segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Cavalera Conspiracy - Pandemonium

Certos ícones do rock são ícones não por estarem em capas de revista ou em noticiários explicando alguma cagada ou até mesmo atitudes numa balada num sábado qualquer. Um ícone é aquele que grava discos que mudam sua vida e você está aqui e não se tornou um bunda mole graças a certos caras. A minha lista de caras que me trouxeram para o melhor mundo é grande mas principalmente falando tenho em mente João Gordo, James Hetfield, Kurt Cobain, Axl Rose, Sebastian Bach, e por aí vai. E colocaria também dois irmãos que saíram de BH para conquistarem o mundo e terem o respeito que lhe foi merecido por causa de alguns discos seminais como Beneath the Remains, Arise, Chaos A.D. e Roots. Esses caras que juntos com outros caras mostraram que o metal poderia ir mais longe e proporcionar algo maior para os fãs. Max Cavalera e Igor Cavalera são esses responsáveis mas principalmente Max foi e continua sendo aquele frontman que me desperta um orgulho enorme de ter vindo para o lado do metal e do rock em geral. Ok, o cara não tem mais o mesmo vigor, não toca sua guitarra direito mas quer saber? dane-se. Max não precisa mais provar nada. Nem Igor. Portanto, falemos do terceiro disco da banda, Pandemonium. Após as pedradas Inflikted e Blunt force trauma, coube aos irmãos a trazerem algo no mínimo igual em qualidade. Apesar de alguns terem tecidos comentários negativos a respeito do disco principalmente em relação a produção, o que eu vinha ouvindo me satisfez e achei a produção suja um atrativo e combina perfeitamente com o nome do disco. E eu acho que a participação de Nate Newton no baixo deu uma contribuída para a produção já que é meio parecida com o tipo de produção utilizada pela banda do qual Nate toca, o Converge. Outro destaque é o já fiel escudeiro de Max que é Marc Rizzo que toca guitarra muito bem e veio com uma performance empolgante e com certeza estará envolvido em vários projetos de Max já que faz a diferença seja no Soulfly ou no próprio CC. Igor ( ou Iggor) continua tocando pra caramba e fez bonito em Pandemonium mesmo com alguns por aí dizendo que ele não é mais o mesmo. Coisa de caras saudosistas....
Falando sobre as faixas, temos 12 faixas ( sendo 2 bônus ) que trazem o que qualquer fã de metal precisa: rapidez, peso e uma adrenalina para sair chutando tudo e todos. Logo de cara já destaco 3 petardos maravilhosos: Babylonian Pandemonium, Bonzai Kamikazee e Not losing the edge. Mas o disco possui outras músicas lindas e amorosas como Scum, I Barbarian, Cramunhão ( bonito neh?), Apex Predator, Father of hate e The crucible que traz os vocais de Nate junto com Max e ficou bem legal a diferença nas vozes, muito foda mesmo. Das bônus destaco a sensacional Deus ex machina que chega a ter algo místico. Já Porra poderia ser bônus mesmo pois não passa duma dessas faixas abrasileiradas do Max que ele ama fazer desde Ratamahata e que acaba sendo até engraçada.
No geral, Pandemonium é um desses discos que dificilmente irá sair da minha cabeça e do meu som pois é inegável o poder de destruição do mesmo. E que Max e Igor continuem juntos com ou sem retorno do Sepultura pois este assunto já está bem explicado e se ambas as partes estão felizes isso que importa. Bye...

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