Certos ícones do rock são ícones não por estarem em capas de revista ou em noticiários explicando alguma cagada ou até mesmo atitudes numa balada num sábado qualquer. Um ícone é aquele que grava discos que mudam sua vida e você está aqui e não se tornou um bunda mole graças a certos caras. A minha lista de caras que me trouxeram para o melhor mundo é grande mas principalmente falando tenho em mente João Gordo, James Hetfield, Kurt Cobain, Axl Rose, Sebastian Bach, e por aí vai. E colocaria também dois irmãos que saíram de BH para conquistarem o mundo e terem o respeito que lhe foi merecido por causa de alguns discos seminais como Beneath the Remains, Arise, Chaos A.D. e Roots. Esses caras que juntos com outros caras mostraram que o metal poderia ir mais longe e proporcionar algo maior para os fãs. Max Cavalera e Igor Cavalera são esses responsáveis mas principalmente Max foi e continua sendo aquele frontman que me desperta um orgulho enorme de ter vindo para o lado do metal e do rock em geral. Ok, o cara não tem mais o mesmo vigor, não toca sua guitarra direito mas quer saber? dane-se. Max não precisa mais provar nada. Nem Igor. Portanto, falemos do terceiro disco da banda, Pandemonium. Após as pedradas Inflikted e Blunt force trauma, coube aos irmãos a trazerem algo no mínimo igual em qualidade. Apesar de alguns terem tecidos comentários negativos a respeito do disco principalmente em relação a produção, o que eu vinha ouvindo me satisfez e achei a produção suja um atrativo e combina perfeitamente com o nome do disco. E eu acho que a participação de Nate Newton no baixo deu uma contribuída para a produção já que é meio parecida com o tipo de produção utilizada pela banda do qual Nate toca, o Converge. Outro destaque é o já fiel escudeiro de Max que é Marc Rizzo que toca guitarra muito bem e veio com uma performance empolgante e com certeza estará envolvido em vários projetos de Max já que faz a diferença seja no Soulfly ou no próprio CC. Igor ( ou Iggor) continua tocando pra caramba e fez bonito em Pandemonium mesmo com alguns por aí dizendo que ele não é mais o mesmo. Coisa de caras saudosistas....
Falando sobre as faixas, temos 12 faixas ( sendo 2 bônus ) que trazem o que qualquer fã de metal precisa: rapidez, peso e uma adrenalina para sair chutando tudo e todos. Logo de cara já destaco 3 petardos maravilhosos: Babylonian Pandemonium, Bonzai Kamikazee e Not losing the edge. Mas o disco possui outras músicas lindas e amorosas como Scum, I Barbarian, Cramunhão ( bonito neh?), Apex Predator, Father of hate e The crucible que traz os vocais de Nate junto com Max e ficou bem legal a diferença nas vozes, muito foda mesmo. Das bônus destaco a sensacional Deus ex machina que chega a ter algo místico. Já Porra poderia ser bônus mesmo pois não passa duma dessas faixas abrasileiradas do Max que ele ama fazer desde Ratamahata e que acaba sendo até engraçada.
No geral, Pandemonium é um desses discos que dificilmente irá sair da minha cabeça e do meu som pois é inegável o poder de destruição do mesmo. E que Max e Igor continuem juntos com ou sem retorno do Sepultura pois este assunto já está bem explicado e se ambas as partes estão felizes isso que importa. Bye...
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