domingo, 11 de março de 2018

Frank Blackfire e Heavenly Kingdom - Boteco do Valongo - 9/3/2018

Uma noite da qual estava indo para casa, vestir meu pijama do Judas Priest e ficar sossegado ouvindo meus discos. Sim, este seria meu programa nesse dia mas um grande amigo me mandou uma mensagem e me lembrou deste show marcante. Um cara chamado Pepinho Macia. Um eterno organizador de eventos, Pepinho é um daqueles caras dos quais temos que dar aquela palmatória pelo fato de fazer o que gosta e investir nisso com muito amor e carinho. A volta duma loja sob seu comando em pleno gonzaga foi e sempre será motivo de comemorações. Rafa, Pepinho e os brothers Sérgio Dias e Ricardinho estão de parabéns por manterem o rock vivo aqui.
Chegando ao Boteco do Valongo, alguns amigos detectados e o sempre sorridente Pepinho davam indícios de que se fosse para casa teria me arrependido depois. Frank já estava por ali, uma lenda viva do metal mundial. Caso você não saiba, este guitarrista simplesmente tocou nos melhores anos de Sodom e Kreator além de ter montado o competente Mystic aqui no Brasil quando o mesmo chegou a morar por aqui. Além dele teríamos os veteranos do Heavenly Kingdom liderados pelo hoje vocal e guitarra Vagner Mesquita.
Mas a noite foi aberta por Frank Blackfire e mais dois músicos brasileiros e o alemão meio fechadão mostrou que artista não precisa ficar o tempo inteiro sendo atrativo com fã e sim subir ao palco e fazer o seu show e foi o que Frank fez. Entendo que o cara quer uma atenção pois afinal de contas, não é todo dia que você vê o Frank Blackfire na sua frente mas entenda que ele é um ser humano e ser humano fica cansado com viagem entre outras questões. O cara tocou e cantou clássicos duma era brilhante tanto do Sodom quanto do Kreator além de coisas de sua carreira solo. E num esquema power trio, tivemos um ótimo set. Preciso dizer da importância duma faixa como People of the lie ? Nem preciso dizer o quão maravilhoso foi ver um dos criadores desta que é uma das músicas mais emblemáticas do heavy metal mundial. Após o show, Frank ficou no recinto para atender os fãs e acabou vendo o show duma banda que melhorou muito ao meu ver. O Heavenly Kingdom subiu ao palco do Boteco e com um disco novo na praça Vagner e cia mandaram sem dó um thrash metal vigoroso, cheio de atitude e que cala a boca de quem julga a banda por ter uma proposta ligada ao white metal. O que eu já disse e repito: enquanto as pessoas ouvirem bandas se preocupando com tipos de letras e ou ideologias e esquecerem do som, sempre será complicado. Imagina um cenário que já é marginalizado pela grande massa. Unidos seremos fortes mas desunidos seremos uma raça extinta enquanto tais linhas de pensamentos que para mim soam atrasadas.
Pois bem, tocando um som numa linha do thrash focado em Metallica, Exodus, Slayer e até com um que de Kreator, o Heavenly Kingdom está bem forte e olha que estamos falando duma banda que tiveram em suas fileiras outros instrumentistas de grande competência como o Fernando e o Abílio. Após o show, constatei o tento de talentos temos aqui sendo o Heavenly Kingdom um desses artistas que batalham e tocam pelo fato de gostarem do som praticante.
Parabéns a todos os envolvidos e principalmente a Pepinho Macia por mais uma noite regada a metal de qualidade.
Heavenly Kingdom com um dos destaques que foi o baixista Leandro Dias que chegou a subir no palco na hora do Frank e mandar partes vocais num dos sons.

Frank Blackfire em ação com músicos do Woslom.

Heavenly Kingdom mandando uma atuação bem própria do  Thrash metal.

Apesar de pouco comunicativo, Frank tocou pra caramba. E ganha um brigadeiro quem adivinhar quem é este figuraça que saiu na foto. Um guerreiro!!!!!

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