terça-feira, 26 de julho de 2016

Accept - Blood of the Nations

Uma tarde agradável passei hoje. Sair, ver os amigos, pensar na vida e nas pessoas. Falando com uma amiga minha, disse a ela que quando estou caminhando fico pensando em inúmeras coisas ao mesmo tempo que ficaria 3 dias contando tudo. E eu não menti de forma alguma pois é isso que acontece. Fico pensando nas pessoas que estão próximas mas também nas que de alguma forma estão longe de mim. Desafetos? Não, não possuo e como já disse inúmeras vezes, estou disposto a voltar a amizade com a maioria das pessoas que de alguma forma ficaram decepcionadas comigo. Esta vida é classificada por erros e acertos. Sendo assim, sou um ser humano que acerta e também erra. Ouvi de um cara bacana que trabalha na Renault que acertamos e erramos mas é preciso lapidar nossas vidas para que os erros sejam evitados de alguma forma. Portanto, quem se acha perfeito ou que diz que nunca errou na vida, está sendo um tanto hipócrita ou mentiroso quanto a afirmação. Não há alguém 100% certo assim como não há o 100% errado. E quando transportamos isso para as bandas e artistas de música em geral vemos acertos e erros. Por exemplo: troca de integrantes. Em alguns casos, a troca de integrantes significou um motivo para que a banda fosse adiante pois quando se tem alguns ou algum cara querendo mais se entupir de drogas ou mesmo de egocentrismo a ponto de achar o semi deus de tudo, o melhor é sacar o cara. Já em outros casos, uma troca de integrantes pode significar o fim definitivo e para retornar depois com os mesmos é só uma questão de tempo e provação.
O Accept passou por isso nesta época quando decidiu voltar a ativa. Já não era legal a afinidade entre Udo e o restante da banda e após duas voltas e encerramentos, a banda ficou inativa e na história. Até chegar 2010. Quando foi anunciado a volta da banda com o vocalista Mark Tornillo ( ex- TT Quick) algumas pessoas ficaram meio receosas pois Udo sempre foi a peça chave para a banda graças a voz esganiçada e como já tinham mudado uma vez e não deu lá muito certo, os fãs ficaram desconfiados. Mas o guitarrista Wolf Hoffmann, o baixista Peter Baltes, o então outro guitarrista Frank Herman e o então baterista Stefan Schwarzmann acreditaram no potencial de Mark e partiram para a gravação deste que foi um dos melhores discos já lançados não só pelo Accept como do próprio heavy metal.
Blood of the Nations traz algumas das melhores faixas do estilo e mostra que, quando se fala de heavy metal bem feito tem que falar do Accept e eu mesmo custei a acreditar nisso talvez por birra ou que meu gosto é pessoal mesmo mas a verdade é que hoje em dia eu trato a banda com muito respeito pois estes caras merecem todo nosso carinho e fidelidade. Como não ser fã duma banda que lança um disco como este recheado de riffs de guitarra sensacionais? Só sendo surdo....
Em 12 faixas, temos o que esperamos destes seres humanos brilhantes. O disco abre com Beat the bastards que arregaça qualquer quarteirão tamanha a explosão que é esta faixa. Teutonic Terror vem em seguida e mostra o porque da banda ter escolhido esta faixa como clip e carro chefe: ela tem todos os ingredientes necessários para uma banda de metal. Mark é um monstro e faz Udo ser passado para trás. Nada contra o baixinho, fui em seu show recentemente e foi animal. Mas ignorar Mark Tornillo seria o mesmo que receber um diploma de estúpido. O cara é um frontman de mão cheia!!!!!
The abyss é outro petardo perfeito e a faixa título é simplesmente uma convocação a todos para o metal mas que não é necessário tocar absurdamente alto para provar nada ( quem faz isso....). Shades of death é outra preciosidade, uma joia já lapidada e pronta para lhe emocionar.
Mas há um grande hino neste disco e ele se chama Pandemic. Dona de um dos riffs de guitarra mais grudentos e viciantes da história da música, esta faixa fica lado a lado com qualquer clássico da banda, eu disse QUALQUER CLÁSSICO. Locked and loaded, Kill the pain, Rolling thunder, No shelter e Bucket full of hate completam o track list e são tão animalescas quanto as citadas acima e só me confirmam o que eu já tinha achado: que a banda põe um amor, uma vontade tamanha que não tenho outra coisa a não ser agradecido pela existência desses caras na Terra.
E desde já digo que os outros discos da volta são tão bons quanto esse e qualquer comentário contrário é exigido que a pessoa consulte um psiquiatra ou mesmo um médico que cuide do ouvido deste cidadão ou cidadã pois o cérebro ( ou o ouvido) sofrem gravemente de algo.
Sem mais...

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