encarar uma bela partida da burrinha. Assim como posso ver o Metallica mas não perder um puta show do Infector. Sacou?
Amo e sempre amarei o Metallica!!!!!!!!

sábado, 25 de março de 2017

Loverboy - Get Lucky

Confesso que sempre ouvi falar desta banda porém nunca tinha parado para ouvir com mais calma. Sempre citado pelos amantes do hard rock e do aor, o Loverboy, assim como o Cinderella devia sofrer ( e ainda sofre) com as brincadeiras decorrente do nome. Loverboy na linguagem urbana é aquele cara que propõe as moças algum divertimento. Seria uma espécie de garota de programa só que inverte: o homem é o produto e a mulher é o cliente. Não importa o que significa. O importante é que o Loverboy citado é um baita grupo de aor/hard rock, uma espécie de Foreigner menos citado mas igualmente sensacional. Get Lucky foi lançado em 81 e provando que música boa não fica velha nunca, as faixas aqui soam frescas, atuais e serve como aprendizado as novas gerações que gostam dos anos 80, desde o rock até a música pop. Formado na época por Paul Dean ( guitarra, backing vocal), Doug Johnson ( teclados), Matthew Frenette ( bateria), Mike Reno ( vocal) e Scott Smith ( baixo), o Loverboy chegou a entrar nas paradas de lá e não seria por menos já que a audição de Get Lucky comprova que os caras eram muito bons no que faziam. Parecia Foreigner? Sim. Mas qual o problema? Pior se parecesse o Coldplay....
Nesta edição remasterizada temos as 9 faixas do track list temos algumas versões alternativas de canções já existentes e nisso eu acho que poderia ser melhor analisado como por exemplo colocando versões ao vivo ou mesmo faixas inéditas. Mas o que importa mesmo são as faixas originais tendo alguns destaques entre elas como a maravilhosa e clássica Working for the weekend, cuja música traduzo o dia de hoje: um dia bonito, de folga e fazendo o que há de melhor: ouvindo um disco legal e escrevendo do que gosto.
Outras peças lapidadas da música encontram-se em When it´s over, outra aula de música feita por caras simples que somente queriam se divertir e tocar um som. Emotional destoa um pouco do material, chegando a soar como o 38 Special cruzando a avenida com o ZZ Top. It´s your life também é maravilhosa e só sendo muito mal humorado para não curtir. E depois são os outros que são chamados de "retardados" pelo guru intelectual.
Get Lucky mostra a trilha sonora duma época em que ainda fazíamos coisas sem precisar de nada para bater foto ou mesmo registrar tudo no instagram. Época essa que só quem estava lá sabe do que estou falando. Eu posso dizer que vivenciei um pouco disso no canal 7 quando ainda tínhamos aquela inocência de ser criança e adolescente ainda não era sinônimo de pura retardadice mental.
Ouça o som e não fique com preconceito idiota acerca do nome da banda....

sexta-feira, 24 de março de 2017

Pink Floyd - The Early years 1967/1972

Sexta feira. Dia de Trinca dos infernos. Enquanto não parto para mais uma noite metálica, falemos deste que é um dos melhores discos, uma banda que já nasceu criativa e a frente do seu tempo. Este disco mostra uma fase da banda que talvez muitos desconheçam em virtude da fase mais manjada da banda que engloba Dark side of the moon. Não entremos em discussão em qual fase a banda soa mais legal. O que importa é sim, ouvir o som sem ficar comparando e o clima deste disco é dos mais positivos já encontrados. Trazendo uma viagem a sonoridade próxima da perfeição, a banda, que contava com Syd Barrett nas guitarras e vocais entre 66 e 67, mostrou ao mundo que algo criativo estava sendo feito para mexer com as pessoas. É certo que o suco de goiaba ficou com muito ácido culminando na saída do mesmo mas é inegável que seu talento era sensacional. Após sua saída, um certo David Gilmour assumiu as guitarras e os vocais, dando assim uma nova diretriz no som da banda que ficou mais calcado no classic rock graças a guitarra mágica e sua linda voz.
Vindo numa embalagem lindíssima, esta edição dupla lhe fará ficar com a boca aberta pois é digna de colecionador e serve para aqueles conhecerem mais a fase inicial da banda.
Alguns temas dispensam comentários como Arnold Layne, um tema que consegue a façanha de encantar logo de cara graças a sua levada psicodélica e envolvente.
Outras pérolas podem ser encontradas em See Emily play, Matilda mother, Jugband blues, Embryo, entre outras que englobam o disco 1. O disco 2 temos mais alguns temas ricos como por exemplo na versão ao vivo de Atom Heart mother band version numa versão longa porém viciante como boa parte da discografia destes caras.
The Early years é mais que um disco. Foi muito mais do que apenas apertar o play e ouvir. Discos assim e os que virão na sequência são sim motivos mais do que reais para que aguentamos uma sociedade cada vez mais a caminho da utopia e burrice. Num dos poucos momentos de felicidade, ouvir esta joia está entre as melhores coisas da vida.
Pink Floyd é foda!!!!!!!!

quinta-feira, 23 de março de 2017

King Crimson - In the Court of the Crimson King

O disco de hoje trouxe uma das grandes experiências que tenho ao ouvir alguma obra prima beirando a perfeição. Aliás, tenho que frisa que nunca morri de amores para bandas progressivas. Sempre achei um troço chato esse lance de possuir música comprida, um tremendo sonífero. Hoje em dia, com a despreocupação por urgência e mais focado em ouvir discos em casa, o progressivo entre outras sonoridades mais complexas me despertaram o prazer por tais desafios, não se preocupando por ser logo a aceitação. O som progressivo te faz parar para pensar e fazer você prestar atenção em detalhes que podem ser de total eficácia, como aquela sonoridade de guitarra ou aquela linha de baixo que será percebido somente na segunda ou terceira audição.
Sendo assim, nas 5 faixas deste disco de 69 terão que ser apreciadas de forma tranquila, sem pressa ou ansiedades.
A começar pela última faixa, a título, venho por este espaço declarar meu amor a esta faixa. De forma que pareça uma peça orquestral, ela começa de forma delicada, com a voz de Lake transmitindo seus pensamentos de forma emotiva, um momento do qual jamais esquecerei. Fora o instrumental que é um caso a parte da humanidade. Como diz meu brother Mauro, certos discos parecem que foram enviados por alguma nave extraterrestre e deixado na Terra com a finalidade de nos fazer feliz. 21 st Century schizoid man abre a festa com o brilho e a sutileza que o rock progressivo pode propor a todos, uma grandeza sempre necessária nestes momentos de valores invertidos e pessoas mimizentas ao extremo. I talk to the wind, Epitaph e Moonchild completam esta obra próxima de ser divina. Na verdade ela é. Obras assim me fazem acreditar o quão está desvirtuada está a geração de agora cuja a perda de interesse pelo artefato físico não os fazem acompanhar o disco na ordem que foi gravado e pior: sem ter o mesmo sentimento.
Uma coisa é certa: este disco está os meus favoritos de todos os tempos. Maravilhoso!!!!!!!!

quarta-feira, 22 de março de 2017

The Carnival Within - A tribute to Dead Can Dance

O disco de hoje do qual irei falar é este fantástico tributo para uma das bandas mais experimentais da história da música, o Dead Can Dance. Aliás, tentar classificar o som dos caras seria uma total perda de tempo pois a camada sonora é eclética e dificultosa para curtir tudo.
O selo Cleópatra chamou 12 bandas para realizar tal feito e todas elas fizeram bonito lógico que com alguns destaques bem interessantes.
Dentre eles podemos citar Ex Voto , Ikon, Evil Mothers, The Last dance e Deep red cujas versões ficaram além do que era esperado e o resultado foi mais que positivo.
Mas no geral, o disco merece toda atenção e recomendável para aquecer o momento seu com seu parceiro ou parceira já que algumas versões meio que criam certos pensamentos bem eróticos. Errado pensar assim? De modo algum!!!!! Música foi feita para inspirar a realizar coisas positivas.
Sendo breve, recomendo este álbum para quem encara o fato de que a música foi feita para entreter e não para ficar brigando. Boa noite e até amanhã.

terça-feira, 21 de março de 2017

Mary J. Blige - My life

Ai caracas.... É cada uma.... Não é de hoje que cada vez me impressiono com o ser humano nas redes sociais. Principalmente no Facebook, a concentração de gente que parece dopada chega a ser impressionante. Não estou nem falando sobre o povão da massa pois estes aí só o tempo dirá quanto tomarão tenência e largarem vidas babacas. O problema são as pessoas ditas " com cérebro" caírem em piadas feitas por mim em meu perfil. Pior, constar que tal pessoa te exclui como se ela fosse a foda e você um otário. Além da exclusão, o referido senhor ainda comentou certas asneiras a meu respeito sem ao menos me conhecer pessoalmente. Uma das "implicações " do referido cidadão foi eu não "bater bem da cabeça" por me intitular como Paul Stanley em meu perfil. Caso ele não saiba, meu perfil nunca teve a intenção de ter meu nome original e muito menos para se levar a sério. A vida já é séria demais para se levar a sério numa rede social. No momento que soube de tal exclusão e lido algumas "considerações", preferi simplesmente bloqueá-lo ao invés de entrar numa discussão que não ia ter fim. Pior ainda foi ler comentários de outras pessoas que nunca falaram comigo na vida irem na cola e como baba ovos, os mesmos mandaram mensagens de apoio ao crítico musical que é um baita crítico mas levou minha piada a sério. Pobre humano....
Ainda bem que nunca o marquei nas minhas resenhas afim do mesmo ler pois correria o risco de ser submetido a palavras nada delicadas vindas dele já que ele é o "cara". Assim como meu brother Rodrigo em seu blog, a intenção não é ser o crítico musical fodão do momento.
Falando deste disco sensacional da melhor cantora negra de R&B, My life traz o som de Mary da melhor forma, sentimental e cheia de emoção.
Lançado em 94, o disco é uma aula vocal e o som que sai dos auto falantes é para ficar relax após um dia cansativo e matutar sobre algumas coisas na vida.
Alguns destaques vão para Mary Jane ( all night long), linda que vem após uma intro forte e emocional. You bring me joy é outra bela faixa que enfatiza a verdadeira alma negra que desde os monstros da Motown, passando por gigantes do blues nos abrilhanta com uma música rica.
Be with you traz mais um pouco de brilho num disco brilhante do começo ao fim. O disco fecha justamente com um nome de faixa que serve de conselho para alguns carrancudos: Be happy. Seja feliz e deixe a pessoa do lado ser também pois acredito muito nisso.
Amantes deste tipo de R&B, além de pessoas completamente desprovidas de preconceito. Como canta esta mulher!!!!!!!!!

segunda-feira, 20 de março de 2017

Vulcano - XIV

Olha quem está de volta meus amigos e amigas!!!!! Após um tempo sem computador em casa e com um provisório volto aqui para minhas resenhas sempre bacanas aonde apenas passo minhas impressões sinceras acerca dos discos dos quais peguei e não me arrependo de ter gasto adquirindo. Você não está apenas adquirindo um simples disco ou cd. Um momento prazeroso e cultural fazem parte desta incrível experiência que é ter um disco diretamente do artista que o gravou. E este disco em questão trata-se de mais um duma banda cuja história não precisa provar mais nada a ninguém pois seu legado já foi construído sendo impossível apagá-los da memória.
O Vulcano mantém a onda criativa que vem sendo comandada pelo emblemático Zhema Rodero e sua guitarra. Além dele, temos o melhor baterista de som extremo do universo, Arthur Von Barbarian que mostra que humildade pode ser encontrada mesmo sendo o monstro na bateria. O time que completa a formação metálica também não estão nem um pouco afim de brincar de fazer metal ou você acha que Luiz Carlos Louzada ( vocal), Carlos Diaz ( baixo) e Gerson Fajardo ( guitarras) são meros iniciantes? Ícones, no mínimo são.
E este disco traz algumas influências de metal tradicional graças a entrada de Gerson, um guitarrista de mão cheia e um apreciador de hard rock e heavy metal cuja escola de Saxon, Accept entre outros fizeram o tempero metal agir com muita força. Com produção do próprio Zhema e do experiente Ivan Pelliccioti, alguns temas aqui podem desfilar tranquilamente no repertório juntamente com os clássicos pois o que se encontra em XIV é justamente o que o fã espera: um metal sem frescura, direto e sem a menor preocupação de agradar outras vertentes que não seja os fãs de metal.
E nas 10 faixas o que temos é mais uma aula de metal agressivo destacando Propaganda and terror, Thunder metal, Behind the curtains e To kill or die, todas com uma pegada sensacional, viciante.
Muitos deveriam aprender como se faz metal underground sendo uma das regras mais importantes é não ficar chorando que ninguém quer ver sua banda tocar. Se você quer ver sua banda com público assistindo, faça igual ao Vulcano. Ninguém consegue respeito ou aplausos sendo um nada. Artista que não possui música é apenas mais um na multidão de gente vazia.
Vida longa aos eternos guerreiros do metal!!!!!!!