segunda-feira, 26 de junho de 2017

Liberation Festival - Test, Heaven Shall Burn, Carcass, Lamb of God e King Diamond - Espaço das Américas.

Um dia histórico. Mais uma vez fui a esta casa que já está entre as melhores casas de São Paulo para shows nacionais e internacionais presenciar um acontecimento histórico. Aliás, 2 acontecimentos históricos. Mas antes de chegar nestes acontecimentos, vamos aos fatos. Domingo a tarde em São Paulo é algo que todos nós devemos passear de vez em quando pois trata-se dum clima aconchegante aonde realmente as coisas acontecem. Eu amo Santos mas um evento como este não iria nem 20 % do público que compareceu ontem. Não adianta: Sampa proporciona o que há de melhor no cenário rocker talvez por haver um público mais ativo e menos preocupado com picuinhas diárias. E estar com amigos falando sobre inúmeros assuntos também abrilhanta ainda mais um evento como esses. Infelizmente não assisti ao Test nem ao Heaven Shall Burn pois queria vê-los, em especial o HSB que é uma puta banda mas sabendo que os mesmos tiveram problemas no som, me senti mais confortável em não ter visto. Portanto, quando entrei na casa, alguns minutos depois de estar lá dentro, começa a tocar a intro do último disco da lenda viva Carcass e sim, tudo indicava que os caras não estariam com muita piadinha no palco e que o metal ia comer solto. Assistir a estes senhores tocando muito e ainda dando enfase ao disco mais importante deles foi algo de tirar lágrimas dos olhos. Sim, eu fiquei emocionado no Carcass e foi um acontecimento daqueles que você contaria orgulhoso ao seu neto ou sobrinho. Os lendários Jeff Walker ( baixo e vocal) e Bill Steer ( guitarra e backing) são sobrenaturais em cena, cada um exercendo seu papel na banda. Jeff e sua voz estavam intactas e ele estava muito afim de tocar, sempre sorrindo e contando suas piadas entre um som e outro. Agora Bill é um caso para a ciência estudar pois o que este camarada toca é de outro planeta. Agitando bastante, tanto os riffs quanto seus solos são impecáveis e faz uma bela dupla com o igualmente talentoso Ben Ash que também destrói e faz bem o lugar que um dia foi de Michael Amott. E Daniel Wilding espanca sua bateria como se estivesse a cara de algum babaca tocando com uma precisão incrível o novato mostra o quão talentoso é em seu instrumento. O set teve música nova junto com as velharias mas não posso deixar de citar algumas pérolas de Heartwork como a faixa título e No love lost. Ver e ouvir tais faixas na minha frente foi uma das coisas mais lindas do universo. Finalizaram o show de forma excelente e saíram de cena pela porta da frente, deixando muitos fãs felizes. Foi legal caras que nunca vi na vida , ao verem minha empolgação no show, agitarem junto comigo e me cumprimentarem como se fosse meu amigo de longa data. Coisas que só o metal pode fazer.....
Após o Carcass, veio o Lamb of God. Todos sabem que não sou radical e estou sempre pronto para novas bandas e sonoridades. Mas a verdade é que o Lamb of God foi legal mas não entraria na minha casa para alguma audição. A impressão que ficou foi uma banda tocando a mesma música umas 20 vezes. Mesmos riffs de guitarra, mesmos tipos de vocais. Os caras são bons no que fazem? Com toda certeza!!!!! Mas, para ter um repertório cativante é outra história....
Mas aí veio ele ou Ele, o Rei. Vossa alteza subiu ao palco e mostrou o porque de ser a atração principal. Assistir a um show de King Diamond é, antes de qualquer coisa, um espetáculo teatral aonde cada um exerce seu papel de forma perfeita. E King foi um gentleman, um cara que trabalha com muito esforço afim de mostrar sua arte. Fora tudo isso, o cara é uma figura lendária que, mesmo não curtindo seu som ou seu vocal único, tem que respeitar sempre. King Diamond, Lemmy, Ozzy, Keith Richards entre outros são caras que estão acima da música que fazem tamanho o carisma que conquistarem durante o tempo. Sobre o show em si, foi tudo impecável. E o que falar dum cara que, além das músicas solo ainda tocou Melissa e Come to the sabbath? Ainda sonho em ver King com o Mercyful Fate novamente mas seu show solo já me faz feliz da vida. E foi assim que meu domingo terminou: som de primeira, amigos e a certeza de ter visto o show do ano. Mas eu me lembrei que ainda tenho Def Leppard, Lynyrd Skynyrd e Tesla.... Ai meu coração!!!!!!!!

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