domingo, 14 de janeiro de 2018

Cowboy Junkies - Black eyed man, Pale sun Crescent moon e The Trinity session

Antes da minha habitual saída dominical, vou refletir acerca desta banda e mais algumas coisas. Nos anos 90, a música passava por reformulações aonde todo aquele glamour oitentista foi enxugado na década seguinte. E além dos medalhões do grunge entre outras manifestações roqueiras até então atualizadas para o bem do rock e da música, alguns grupos apareceram nessa época com um som básico porém maravilhoso. Não, aqui o básico não significa denegrir e sim enaltecer que muitas vezes para se ouvir algo não precisamos de sempre algo grandioso demais. E aí entra o quarteto Cowboy Junkies. Um grupo que dispensa comentários e cujo som é aquele prazer imediato e direto, sem frescuras ou delongas.
Com uma bela voz a frente, o som passeia pelo country mas aceita algumas pitadas de blues e porque não daquele southern rock bem leve mas que foi vendida como o som alternativo da época. Digamos que eles eram aquela pessoa que viu um monte de gente achando que era o máximo e foi ali bem devagar, totalmente sossegado conquistando seu público cativo.
Esses 3 discos, muito bons por sinal, possuem o que eu já sabia: música boa, calma e bastante cativante. Tão cativante que citar uma ou outra faixa em especial torna-se difícil pois todas elas são boas pra cacete.
Black eyed man de 92, começou muito bem a audição em 12 temas suaves, deliciosos temas como Southern rain, Oregon hill, A horse in the country além da faixa título e The last spike. Essas foram apenas algumas exemplificações pois todas as faixas seguem a cartilha batizada da banda e o comprometimento de fazerem um som espetacular.
Indo para 1993, temos o igualmente excelente Pale sun Crescent moon e mais obras musicais geniais como Cold tea blues, Hard to explain ou Seven years que são muito legais e lhe farão ouvir todo o resto do cd. O ideal é ouvir de ponta a ponta pois duvido pular alguma faixa ou achar alguma coisa " fraca" aqui.
Indo para 1988, temos The Trinity session que pode ser um dos mais brilhantes discos lançados em toda a galáxia. As 12 faixas passam duma forma tão gostosa que você jura que foi rápido demais este disco e os outros. Aqui temos a revisitação de Sweet Jane do saudoso Lou Reed, aqui executada duma forma rica e sexy por parte da vocalista Margo. Outras pérolas constam aqui aconselhando você a ouvir Mining for gold, I don´t get it ou a sensacional Postcard blues, essa tocando a alma até o fundo dela, se é que você entendeu.
Enfim, essas foram as minhas impressões acerca de tais discos maravilhosos dos quais me fizeram lembrar a excepcional noite que tive ontem em companhia para lá de especial. Uma das coisas que costumo dizer para meus amigos é que, quando você se sentir frustrado com algo, saiba que discos espetaculares como estes estarão lhe esperando além ótimos livros e conhecimentos em geral.
E mais tarde, um texto falando do Rush. Como disse, sempre discos legais de artistas que nos fazem felizes e que são como nós somos, possuindo uma dádiva a mais que é nos trazer música boa.
Até.

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