domingo, 22 de janeiro de 2017

Repulsão Explícita, Chemical Disaster, Opus Tenebrae, Summer Saco e Infector - Caveira velha - 21/01/2017

Graças ao péssimo tempo de ontem, esta noite tinha tudo para dar errado devido ao dilúvio proporcionado pelo camarada Pedro ontem. Chovendo o dia todo, a excursão foi pega numa avenida aqui no Saboó totalmente alagada e a previsão seria de público zero. Mas, mostrando a força que nós temos e que alguns acham que não tem, banda e público fizeram do Caveira velha um encontro de amigos somente com bandas daqui da baixada. Resumindo: foi como se o Caveira velha tivesse cedido o local para uma trupe do litoral curtir um som e beber algumas cervejas, com algumas pessoas que encararam o desafio de enfrentar a chuva e curtir o que há de melhor por aqui. Abrindo a festa de confraternização metálica, tivemos o Repulsão Explícita que mesmo com 2 integrantes a menos, deram conta do recado com seu crossover brutal e cheio de letras para fazer o brasileiro pensar mais e agir mais ainda. Com um vocal a menos e uma guitarra a menos, o que chegou ao Caveira fez um show brutal e mesmo com a baixa não deixaram a peteca cair, mostrando também profissionalismo e um comprometimento fora de série. Após a esta aula de crossover tivemos outra aula, só que de death metal old school da melhor qualidade. O que falar do Chemical? Com o frontman Luiz Carlos Louzada, mais conhecido como Batata , a banda destilou deu som brutal porém muito bem feito e quem ainda duvida do poder sonoro destes caras deve ser retardado. Ainda me falam que não tem cena aqui.... Além dos sons próprios, os caras ainda mandaram uma versão impecável de Black metal, clássico do Venom que ficou soberba com esses guerreiros. E sabe o que é legal? Os integrantes se familiarizando com o público, formando algo único e sem estrelismos. Sou mais o Queixo na guitarra do que esses malabaristas metido a estrelas. E um "tal" Ricardo ? Como toca este monstro.... Mas no geral todos os caras detonam e fazem seu som com um tesão que fica latente desde o momento inicial até o fim do show.
Dando sequência tivemos outro grande show do Opus Tenebrae, banda capitaneada por Roberto Opus e que mostrou o quão entrosada está. Tendo algumas reformulações como a adição de uma segunda guitarra a cargo do competente Alexi Ruiz e o já integrante Gabriel fazendo o baixo e vocais de apoio. De resto a banda continua a mesma, inclusive a competência de executar seu celtic black metal com bastante elemento folk. Assistir esses caras é ouvir música boa, pesada e culturalmente rica. Chegando a executar um som novo, a banda brilhou e divertiu a galera. O batera Alex Tubara é um caso a parte na humanidade pois o que este cidadão faz ali é um workshop no meio do show. Confesso que não sou muito fã de alguns discursos no meio das músicas mas o Beto tem a manha de enaltecer o público e ainda destilar seu "amor" aos net bangers, aqueles caras que ficam só na rede social cagando regras mas você não vê nenhum desses caras em shows ou comprando itens das bandas. Ninguém é obrigado a nada nesta vida mas por outro lado, pessoas parecem que possui um prazer mórbido de cagar pelos dedos pois a quantidade de merda que vejo no facebook é de doer o coração. O Summer Saco foi outro show que será lembrado como um dos mais brutais já vistos por mim. Praticantes de um grindcore típico dos mestres do gênero, esta banda de Praia Grande mandaram sem só uma desgraceira faminta para adeptos do álbum Scum ou de bandas malditas como Agathocles, Nasum entre outras. Puta show!!!!!!
E finalizando a noite, o Infector mostrou o porque ter voltado a ativa. Um show de death metal noventista foi o que vimos. Marcello Loiacono assumiu de vez a única guitarra da banda e esta mudança mostrou-se bem vinda pois deixou o som mais redondo. A escolha de Leandro Martins nos vocais foi a melhor a ser acertada assim como o batera Paulo Mariz, um monstro na arte de espancar peles resistentes. Em 40 minutos, os caras não deixaram a desejar dando uma aula de força de vontade já que o Leandro ficou preso no trânsito e quase não rola o show com ele. Com o grand finalle Iron fist ( cover do já sabe quem) e com a participação do já citado Batata, a noite foi realizada com sucesso e quem não foi perdeu uma puta noite regada a som pesado e amigos. Que noites mais assim aconteçam assim como as bandas façam mais o que fizeram hoje: se unirem pois a união e somente ela pode fazer algo acontecer. Fazer som pesado no Brasil nunca foi fácil. Por isso, atitudes individualistas não podem ocorrer pois uma cena separada é uma cena a beira da extinção. E que venha mais daqui a pouco no Boteco do Valongo. Até mais......

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