domingo, 26 de março de 2017

Metallica - Autódromo de Interlagos - 25/03/2017

Dando uma brecada nas resenhas dos discos recentes adquiridos, eu juro que preciso falar deste que foi um dos melhores shows do Metallica, mostrando uma faceta estranha dentre aqueles que não "gostam" da banda. O Metallica, assim como o Iron Maiden possuem uma similaridade que vem sendo posta em dia claro e com todos olhando. Trata-se dos famosos haters que nada mais são seres humanos que se utilizam dos seus computadores para ficarem atacando algo que não gostam, desde o Temer até o Metallica. Eles são formadores de opinião, gostam de comentar no post e todo mundo sob a desculpa de que o facebook é " um lugar democrático aonde pode-se dizer o que quiser". Pois bem, todos temos direito a dar opinião..... desde que seja chamado para tal. Poderia citar alguns exemplos clássicos mas como não sei se estão odiando mesmo ou sofrendo de alguma carência sexual, prefiro manter estes nomes fora desta resenha. Mas uma coisa é certa: alguns desses meninos queriam estar lá e agindo como o sargento de beleza americana, escondem um segredo que só no final do filme será revelado.
Falando do Metallica, o quarteto americano parece estar com a criatividade atual e prontos para sempre nos dar um show majestoso, afiado e sim, emocionante. Foram inúmeras vezes que senti aquela emoção de estar num show do Metallica, pois fazer parte da família ( como James enalteceu no palco) é algo surreal, uma das coisas mais lindas e inspiradoras das quais pude ter. Lógico que senti falta dos meus brothers Carlos Carioca e Wellington ( o do Guarujá) pois formamos a trinca da amizade e pensei em ambos ontem pois foram bandas como o Metallica que me proporcionaram o dom de conhecer caras tão sensacionais quanto eles, sem esquecer de Rodrigo Black cuja amizade retornou mais forte do que nunca fora que o mesmo vem me dando uma força espiritual acerca do que anda ocorrendo comigo.
E eu curti o show junto com uma galera animada, que me fez gargalhar e como é bom espalhar bondade não é mesmo? Coisas que a família da maior banda de metal de todos os tempos pode lha propor....
Falando de forma breve sobre o Lollapalooza, eu sinceramente não senti muito o festival já que a estratégia sempre bem feita por parte de Pepinho Macia foi digna de aplausos: fazer um horário de saída só para o show do Metallica. Do restante do festival, puder ver uma parte do show do Rancid, um puta show diga-se de passagem. Punk rock com algo de ska que combinou para aquela vibe ótima. Já os outros artistas, pelo bem dos céus, perdi pois não significam nada perto do que eu queria realmente ver. Salvo uma exceção: ao adentrar o festival, estava ocorrendo o show do Rapper Criolo, que devo tecer meus elogios já que o cara é inteligente e sua música agrada por ser contestadora sem agredir. Mas a noite era mesmo deles...
Pontualmente, o Metallica adentrou ao palco mas antes a clássica intro já fez valer o show. Aí meu amigo, não há coração que resista e pronto: estava eu chorando. Dizem que homem não chora. Foda-se, eu choro mesmo e acabou. O choro é pelo Metallica meu caro.
Divulgando o fantástico Hardwired .... to self - destruct a banda ontem mostrou um show fantástico, aonde a perfeição foi algo de bater palmas. E o mais legal: tocando várias faixas do disco, a banda mostrou que ainda tem a manha do negócio. Versões de Hardwired, Halo on fire ( ficou foda ao vivo!!!), Moth into flame, Now that you´re dead e Atlas Rise, sendo está última uma das melhores faixas do disco e só mostrando dois pontos importantes no show: a pegada de Hetfield nos riffs e na elegância com que se comunica com o público. E Lars Ulrich, o batera mais condenado pelos batedores de punheta de pau mole que insistem em falar que o cara não toca nada. É certo que Lars, perto de Dave Lombardo ou Charlie Benante, é realmente limitado. Mas, o cara toca com uma vontade tão gigantesca, um apetite tão voraz que a técnica pura e simples acaba indo para o segundo plano. E nesta tour, Lars vem se esforçando bastante e sua atuação foi muito foda. Kirk Hammett pode não ser Dave Mustaine e nem precisa: o cara é um monstro no que faz e com sua forma tímida mas carismática, o cara executou seus solos de forma primorosa. Prefiro ele do que muitos fritadores que não empolgam em nada. Robert Trujillo também foi um caso a parte, tocando seu baixo com a pegada desde seus tempos de Suicidal Tendencies e não foi a toa que Ozzy Osbourne ficou com ele em sua banda solo durante tanto tempo. Quando o mesmo executou Anesthesia ( Pulling teeth) foi de chorar e com certeza Cliff sorriu aonde estava. Fora isso tivemos aquelas belezas clássicas do porte de Whiplash ( nossa senhora), Master of Puppets, The Unforgiven ( sim, o black album é foda amiguinhos), Memory remains, Harvester os sorrow ( grande momento no show), Sad but true, Nothing else matters, Battery, Seek and destroy, For whom the bell tolls, Fade to black e claro Enter Sandman. Sinceramente, o Metallica fez um show próprio mas que também acabou agradando as pessoas que estavam pelo Lolla, uma democracia sem nada forçado. Com um repertório eclético, os caras serão sempre alvo de críticas pelos chamados old schools. Só que essa parcela não entende o quanto cresceram e desde o black album a banda deixou de ser apenas a banda dos fãs de metal e ficam ao lado de Rolling Stones, Aerosmith, Bon Jovi, Guns n´Roses. E não há mal nenhum nisso. Eu sinto é um baita orgulho pois batalharam e se estão entre os grandes não foi algo gratuito.
E enquanto isso, a sua banda da qual você se orgulha de ver tocando no porão da casa reclama que gostaria de estar no patamar do Metallica. Contraditório não? Banda essa que irá xingar um dia caso eles desfrutem do que o Metallica desfruta. É necessário ressaltar que não ligo se é underground ou mainstream. O cara pode ir ver o jogo do Corinthians e no dia seguinte encarar uma bela partida da burrinha. Assim como posso ver o Metallica mas não perder um puta show do Infector. Sacou?
Amo e sempre amarei o Metallica!!!!!!!!

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