sábado, 29 de abril de 2017

Milton Nascimento - Geraes

Quando pinta algum disco sensacional você vibra. Quando este disco vem em forma de presente, fica melhor ainda. Hoje passei na Renault decorrente das minhas caminhadas de sábado aonde inicio daqui de meu prédio e vou até a Renault em São Vicente. Além da caminhada que me renova toda vez, ainda de praxe ganho a chance de ver pessoas sensacionais, que trabalham e se esforçam ao máximo afim de garantirem a comida de quem depende deles. E um desses seres humanos sensacionais chama-se Mauro Pinheiro Cruz. Mauro entrou na Renault como vendedor e com o tempo foi lhe dada a oportunidade de assumir a gerência de um das unidades, esta localizada na Antônio Emmerich. Mesmo gerente, Mauro é um dos caras mais legais da face da Terra aonde tal função não o faz agir feito o semideus que muitos pensam que são. Um cara que sabe conversar com seus funcionários, que ajuda e dá conselhos sempre precisos afim de atingirem o objetivo necessário. Um cara de pés no chão, o mesmo atende a todos os clientes sempre com simpatia absurda e não foram poucos os elogios feitos a ele graças a seu carisma e humildade. Aliás, caras iguais a ele, Edinho, Sérgio Dias, Rafa, Ricardo Nadal, Ricardo Alves, Wellington, Carioca, Roberto Kiss entre outros ( a lista é grande, para o bem da humanidade) são motivos de belas exemplificações caso queira saber o que significa a palavra amigo. E graças a estes caras que posso dizer que possuo amigos e não meros colegas de vista.
Mauro me presenteou com este disco de 76 do que um dia foi Milton Nascimento. Geraes é um disco que exemplifica em termos estratosféricos a qualidade que um disco deve ter sendo cada canção uma forma de obra de arte a ser admirada e consumida sem moderação. Um disco que também mostra o que significa o termo Música Popular Brasileira, ou MPB para os íntimos. Com a música nacional tendo descido ladeira abaixo graças a esta avalanche de merda que apareceu de uns tempos para cá, ter discos deste nível qualitativo chega a ser motivo de ganhar o prêmio Nobel da paz perto das porcarias que a massa ouve. Depois reclama do governo.... Porra, quer mudar o país ouvindo porcaria e não tendo a vontade de ler um livro ou estudar? Como disse Jão ( Ratos de Porão/Periferia S.A.) : povo burro é povo submisso. Assim o Temer gosta e se diverte junto com toda aquela corja de safados.
Voltando ao disco, Geraes traz o que de melhor Milton produziu na sua carreira e os parceiros são muitos. Fazenda abre de forma maravilhosa o disco cujo tema me trouxe aquela paz mais que bem vinda. Bela melodia e um Milton cantando demais. Outros temas possuem beleza própria tais como Menino, O que será ( a flor da pele) numa parceria com o Chico Buarque que apesar de ser chato ouvir sua voz, a letra era típica dele possuindo inteligência e versatilidade. Além das 12 faixas normais, o disco ainda conta com duas bônus além de sua remasterização ter sido feita no Abbey Road em 94 em sua nova prensagem da qual obtive do meu grande amigo.
Um disco desses em casa e sim, amigo é coisa para se guardar como o próprio Milton um dia cantou. Por isso, um conselho: conserve suas amizades e não as faça perder por causa de nada nesta vida. Obrigado Mauro pelo belo presente!!!!!!!!!

Jimi Hendrix - Electric Ladyland / Band of Gypsys.

Estou aqui em casa. Não, não estou doente nem triste. Eu sei que hoje é sábado e de regra todo sábado as pessoas saem para beber e se divertir. De uns tempos para cá meu divertimento de sábado tem sido em casa, no aconchego do meu quarto e ouvindo o que eu gosto. Não há barulho de pessoas conversando, gritos, fumaça de cigarro nem cheiro de cerveja nem visões de banheiro vomitado. Com o tempo a gente aprende que certas coisas podem ser mais simples do que você imagina. Seasick Steve está no som e ao som destes caras divertidos com seu blues sensacional, vou falar deste que é o big boss máximo do rock n´roll. Sim, um dia eu falei que não gostava de Hendrix mas não consegui sustentar por muito tempo esta birra com o negão. Ouvindo estes dois discos entre ontem e hoje, conclui que Jimi Hendrix é o cara. Não no sentido de sarro mas ele é realmente é o God, o Deus que fazia sua guitarra chorar, gritar, distorcer. Pude comprovar nesses álbuns o quão poderosa era sua música e que continua tão atual quanto foi lançada na época. Fora seu talento na guitarra, Hendrix possuía outro talento: seu vocal. Cantando de um modo todo dele, o cara tinha a manha de incorporar o lado soul que todo negão tem que ter, a raiz sensacional dos mestres do blues com a galera excepcional do movimento da motown com aqueles grupos de vocais que tocavam a alma de quem gostava de algo sentimentalmente único e verdadeiro.
Começando por Eletric Ladyland temos a banda que foi montada na época chamada The Jimi Hendrix Experience aonde o cara foi acompanhado por Mitch Mitchell na bateria e Noel Redding no baixo e que time!!!!!! Nesta edição em cd/dvd temos algumas pérolas musicais como Have you ever been ( to eletric ladyland) que começa de forma sutil, naquele climax abrindo um vinho e prometendo para a companheira uma bela noite. Crosstown traffic mantém a bela sequência e que tema sensacional!!!! E o que falar das "Voodoo´s" ? Voodoo chile e Voodoo child simplificam o que significa Hendrix para o rock. Temas fortes, aonde a guitarra pesada junta com a cozinha precisa e pesada, chegando a pensar que este trio já fazia stoner antes do termo existir. Impressionante é pouco. Cheguei a conclusão conversando com meu amigo Mauro que estes caras não eram da Terra e sim alienígenas deixados aqui para praticarem o bem aos nossos ouvidos e corações. Outras faixas sensacionais estão aqui como Rainy day, dream away , House burning down além da incrível versão de All along the watchtower ( Bob Dylan) aonde ele deixou sua marca.
Mas mesmo assim quando eu achei que já tinha ouvido o suficiente, veio na sequência para minha audição ser limpa e protegida contra impurezas outro disco sensacional aonde Hendrix juntou suas forças com Billy Cox no baixo e Buddy Miles na bateria e com este time saiu a Band of Gypsys e um show gravado no Fillmore east na virada do ano de 69 para 70. E o que tenho a dizer? Mais uma aula de como tocar guitarra, mais uma aula de como se tocar rock com fúria mas ainda assim não esquecendo de algo chamado feeling. Who knows, Machine gun, Changes, Power to love, Message to love ( o negão gostava do amor) e We gotta live together formam o track list o que temos é uma banda afiada fazendo algo maravilhoso, tocando com um amor a música que chega a ser tocante.
Finalizada a audição desses dois discos, devo sim um pedido de desculpas por ter falado besteira este tempo todo mas tive tempo de me redimir do pecado andava cometendo e hoje fico mais sossegado por ter tido a chance de ouvi-lo tocando guitarra e cantando lindamente.
Ele está no topo do rock e deve ficar lá por toda a eternidade. Vida longa a música de Jimi Hendrix!!!!!

Daslu - House Music

Antes de ir para as ruas brigar pelo meu estômago com um belo almoço, alguns itens são engraçados. Este disco apareceu em minhas mãos e fiquei me perguntando: Quem é este tal de Daslu? Com o esta coletânea fui pesquisar sobre esta loja e a trilha sonora que consta aqui é perfeitamente compatível ao tipo de loja apresentada. O que começou com um mero atendimento de amigas em casa em 1958 protagonizado pelas senhoras Lúcia Piva de Albuquerque e sua sócia Lourdes Aranha acabou se tornando pequeno graças a grande procura por tais roupas que ditaram moda e continua sitando até os dias de hoje. Com o intuito de vender moda e estilo, a mesma não possui vitrine ou mesmo um ponto de referência. Com o falecimento de Lúcia, sua filha Eliana Piva deu continuidade e é presença constante na programação das tantas madames, patricinhas cheirando a perfume delicioso e a garotos alegres de cabelos fashion, ditando moda e apresentando um bom gosto. Não é minha praia, nunca foi ser da moda. Acredito que cada um dita sua própria moda, seu jeito de se vestir será sempre seu e de mais ninguém. Acreditando ainda que, uma pessoa presa a moda, acaba restringindo suas opiniões e o posicionamento de se manter sobre atualizado pode surtir um perigo que é a falta de discernimento sobre o que é e não é legal em você.
O cd, que traz algumas músicas de djs e ou cantores do chamado house music são aquelas faixas que tocam nos desfiles e até mesmo nos bailes gls da vida. E uma coisa é certa: não foi de todo ruim ouvir esta compilação pois algumas surpresas pintaram por aqui. Sim, é música eletrônica e caso queira alguma distorção, fique bem longe. Agora, caso queira ouvir algo bacana, vale a pena dar uma conferida no que anda acontecendo nesse tipo de mercado. Gente como Casanovy, Black & Brown, Michael Gray entre outros que aparecem por aqui pode ser uma ótima pedida.
Bom, antes ouvir house do que aturar teu vizinho com aquele som de esgoto chamado funk e aquela caixa de gordura sonora chamada sertanejo universiotário não é mesmo?
Ah, antes que venha com este papo de "música de gay", um adendo: são vários os artistas legais que rolam neste meio portanto, antes de sair por aí bradando o quão macho é, ouça primeiro antes de meter o malho.
Bom, vou indo porque mais tarde a resenha falando de um mestre descoberto recentemente.....
Até.

sábado, 22 de abril de 2017

Vulcano, Amen Corner,Velho, Pentacrostic e Conquistadores - São Paulo em chamas fest - 22/4/2017

E lá fui eu novamente para mais um evento metálico de altíssimo nível, assistir bandas cujo shows transformam-se em experiências memoráveis além de ter a chance de se encontrar com amigos sensacionais e fazer outras amizades que ficarão na ativa até quando a pessoa quiser. Ontem em São Paulo, pude presenciar 3 bandas que não devem nada a ninguém pois já mostraram a que vieram. Chegamos lá e infelizmente o excepcional Conquistadores já havia rolado. Digo infelizmente pois já tive o prazer de vê-los em Santos e comprovado um show espetacular aonde o heavy metal é levado a sério com muito amor e sinceridade. Tomara que tenha outra oportunidade para ver esta lenda metálica nacional em breve.
Então coube o Pentacrostic abrir a minha noite com um death metal diferenciado e o show que aguardei por anos pois sempre fui muito fã destes caras desde lá nos idos anos 90 e mais alguma coisa quando comprei um disco que estava em lançamento na época e que foi lembrado ontem. De profundis é um dos discos mais legais de metal mundial feito neste planeta e recomendo a cada um de vocês que nunca ouviu dar uma checada pois trata-se duma aula perfeita. Outro disco recomendado é o fantástico The pain tears de 92, outra obra prima.
Tendo em suas fileiras Marcello Sanctum ( baixo e vocal) na liderança, a banda fez o que todos presumiram: um show de metal cheio de garra e competência dum cara que carrega a bandeira do death doom desde 89, um verdadeiro ícone. A formação restante também é um caso a parte pois caras como André Gubber, Fernando Aguiar e Fábio Jhasko são acima da média e mereciam sim uma melhor visibilidade pois são instrumentistas do mais alto nível em principal Jhasko que simplesmente integrou o Sarcófago. E foi este último que deu um show de guitarra tocando com o Pentacrostic um arrasador cover para Midnight queen do sensacional The Laws of Scourge, um dos itens mais legais de metal mundial. Um saldo mais do que positivo e uma banda antológica. Quem achou melhor ficar chupando o dedo em casa....
Na sequência veio um show, um caso a parte desta noite, um espetáculo que todo ser vivo amante da arte extrema deve presenciar um dia: assistir o Velho. Tenho dois discos desta lenda e poder ver isto na minha frente foi de extrema gratificação e o ( agora) quarteto não decepcionou com um show enérgico, aonde o amor pelas artes negras e imundas do underground foi demonstrado com tanta emoção que só não chorei pois estava vociferando temas sensacionais como a já clássica Satã apareça, cantada um uníssono por todos que estavam junto comigo naquela festa. Desde 2009 chutando bundas, esta banda carioca sabe o que fazer encima dum palco e sim, foi sensacional. Pena que a banda que veio a seguir jogou um balde de água fria encima deste que vos fala. E pior: uma banda que sempre curti. O Amen Corner dá outra vez que os vi já não foi algo prazeroso devido a falta de garra no palco e ontem conseguiu ser mais chato ainda. Não sei o que aconteceu mas eu literalmente dormi numa cadeira assistindo o show deles já que estava bem cansado e com um show maçante desses, fica difícil se manter em pé. Uma pena já que a banda contém em sua discografia discos importantes mas ao vivo precisa duma injeção de vigor. Talvez seja o motivo ter visto um show tão cheio de energia do Velho, não sei o que dizer mas o Amen Corner deixou uma dívida para comigo. Agora o que veio a seguir.....
Me fazendo acordar, o Vulcano fechou a noite da melhor maneira: tocando o que sabe, sem frescuras ou crises de egos. Luiz Carlos Louzada ( vocal), Zhema Rodero e Gerson Fajardo ( guitarras), Carlos Diaz ( baixo) e Arthur von Barbarian ( bateria) fizeram um show curto porém direto como um murro no peito. Muitos ficaram tristes pelo show terminar mais cedo mas a banda não teve culpa pois o alvará da casa só poderia ter som até as 4 da manhã e como já se passava do horário acordado, tiveram que fazer metade do show. Mas quer saber? Mandaram seu recado muito bem obrigado!!!!!! Guerreiros de Satã, Total Destruição, Witch Sabbath além de algumas novas e outras dos discos anteriores foram executados e sempre com a competência que cabe uma banda, uma instituição chamada Vulcano sabe fazer. Talvez quando vejo alguém falando que não curte Vulcano eu me pergunto se esta lenda não é muito metal para este ser..... E o melhor disso tudo é cada um deles conversando com o público e eu presenciei algumas demonstrações de humildade. Não tem preço você fazer estas resenhas sem a menor pretensão ou de ser um puta crítico mas mesmo assim vir até a minha pessoa um cara como o Arthur me agradecer inúmeras vezes pelo comparecimento e a força e o quanto sou foda em meus textos. Ou Carlos Diaz conversando comigo dizendo o quão feliz é fazer parte disso tudo. O que faz o Vulcano ser tão especial, além do som fantástico, é esta atitude de pés no chão. São caras que farão parte do meu coração para sempre sem sombras de dúvida.
Chegando em casa, fiquei pensando nesta noite e sim, sou feliz por fazer parte da cena metal mesmo sendo eclético. Metal foi e sempre será feito para quem gosta realmente e não para embalos.
Que mais noites assim aconteçam e eu já soube de algumas datas de outros eventos que deixarei divulgar, não quero estragar a surpresa.....
Obrigado Vulcano!!!!!!!!!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Nervosa - Boteco do Valongo - 20/4/2017

Mais uma grande noite. Noite esta que só manteve o andamento do meu caso de amor platônico com essas mulheres guerreiras que carregam o metal dentro de seus respectivos corações. O que dizer acerca do que vi ontem? Um furacão? Um tornado? Uma bomba atômica a 78 km por hora? Ambas as alternativas descrevem perfeitamente o que foi o show das minhas Rainhas da Nervosa ontem no Boteco do Valongo com a mesma cheia e participativa. Foi a comprovação que qualquer comentário machista que fazem em relação a elas não irá possuir o mínimo fundamento. Digo mais: elas fazem o que muito marmanjo não faz. O que foi a garra de Fernanda Lira, uma frontwoman digna de conduzir o caos duma forma tão verdadeira? E o que Prika Amaral fez na guitarra? Mas este show ficará marcado para sempre como sendo o evento em que uma revelação apareceu e deu conta do recado além de ser um doce. A nova baterista da Nervosa chama-se Luana Dametto. Ela tem 20 anos e tocou numa banda chamada Apophizys que chegou até a sair numa edição da Roadie Crew. Segundo consta, a banda faz death metal e esta menina foi descoberta assim que a Nervosa foi atrás da substituta da não menos importante Pitchu Ferraz. Luana não só substituiu a altura como mostrou ontem que o futuro promete coisas maravilhosas para esta garota espetacular. Tive o prazer de falar com ela após o show e mediante aos elogios deste que vos fala, a doce garota foi extremamente simpática e nem parecia a mulher atrás daquela bateria tamanha a tranquilidade fora do palco. Se ela com 20 já toca assim, imagina ela com mais experiência o que esta menina não irá conquistar ainda... Fora que Fernanda e Prika também foram bem legais e mostraram também possuírem pés no chão. Lógico que nesta altura do campeonato, um certo deslumbramento seria cabível mas elas são como nós e tratam cada um como se fossem de suas famílias e ontem não foi diferente.
Mas tivemos duas bandas de abertura antes e irei ser bem sincero aqui. O Age of Blood abriu a noite e confesso que o show demorou para me agradar. Para falar a verdade  os assisti algumas vezes e juro que não consigo gostar do som deles. Possuem garra, gostam do que fazem mas não desce. Mas uma coisa esta banda possui de bom: uma dupla de guitarristas excepcionais mas fazer o que não é mesmo? Já o Usina foi diferente. Com uma puta postura de palco, os caras quebraram tudo com seu metal pesado misturado com hardcore gerando um crossover espetacular e bem raivoso e um detalhe: a baixista deles toca demais.
Aí restou as donas da festa fecharem com chave de ouro a noite que foi exclusivamente delas. Uma postura de palco fantástica além dum set list dando uma aula de thrash metal para muitos que estavam ali. Faixas como Death, Masked Betrayer, Hostages, Intolerance means war, a já clássica Into Moshpit entre outras pérolas.
Como disse antes, e já venho dizendo, se você quer ouvir o rock/metal nacional esqueça que irá ver e ouvir tais talentos pela grande mídia pois para ela, talentos como a Nervosa não existem ou querem se fazer de bestas ou pior: este povo manipulado não estaria preparado para tamanha informação. E mais uma vez obrigado a essas 3 mulheres por me fazerem um homem mais feliz. Eu amo mulher que possua atitude. Sim, eu amo Fernanda Lira, Prika Amaral e Luana Dametto do fundo do meu coração. Enquanto a Nervosa existir, o metal mundial irá agradecer. E eu também.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Norah Jones me fez um homem melhor e apaixonado.

Sabe o real significado de se apaixonar por uma mulher? Não é somente beleza ou o fato da mesma ter um belo corpo que a fará diferente. É sim a sua capacidade de atrair duma forma natural sem apelar para a vulgaridade. Mulheres que somente querem ficar sem roupa numa cama de casal achando que assim irá encantar alguém só me faz sentir pena de tal coitada infeliz. Uma mulher de verdade é aquela que o fará ser feliz. E Norah Jones passou-me uma felicidade tremenda entre ontem e hoje ao constatar que seus discos são deliciosamente maravilhosos cuja música que saíram destes 4 discos adquiridos são, além de sem a menor pretensão de serem rotuladas, uma salvação na lavoura da música pop feminina. Sim, foi algo apaixonante, atração de forma verdadeira e sem mentiras.
Transitando sua música para algo mais alternativo e intimista Norah Jones mostrou a real razão de ouvir o que gosta sem a menor preocupação por seguir modismos ou certas coisas tão passageiras quanto fúteis.
Iniciando com The Fall de 2009, a música que inicia já me dá o que teria no decorrer da audição do restante do material: uma linda melodia com uma voz incrível por ser simples porém adocicada. Alguns destaques como Chasing pirates, Even though, Light as a feather, It´s gonna be entre outras deste disco são pequenas obras de arte dentro duma grande obra. Not too late de 2006 vem na sequência e mais uma demonstração de amor e carinho para com este homem apaixonado estão em belas faixas como Wish i could, Until the end, Not my friend, Thinking about you entra outras formas de se encantar qualquer ser humano dotado de bom gosto. Feels like home de 2007 é outro disco espetacular e na verdade devo ter ouvido as músicas com aquela saudade daquelas séries dos anos 90 ou mesmo aqueles filmes de comédia romântica ( sim eu gosto) como Simplesmente Amor entre tantas outras pérolas da alto ajuda humana. E com um grupo de músicos talentosos faixas do porte de Sunrise, What am i to you?, Those sweet words além de Humble me e The long way home não poderiam soar de outra forma que não fossem perfeitas. E aquela voz doce sempre ali, intacta. Finalizando esta experiência divina temos o soberbo Little Broken Hearts de 2012 e que delícia foi ouvir sons como Good Morning, Say goodbye, Take it back, After the fall, Out on the road, Miriam e All a dream que encerrou esta jornada, aquele final de semana em que passou com a melhor companhia, aquela que irá mudar para melhor sua vida agregando um valor gigantesco.
Para mim, bastaram duas noites para Norah Jones me cativar e adquirir os outros itens desta que se tornou a minha queridinha, meu amor, minha personificação perfeita da mulher real e não as tantas sensações fakes que enlameiam o cenário musical e em nosso dia a dia. Como disse um amigo meu: " elogie quem realmente merece"
E nesse quesito não poderia diferente em se tratando duma grande mulher chamada Norah Jones.
Te amo Norah Jones.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Mythological Cold Towers - Sphere of Nebaddon - The dawn of a dying Tyffereth

Ao som da maravilhosa Norah Jones, no sossego de seu som e no aconchego de meu quarto após um dia de trabalho, mais uma vez este que vos escreve vem com um disco imperdível aos amantes de doom e heavy metal em geral. Pude ver esta banda duas vezes e foi daquelas paixões a primeira ouvida e recomendo que assista qualquer show destes caras. Um som pesado, ora arrastado e denso que permite algumas pequenas passagens mais rápidas no melhor estilo death metal mas sem perder a característica do doom metal praticado por este grupo de São Paulo. Neste relançamento, o primeiro disco de 95 continua tão atual e grandioso e digo que foi uma das mais estonteantes experiências sonoras pelas quais pude caminhar, um álbum fantástico.
O ( então) sexteto prontificou de gravar algo de impacto e Sphere of Nebaddon consegue tal intuito com 10 faixas que mexem com as emoções de quem sente a música da forma que ela chega até você. Lembrando o Paradise Lost da fase Gothic com um que de Theatre of Tragedy dos primórdios, o Mythological passa algo extraordinário.
O que dizer acerca duma faixa chamada In the forgotten melancholic waves of the eternal sea? Guitarras pesadas, uma cozinha forte aliadas a um vocal que transmite toda a frustração mediante um mundo cada vez mais próximo ao caos reinante estão nesta e em outras faixas soberbas como Celestial dimensions into silence, The vastness of a desolate glory, Slaves in the imaginary abyssal line entre outras deste disco. E o que falar sobre uma pérola musical chamada A portal to my darkest soul? Simplesmente é difícil descrever tamanha emoção ao ter acesso a um álbum tão legal e emblemático quanto este.
Nossos talentos daqui são muito bons e cativantes. E agora esta obra prima volta e com isso eu mesmo pude ter a chance de possuir um dos melhores discos de metal de todos os tempos. Já bateu a vontade de ter os outros.....

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Algumas bandas da nossa cena

Antes de finalizar esta noite, estava eu ouvindo duas mídias que me trouxeram mais uma vez as bandas daqui que algum cara muito bacana gravou. E mostrou o quanto de banda legal nós temos por aqui na baixada. Lógico que possuímos algumas porcarias mas eu não irei me ater em algo que não presta. Nesse espaço apenas teremos para falar referente as bandas boas que atuaram e ainda atuam ainda mais atualmente com o cenário fervendo novamente graças a eventos realizados atualmente. Dentre algumas bandas que passaram por estas duas mídias cedidas pelo meu brother Rodrigo temos : Vulcano, Evil Syndicate, Abuso Verbal, Fake, No Sense, Carnal Desire, Chemical Disaster, One Broken Finger, Repulsão Explícita, Thrashera entre outras das quais não consegui identificar mas que me proporcionaram uma sessão nostálgica bem bacana. Algumas não estão mais na ativa mas deixaram seu legado importante mostrando que a baixada é rica em sonoridades . Lógico que, apesar das dificuldades, tínhamos mais lojas especializadas ( hoje só restam a Blaster e a Sound of Fish ) além da força duma 95fm que garantia a existência dum programa importantíssimo para a cena pesada, o inigualável Hard n´Heavy que era apresentado por Pepinho Macia, também dono da Metal Rock. Ainda me causa aquela saudade quando eu passo na Tolentino Filgueiras e olho o que um dia estava localizada a loja. Assim como sinto saudade daquela época em que tínhamos tantas coisas legais acontecendo na cidade. E com eventos como a Trinca, A Cena e casas como o ótimo Boteco do Valongo, este espírito volta tendo grande parte daquela galera, hoje adultos com contas para pagar e filhos para criar. Mas a vontade de curtir um som não se apaga assim como a paixão de curtir uma música sentindo de verdade.
Posso dizer que passei praticamente curtindo somente bandas daqui e outras que não estão aqui nestes disquinhos como Empire of Souls, Infector, Opus Tenebrae entre outras só enriquecem cada vez mais um cenário que possui toda qualidade para bater de frente com o restante do Brasil e até do mundo. Ah, vamos encaixar também Chance, Dittohead, Safari Hamburguers, Psychic Possessor, SummerSaco, Ninurta, Moonfull Tears e como não citar o grandioso Harry do nosso saudoso e grande colaborador da cena da baixada Johnny Hansen além do Chesed Geburah, Necrodulia que recentemente pude conferir ao vivo e prometem ambos discos matadores assim como o já citado Infector que está preparando o tão aguardado disco de volta.
Mas no final desta história, todos que atuam, seja banda, ouvinte ou mesmo comunidades ( Brothers of Metal) estarão sempre por aqui realizando algo cultural para nossa cidade apesar de alguns ficarem naquela choradeira. Outro evento que temos um dever enorme de enaltecer como um grande catalisador de cultura é a Feira de vinil idealizada pelo Dj e apresentador do programa Som do Dias Sérgio Dias, um profundo conhecedor musical que dá a chance para expositores de discos e cds e lógico quem ganha somos nós ouvintes.
Bom, deixo agora o espaço a cada um de vocês de comentarem algo ou até mesmo citarem alguma banda que não creditada nesta resenha. Como disse antes, nossa cena roqueira é forte. O que resta são os ouvintes darem um crédito e apoiarem isto tudo. Cuidem de suas saúdes e sejam felizes ouvindo boa música que lhe agradarem. Paz.

sábado, 15 de abril de 2017

A Cena - 14/4/2017 - Boteco do Valongo - Unholy Outlaw, Chesed Geburah e Mythological Cold Towers.

Ontem a noite o Boteco do Valongo mais uma vez foi o cenário e a comprovação de que há uma cena sensacional. Não quero falar de perrengues, muito menos de tretas desnecessárias e sim somente da música que foi o que importou e lógico as pessoas das quais nutro um respeito grandioso. Estou falando de bandas muito foda, cuja garra faz a diferença neste mar de bebês chorões que infestam o cenário nacional. Mas enquanto alguns ficam por aí com discursos mimizentos, outras pessoas arregaçam as mangas e põe a mão na massa para executar algo que faça um público ir aos eventos. De antemão, TODAS as bandas estão de parabéns pois proporcionaram uma ótima noite de metal, independente de estilo do mesmo. O heavy metal para quem aprecia da forma verdadeira, pode ser death, black, grind, doom, gothic, não importa. O importante é a união e somente ela pode fazer uma cena forte e duradoura. Parabéns aos organizadores, Mário ( Empire of Souls) e Roberto Opus ( Opus Tenebrae) por mais uma edição realizada com sucesso e a próxima promete mais uma vez estar com a presença dos camisas pretas e o belo atendimento do Boteco que como sempre dá seu show próprio. Um dia antes aconteceu outro evento realizado por Luiz Carlos Louzada ( Vulcano) e conforme informações, foi outra grande noite. Sendo assim, o que faz algumas pessoas ficarem chorando? Lembro que quando realmente a coisa estava meio parada, chegou um certo Ricardo Nadal com a comunidade Brothers of Metal que dum pequeno grupo de pessoas, a coisa tomou tal proporção que os eventos começaram a acontecer novamente devido a procura de pessoas querendo principalmente a Trinca dos Infernos de volta. Após um tempo não só a Trinca voltou mas o evento da Cena veio para agregar ao som pesado e não competir. E o mais legal de tudo: estes caras estão trazendo pessoas para curtir bandas autorais. E sim, fazer metal aqui no Brasil nunca foi algo simples e fácil. O underground é e sempre será um nicho do mercado direcionado para quem realmente curte música de maneira sincera e que possui um certo romantismo e eu não vejo o menor problema nisso.
Dando início a noite veio o doom stoner do Unholy Outlaw, banda paulista formada no final dos anos 90 e como o estilo entrega, tivemos o melhor de Candlemass, Witchfinde General, Black Sabbath, Cathedral entre outras do que há de melhor no doom metal. Fábio Oliveira, Gustavo Fernandes, Wilmes Figueiredo e Marcos Roberto deram um puta show com vocais sensacionais e um instrumental vigoroso, pesado, denso e feito por quem ama o estilo. Foi uma agradabilíssima surpresa, num desses shows que foi tão bom que terminou rápido demais. Caso queira ouvir um stoner doom de qualidade, procure agora mesmo por material desses caras. Fora a simpatia com que eles cativaram a galera logo de cara. Perfeito!!!!!! Após este show, muitos aguardaram a lendária banda Chesed Geburah que estava retornando aos palcos da baixada depois de uma longa hibernação. Formado por Ezequiel ( bateria), Goatherion ( vocais), Evagner Claus ( teclados) e Gosuen Alexandre (guitarra e baixo), estes caras são veteranos que não precisam de quaisquer apresentações pois são atuantes na cena, caras dos quais quem frequenta os picos de metal sabe quem são. Temas como Under the vastness linear, Dark nature, Alcateia delta, Twelve entre outras foram executadas com tal perfeição e malvadeza que não seria apropriado para pessoas sensíveis demais ou que tem pesadelos a noite. Fazendo uma referência ao material antigo do Samael em sua fase mais maldita, estas lendas quebraram tudo. Os vocais cavernosos de Goatherion fizeram muitos ficarem de boca aberta assim como a guitarra pesada de Alexandre e os teclados de Evagner tem grande importância afim de deixar o som do Chesed mais macabro e com aquela cara de fim dos tempos. Ezequiel, que também detona no Necrodulia, mostra ser um dos melhores bateras de extremo. Aqui não cabe técnica e sim um feeling sensacional, um modo de tocar bateria que o torna melhor que muito metido a baterista que vemos por aí. Agora que venha o disco e mais shows matadores como este!!!!!
E a noite terminou de forma primorosa com os lendários do Mythological Cold Towers, que retornou a baixada após 20 anos e mais uma vez não decepcionou. Eles são a versão brasileira do Paradise Lost da fase Gothic!!!!! Com uma presença de palco excepcional, Samej ( vocal), Shammash e Nechron ( guitarras) e Hamon ( bateria) cativaram a galera em meio segundo de show. Rolando sons novos e antigos, estes camaradas tocaram muito e era de impressionar o trampo de guitarras, tocadas com peso e muita melodia, temperos essenciais para uma banda de doom. E aguarde pela resenha do disco Sphere of Nebadon que foi relançado.
Enfim, foi mais uma bela noite regada a metal de qualidade, amigos e a comprovação de que o melhor da música nacional está nos muitos circuitos alternativos em geral, desde metal até outros estilos que passam cultura de verdade e não música bunda mole feita para pessoas sem conteúdo.
Até a próxima noite..... Nervosa!!!!!!!!

domingo, 9 de abril de 2017

Pink Floyd - Meddle

Finalizando esta etapa de discos adquiridos na feira ontem, mais um do Pink Floys entra em minha casa deixando mais uma vez este que vos digita de boca aberta. Na verdade, estou numa viagem aonde a música boa me guia para bem longe de tudo. Ouvir Pink Floyd não é para qualquer um. O qualquer um vai querer ouvir só as manjadas, bater palminha e achar que é roqueiro porque canta Another brick in the wall. Este disco é para aqueles que gostam do Floyd mais focado na música e menos em super produções. Não que o The Wall seja algo abominável mas Echoes é infinitamente superior a ele. Lançado em 71, as 6 composições aqui trazem uma passagem muito legal a um mundo bem melhor do que este do qual vivemos. One of the these days abre o disco com algo espetacular e dando continuidade temos uma joia musical chamada A pillow of winds e mais outra chamada Fearless numa sequência inacreditável, muito bom mesmo.
San Tropez e Seamus fazem aquele aquecimento para o grand finalle do disco chamada Echoes. Tendo mais de 23 minutos, aqui o Floyd mostra para o Dream Theater que eles nunca farão algo assim, ou seja, uma música grande mas não chata. E aqui também mostrava que a formação Gilmour-Waters-Wright-Mason estava afiada e produtiva.
Puta disco!!!!!!!!

U2 - Son gs of Innocence

Enfim, este disco adentrou em meu lar e tive uma oportunidade melhor de digeri-lo. Ontem na feira de disco no Gonzaga, o clima apesar de festivo ao encontrar os amigos era também de tristeza devido a perda repentina de Johnny Hansen, falecido na sexta feira por complicações de saúde. Todos que estavam lá ainda não tinha caído a ficha e nem deveria ser diferente. Mas o rock é algo tão legal, tão humano e sincero que ao mesmo tempo percebeu-se também uma aproximação maior entre as pessoas e isso com certeza deve estar fazendo o Hansen feliz agora aonde ele estiver. O organizador da feira Sérgio Dias estava pensativo se iria ou não realizar a feira de disco mas acabou realizando devido a conselhos de que o próprio Hansen gostaria muito que esta feira fosse realizada já que o mesmo adorava aquilo tudo, um profundo conhecedor e amante da música. Sendo assim, fui lá dar uma olhada e garimpei dois cds muito legais, sendo um deles este mais novo disco do U2. Confesso que na primeira audição o disco foi dado o ok mas não o achei tão atrativo assim a ponto de comprar. Uma coisa é certa e sempre será: uma banda igual ao U2 dificilmente terá um disco ruim. A capacidade de Bono Vox ( vocal), The Edge ( guitarra), Adam Clayton ( baixo) e Larry Mullen jr. ( bateria) de realizar composições e discos são de uma categoria das mais brilhantes e basta conferir em sua longa discografia que terá mais exemplos positivos do que negativos. Também chega a ser hilário a elite radical do rock, os headbangers malvados e impiedosos, profanarem pérolas do tipo " U2 não é rock". Ah tá, U2 é lambada então..... Por favor gente!!!!!!
Lógico que temos o direito de gostar e desgostar do que quisermos, isso é um fato. Agora ficar denegrindo um artista que não gosta a ponto de querer que o mesmo seja apagado da face da Terra é uma atitude cretina. Seria o mesmo de achar que o Senna foi campeão por que a Globo ajudou ou que a beleza da Gisele Bundchen foi "comprada" e ela foi a número um da moda porque "ajudaram" ela a ser a mais linda entre as modelos.
Voltando ao disco de 2014, ele traz ótimos momentos agora melhor avaliado pois ouvi o disco de forma mais atenta e assim percebi o quão ele é muito bom. Alguns destaques são impossíveis de não ser percebido como The miracle ( of Joey Ramone) que entrega uma homenagem ao eterno frontman dos Ramones e abre o disco de forma muito bonita, cuja melodia instrumental se alia a voz de Bono, um tremendo cantor diga-se de passagem. Outras faixas como Every breaking wave, California ( there is no end to love ), Song for someone, Volcano ( show de The Edge aqui) e The troubles são daquelas para se ouvir atentamente para sacar todos os detalhes instrumentais. E descolei a versão dupla que além de versões alternativas para algumas faixas traz entre as duas inéditas, a impecável Lucifer´s hands que junto com The crystal ballroom poderia facilmente estar entre o track list oficial.
Resumindo a coisa toda, o U2 continua sendo o U2 de sempre, mais um disco muito legal duma banda que sabe fazer algo inovador sendo básico. E cabe salientar que, o termo "básico" aqui não significa rebaixar ou denegrir o artista citado. É sim mostrar aos seres humanos que fazer algo muito complexo não significa nada se não vier do coração. U2 é foda!!!!!!!!

terça-feira, 4 de abril de 2017

Laura Pausini - 20 - The Greatest Hits

Meu carinho por esta italiana começou lá atrás quando ela apareceu pela primeira vez com La solitudine . Aquela voz, com o instrumental pop aliados foram a deixa para eu começar a gostar e a partir do momento em que adquiri o primeiro disco até hoje, Laura Pausini adentra aqui em meu quarto para cantar e encantar com uma emoção dificilmente sentida nessas cantoras de agora. Não, a Itália não é Rhapsody. É terra de gente que faz algo que presta como a minha querida Laura. Nesta coletânea, Pausini mostra seus grandes sucessos em novas versões entre elas há duetos que funcionaram e um que poderia ter sido descartado: a versão lambada para Non cé/se fué com o mala Marc Anthony poderia ter sido limada pois além de descaracterizar a linda canção, trazer este canastrão de meia tigela tira um pouquinho do brilho que é esta compilação. Ivete Sangalo, que faz axé, se saiu muito bem em Le cose che vivi/tudo que eu vivo numa interpretação correta mostrando a versatilidade da baiana em cantar estilos diferentes e conseguir sair de sua zona de conforto. Sim, eu acho Ivete Sangalo muito foda, para desespero dos trues da vida....
Outros duetos merecem uma salva de palmas como em Io canto/Je chante aonde a presença de Lara Fabian e sua voz poderosa tornou a canção mais forte e algo que reparei foi uma pegada mais rock em algumas faixas como na versão atualizada de Tre te til mare que lembra AOR. Outra surpreendente participação foi a de James Blunt em Primavera in anticipo ( it is my song) aonde o jogo de vozes ficou de arrepiar com direito a uma interpretação de Blunt. Ele só aprendeu a escrever músicas boas para ele mas isso é uma outra história....
Outras faixas são destaque como It´s not goodbye, Surrender e Limpido, esta última em duas versões solo e com Kylie Minogue fazendo um ótimo dueto.
Este disco simboliza o quão é e sempre será importante termos uma cantora igual a Laura Pausini em nossas vidas, em nossos aparelhos de som. Ah, mas não pode ouvir? Quem determina o que ouvir em meu quarto sou eu. Portanto, este papo furado de ficar "estranhando" e acusando esta referida pessoa de ser "traidora", "poser" ou sei lá mais o que só comprova que alguns seres humanos ainda necessitam duma evolução a ponto de compreender que gosto musical é algo extremamente pessoal.
Não diria que, para evoluir, você deva ouvir Laura Pausini. Mas já conta respeitar.
Best of aprovado pelo selo de qualidade emitido por este blog. Um dia ainda hei de assistir um show desta mulher.

domingo, 2 de abril de 2017

Judas Priest - Turbo 30

Antes de iniciar a falar acerca deste relançamento, algumas coisas devemos enaltecer. Hoje tive um  domingo dos quais o prazer de estar com quem você tanto gosta e nutre um sentimento de amor verdadeiro dos quais temos e devemos sempre ter. Apesar de cada vez mais as pessoas se ligarem mais numa mera conta de facebook e ficarem levando a sério toda e qualquer postagem, é de se louvar ainda termos a chance de encontrar cara a cara com pessoas das quais fazem a diferença. Eu tenho uma sorte quanto a isso pois tenho sempre as pessoas mais do que especiais perto de mim. São seres humanos que falam a verdade quando você erra mas enaltece também quando você acerta. Como foi dito hoje numa sensacional reunião de amigos, ninguém é 100 % certo assim como não temos ninguém 100 % errado. O que devemos é refletir acerca dos erros para que os mesmos não sejam cometidos. E a vida segue de forma tranquila e sem rancor. Além disso, fiz uma ótima ação e domingo que vem farei juntamente com outras amigas, a entrega de caixas de bombons para crianças das quais necessitam de nossa atenção e carinho. São atos assim que podem fazer toda uma diferença a todos como pessoas e nos fazem com certeza crescermos ainda mais. É fácil reclamar do que ocorre ao nosso redor. Mas para mudarmos ou mesmo dar o ponta pé inicial temos que arregaçar as mangas e correr atrás do conserto.
E o disco que irei resenhar é para coroar toda esta positividade ocorrida hoje. E pensar que este disco foi renegado pelos fãs de metal na época e a pergunta que me veio a cabeça durante toda a audição foi : " vocês estavam surdos?".
Lançado em 86, Turbo veio com uma proposta diferente do que faziam na época. Para alguns foi uma mera traição ao metal. Para a banda foi a chance de poderem fazer algo mais expansivo e não ficarem retidos somente ao heavy metal. Ouvindo Turbo, o que comprovei foi sim uma baita aula de heavy rock das quais muitos ficaram xingando mas sem a menor noção do que estavam falando. Senão vejamos, não foi um disco que saiu da proposta de som dos caras como foi Eye II Eye do Scorpions ou mesmo St. Anger do Metallica. Eles continuaram a fazer som habitual e brilhante mas com alguns temperos do hard rock oitentista. E aqui passados 30 anos, Turbo não saiu como vitorioso ao atravessar a linha do tempo mas provou-se algo que na época não foi comprovado: o disco é fantástico!!!!!
Abrindo com Turbo Lover, o disco já começa pra cima cuja faixa transmite para alegrar o ouvinte e o fazer se redimir do erro do passado ao julgar uma pérola desta como "merda". Locked in mantém o nível sensacional aonde refrões grudentos se aliam a guitarras mágicas e que performance de Halford... Novidade não é mesmo? E o que dizer sobre Private property, Parental guidance e Rock you all around the world? Simplesmente impecáveis. Mas neste disco há uma daquelas faixas a se ouvir no repeat umas 456 vezes sem enjoar. Trata-se de Out in the cold. É de chorar de joelhos agradecendo cada vez mais o bem que o rock faz e continua fazendo em nossas vidas. Wild nights, hot & crazy days, Hot for love e Reckless encerram o disco e eu nem ouvi o ao vivo gravado no dia 22 de maio de 86 em Kansas na Fuel for life tour e que gerou o disco Priest live ! tempos depois. E mais uma vez o Judas só concretiza o porque de ser uma das melhores bandas ao vivo. Uma aula de afiação, animação e um vigor emocionante. O que dizer dum show que já abre com Out in the cold ? E que ainda temos Heading out to the highway, Metal gods, Breaking the law, Some heads are gonna roll, Eletric eye, Freewheel burning, Victim of changes, Living after midnight e que ainda fecha com Hell bent for leather ? Analisando o set list, trata-se de algo de outro planeta. Mas não, estamos falando do Judas Priest e quando cita tal nome, além de Iron Maiden, Metallica além de Black Sabbath, o dever de todos nós é respeitarmos cada um desses grupos pois foi graças a eles que muitos estão ou mesmo são meros ouvintes de heavy metal. São bandas deste naipe que nos fazem ter amizades tão legais e a música em si foi inventada para isso: entreter, unir, ter sentimentos verdadeiros além de erguer a cabeça acerca das adversidades do nosso dia a dia que vai desde pessoas cretinas que te julgam por ouvir rock até antas sem função que enaltecem o errado ao invés do certo.
É com este disco que desejo uma ótima semana a todos os meus brother e sisters em especial a dois caras que, sem desmerecer as outras pessoas, fazem a minha turma, ou melhor, fazer de nós um power trio : Carlos Peralta e Wellington Júnior, esta edição do Turbo eu dedico a vocês. Mas fica a todos que estão comigo meu abraço forte que também está reservado a Mauro Pinheiro Cruz.

Guns n´Roses - Live in Mellbourne 1988 / Appetite for Outtakes

Enquanto eu não falo acerca do relançamento sensacional de Turbo, disco do Judas Priest, me apareceram estes dois itens bem interessantes do Guns em minhas mãos, num esquema de doação. Havia mais coisas mas optei por estes dois itens bem interessantes. O disco ao vivo nada mais do que uma apresentação do Guns n´Roses que até então haviam lançado um disco chamado Appetite for Destruction e estavam galgando os primeiros passos para se tornar a banda gigantesca que fizeram o mundo da música virar de cabeça pra baixo. Gravado pela MTV, a banda era uma daquelas sensações que só faltava um empurrãozinho para serem grandes mas a verdade é que o Guns já nasceu grande, ambicioso e pronto para atacar. Ter um frontman como Axl Rose era cartada certa além de músicos do nível de Slash e Izzy Stradlin ( guitarras ) além duma cozinha eficiente formado por Duff McKagan ( baixo) e Steve Adler ( bateria). A verdade é que o Guns avisou a seus companheiros espalhafatosos do hard rock que se fantasiar de mulher, passar batom na boca e fazer biquinho na tv já era coisa do passado. O hard rock teria que ser mais enxuto no visual, ter peso e melodia na certa. E convenhamos: a única banda que chegava perto do Guns naquela cena era o Mötley Crüe que já tinha largado a purpurina a partir do disco Girls Girls Girls. O Tesla também aderiu ao visual homem.
E a ferocidade de It´s so easy, Mr. Brownstone, Out ta get me, Welcome to the jungle, Nightrain, Paradise city e a sacana Rocket Queen iam bem frente das músicas do Poison por exemplo que, apesar de gostar muito, era praticamente conto de ninar de batom perto do Guns n´Roses. Por outro lado, a banda sempre primou por composições mais leves e isso foi um grande diferencial pois uma música como Sweet Child o´mine é uma baita canção e aí você vê o quão Axl é e sempre será um grande compositor de mão cheia.
Já em Appetite for Outtakes, como o nome já indica, traz alguns sons seja ou não conhecidos gravados em formas diferentes. Dentre elas temos versões ainda em construção de Welcome to the Jungle, Anything goes ( bem legal por sinal), Move to the city, Reckless life, November Rain, Don´t cry, You´re crazy, entre outras. Cabe ressaltar que November Rain, Don´t Cry entre outras de Use your Illusion já estavam sendo feitas até antes do primeiro disco sair, tamanha era a inspiração dos caras.
Falar do nome Guns n´Roses é falar sobre respeito para com esses caras aonde comentários de metidos a revoltados não serão aceitos pois tais não possuem créditos para isso. Agora com licença que o Turbo está no som e já já estarei de volta para falar dele.

sábado, 1 de abril de 2017

The Jesus and Mary Chain - The sound of Speed

Finalizando os discos adquiridos neste sábado de sol ( que já choveu) este disco do Jesus não consegui entender muito bem. Trata-se duma coletânea? Caso alguém decifre este enigma, serei grato pela informação. Eu já tinha um disco deles ( muito bom) e agora este somente comprova o quão boa é esta banda e aonde eles podem chegar com o som deles. Ora mais distorcido, ora mais viajante, o Jesus detém uma qualidade e cheguei a uma conclusão bem interessante. Eles podem terem inspirado o Tiamat naquela transição para discos mais atmosféricos, principalmente no A deeper kind of slumber. Desde as vocalizações até no instrumental, há muita semelhança entre eles e o Jesus e abre uma observação acerca do que estes caras e de outras bandas de doom metal ouviam quando mudaram o som. Sim, não posso afirmar, isso é verdade. Mas que fica meio que evidente isso fica.
Ouça Snakedriver, Heat, Don´t come down, entre outras aqui e após isso ouça o A deeper kind of slumber e faça a comparação.
Independente disso, recomendo grande parte do que eles fazem. Mas um alerta: ouça de mente aberta. Para pessoas de cérebro atrofiado, o Jesus seria algo muito complexo. Até mais.