domingo, 7 de fevereiro de 2016

Iron Maiden - The book of souls

Hoje tivemos uma bela conversa. Uma conversa aonde verdades foram ditas e nem sempre alguém consegue assimilar uma verdade. Na hora dá aquele baque mas depois você vai refletindo e percebe que o que você ouviu é válido e sim, algumas posturas tem que mudar. Eu mesmo, que venho cada vez menos me metendo ou tomando algum partido, vou postar só algo que não intervenha ou relacione a alguém em específico. E é ai que entra a música. Como disse na resenha da Paula Fernandes: postar somente sobre música é a melhor coisa. Acaba sendo legal pois você fica isento de comentar sobre algo que aconteceu ou sobre que é certo ou errado. Mas a vida segue e somos sujeitos a falhas e provações o tempo todo.
Falando sobre o motivo desta resenha, o Iron Maiden lança mais um disco. E pode ter certeza que a turma do contra estará com a língua afiada e algumas defecações irão ocorrer pela boca pessoalmente ou pelos dedos que ocorre nas redes sociais da vida. Porque a turma que acha bacana criticar um trabalho novo do Maiden irá continuar a malhar a banda mesmo The book of souls sendo um puta disco maravilhoso. Sim detratores, o Iron Maiden lançou mais um disco perfeito para você falar mal.
A banda passou pelo maior perrengue durante este disco já que Bruce Dickinson foi detectado com um câncer na boca e passou por um processo de recuperação que poderia levar o maior frontman do metal embora assim como fez a Dio e recentemente a Lemmy e David Bowie. Mas Bruce se safou e a banda retomou as atividades lançando o disco e com shows agendados aqui.
Sobre o disco em si, temos mais uma prova de que o Iron não necessita dar explicações sobre isso ou aquilo. Eles não precisam mais gravarem o Powerslave. muito menos outro The number of the beast ou até outro Piece of mind. Esses discos já foram gravados, estão na história e ponto final. O que muitos idiotas tem que entender uma coisa: o Iron envelheceu. E como toda banda que envelhece, é certo que algo tem que mudar. No Maiden de 2015 não teremos mais músicas na linha de Invaders ou até mesmo Prowler. O Maiden de hoje está habituado com o que a idade deles permitem e a musicalidade dos caras mudou bastante. Mas o Iron Maiden envelheceu com muita classe e não é uma banda que anda se arrastando como faz o Deep Purple. Eles possuem um gás limitado porém forte e bem criativo. O disco abre já com a perfeição chamada If eternity should fail onde vemos uma banda renovada e um Bruce Dickinson cantando muito. E pensar que o cara gravou este disco com o câncer.... Além dele, temos as guitarras importantes de mestres como Adrian Smith e Dave Murray, um boneco do posto com uma guitarra a cargo de Janick Gers mas que em conjunto com os outros 2 faz uma diferença. Janick pode ser meio patético mas não pode ser desprezado já que o cara gravou o primeiro disco solo de Bruce e participou na banda de Ian Gillan além da banda White Spirit. Aí vem a cozinha que SÓ tem Steve Harris no baixo e um carinha chamado Nicko Mcbrain na batera. Dando sequência temos a já clássica e empolgante Speed of light que me causou uma felicidade sem tamanho. Achei uma bela sacada esta faixa já logo de cara pois levantou a bola do disco e empolgou bastante os fãs. The great unknown, The red and the black, When the river runs deep e faixa título completam o disco 1. Só que no disco 2 a banda mostrou que poderia vir com mais... e veio!!!!
Death or glory é outro arrasa quarteirão e nos shows será uma das mais festejadas caso tocarem. Shadows of the valley, Tears of a clown ( feita para o ator Robin Williams falecido na época) e The man of sorrows são outras daquelas faixas cuja dedicação em escrever músicas excelentes fica latente mas o disco se encerra com uma peça fenomenal.
Empire of the clouds, música de autoria de Bruce Dickinson traz 18 minutos de genialidade e amor a música de verdade e é um baita tapa na cara de quem não gosta de Maiden pois eles fazem " a mesma coisa sempre". Iniciada por um piano tocado pelo próprio Bruce, a música vai crescendo duma forma genial e que não cansa o ouvinte. Uma das mais belas peças musicais e se eu fosse os velhotes do Grammy daria uma estatueta para a banda somente por esta música.
Terminada a audição e um sentimento de pena fica para os acéfalos que criticam uma banda que está há quase 40 anos e que ainda possui uma relevância extraordinária. Longa vida ao Maiden, longa vida a Bruce Dickinson!!!! E fica uma frase que o Anthrax postou na época que foi noticiada a doença em Bruce: " O câncer mexeu com a pessoa errada. Força Bruce". Boa noite.

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