domingo, 27 de novembro de 2016

Metallica - Hardwired.... to self-destruct

Ah o Metallica novo caiu em minhas mãos e caiu também a minha ficha de que este disco é o melhor do ano. Lógico que ouvir as músicas separadas em meu mp3 player já me atiçou quanto a este lançamento mas ao ouvir a obra inteira na sequência foi outra e foi uma das experiências mais gratificantes que um fã pode passar. O Metallica é uma banda que provoca esta relação bacana, esta conexão aonde temos 4 caras inspirados e milhões de caras e garotas que se identificam com o que estes passam pois, assim como nós, eles são seres humanos que podem acertar mas podem errar e um disco chamado St. Anger já mostrou que eles podem errar feio. Mas eles deram a volta por cima ao lançarem Death Magnetic, um desses discos fortes dos quais me despertam sempre aquela emoção e aquele tesão por ouvir. E agora com o mais novo disco, a banda trouxe o que de melhor eles podem fazer. Mas também trouxe um certo comportamento que já existia mas nos dias de hoje a coisa chegou num ponto constrangedor. Lavar a cabeça de um burro sempre foi difícil, como disse inúmeras vezes meu querido pai que cria ( padrasto é um termo feio) mas hoje em dia eu vejo que pior do que uma cabeça de um burro é a cabeça do ser metaleiro. Desde os anos 80, o metaleiro sempre foi aquele tapado que acha tudo ruim e que, para ser do metal, para ser true, o cara precisa ter um alvo para meter o pau em alguma banda. E quando esta banda ultrapassa os limites do reino encantado do heavy metal e vira algo mainstream aí é o prato cheio para o acéfalo falar merda e acabar defecando pela boca. Ainda bem que não são todos os caras que gostam e vivem este estilo agem feito ogros das cavernas mas infelizmente alguns ainda me fazem provar que ter a mente atrofiada e ser um asno também é ser metal.... triste. O cara nem ouviu o disco mas como a turma de retardados disse que tá ruim, não será ele que irá contra tal pensamento não é mesmo? Eu como cago e ando para isso ( estou ouvindo agora o ao vivo da Sandy e estou com o novo da Lady Gaga na fila para resenhar, qual é o problema?) e sempre ouvi o que eu quero ouvir e sinceramente fico perplexo como ainda mantém esta "regra" para a música. Música é música e vai te emocionar independentemente se for o Metallica ou a Sandy ( estou emocionado ouvindo a Sandy amiguinhos). Simples assim. Mas vamos voltar ao Metallica....
Como disse meu brother Rodrigo, ouça o disco antes de sair bostejando por aí pois corre o risco de perder uma obra prima impecável. Lançado de forma dupla, as 12 faixas estão fantásticas, perfeitas, pesadas, únicas. Comparar o Metallica com qualquer banda da turma deles chega a ser uma atitude covarde pois o Metallica elevou seu som para algo que nenhuma daquelas bandas talvez não fosse capaz de alcançar, mesmo sendo todas ótimas bandas e lendas do metal. Mas falar do Metallica é falar de algo grande, gigantesco, imbatível, a melhor de todas enfim.
Na primeira parte do disco temos pedradas e músicas que desafiam a lei da ciência tamanha a qualidade de ambas. Hardwired ( pedrada), Atlas, rise!, Now that we´re dead, Moth into flame ( que riff é este caralho!!!!), Dream no more e Halo on fire só poderiam sair das mãos de gênios como James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Robert Trujilo e mais ninguém faria isso por mim então não me venham me encher o saco. Ah mas tem a segunda parte do disco... Confusion, ManUNkind, Here comes revenge, Am i savage?, Murder one e.... calma que eu já falo da última faixa. Todas elas sensacionais e tão legais quanto as da primeira parte desta obra e mais riffs, solos, baixo e bateria sendo tocados de forma inspirada mas estamos falando duma banda que acabou no Master of Puppets, ou da banda que acabou quando o Dave Mustaine saiu.... Acho que tenho um gosto estranho pois acho foda som de bandas que " já foram grandes um dia". Ou eu tenho mal gosto ou esses caras estão chatos demais. Façam suas votações.
Mas antes desta resenha ser finalizada, eu necessito falar duma faixa, aquela que encerra o disco, chamada Spit out the bone. Um amigo meu chamado Carioca disse: " escuta esta faixa e depois me fala". Pois quando eu encontrar ele vou lhe dar um abraço pois é graças a músicas como esta que nós somos amigos há 15 anos. Ela fecha o disco como sendo aquela última jogada definitiva para dar aquele cheque mate e calar a todos os detratores que ficam perdendo tempo falando baboseiras ao invés de curtir mais a vida e dar risada. Spit out the bone é uma das melhores da banda em toda a carreira e bate de frente com todas as faixas da primeira fase.
Após ouvir este disco eu agradeço cada um desses caras por existirem e ainda realizarem feitos como este que engrandece minha discografia de forma qualitativa e só me fazem sentir dó de quem prefere ficar no mundinho acéfalo dos true metal e ficar cheio de rancor. Realmente, o Metallica não é para atrasados. Esta banda é desafiadora, provocadora e só os mais fortes a base de feijão vão assimilar este som. Fortes e inteligentes que entendem uma só coisa: quem vive de passado é museu ou pessoa com mente atrofiada. E não venham bostejar para o meu lado achando que joguei "indiretas". Esta foi, como em todas as resenhas, minha opinião e recomendo comer uma jujubinha para ficar mais calmo....
Obrigado Metallica, vocês moram em meu coração.

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