domingo, 20 de dezembro de 2015

Final de ano.

Sempre destino este espaço para música pois acredito que a música nos salva, alivia e abençoa em vários momentos da vida, alegres ou tristes. Não gosto de falar sobre outras coisas por alguns motivos mas desta vez tenho que falar sobre algumas coisas que estão me incomodando dentro de mim. Sim, vou bancar o tristonho reclamão. Mas calma, nem comecei.
Este ano foi muito bom em termos profissionais. Trabalho, faculdade e uma promessa dum 2016 melhor me anima mais ainda em continuar nesta caminhada. Mas, por outro lado, outras situações me colocam numa dúvida interminável: porque não estou feliz? Estou muito bem, não sofro nenhum problema de depressão ou coisa parecida. A impressão é que algumas pessoas próximas que moram comigo e nem preciso citar quem pois aí não interessa nem deve ser colocado aqui ou está chateada pelo meu incidente com a bebida no último churrasco ou não sei mais o que. Vive reclamando da minha barba, vive reclamando da minha forma de se vestir com o argumento que "já passei da idade de andar assim" e por aí vai. Fora que justamente a pessoa mais importante da minha vida está igual a muitas pessoas de fora: não sabe interpretar quase nada que se fala para ela e me julga por coisas ridículas. Hoje mesmo me acordou de uma forma abrupta e fez um discurso sobre tantos cds que possuo alegando que estou "ocupando a casa toda" e que já estou dando trabalho demais. Poxa, trabalho demais?!? E é óbvio que fico muito puto afinal não tenho sangue de barata com alguém que chama minhas camisetas pretas de bandas de "pano de chão" somente porque não quero mais usar camisetas "normais". Apesar de ter dito que ia trancar a faculdade para sair de casa, não o farei. Não vou desistir assim tão fácil, vou terminar a faculdade. Aí, terminando, terei que tomar um rumo longe daqui. Não há nada planejado e aprendi que nada se faz por impulso. Mas não aguento mais certas burocracias por nada, somente para encontrar o famoso pelo no ovo.
Devido a essas palhaçadas, irei passar o natal aqui em casa sozinho. Quer dizer, sozinho não pois estarei em companhia de 3 motivos dos quais ainda não sai daqui: Pink, Penélope e Ricca. Não quero ceia nem presente pois isso foi o homem dito civilizado que botou isso na cabeça de todos. Não é novidade para ninguém que esta data virou algo de puro comércio e a reunião familiar virou simplesmente um amontoado de fotos de risadas artificiais e cheio de rashtags ( não sei nem me interessa como se escreve isso) dos mais cretinos possíveis. O que eu queria mesmo era uma passagem só de ida para algum lugar melhor, para continuar sendo responsável, trabalhando e tendo meus disquinhos sem ninguém me apontando o dedo dizendo que estou errado em comprar cd num momento "em que ninguém compra mais". Fui errado no acontecimento acima, isso não há dúvidas. Mas não, no restante posso ser o que eu quiser, me vestir do jeito que me achar melhor e comprar cds de bandas e artistas dos quais eu admiro não é crime. Não estou escrevendo isso por querer atenção ou compaixão de meus amigos nem que sintam pena de mim. Apenas fui sincero. Obrigado a todos e que tenhamos um ótimo 2016 pois 2015 já deu. Bye.