sexta-feira, 16 de março de 2018

Heavenly Kingdom - Slave of Time

Começando esta resenha, o título deste disco pode ser um assunto interessante nas mesas de botequim, algo mesmo a se refletir como nós somos escravos do tempo. Temos tanto tanto tempo para coisas materiais e quase nunca temos aquele tempo necessário para reparar nas coisas mais simples da vida. Quantos de vocês já pararam para pensar nisso? Quantos de vocês já perceberam o quanto de tempo é desperdiçado com assuntos desnecessários? Sempre falando de artistas que não gostam ao invés de escrever acerca de pessoas que realmente estão fazendo algo. E entre essas pessoas que estão sendo úteis estão esses caras do Heavenly Kingdom. Após o extraordinário show na sexta passada no Boteco do Valongo, nada mais legal do que ouvir o discaço Slave of Time, lançado este ano com a ainda formação deles: Vagner Mesquita ( guitarra/vocal), Allan Petersen ( baixo) e André Balula ( bateria). Contando com convidados de peso no disco como Fernando Rodrigues ( ex- baixista da banda) e Ricardo Lima ( guitarrista, Chemical Disaster, Tosco, Repulsão Explícita, Vetor) aonde ambos gravaram vocais e solos na faixa Beat the cancer respectivamente, o disco já começa arregaçador na faixa No more holy wars aonde eles não pedem para nunca mais escutarem a música do Megadeth e sim para que estas guerras estúpidas acabem de vez e o homem utilize seu cérebro para em prol da bondade e sem nenhuma maldade no coração.
Slave of time vem na sequência e que sequência!!!!! Os caras estão melhores após a efetivação de Fifo nas guitarras e vocais pois nota-se uma maior influência de thrash metal na linha mais alemã do que americana apesar de termos aqui referências ao Metallica antigo além de Nuclear Assault, Excel e até um que de Megadeth lá do começo. Mas rotular o som destes caras é o de menos. O que importa de verdade é o quão brilhantes estes caras estão e espero que evoluam mais e mais. Ganha a banda com conhecimento e o público com qualidade na hora de ouvir um baita som.
Outras pérolas do thrash constam aqui como constam Cast first storm, The crusher of Demons, Old problems in a new century, Through the night ( belos riffs!!!!!), a já citada Beat the cancer ( bem Nuclear Assault achei), a faixa em português Vergonha na cara e a faixa que fecha o disco, a obrigatória nos shows Hungry misery and pain.
Juro que fiquei muito feliz por este lançamento e ouvindo Slave of time e com o time que está hoje tocando com Fifo, posso ficar na espera por algo cada vez melhor. Mas Slave of Time já pode ser considerado um grande passo a frente rumo ao futuro desta que é uma das melhores bandas daqui e pode ser uma das melhores do Brasil. Mas isso o tempo irá dizer. Por enquanto, vou curtindo esta joia e agradecer a banda por mais este disco. Uma salva de palmas a Vagner & cia!!!!!!! Obs: Há muito de Kreator antigo neste disco, só para não deixar passar batido.
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