sexta-feira, 31 de março de 2017

Yes - Talk/ Relayer

Em mais uma resenha nesta noite, venho com mais 2 discos duma banda que um dia eu jurei que nunca ia ouvir sua fase progressiva por ter discos de duas músicas. Eis que me encontro em 2017 justamente com um dos discos desta fase que outrora tirei um sarro. Quem disse que nesta vida não podemos mudar de opinião? Não há problemas nenhum nisso e além do mais, estamos falado de uma banda cuja sua história e seu legado serão imortais dentro do mundo do rock em geral. Amantes de boa música são aquelas que não poupam estilos para escutar algo legal, mesmo que seja ruim para algum amigo seu o importante é que tal disco seja algo divertido e que lhe abra um baita sorriso no rosto. Aqui temos duas fases diferentes, realidades diferentes. Porém, em ambos os casos, o Yes foi o que melhor mostrou em ambos os mundos, apesar de ainda achar a fase progressiva do Genesis como a melhor formação de rock progressivo o Yes detém o título de banda em que seus músicos são os mais completos e aqui há dois exemplos deste caso.
Vamos começar pelo disco Relayer que foi lançado em 74 e que tinha na formação o vocalista Jon Anderson, o saudoso baixista Chris Squire, o guitarrista Steve Howe além de Patrick Moraz nos teclados e o baterista Alan White. Um detalhe curioso nesta história do rock é que Patrick Moraz chegou a vir ao Brasil aonde tocou na banda Virmana, que tinha entre seus integrantes o sempre folclórico Lobão, ele mesmo.
Voltando a Relayer, o disco consta com 3 faixas somente. Se bem que a palavra "somente" funciona somente pelo fato de ter 3 faixas. O que temos são 3 soberbas faixas aonde os caras transbordaram musicalidade duma complexidade que chega a ser impossível um ser mortal realizar tal feito. The gates of delirium abre o disco com seus mais de 21 minutos e se acha que dormi, ledo engano. Em meu confortável quarto, curti muito esta faixa que traz uma curiosidade: na época, a gravadora da banda estava pressionando os membros a terem algum hit radiofônico. Com suas faixas quilométricas, ficava impossível a gravadora possuir algo para tocar na rádio. Eis que alguma mente brilhante ouviu The gates of delirium e constou em sua parte final uma possível "música" para ser um hit. Pois bem, a parte citada foi utilizada e sob o nome Soon, esta música se tornou um dos grandes hits de todos os tempos e não é para menos: uma música linda, cujo andamento lhe faz até chorar de emoção ou vai me dizer que é proibido chorar? Para se ter uma ideia, esta música me faz lembrar uma época difícil para todos nós que foi a perda de minha irmã de 2 anos e meio devido a consequência de um sopro no coração.
As outras duas, Sound chaser e To be over, mantém a pegada do disco ambas com um pouco mais de 9 minutos cada. Chato? De forma alguma!!!!!! Se este disco é chato você corre o risco de seu um baita otário.
Já Talk é de 94 e a formação foi a mesma que causou a mudança radical do Yes, tornando-se mais comercial e com faixas mais curtas. Jon Anderson, Trevor Rabin ( guitarra), Chris Squire, Tony Kaye ( teclados) e Alan White eram a formação e aqui nota-se uma pegada meio Rush devido as faixas serem mais rock mas com aquela pegada pop e músicas pra cima graças aos vocais de Anderson que brilha de forma triunfal. Os outros caras também fazem muito a diferença em músicas como The calling, I am waiting, Real love ( bonita demais), State of play, Walls, Where will you be e Endless dream que finaliza o disco e finalizou esta que foi uma ótima audição duma banda que dispensa quaisquer apresentações.
Após ouvir estes discos eu penso no seguinte: como pode alguém vir falar algo ou mesmo querer achar que rock é só barulho?Como sempre disse meu padastro: " lavar a cabeça de um burro só serve para gastar água e sabão". Boa noite.

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