domingo, 15 de abril de 2018

Sepultura - Ginásio do Sesc - 14/4/2018

Na vida, aprendemos que algumas mudanças acabam ocorrendo em nossas atividades e algumas pessoas passam a não conviver mais conosco. Decisões esta podem ter um impacto gigante e é preciso se agarrar nas coisas boas e positivas caso queira superar tal mudança. Acontece com quase todos e aconteceu com o Sepultura. Há mais de 20 anos, uma ruptura causou a separação de 4 caras que eram imbatíveis. Mas há mais de 20 anos que Andreas Kisser ( guitarra) e Paulo Jr. ( baixo) encontraram no vocalista Derrick Green o talento e a amizade que necessitavam para continuar a banda. Se deveria ou não mudar o nome é outro assunto do qual não me atrevo a tocar pois a condição que o nome Sepultura foi mantido não compete a mim tecer um comentário como o certo pois são coisas que podem ter sido muito mais complexas do que imaginamos ou não. É certo falar uma coisa: Max Cavalera, quando saiu em 96 foi por conta própria devido a então demissão da empresária e esposa Gloria Cavalera. Eles demitiram a empresária e não o frontman. Só que um nome como o do Sepultura não deve ser apagado duma forma dessas. O nome Sepultura é tão ou mais forte do que os próprios integrantes, como o Kiss, Black Sabbath, Iron Maiden entre outros. Ter dado continuidade foi, duma maneira honesta de se falar, corajosa e se esses caras estão até hoje tocando sob o nome Sepultura é porque atitude de sobra eles possuem. E nunca, jamais subestime o talento dum cara chamado Andreas Kisser. Guitarrista da banda desde o clássico Schizophrenia de 87, o cara trouxe uma riqueza na guitarra da banda que o torna um membro mais do que essencial. E Paulo, um baixista que tinha pavor de gravar no estúdio e que ao vivo era meio apagado, tornou-se um puta baixista e com uma guitarra na banda, descobrimos um talento no baixo que o tempo fez aprender mais e ser o que é hoje. E quem disse que o Sepultura não tem mais nenhum integrante original? O Paulo foi e sempre será o único baixista do Sepultura mesmo tendo tido outro cara antes dele, quase ninguém sabe quem é. Na batera a banda está com o melhor baterista brasileiro em atividade, Eloy Casagrande. O que este cara tocou ontem foi absurdo, unindo técnica e uma pegada brutal. E me desculpe mas ele engole o Iggor hoje em dia. E o já citado Derrick. Aceite o seguinte fato: Derrick Green é o vocalista que o Sepultura precisa. Sem desmerecer o Max que sempre será um ícone do metal brasileiro. Mas o show a parte do cara que está na banda há 20 anos na banda ontem foi impagável. E divulgando o disco Machine Messiah a banda apresentou um show que mesclou 6 músicas do disco novo com clássicos de outras épocas como Inner Self, Arise, Desperate cry, Choke ( do Against, disco que junto com o Nation, são os únicos do Sepultura que não curto ouvir inteiro), Slave new world e Roots Bloddy Roots. Sobre as faixas novas, como ainda não adquiri o disco novo, confesso que não me empolguei tanto mas ali deu para notar o quão poderosas elas são e o disco em si me deixou bem curioso em ter afim de ouvi-lo inteiro.
Além das citadas outra que me deixou bem empolgado foi a faixa título do disco Kairos, este para mim o meu trabalho favorito da banda com Derrick nos vocais. Caso não tenha ouvido, ouça e tire suas próprias conclusões. Finalizado o show, a noite terminou assim e foi maravilhoso encontrar vários amigos lá. Sepultura ontem e hoje. Não importa a época. O que importa é que a máquina metálica continua mais feroz do que nunca nos palcos!!!!!!!
Sepultura em ação ontem no Sesc. Foto by Miguel Santos

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