terça-feira, 30 de agosto de 2016

David Bowie foi embora da mesma forma quando começou: sendo criativo.

Sim, a morte dele já aconteceu e todos já sabem disso. Mas, adquirindo os dois últimos discos deste gênio, assumi a responsabilidade de falar mais um pouco dele pois já tinha feito um apanhado de alguns de seus discos anteriores. O que você faria se caso recebesse a notícia dum câncer cuja probabilidade de vida seria de meses? Algo difícil de se pensar não é mesmo? Eu mesmo confesso que seria uma resposta difícil até para mim e para todo mundo pois ninguém nesta Terra ficaria confortável sabendo que logo logo iria embora ou  como seria a música do U2, como seria a nossa " última noite na Terra ( Last night on earth). Bowie nos deixou criando e criou não um mas dois ótimos discos e não estou falando isso para pagar de fã após sua morte. The Next Day e Black Star são daqueles discos que merecem ser apreciados mais de uma vez. Talvez não seja logo de cara aceito mas tente mais de uma vez pelo bem da sua vida.
The next day veio após um bom tempo sem nada gravado e trouxe Bowie afiado e com músicas bem a seu estilo. Conhecido como o cara que sempre reinventa sua música, ele simplesmente gravou o que podemos dizer de algo fabuloso e alternativo. Pergunte para muito cara ligado a cultura alternativa tanto de moda quanto de música e verá que David Bowie influenciou e influencia cada um deles.
Destaques neste disco vão para a faixa título que abre o disco de forma animada e dá sequência com Dirty boys e The stars ( are out tonight), esta última algo como uma joia pronta e brilhante como sempre deveria ser. Outra que destaco é Where are we now? e eu pergunto aonde estão Bowie, Lemmy, Elis entre outros hein? Com certeza deve ter um céu somente para mentes brilhantes que estão vivos enquanto cada um de nós darmos aquele play em algum aparelho de som ou num humilde micro system.
Já Black star é o oposto de Next day: não diria que seja um disco inteiramente depressivo mas como foi algo feito sem maiores preocupações para vendas gigantescas, Bowie gravou algo próximo ao experimental, feito para fãs e não para a massa devoradora de músicas grudentas e de fácil assimilação. A faixa título inicia neste pique. Viajante. Impactante. Lazarus é outra para se ouvir em outra dimensão e sem a menor preocupação de rótulos. O clip dela é simplesmente algo de se emocionar.... Girl loves me pode ser um tema bobo mas ouvindo -a tenho aquela impressão de dever cumprido comigo mesmo. Fechando com I can´t give everything away o disco me trouxe algumas reflexões e sinceramente se este cara teve a força de vontade que teve em criar mesmo estando em seus últimos dias de vida, o que é uma mera prova? O que é um trabalho difícil?. Não há coisas difíceis. O que há são algumas fases preguiçosas de nosso cérebro. É natural acordarmos meio desanimados e ninguém é super herói. Mas alguns problemas podem servir de mera muleta para acomodar nossa frustração, botar sempre a culpa em algo ou em alguém.
Que David Bowie seja motivo de superação a todos que lerem este texto e ouvirem estes discos. Agradeço a cultura por tudo isso. Até amanhã....

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Pink Floyd - Dark Side of the moon + Shine on live

Neste final de semana me redimi de um erro grotesco em minha vida. De tempos em tempos dizia para quem quisesse me ouvir que este disco chamado Dark side of the moon era um sério remédio para "dormir" tamanha a "chatice" que era ouvir cada faixa daqui. Com o tempo e dando tempo a tudo, fui mudando minha forma de ouvir este disco e num sábado a noite fiquei em minha residência para ouvir algumas aquisições adquiridas e uma delas foi ele. Um disco sublime do início ao fim, algo que podemos e devemos chamar de obra prima da sobrenaturalidade. Se caso uma escultura ou obra de arte pintada tivesse a definição do que é perfeito caso musicado um dia, este seria chamado de Dark side of the moon. Já na abertura com Speak to me/Breathe temos a obra iniciada, algo impactante e que emociona até os pelos mais casca grossa do nosso corpo. On the run antecede a excepcional Time e como não se empolgar com aquele começo triunfal com Gilmour brilhante tanto nos vocais como naquele feeling de guitarra que só ele sabe executar com tanto amor e carinho para com a música. Um hino. The great gig in the sky mantém o legado e mesmo manjada, Money soa magnífica até hoje. Só que aí vem Us and then num show particular, lindo, soberano e que emociona até um integrante do ISIS com sua beleza. Any colour you like e Brain damage só adiciona mais cultura em meu cérebro e o encerramento com Eclipse fecha não só o disco como inicia meu amor incondicional para com este disco.
De bônus, tenho uma amostra do que o Floyd tinha de talento na hora de levar sua música aos palcos em Shine on, um live album tirado durante a tour do maravilhoso e muitas vezes injustiçado The Division bell e traz alguns temas importantes para a vida de qualquer pessoa dotada de bom senso como Shine on you crazy diamond, Learning to fly, On the turning away, Wish you were here e o clássico Comfortably numb, esta última mostrando que nem só de chatice vive The wall ( desculpe pessoal, esse disco é chato).
Enquanto alguns ficaram tortos em alguma esquina ou em barcas furadas, eu fiquei no melhor lugar que alguém pode ficar: dentro de casa, com as minhas 3 cachorras e lendo um bom livro.
Obrigado Pink Floyd pela companhia. Até amanhã....

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Frank Zappa e Beyoncé fazendo a alegria deste que vos digita.

Gostar de música boa. Como um dia foi me perguntado: o que é música boa? Qualquer artista ou banda pode ser bom para você a partir do momento em que o disco é tocado e determinado artista lhe cativa de forma natural e emocionante, fazendo você se envolver com a música de algum ou alguns de forma única e sem a devida preocupação se tal coisa tem ou não "moral " perante seus amigos. Enxergar a música como uma forma de ser radical pode surtir efeitos nada amigáveis e não estranhe se seu círculo de amigos for diminuto: sim, você é um chato de galocha!!!! Gostar de música é ter um acesso grandioso e variado e desculpe os radicais de plantão: ficar num único estilo em pleno século 21 é nocivo em demasia.
Portanto, ambos os artistas que irei citar são importantes e ambos me alegram de forma perfeita. Um já era um mito musical. A outra foi uma descoberta de que ela pode fazer bem mais do que simplesmente rebolar sua bunda. Nada contra a Beyoncé rebolar a bunda linda que a mesma possui mas ela possui um talento maior que é sua voz e o disco mais novo dela serviu para tirar o título cretino que alguns "fãs" colocam quando ficam ali na frente gritando feito histéricos e que se dane a música: diva. Brega, tal colocação pode manter longe quem aprecia música de verdade e feita com alma e eu passei um tempo longe dela por conta disso. Mas antes dela, um pouco mais de Zappa nunca é demais. Começando com Zoot Allures é um baita disco e mais uma vez temos o humor e a musicalidade deste gênio musical. Mais voltado para o jazz rock, este disco gravado em 76 detém algumas particularidades musicais como The torture never stops, Black napkins e a faixa título. Recomendo ouvir este e Over - nite Sensation de cabeça bem aberta pois como em todos os lançamentos deste cara, é necessário ouvir mais de uma vez para entender tal obra. Gravado em 73, Over-nite Sensation traz mais pérolas como Montana, Dirty love entre outras maravilhas. E aqui o óbvio não é muito bem aceito. Portanto, não vá com muita sede caso for informação demais.
Fechando o pacote divertido, o disco que me surpreendeu de forma positiva e disparado o melhor disco de Beyoncé Knowles Carter desde que o grupo com a irmãs Destiny´s Child foi separado.
Aqui, Beyoncé foi fundo nos acontecimentos de sua vida pessoal e gravou um disco que mexe com a emoção e faz você refletir sobre certas cagadas praticadas na vida. Aqui não há músicas para mexer o traseiro. Lançado em cd/dvd, o disco ainda traz todas as faixas com clip e sim, mostra uma Beyoncé mais focada em cantar do que qualquer outra coisa. Desde a faixa que abre o disco, Pray you catch me passando por Sorry e fechando com Formation, Lemonade  fará você ter uma outra ideia dela. Digamos, saber mais da artista sendo artista de verdade e não um mero pedaço de carne. Aqui Beyoncé quer ser prioridade e não opção...... O disco ainda trouxe a participação de Jack White na espetacular Don´t hurt Yourself entre outros artistas mais ligados a música que pratica e que obtiveram resultados brilhantes. Ah e eu não poderia antes de terminar este texto citando All night, cuja emoção brota de uma maneira tão fabulosa que eu não teria outro meio de parabenizar esta mulher que não seja comprando este disco original pois artista de verdade, o legal é ter sua arte comprada.
Viram como podemos ser ecléticos? Até mais.....

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

The Beatles - Get Back 2nd mix - Glyn Johns 05-01-70

No momento que veio esta preciosidade em minhas mãos, leio uma frase daquelas prontas que ficam circulando pelo facebook e que anda deixando muitas pessoas bem bravas:" Beatles é chato pra caralho". Todos sabemos que muitas dessas frases são feitas na base do humor e com o intuito de tirar uma onda acabam gerando diversos discursos de ódio contra quem posta ou até contra quem realmente ache Beatles chato. Uma coisa é certa: quem acha, ao mesmo tempo que a pessoa tem o TOTAL direito de achar isso também acaba sendo meio forçado pois sabe que vai gerar polêmica. Vários amigos meus já chegaram a falar isso a sério e nem por isso parei de falar com qualquer um deles por causa disso. Já chegaram a falar da Elis e de tantas coisas que amo.... Bom, se nem os pobres cachorros não passam ilesos aos formadores de opinião, imagina Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr, sendo o último citado eternamente citado como o músico mais sortudo de mundo devido a sua "falta" de talento. Bom mesmo é o Fabio Leonel, o italiano que consegue ser de uma banda tão chata como o  Rhapsosy é.
Voltando ao quarteto, este disco foi enviado pelo meu amigo Mauro e mostra algumas faixas dos Beatles mixadas por Glyn Johns, mais conhecido como produtor dos discos clássicos dos Rolling Stones, na data citada no título desta resenha. Há uma diferença no som e seria mais ou menos como se Paul e John tivessem tocando com Richards e Charlie Watts no lugar de George e Ringo. Faixas como Get back, Let it be, The long and windind road, Don´t let me down entre outras virassem faixas de algum disco dos Stones. Trata-se da sofisticação dos Beatles com a pegada mais largada dos Stones para resumir de forma certa. Além das faixas, há conversas entre os caras com o produtor além de entrevistas de época noticiando o então fim dos Beatles em entrevistas com os 4 separadamente. Adentrar na história desses caras é saber apreciar a palavra arte na forma correta. E não adianta os haters ficarem nessa de odiarem tudo e todos: Beatles não é chato nem aqui nem na China. Mas como opinião é igual a cu aonde cada possui o seu, o que resta a este mero escritor de resenhas é ouvir mais um pouco desta obra que irá passar de geração a geração e nunca irá soar datada. Como dito antes, artistas de verdade resistem ao teste do tempo. Medíocres morrem e param no meio do caminho. E advinha de que lado os Beatles estão. Pense bem.....

Frank Zappa - Sheik Yerbouti

Enfim, uma obra deste gênio chega em minhas mãos e já iniciando em grande estilo. Zappa é um gênio e sendo louco ou não, uma coisa é certa: o cara teve as manhas de criar uma música engraçada, criativa, contestadora e de ótimo gosto. Gravado em 79, Sheik Yerbouti é uma obra prima criativa e muito bem humorada. Conhecido como um ser sarcástico, Zappa ou Mister Z não poupava ninguém e sempre tirou uma onda de alguns acontecimentos seja na política ou na música. Hoje em dia temos aquela coisa das pessoas acharem que qualquer pessoa que nade contra os pensamentos boçais da massa seja taxada de louca. Garanto que muitos desses imbecis da geração dedinho para cima não iam entender a piada do Zappa e iam chamar o cara de louco, racista, pedófilo, homofóbico entre outras acusações que viraram modinha falar.
Dividido em 18 temas " ao vivo", o sarcasmo já é iniciado quando falam que as gravações são ao vivo. Todas as músicas são creditadas ao vivo. Porém todas elas são contidas as mensagens : " overdubs : lot!!!! ". Ou seja, nosso mestre já começa brincalhão. Ouvindo as músicas percebemos sua maneira peculiar de tirar uma onda em alguns artistas consagrados como ele fez com muita maestria imitando Bob Dylan na faixa Flakes. Confesso que dei risadas ao ouvir um Zappa encarnando Dylan inclusive na gaita mal tocada de propósito. Cômico!!!!
Outras faixas brilhantes estão aqui como por exemplo Broken hearts are for assholes, I´m so cute, Bobby Brown goes down, Rubber shirt, ou no final épico em Yo´mama com mais de 12 minutos de pura viagem cujo um gênio do quilate de Zappa sabia fazer tão bem.
Algumas pessoas nascem para ser apenas pessoas normais. Outras para serem apenas loucas e geniais. Se alguém chegar em você e dizer que é normal, duvide. No meu caso, prefiro os loucos e geniais pois são esses em que confio e prefiro perto de mim. E com certeza Frank Zappa seria um daqueles caras dos quais adoraria passar uma tarde na Blaster para conversar sobre várias coisas. Aqui ele apenas conversa através de sua obra um tanto difícil em algumas horas mas que funciona a fugir desta mesmice ou mesmo da imbecilidade que assola nossa sociedade cada vez mais levada para um abismo de burros. Obrigado Frank Zappa por me manter ileso a este oceano de estrumes.....

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Empire of Souls, Legio Inferi e Sardonic Impious mostram que o Brasil está mais do que nunca forte no black metal.

Já não é de hoje isso. O metal e o rock no país estão mostrando uma melhora pra lá de positiva e só sendo surdo para não aceitar ou muito tapado para não acreditar nisso. E mais só um lembrete: não espere nunca mais da mídia mainstream ou de rádio para conhecer alguma banda legal. Com o advento da internet e lojas especializadas, temos uma infinita aglomeração de bandas competentes e prontas para tocar para seus públicos. Não, você não irá nenhuma dessas bandas tocando no estádio do Morumbi com 85.000 pessoas cantando junto. Aliás, o estilo que ambas praticam são para poucas e poucos. Eles não precisam da massa e sim de seguidores fiéis e que levam a sério a música que ambos praticam. Começando com o Empire of Souls, no aguardo do novo disco com o novo batera, tenho em mãos este ep com 2 faixas e mais um vídeo clip para uma delas, a pedrada To become maker, faixa candidata a se tornar clássica junto com O Opositor, outra que ainda pode brilhar mais e mais dentro do cenário extremo. Atuantes na cena, a banda liderada por Mário César ( vocal) está com tudo e num desses sábados históricos mandaram um set macabro e fizeram bonito para a baixada juntamente com os comparsas do Opus Tenebrae em shows antológicos. A outra faixa, Lycanthropic Duality, também merece elogios pois detém riffs de guitarras cortantes a cargo dos geniais Cleber Juca e André Henrique. A cozinha até então ainda contava com o baixista Christian Bacci e Paulinho Ferramenta, sendo o último saído da banda para seguir outros projetos. Si vis pacem, para bellum foi gravado com o intuito de não perder este registros com esta formação e trata-se dum momento histórico para a banda. Se o próximo vier nesta pegada, teremos mais um registro digno de nota desses caras.
Também merece destaque a excelente banda Legio Inferi, duo formado com Count Noctulius e Mallus. O disco Tragédias do Infinito Nascer conta com 7 faixas carniceiras e prontas para agradar quem curte o black metal mais profano da face da Terra. Temas como Devorando as partes da alma ( lindo neh?), Da carne ao obscuro e Do altar para eternidade podem cair em cheio quem gosta do Burzum do disco Bellus pois constei uma certa semelhança principalmente nas vozes angustiadas e cheia de emoção do conde.
Fechando esta resenha temos os igualmente espetaculares Sardonic Impious e seu disco chamado Obscuridade Eterna e nem preciso dizer do que se trata. Contando com Lord Impio nos vocais, Maldiction e Blasphemer nas guitarras, Sadistic no baixo e Dark na bateria a banda manda 9 temas fúnebres e não apropriados para quem for sentir medo de dormir sozinho a noite. Destaques para Obscuridade eterna, Reinado de Satanás ( que beleza), O mestre das ciências malditas entre outras. Estou aqui no laboratório da faculdade e possui um cara na minha frente que deve ser evangélico e eu ficaria rindo muito caso ele visse do que estou escrevendo com esses títulos inspiradores do amor ao próximo....
Bom, brincadeiras á parte, temos 3 exemplos para você ir atrás e perceber que o metal feito aqui está cada vez mais convidativo. Depois não diga que não avisei.... Até mais.

Ratos de Porão - Ao vivo no CBGB

Entre uma compra e outra, este artefato violento me apareceu e confesso que nem tinha mais esperanças deste disco um dia cair em mãos já que o mesmo consta meio sumido do catálogo. Para situar alguns, o Ratos fez uma tour internacional em 2000 e no dia 30 de Novembro eles tocaram no lendário CBGB, local de shows e do movimento punk norte americano e que revelou alguns artistas para o bem ( Ramones, Blondie, Television entre outros) e para o mal ( o insuportável Talking Heads começaram lá também) da humanidade. Após o show, sem a banda saber, o local gravou o show e sem cobrar nada passou para a banda a gravação que se originou este disco ao vivo. E preciso dizer o que significa o Ratos ao vivo? Em 29 faixas a banda destila seus inúmeros clássicos para a alegria de quem estava naquela noite e dos quais nem preciso citar mas que tal ver e ouvir Crucificados pelo sistema, Caos, Beber até morrer, Aids pop repressão entre outras pedradas que fazem muito mimimi de plantão ficar com medo já que não entra nada que o faça pensar no cérebro habilitado para caçar pokemon....
Ah, não há como não rir dentro do encarte nos agradecimentos a sessão de No Thanks: Luana Piovani, que foi gravar um programa da MTV e com comentários que fariam um asno ser cientista, fez uma das piores entrevistas com a banda que não acrescentou nada com porcaria nenhuma.
Vida longa as ratazanas e que a Luana Piovani se dane junto com os pokemons.... Fui.

Van Zant - Red White & Blue ( live)

Olá a todos, olha quem voltou... Mais um punhado do que anda indo para meu lar e fazendo minha cultura ficar sempre atualizada com o bom gosto e senso. Volto com um dos discos mais legais feitos ao vivo. Acrescentando esta resenha já que estamos falando dum projeto formado por irmãos, pense comigo: o que é ser irmão? Sendo seu familiar ou não, temos pessoas que podemos ter como irmãos que não temos como mudar e aqueles que conhecemos nos roles da vida e podemos chamar de irmão ou irmã sem o menor arrependimento. Independente de onde venha minhas irmandades, tenho uma benção enorme de possuir pessoas ao meu lado e num momento crítico que estamos vivendo na sociedade, ter alguém de confiança é algo digno e para segurar pois as pessoas estão aos poucos perdendo o sentido do que é a vida de verdade. Johnny e Donnie Van Zant, vocalistas das bandas Lynyrd Skynyrd e 38 Special respectivamente, mantém este projeto sensacional cuja pegada country rock traz um vigor, uma vontade de viver e ouvir mais e mais. E não tive como não me lembrar da noite de sábado última, aonde curtimos uma grande noite no tão falado Boteco do Portuga em Itanhaém regado a som de primeira e o Electric Love mandando mais uma vez super bem e ainda comemorando o aniversário de um dos caras mais legais da face da Terra, Gerson Fajardo, foi uma daquelas noites das quais você não irá esquecer.
Voltando ao disco, numa única aparição ao vivo, os irmãos Van Zant brilharam com uma banda competente ao vivo e mandaram hits dos seus discos e mais algumas musicas de suas bandas atuantes. Aqui tivemos  Wild Eyed Southern Boys do 38 Special e mais as belas Sweet Mama, Red White & blue, Call me the breeze e ainda Sweet Home Alabama do Lynyrd. Apesar de ser original de JJ Cale, Call me the breeze ficou definitiva graças ao sexteto mais foda da face da Terra.
Do Van Zant alguns destaques são presentes como Takin´up space, Ain´t nobody gonna tell me what to do, Things i miss the most, I know my history, Help somebody ( linda), Plain Jane e a nacionalista porém alegre My kind of country que ao vivo ficou até melhor que a versão do estúdio.
Aqui trata-se se um item essencial para quem é fã de ambas as bandas assim como para quem quer ouvir uma música boa acima de qualquer rótulo. E numa das fotos dentro do encarte estão em frente da casa dos Van Zant, os 3 irmãos juntos com o pai, sendo esta foto já um atrativo que valeria a aquisição deste disco de artefato histórico. Que Deus abençoe a família Van Zant!!!!!!!!
Muito bom e dedicado a cada um que acrescenta em minha vida de alguma forma. Sintam-se em casa....