segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eric Clapton - I still do

Este disco foi o que mais me despertou curiosidade desta última leva devido aos comentários positivos relacionados ao disco. É inegável a importância deste guitarrista na música mundial. Cream, Yardbirds ou solo, Clapton fez discos para nos agradar, sermos felizes pelo menos num instante da vida em que colocamos algumas de suas bolachas para ouvir. Durante sua carreira solo, passou por alguns pesadelos graças ao uso astronômico de drogas e álcool e algumas tragédias como a perda de seu filho entre outras coisas. Mas, na música ele tentou ser talentoso na maior parte do tempo, mesmo tendo certas fases menos inspiradoras de sua carreira. Do blues ao pop, este cara gravou coisas soberbas ao lado de algumas pisadas na bola. Neste novo disco, talvez o último de sua carreira, Eric Clapton gravou destaques imortais ao lado de faixas nem tão legais assim mas que, devido ao artista e levando em consideração que o mesmo não deve nada a ninguém, podemos dizer que mesmo as mais fracas do disco são audições bem mais prazerosas do qualquer disco recente do Malmsteen...
O primeiro destaque do disco já vem logo de cara com a fantástica Alabama woman blues, um blues denso aonde Clapton mostra sua verdadeira raiz. Do toque inicial até o fim, esta música me fez cair de joelhos e agradecer aos anjos pela existência deste cara. Can´t let you do it vem na sequência e mantém o ritmo sensacional chegando inclusive a arrancar lágrimas destes olhos apaixonados por música. Eric Clapton fazendo blues é algo que meu coração não aguenta de tanta emoção. Que momento belo poder ter o prazer de ouvir um som tão maravilhoso quanto este.
Spiral, Cypress grove, Stones in my passway, I dreamed i saw st. Augustine, I´ll be alright e Somebody´s knockin´são outros exemplos de como a música bem feita e a qual você ouve com sinceridade e amor ainda pode ser uma bela pedida para curar o mal humor e não deixar que você seja uma mera piada que anda, como são alguns por aí.
As outras faixas são ruins? Claro que não. Apenas denunciam o que ninguém quer que aconteça com seus artistas favoritos: Clapton é um senhor preste a se aposentar. Infelizmente eles também são meros mortais fisicamente, não detém o poder da vida eterna. Mas o que esses caras nos fazem, o bem que eles nossas vidas é algo que não tem preço. Não há preço que pague cada momento em que colocamos algum disco bacana para ouvir. Sem querer pregar autoritarismo musical mas fico com pena de quem fala que rock "é tudo a mesma coisa". Talvez seja melhor nem debater com uma pessoa que pensa desta forma pois ela não entende nem entenderá o real significado e nem adianta da forma eclética que transita o rock. Para uma pessoas dessas, Eric Clapton passa bem longe da sua vida e do seu cérebro. Mas quer saber? Dane-se. I still do não foi gravado com o intuito de agradar os analfabetos funcionais que são as verdadeiras piadas ambulantes que apenas seguem tendências duvidosas e caminham para o que chamamos de abismo. Eu não sinto raiva, nem ódio. Apenas não sou obrigado a achar tais coisas legais. Terminado este disco e ao som de Grateful Dead penso com alegria a resposta que dei quando alguém do escritório aonde trabalho ao me abordar se eu gosto de pagode: " eu gosto.............. longe de mim". Vida longa Eric Clapton, a música ainda precisa de você.
Já estou preparando o coração para o dvd que logo irei assistir e sua resenha será publicada aqui. Ah este rock.....

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