terça-feira, 13 de março de 2018

Judas Priest - Firepower

Algumas bandas estão num patamar do qual ficar exigindo algo é simplesmente ser aquele chato que acha que tudo tem que ser do jeito que ele quer, que o artista não pode criar algo mais ambicioso que o chato vai reclamar. E quando falamos do Judas Priest, uma banda que está aí há tanto tempo, logicamente terão discos não tão empolgantes para quem quer que seja. Alguns discos desses caras eu não gosto tanto assim como tantos outros são pérolas para mim. Mas outra coisa que ando observando é que, quando o citado Judas, Accept ou Saxon lançam discos novos acaba sendo uma regra ( ué, o rock não foi criado para não ter regras?) enaltecerem os lançamentos destes caras e denegrirem de alguma forma o Iron Maiden. E com Firepower não foi diferente. Bastou o clip da música e já clássica Lightning strikes ser lançada pronto: Iron Maiden torna-se "inferior" ou mesmo dizeres do tipo " chupa Iron Maiden" ou "Iron Maiden aprenda a fazer um som legal" chovem na timeline dos facebooks da vida. O que acontece é que esta rixa protagonizada pelos fãs trata-se dum lance tão desnecessário que o foco do lance acaba sendo perdido. Ou seja, nenhuma dessas 4 bandas precisam ficar "competindo" para ver quem é a melhor pois ambos fazem o heavy metal que nós amamos então porque disso? Tudo bem, entendo que trata-se duma paixão ser fã do Judas ou mesmo das outras bandas mas ficar rivalizando igual a gangues de rua virtuais.
Portanto, deixemos o som rolar evitando tais comparações inúteis e falemos deste disco soberbo, encantador e feito com muito amor e carinho para todos nós. Apesar da recente notícia da doença de Glenn Tipton, a banda irá permanecer na estrada até porque com um baita disco como este, o Judas não poderia terminar agora. Mas a banda terá ainda um dos melhores vocalistas no mundo chamado Rob Halford além do guitarrista Richie Faulkner que de novato não tem mais é nada. E o que dizer da cozinha feita por Ian Hill no baixo e Scott Travis na bateria?  Qualquer comentário torna-se desnecessário. 
E as faixas.... Ah meu amigo e minha amiga. São 14 faixas espetaculares, empolgantes, maravilhosas, emocionantes e primorosas em alta voltagem. Começa o disco e roda a faixa título logo de cara deixando claro o que será do disco daqui em diante. A já citada Lightning strikes para mim é uma bela faixa do Judas e será emocionante ouvir tal obra de arte ao vivo, espetacular. E o que falar do riff instigante de Evil never dies ? Simplesmente um arregaço. O disco segue soberano e cheio de energia e faixas grudentas no ótimo sentido como Never the heroes, Necromancer e Children of the sun. 
Após a breve intro Guardians, a segunda parte do disco vem com mais faixas brilhantes e reforçando mais ainda que a banda deveria pensar seriamente em tocar o disco na íntegra tamanho poderio das mesmas. Rising from ruins, Flame thrower ( riff), Spectre, Traitors gate, Lone wolf além da lindíssima Sea of red nos faz agradecer eternamente por tudo isso. Mas você acha que iria terminar esta resenha sem mencionar um destaque honroso chamado No surrender? Com uma levada até meio hard rock, a música empolga do começo ao fim e como está cantando o ' senhor' Rob Halford...
Enfim, terminada a audição do disco, me senti até mais feliz e muito satisfeito após ouvir um disco duma das bandas que ainda estão na ativa e o melhor: ainda com lenha na fogueira. Obrigado Judas Priest por nos proporcionar tamanha riqueza musical e nos diferenciar do mar de bunda moles na sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário