quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Facada, Test e Chance provam que a cena nacional pode ser bem mais do que Aquiles Priesters da vida.

Ao invés de falar separadamente de cada um, decidi por fazer uma única resenha falando dessas 3 belezas sonoras que peguei no último domingo junto com o Claustrofobia no evento no Mr. Dantas. Quando vou em eventos underground deu preferência para bandas nacionais não por questões patriotistas e sim porque as bandas adquiridas são muito boas mesmo. Estas 3 bandas mostram que, quando seu amigo vem e fala que não tem nada no Brasil que presta, ele se mostra surdo e cego vide os eventos de bandas cada vez melhores e criativas.
Começo esta resenha orgulhosamente falando do Facada, uma das mais violentas bandas de grindcore daqui e uma das melhores do mundo. James comanda a pedrada com vocais e baixo e que ainda contam com as guitarras de Ari e Miguel e a batera de Dangelo. O som que estes caras fazem é de estremecer qualquer prédio e chega a ser sufocante ouvir as faixas aqui representadas por Podem vir, Tu vai cair, O joio, Inferno do meio-fio, Os porcos comem meu rosto entre outras formas de mandar alguém tomar no centro do cu tocando um grindcore do jeito que lhe cabe existir. Caso goste de Nasum, Napalm Death, Agathocles entre outras desgraceiras não deixe de ouvir e ter este discos.
Outra atração sempre bem vinda é o duo do Test que lançaram em 2015 mais um petardo maravilhoso intitulado Espécies. João Kombi ( guitarra/vocal) e Barata ( bateria) consegue fazer em dois o que muita banda completa não consegue seja por falta de atitude em tocar o estilo pedido ou por pura incapacidade mesmo. Ter banda e fazer música são duas coisas que, não tendo atitude ou competência, será desmascarado por um público cada vez mais exigente. Chega a ser meio desnecessário apresentar destaques pois as faixas são como uma única trilha sonora de distorções e terror mas experimente ouvir um petardo chamado Nasceu o assassino e não ficar paralisado. Atuação digna de palmas!!!!!!!
Fechando esta resenha, falo do Chance e sua Novidade nociva. Não tenho muito o que falar deles pois já há um texto exclusivamente falando desta que é uma das melhores manifestações sonoras existentes nesta face da Terra. Seguindo uma linha mais próxima do hardcore, a banda não poupa influência de metal, principalmente nas guitarras cheias de riffs espetaculares e pode apostar: estamos diante de bandas das quais teremos mais notícias positivas caso continuem trilhando este caminho vitorioso. Enquanto o mainstream caminha a passos largos para o fim ( com alguns respiros aqui e ali), o movimento de artistas vindos do underground não precisa crescer em popularidade e sim fazem melhor, crescendo em criatividade e mostrando que não é mais rádio ou tv que ditam o que devemos ouvir. Parabéns aos caras do Chance e para o Boka, que nos mantém antenados quanto a sons do nosso país e fora dele.

Um comentário: