domingo, 29 de maio de 2016

Deftones - Gore

Bom, nada melhor para fechar a noite e todo o final de semana com a resenha sobre um dos melhores discos do ano e a comprovação de que esta banda não faz nada ruim nem se eles quiserem. O disco em questão é Gore, mais novo lançamento do Deftones que é liderada por um dos melhores frontman da história cuja criatividade chega a ser um insulto perto de tanto zé mané que acha foda fazer sempre a mesma ladainha.
Desde o fabuloso White Pony, os caras vem lançando um disco melhor do que o outro e sempre mandando a merda quem fica preocupadinho com rótulos pois o que o Deftones faz é um som que contém peso, nuanças alternativas e viajantes. New metal? Esqueça esta balela e coloque-os como um som alternativo feito sem regras ou imposições. Simples.
Além de Chino Moreno nos vocais temos instrumentistas como Stephen Carpenter, Sergio Vega, Frank Delgado e Abe Cunningham que agregam a banda.
Produzido pelo renomado Matt Hyde ( Slayer) e pela própria banda, Gore traz 11 faixas espetaculares mas um adendo: é necessário ouvir mais de uma vez, deixar o disco mais vezes no aparelho de som para se acostumar pois as faixas não são grudentas no sentido de serem diretas e com aquela cara de hit imediato. Analisando melhor, o Deftones chegou num estágio em que não precisam fazer mais nada para agradar pessoas de fora pois já possuem um público fiel que os acompanha mas mesmo assim as músicas não são diretas e merecem uma audição a mais.
Uma delas, Phantom Bride, possui uma participação super especial: um certo Jerry Cantrell de um certo grupo chamado Alice in Chains que em conjunto com o restante da banda faz a casa cair num som denso, pesado e pronto para hipnotizar a todos nós. Outras faixas que destacaria com certeza seria Prayers/Triangles, Acid Hologram, Doomed User, Xenon além da última faixa, Rubicon. Uma coisa interessante que notei foi algumas pegadas meio doom devido a forma arrastada e pesada no instrumental que aliados ao vocal de Chino torna o som algo perto do paraíso.
A arte gráfica ficou um show a parte e seria perfeita numa edição em vinil, principalmente quando abre o encarte e aquela lindíssima foto do sol nascendo no meio do oceano.
Encerrado o disco, vejo o porque de muitos xiitas torcerem o nariz para este tipo de som: por ser algo inteligente e feito para pessoas com cérebro ao invés duma semente de laranja que alguns "headbangers de verdade" terem no lugar, torna-se compreensível tal torcida de nariz não é verdade?
Deftones não para essas pessoas. Ainda bem......

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