sábado, 4 de novembro de 2017

Vulcano , Anthares e Funebro - Boteco do Valongo - 03/11/2017

Para iniciar esta resenha, antes de mais nada, precisamos falar sobre o heavy metal. O heavy metal, historicamente falando, sempre foi um estilo dotado de bandas e sub gêneros maravilhosos, variados porém unidos em prol da amizade, entretenimento e atitude de ouvir um estilo tão rico. O rock prega que temos que nos unificar, nos tornarmos fortes e corajosos para encarar uma sociedade cada vez mais presa em modismos e assuntos de conteúdo pífio.
 A noite de ontem foi de festa e o que você vai ler será um relato de um fã de metal que curte e curtiu cada momento de ontem e sempre.
Abrindo a noite, tive a honra de conhecer o Funebro, banda que prioriza o old school com seu black/thrash/death brutal mas ainda assim com aquela pegada dos anos 80 em se fazer o metal da morte. Divulgando seu disco, os caras quebraram tudo no Valongo e souberam como ninguém aquecer a galera para as atrações que vieram depois. Ainda tiveram a honra de ter o mestre Angel numa participação sensacional e saíram ovacionados pela galera presente e uma coisa temos que acertar aqui: por mais que você não curta tal som praticado por eles, é inegável a garra encima do palco, tocando com muito amor o estilo do qual praticam. Alguns caras apenas tocam metal. Outros tocam e curtem o som que praticam. O Funebro opta para a segunda opção. Puta show!!!!!!!
Após esses guerreiros, veio o Anthares e seu No limite da força tocado na íntegra, fazendo relembrar a magia de quem curtiu este lançamento na época. Em São Paulo, os integrantes originais subiram ao palco para executar este disco na íntegra mas aqui a formação atual da banda fez a honraria e que honraria!!!!!!! Pegada impressionante, um amor incondicional ao thrash metal e ao heavy metal em geral foi o que vi ontem. Simplesmente emocionante agitar tais sons com amigos juntos, comemorando alegremente aquele momento único.
Aí veio o Vulcano..... É chover no molhado que os caras ao vivo são imbatíveis. Também é chover no molhado enaltecer cada integrante individualmente. Porém, como estamos falando duma banda, nada mais significativo que haja a sincronia e o espírito interdependente deixando de lado egos inflados e competições que não agregam em nada tal noite. Abrangendo todas as fases, a banda fez aquilo que os paulistas viram: uma aula de metal extremo e um respeito inigualável para com seu público cativo. E o que foi o mestre Angel  cantando Bloody Vengeance na íntegra? Foi algo brutal, lindo, apaixonante, emocionante.Mas também é sempre ótimo lembrar o quão gigante fica Luiz Carlos Louzada vulgo Batata ao estar no palco. E o fim do espetáculo com Fallen Angel foi inusitado e mais inusitado ainda ter os dois vocalistas no palco numa troca de respeito de ambas as partes que me tocou de forma brilhante no qual foi mostrado que gigantes não precisam de duelos bestas e sim um espírito maravilhoso de amizade, de irmandade metálica. Não teve como não lembrar do saudoso Johnny Hansen neste momento pois o mesmo foi parte importantíssima na história não só do Vulcano mas em toda a cena roqueira da baixada.
Ao fim da apresentação, os cumprimentos finais em cada integrante e era visível a alegria que cada um estampava na cara. Que noite brilhante!!!!!!!! Obrigado as bandas, amigos, Boteco do Valongo, enfim, todos que fizeram desta uma noite inesquecível.
São momentos assim que ainda me fazem crer que temos heavy metal de verdade seja por parte dos fãs e das bandas. Nunca me senti tão bem quanto estou agora. Paz!!!!!!!!!

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