quarta-feira, 13 de setembro de 2017

David Gilmour e sua arte me fizeram ser um cara feliz no cinema

Ia dormir. Tenho que dormir para acordar cedo para ir ao trabalho. Teria que terminar de ler um livro hoje mas não o farei. Dedicarei este espaço de tempo para falar sobre o que presenciei hoje. Foi um dos momentos mais lindos na vida duma pessoa. Ter estes caras ainda vivos e nos emocionando é algo que agradeço e curto cada segundo pois teremos logo logo um cara de tamanho talento como este senhor se aposentando em breve e, o mais triste disso, Gilmour será apenas mais um dos artistas que somente veremos em videos e ouviremos em discos. A grande entidade chamada Pink Floyd já virou lembrança faz tempo e resta a este senhor sensacional dar um gosto do que um dia foi uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. E decorrente aos eventos roqueiros na região, a feiras de discos e reportagens sobre o rock, o Roxy anda fazendo sua parte sempre com sessões para quem curte um som. Passando nas telas o show em que Gilmour tocou no mesmo Pompeii aonde anos atrás o Pink Floyd realizou aquele famoso concerto aonde a banda tocou sem platéia, o cinema ficou mais bonito e todos nós saímos purificados diante de tamanha musicalidade. O que falar dum guitarrista que toca em favor da música e não do ego? E que ainda traz uma ótima banda de apoio? E mais: um set recheado de clássicos do Floyd além de algumas faixas solo que não ficam abaixo de sua obra com seus ex companheiros? Pois bem, a emoção tomou conta de mim. Em duas horas, Ele e sua banda protagonizaram momentos elegantes encima dum palco.
E para aqueles sortudos que estavam lá, não contou o quanto gastou nem muito menos o selfie. O que contou para cada um ali foi a experiência única de presenciar tal concerto. Faixas como High hopes, Comfortably Numb ( que solo!!!!!!), Wish you were here, One of these days, Shine on you crazy diamond, Time ( outro grandioso momento), além de faixas do último disco, Rattle that lock incluindo a faixa título que é bem legal e ótima para ser executada ao vivo. In any tongue é outra que foi executada e caiu muito bem por ter o apoio preciso de um dos backing vocals cuja voz deu um ar dramático a faixa. Aliás, além do referido backing, outras belas backing vocals de linda pele negra enfeitam toda a apresentação, o que me deixou apaixonado logo que vi. Ambas cantaram e encantaram este que voz digita, sensacionais!!!!!!!!
Contendo membros que passaram por Allman Brothers, Roxy Music e Michael Jackson, cada um deu seu show particular tanto em seus instrumentos quanto nas vozes de apoio mostrando a preocupação do dono da festa em proporcionar a todos um belo espetáculo. Foi linda a homenagem feita ao falecido tecladista do Floyd, Richard Wright, momento este que me fez lembrar na minha saudosa cocker mas também me fez refletir e pensar também em minha sobrinha nascida a pouco. Esse é o efeito que uma música bonita, sincera e desprovida de rótulas faz em meu coração.
Finalizada a apresentação, o dia foi bem legal e foi coroado com este show fantástico. Esses caras são mais do que músicos. São, em sua maioria, pessoas especiais e que fazem parte de nossa rotina mesmo estando longe. E o melhor: poder presenciar tudo isso na companhia de amigos. Aproveite seus amigos. Curta. Veja sempre. Acreditar no ser humano ainda é o meu lema apesar de alguns babacas que encontramos pelo caminho. Mas todo o resto, as coisas boas, não irão me permitir lembrar das maças podres e sim dos frutos positivos que aparecem e fazem a diferença.
O rock foi feito, a música foi feita para unir e não para gerar discórdia. Boa noite e obrigado David Gilmour por ter finalizado minha noite com chave de ouro. Como definiu meu amigo Ricardo Alarcon na saída: David Gilmour é um monstro. Sem mais....

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