quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Madonna - Rebel Heart tour

Tecer qualquer comentário acerca desta mulher é chover no molhado, repetir o que já disse inúmeras vezes sobre ela e sua carreira fantástica. Esta mulher foi responsável direta por me iniciar no fascínio pelas mulheres. A primeira mulher na minha vida da qual senti tesão. A primeira mulher da qual senti um amor verdadeiro. A minha primeira masturbação. Enfim, Madonna foi e continua sendo importante em minha vida. Eu a chamo de esposa, sim, a mulher que tomou meu coração de assalto. A cada audição de seus discos, todo este amor retorna com mais intensidade, tesão e uma sensação de felicidade toma conta de meu coração apaixonado por esta mulher nascida em Michigan. Ela que teve uma infância difícil, perdeu a mãe quando ainda era uma criança tendo que se virar logo cedo sozinha somente tendo seu pai para exercer a função de cuidar dela e dos irmãos. Quando atingiu o estrelato, conviveu com inúmeras críticas a seu respeito. Foi julgada por muitos mas admirada por outros tantos que viram em Madonna a porta voz duma geração.
E como sendo um eclético, também tive que ouvir que não poderia ouvir Madonna por ser do metal entre outras coisas. Mas quem liga não é mesmo?
E mais um ao vivo pinta em minhas mãos, desta vez gravado durante a turnê do disco Rebel Heart e que possui seus altos e baixos.... Sim, amar não significa aceitar tudo que ela faz e algumas colocações precisam ser feitas. A primeira é que sua voz ao vivo já foi pro vinagre e o show é predominado por bases de voz pré gravadas para ocultar sua voz que hoje limita a alguns poucos momentos. A segunda é a sempre re-criação de alguns temas antigos. Em alguns casos temos resultados bem legais mas em outros casos.... Tudo bem, Madonna sempre gostou de renovar seus clássicos mas daí para desfigurar alguns de seus clássicos oitentistas acaba sendo algo desnecessário. E aqui temos um pouco do que disse até agora. Nas 22 atuações ( incluindo a intro), Madonna acerta e erra. Os acertos: uma versão quase heavy metal de Burning up, Devil pray, Body shop, True Blue, Deeper and deeper, Heartbreakcity, Rebel heart ( desde já um clássico), Holiday e Like a prayer que emociona até hoje. Os erros: Bitch i´m Madonna ( uma das piores coisas que ela já fez até hoje), Unapologetic bitch ( outra coisa horrível) além de versões desnecessárias para Vogue ( a mais grave diga-se), Music e Candy shop não deveriam estar aqui. Outro destaque é Living for love além de Iconic que ficaram legais mesmo com algumas mexidas ao vivo. Se bem que, comparado ao que ela fez em sua tour anterior, temos mais músicas do que teatro aonde a cantora parece estar mais solta.
Ser fã não significa dizer amém para tudo. É saber aonde seu ídolo erra e reconhecer tal erro. Minhas críticas acima não são para se aparecer e sim o que eu senti durante a audição.
Mas num contexto geral, Madonna não precisa provar mais nada a ninguém e assim como Axl Rose, Jon Bon Jovi, Paul Stanley, Ozzy Osbourne entre outros são ícones, artistas que já contaram sua história e se estão aí até hoje é pelo prazer de ainda subirem num palco e levar entretenimento a todos que os assistem. E uma mulher que passou dos 50, está quase chegando aos 60 sem a menor intenção de parar, não me resta dar um salve de palmas e amá-la incondicionalmente.
Obrigado Madonna pelos serviços prestados a música pop, estilo este que caminha para o fim logo logo. Te amo. Esta mulher simplesmente representa todas as mulheres que, por serem elas mesmas, acabam caindo em pré conceitos inúteis justamente por serem elas mesmas e não seguirem regras. O que seria do mundo sem elas não é mesmo?

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