terça-feira, 13 de junho de 2017

Sepultura - Kairos.

Aproveitando o gancho do documentário do Sepultura que estará estreando esta semana, venho com um disco dos caras do qual estava reservado faz um bom tempo mas só agora resolvi adquirir para ouvir com mais cuidado já que até então, somente o obtive em mp3. E tenho sim que falar algumas boas verdades acerca desse disco. Não, não devemos comparar o Sepultura deste disco com a era Max Cavalera. Indo para o lado racional da coisa, o Sepultura mantém uma carreira que praticamente foi zerada graças a saída do frontman em 96, numa das saídas mais traumáticas no mundo da música. Desde então, Derrick Green assumiu a responsabilidade de ser o vocalista e o vem executando tal função com muita categoria, humildade e coragem já que substituir uma lenda é algo para poucos. Na minha opinião, do excelente ep de covers até hoje, a banda manteve uma ótima sequência de ótimos discos e este era o mais novo álbum até então que ainda contava o monstro Jean Dolabella na bateria. Andreas Kisser ( guitarra) e Paulo Xisto ( baixo) foram bem audaciosos em manter o nome e terem continuado pode ter criado alguns rancores mas quer saber? É notável a felicidade de ambos com a nova formação, ainda mais com Eloy Casagrande na bateria. É certo que a fase com os irmãos Cavalera é a minha fase da qual nutro imenso respeito eterno. Mas seria uma baita injustiça ter ignorado toda a obra da banda após todos esses anos pois estaria perdendo um material de muita qualidade. Kairos é brutal do começo ao fim. Derrick está na sua melhor fase, assim como Andreas mostra a importância que poderia ter bem mais como guitarrista. Paulo melhorou muito como baixista e não é mais o cara nervoso em gravar suas partes em estúdio e Jean fez um ótimo trabalho enquanto esteve na banda.
Das faixas que constam aqui, já causa um puta impacto a mesma que dá o título do disco e demonstra o Sepultura caminhando de forma certa. Relentless é outra porrada no meio da fuça além de outras pedradas como Mask ( essa é foda demais), o ótimo cover do Ministry para a clássica Just one fix além de Born Strong. O grupo de percussão Tambours du Bronx dá as caras em Structure Violence mostrando que o Sepultura sempre busca algo diferente, sem medo de arriscar.
Houveram alguns problemas que melaram um pouco o documentário como por exemplo a proibição de músicas da fase dos irmãos no documentário já que os mesmo não toparam aparecer no documentário o que eu achei uma bela merda. Max que me perdoe mas ele é louco para voltar a banda mas não sabe como. Volta e meia gosta de falar mal de alguma coisa agindo feito um daqueles casos aonde se larga o osso mas ainda quer roer e está arrependido de ter largado.
Com certeza estarei no cinema para assistir o documentário pois nutro um enorme respeito ao legado que o Sepultura deixou e deixa no metal, sendo assim o nosso eterno orgulho nacional. Quem não gosta da banda hoje está perdendo uma preciosa chance de conferir discos muito legais. Kairos é um deles. E ainda quero conferir o último disco, Machine Messiah, que deve estar muito bom. Longa vida ao Sepultura!!!!!!!!

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