sábado, 27 de maio de 2017

Garage Fuzz - Virada cultural - 27/05/2017

Um evento para ficar para a história. Não estou falando do evento em si e sim do show do Garage Fuzz que ocorreu agora a pouco na praça Mauá perto de casa. A virada cultural daqui de Santos é o retrato de que o outrora movimento roqueiro que existia aqui não é mais apoiado pelas autoridades locais trazendo sempre artistas de gosto duvidoso e deixando sempre o rock de lado. Sendo uma cidade que não respira rock, resta o underground para termos algum rock aqui na cidade e quando o tem, o que resta são as mais mainstream, que também não andam bem das pernas. O Garage Fuzz na virada cultural foi o equivalente ao Metallica no Lollapalooza, ou seja, a salvação da lavoura junto com outras coisas nada a ver para encher linguiça. Ok, sejamos honestos: Não conheço muito da Tiê( é assim que se escreve?) mas o pouco acaba sendo legalzinho e a Alcione possui uma puta voz em um talento gigantesco. Mas acabei indo para ver somente o Garage Fuzz e os caras não me decepcionaram. O quinteto formado pelos ícones Alexandre Cruz ( vocal), Nando Basseto e Wagner Reis ( guitarras), Fabricio de Souza ( baixo ) e Daniel Siqueira ( bateria) fizeram um puta show aonde mostraram para os que não são do estilo o que o rock pode proporcionar em termos de qualidade. Falar da competência de cada um ali é chover no molhado mas é impressionante como estes caras se portam no palco. O som dos caras não possui rótulo. Pode chamar de hardcore, hardcore melódico o que quiser. Eu coloco como uma banda de rock n´roll com uma mistura do que é mais legal entre o hardcore e o alternativo só que mais abrangente. E é impressionante como toca este Nando Basseto hein? Com solos sensacionais e belos riffs de guitarra o cara rouba a cena e olha que roubar a cena com seu companheiro de guitarra Wagner Reis também tocando muito é algo que para poucos fazerem. Adrian Smith e Dave Murray versão alternativa? Me julguem....
Outro que é um monstro no que faz é o baixista Fabricio que toca com seu baixo bem pesado e uma performance de dar gosto de se ver. Daniel Siqueira também mostrou que bateria não é brincadeira e ser baterista não é só fazer barulho e ser super rápido. E ver Alexandre dedicando o show a aqueles que estavam desde o começo assim como na voz foi de emocionar de verdade. Quem ficou em casa ou falando asneira do facebook ao invés de ir lá prestigiar um puta show só tenho a lamentar. Parabéns ao Garage e que mais shows aconteçam por aqui e que a virada cultural traga mais artistas de rock underground pois a cena independente daqui nunca teve tão rica como está agora em vários estilos. E ver o Garage me trouxe de volta aqueles tempos de ponta da praia, pôr do sol, adolescência e tudo de bom que esta vida pode nos proporcionar e que muitas vezes as pessoas ficam perdidas em brigas sem razão e coisas materiais além de status de plástico e esquecem que um show sensacional desses pode sim ser mais atrativo do que certas perdas de tempo.
Boa noite.

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