sábado, 22 de abril de 2017

Vulcano, Amen Corner,Velho, Pentacrostic e Conquistadores - São Paulo em chamas fest - 22/4/2017

E lá fui eu novamente para mais um evento metálico de altíssimo nível, assistir bandas cujo shows transformam-se em experiências memoráveis além de ter a chance de se encontrar com amigos sensacionais e fazer outras amizades que ficarão na ativa até quando a pessoa quiser. Ontem em São Paulo, pude presenciar 3 bandas que não devem nada a ninguém pois já mostraram a que vieram. Chegamos lá e infelizmente o excepcional Conquistadores já havia rolado. Digo infelizmente pois já tive o prazer de vê-los em Santos e comprovado um show espetacular aonde o heavy metal é levado a sério com muito amor e sinceridade. Tomara que tenha outra oportunidade para ver esta lenda metálica nacional em breve.
Então coube o Pentacrostic abrir a minha noite com um death metal diferenciado e o show que aguardei por anos pois sempre fui muito fã destes caras desde lá nos idos anos 90 e mais alguma coisa quando comprei um disco que estava em lançamento na época e que foi lembrado ontem. De profundis é um dos discos mais legais de metal mundial feito neste planeta e recomendo a cada um de vocês que nunca ouviu dar uma checada pois trata-se duma aula perfeita. Outro disco recomendado é o fantástico The pain tears de 92, outra obra prima.
Tendo em suas fileiras Marcello Sanctum ( baixo e vocal) na liderança, a banda fez o que todos presumiram: um show de metal cheio de garra e competência dum cara que carrega a bandeira do death doom desde 89, um verdadeiro ícone. A formação restante também é um caso a parte pois caras como André Gubber, Fernando Aguiar e Fábio Jhasko são acima da média e mereciam sim uma melhor visibilidade pois são instrumentistas do mais alto nível em principal Jhasko que simplesmente integrou o Sarcófago. E foi este último que deu um show de guitarra tocando com o Pentacrostic um arrasador cover para Midnight queen do sensacional The Laws of Scourge, um dos itens mais legais de metal mundial. Um saldo mais do que positivo e uma banda antológica. Quem achou melhor ficar chupando o dedo em casa....
Na sequência veio um show, um caso a parte desta noite, um espetáculo que todo ser vivo amante da arte extrema deve presenciar um dia: assistir o Velho. Tenho dois discos desta lenda e poder ver isto na minha frente foi de extrema gratificação e o ( agora) quarteto não decepcionou com um show enérgico, aonde o amor pelas artes negras e imundas do underground foi demonstrado com tanta emoção que só não chorei pois estava vociferando temas sensacionais como a já clássica Satã apareça, cantada um uníssono por todos que estavam junto comigo naquela festa. Desde 2009 chutando bundas, esta banda carioca sabe o que fazer encima dum palco e sim, foi sensacional. Pena que a banda que veio a seguir jogou um balde de água fria encima deste que vos fala. E pior: uma banda que sempre curti. O Amen Corner dá outra vez que os vi já não foi algo prazeroso devido a falta de garra no palco e ontem conseguiu ser mais chato ainda. Não sei o que aconteceu mas eu literalmente dormi numa cadeira assistindo o show deles já que estava bem cansado e com um show maçante desses, fica difícil se manter em pé. Uma pena já que a banda contém em sua discografia discos importantes mas ao vivo precisa duma injeção de vigor. Talvez seja o motivo ter visto um show tão cheio de energia do Velho, não sei o que dizer mas o Amen Corner deixou uma dívida para comigo. Agora o que veio a seguir.....
Me fazendo acordar, o Vulcano fechou a noite da melhor maneira: tocando o que sabe, sem frescuras ou crises de egos. Luiz Carlos Louzada ( vocal), Zhema Rodero e Gerson Fajardo ( guitarras), Carlos Diaz ( baixo) e Arthur von Barbarian ( bateria) fizeram um show curto porém direto como um murro no peito. Muitos ficaram tristes pelo show terminar mais cedo mas a banda não teve culpa pois o alvará da casa só poderia ter som até as 4 da manhã e como já se passava do horário acordado, tiveram que fazer metade do show. Mas quer saber? Mandaram seu recado muito bem obrigado!!!!!! Guerreiros de Satã, Total Destruição, Witch Sabbath além de algumas novas e outras dos discos anteriores foram executados e sempre com a competência que cabe uma banda, uma instituição chamada Vulcano sabe fazer. Talvez quando vejo alguém falando que não curte Vulcano eu me pergunto se esta lenda não é muito metal para este ser..... E o melhor disso tudo é cada um deles conversando com o público e eu presenciei algumas demonstrações de humildade. Não tem preço você fazer estas resenhas sem a menor pretensão ou de ser um puta crítico mas mesmo assim vir até a minha pessoa um cara como o Arthur me agradecer inúmeras vezes pelo comparecimento e a força e o quanto sou foda em meus textos. Ou Carlos Diaz conversando comigo dizendo o quão feliz é fazer parte disso tudo. O que faz o Vulcano ser tão especial, além do som fantástico, é esta atitude de pés no chão. São caras que farão parte do meu coração para sempre sem sombras de dúvida.
Chegando em casa, fiquei pensando nesta noite e sim, sou feliz por fazer parte da cena metal mesmo sendo eclético. Metal foi e sempre será feito para quem gosta realmente e não para embalos.
Que mais noites assim aconteçam e eu já soube de algumas datas de outros eventos que deixarei divulgar, não quero estragar a surpresa.....
Obrigado Vulcano!!!!!!!!!

Um comentário:

  1. Obrigado vc Thiago' pela força'carinho e principalmente amizade....um forte abraço'

    ResponderExcluir