terça-feira, 13 de março de 2018

Cavalera Conspiracy - Psychosis

Finalizando por ora as resenhas, um lançamento que retrata dois irmãos que fizeram e continuam fazendo história dentro do metal mundial. Os irmãos Cavalera sempre terão o meu respeito pelo legado construído no Sepultura, uma banda que simplesmente fez toda uma diferença no mundo da mesmice. Falando em especial sobre Max Cavalera, o cara é uma lenda viva. Se ele cometeu ou não o erro de ter saído do Sepultura em 96 pouco ou nada importa este assunto em 2018. Vi e vejo sempre alguns fãs discutindo este assunto e dividindo entre respostas que consigo respeitar com outras que mais parecem teoria da conspiração ( sem trocadilhos) este tipo de assunto deveria estar sepultado ( com trocadilhos) para sempre. Nada mudará o curso da história. Vir com um assunto de 22 anos atrás parecde ser sempre a cina desses caras. E que Max não é mais o mesmo já sabemos. Seu vocal foi fortemente comprometido com o tempo e pela eterna preguiça de aprender mais a tocar guitarra, o cara ao vivo praticamente deixa todo este serviço para seu fiel escudeiro Marc Rizzo que toca muito desde sua estréia no Soulfly e na passagem na banda Ill Niño. Iggor Cavalera pode não ser mais aquele Iggor de antes mas quer saber? Ele sempre será um dos melhores bateristas de todos os tempos, independente de qualquer coisa.
Com o baixista convidado Arthur Rizk que produziu juntamente com Joel Grind ( Toxik Holocaust), Psychosis já o quarto disco e mais uma pedrada perpetuada pelos Cavaleras. Logo de cara, uma melhor produção, coisa que em Pandemonium ficou devendo um pouco apesar do disco ser muito bacana. Eu particularmente gostei do tipo de sonoridade mas se fosse melhor produzido com certeza aquelas ideias seriam mais fortes mas como passado é passado, o que vale é o último disco.
Em 9 atos insanos, o álbum abre com a porrada Insane, uma daquelas faixas que já fazem ficar esperto para o que virá. Riffs matadores ( Max continua único neste ambiente) e uma levada de puro thrash é o que temos. Terror tactics e Impalement execution são extremas e com aquela pegada bem típica do som extremo atual juntando com a tradicionalidade dos caras em fazerem sempre uma porrada maravilhosa.
Spectral war além de arrepiante ganhou um clip mais arrepiante ainda, mostrando cenas de guerras e execuções reais de pessoas que com a levada do som produz algo chocante e realista. E que rifferama!!!!!! Realmente lembrando o Sepultura, Max e Iggor não plagiam e sim contam sua história de forma honesta e mostrando do que são capazes de fazer. Crom antecede a industrial Hellfire que lembra alguma coisa da maluquice do Nailbomb. Judas pariah possui uma levada mais death metal bem maluca e belas músicas como a faixa título e Excruciating fecham este que pode ser considerado como o melhor trabalho dos caras em tempos. Não que os outros discos sejam ruins ( e não são de forma alguma!!!!) mas Psychosis só mostra como um artista pode ir em frente sem necessariamente inventar, apenas fazendo o que sabe fazer. E por favor: Não vamos comparar eles com o que o Sepultura faz atualmente. O que fica em minha mente é o seguinte: mesmo separados, os 4 caras que um dia nós vimos juntos estão felizes em ambas as partes e isso é o que importa para mim. Max e Iggor estão muito bem assim como Andreas Kisser e Paulo Jr. estão satisfeitos com o que estão fazendo no Sepultura. Sim, eu gostaria duma volta, não serei hipócrita em negar tal sonho. Mas por outro lado, os 4 estão bem e fazendo um som. Capitou a minha mensagem?

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