The next day veio após um bom tempo sem nada gravado e trouxe Bowie afiado e com músicas bem a seu estilo. Conhecido como o cara que sempre reinventa sua música, ele simplesmente gravou o que podemos dizer de algo fabuloso e alternativo. Pergunte para muito cara ligado a cultura alternativa tanto de moda quanto de música e verá que David Bowie influenciou e influencia cada um deles.
Destaques neste disco vão para a faixa título que abre o disco de forma animada e dá sequência com Dirty boys e The stars ( are out tonight), esta última algo como uma joia pronta e brilhante como sempre deveria ser. Outra que destaco é Where are we now? e eu pergunto aonde estão Bowie, Lemmy, Elis entre outros hein? Com certeza deve ter um céu somente para mentes brilhantes que estão vivos enquanto cada um de nós darmos aquele play em algum aparelho de som ou num humilde micro system.
Já Black star é o oposto de Next day: não diria que seja um disco inteiramente depressivo mas como foi algo feito sem maiores preocupações para vendas gigantescas, Bowie gravou algo próximo ao experimental, feito para fãs e não para a massa devoradora de músicas grudentas e de fácil assimilação. A faixa título inicia neste pique. Viajante. Impactante. Lazarus é outra para se ouvir em outra dimensão e sem a menor preocupação de rótulos. O clip dela é simplesmente algo de se emocionar.... Girl loves me pode ser um tema bobo mas ouvindo -a tenho aquela impressão de dever cumprido comigo mesmo. Fechando com I can´t give everything away o disco me trouxe algumas reflexões e sinceramente se este cara teve a força de vontade que teve em criar mesmo estando em seus últimos dias de vida, o que é uma mera prova? O que é um trabalho difícil?. Não há coisas difíceis. O que há são algumas fases preguiçosas de nosso cérebro. É natural acordarmos meio desanimados e ninguém é super herói. Mas alguns problemas podem servir de mera muleta para acomodar nossa frustração, botar sempre a culpa em algo ou em alguém.