domingo, 14 de fevereiro de 2016

Empire of Souls, Morcrof e Malediction 666 - Trinca dos Infernos - 14/2/2016

E mais uma vez o Studio Rock cafe juntamente com o incansável Luiz Carlos Louzada. vulgo Batata, realizaram mais uma grande noite para quem aprecia ótimas bandas de metal que não precisam se vestir de mulher e postar um vídeo patético explicando algo que não há o que explicar. Antes de falar deste evento sensacional, não tem como não falar sobre as aparições vergonhosas do Angra e do Sepultura no carnaval de salvador num trio elétrico juntamente com o deprimente carlinhos brown. Numa tentativa de tocar para uma multidão, ambas as bandas toparam ir lá e "divulgar o metal nacional " alegando que estavam fazendo um bem para a cena estar lá com um artista " espetacular" como foi chamado pelo Rafael Bittencourt. O mesmo defendeu que o metal deve aderir a misturas e que o fã não deve achar que só o metal pode ser bom. Nisso aí eu concordo com ele. Há muita coisa legal fora do metal e até do rock. Mas, misturar certas coisas não irá funcionar. Metal não combina com carnaval nem muito menos com trio elétrico. Por exemplo: todos sabem que eu curto muito Paula Fernandes. Curtir Paula Fernandes e Empire of Souls pode? Pode sim senhor, pelo menos aqui em casa ambos são muito bem aceitos. Agora, misturar a Paula Fernandes com o Empire pode? Acho que seria o mesmo que misturar chocolate com  uma salada de chuchu. O mesmo seria um show da Ivete Sangalo com o Krisiun e por aí vai. O metal foi criado para ser um som para poucos ouvirem e se for extremo aí a coisa destina-se a apenas fieis apreciadores. O público da massa jamais aceitaria o metal pois é falho para pensarem. O que o público da massa quer é justamente ouvir algo mais fácil de grudar na cabeça e não se encaixa o metal tocado pelas duas bandas que foram para lá para apenas justificarem que ambas as famas já se foram faz tempo. Ou você conseguiria imaginar o Sepultura na época do Arise tocando com a então cantora do momento Daniela Mercury num trio elétrico? Ou Angra na época do Angels Cry mandando ver um som com o chiclete com banana? É DESSA MISTURA QUE PRECISAMOS?!? Não, eu não quero ser aceito pela massa de forma forçada. Aliás, quero que a massa se dane....
Voltando ao evento, o mesmo foi iniciado pelo brilhante Malediction 666 que destilou seu black/death metal de altíssima qualidade e um trio afiado foi o que vimos. Detalhe que o batera estava estreando na banda hoje e mostrou um entrosamento fora do comum e uma performance muito boa. A banda é formada por Fernando Iser - LEAD VOCALS / GUITAR,  Bruno Ian- BASS / VOCALS e  Fabio Brainstorm- DRUMS / VOCALS e merece atenção e que venha mais vezes para cá.
Dando sequência tivemos mais uma banda da qual fiquei embasbacado com o som realizado. O Morcrof veio com uma pendência que foi a provável ausência do vocalista Eziel que estaria internado em tratamento e só teria alta na segunda. Isso fez que alguns vocalistas daqui como Mário ( Empire of Souls), Leandro ( Ninurta/Infector), Julie ( Hierarchical) além do vocalista Thiago fizessem o show alternando os vocais em cada som. Eziel acabou vindo e ainda dividiu os vocais com alguns dos citados acima e tornou o que seria uma jam num show animal e uma banda que com certeza é difícil taxá-la num único rótulo. Coube a R.Bressan e Pétros ( guitarras), Paulo Moura ( baixo) e R.Herton ( bateria) conduzirem a sonzeira para os convidados mandarem bala e mandaram!!!! Um show histórico para a banda e para a galera que ovacionou do começo ao fim, muito legal mesmo.
Fechando a noite tivemos os sempre poderosos Empire of Souls que mandando somente canções novas mostraram o porque de serem um dos melhores grupos de black metal nacional e tomara que mais um brilhante disco venha para nós já que as músicas novas cativaram em cheio quem gosta de som feito com garra e atitude. Dentre as novas, eu destacaria a já clássica O Opositor, cantada em português e cuja letra forte faz você pensar. Mário é um dos melhores vocalistas do estilo e a dupla de guitarras formada por Cléber e André não ficam atrás a muito cara gringo com riffs matadores e solos inspirados mas ao mesmo tempo diretos e sem encheção de linguiça. A cozinha formada pelo baixista UNChristian Bacci e pelo batera Leonardo fazem o que precisa fazer uma típica cozinha de qualidade. 
E foi assim que terminou mais uma trinca: ao lado de amigos, uma casa maravilhosa e bandas mostrando que a cena nacional está ai e trata-se duma realidade que só sendo idiota para não ver isso acontecendo.
E aproveitando esta resenha, mando meus sinceros parabéns ao pessoal do Ninurta que fizeram show em Mongaguá e foram prestigiar a trinca. A noite de hoje mostrou que lugar de metal é num palco e com o público do estilo e não num trio elétrico para um monte de acéfalo.


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