segunda-feira, 25 de abril de 2016

Vulcano Fest : Vulcano, Sepulcro, Red Razor, Morfolk e Cadafalso - 24/4/2016

Esta vida é algo impressionante. Eu sou uma pessoa meio difícil. Eu erro. Mas, sejamos sinceros: Quem não erra? Algumas pessoas precisam entender que somos humanos e não máquinas. E olha que as máquinas também erram. Por isso, usarei esta combalida internet para externar opiniões sobre música mas de vez em quando irei falar sobre outras coisas. Acho melhor pular as outras coisas. Assim não serei massacrado nem tido como polêmico. Mas eu mantenho minha promessa de não aparecer em tudo que é evento. E as pessoas precisam entender minha decisão por algumas razões: 1- não ando financeiramente bem para ir em tudo quanto é evento até porque se há uma coisa que aprendi com decepções passadas foi que, caso quiser ir em algo, tenho que pagar pois as pessoas envolvidas precisam do financeiro para manter eventos como este em pé. Assim como sou contra as bandas "darem " seus produtos que geraram custo ao gravar. Não, é preciso ensinar o público a pagar pelo que está sendo visto e ouvido. Nada mais justo. E 2: apesar de ter mentes inteligentes, músicos com uma cabeça maravilhosa para conversarem sobre música e além de música com muita clareza e percepção, infelizmente me deparo com algumas criaturas fantasmagóricas que amam uma picuinha e uma bela fofoquinha. Não, não é nenhuma indireta a ninguém que eu conheço pois eu só falo com o lado inteligente deste cena maravilhosa. Eu não falo mal de quem não conheço. Apenas prefiro não conhecer. Guardar raiva dentro de si nunca foi algo legal não é mesmo?
Sendo assim, vamos ao que interessa e o que interessa é que público e bandas estão de parabéns pois fizeram bonito numa noite mágica de metal extremo, cada um em seu estilo e atitude.
Abrindo a noite tivemos o SENSACIONAL Cadafalso e seu death metal old school, calcado naquela leva de bandas lindas do meio dos anos 80 e começo dos 90, sendo uma delas o Sarcófago que recebeu uma bela versão para Nightmare, os caras não deixaram barato e mandaram uma porradaria monstruosa e que no primeiro acorde simpatiza qualquer fã de som blasfemo e lindamente sujo. Fora que se mostraram bem receptivos para com o público que estava em certa quantia.
Após o Cadafalso, coube ao Red Razor mostrar garra absurda  no thrash metal . Merecem uma atenção caso não tenha ido ontem lá pois se curte thrash metal old school não pode perder de forma alguma os próximos shows dos caras em alguma Trinca futura. Além de sons próprios, um belíssimo cover para Bomber da banda que já sabe quem é cujo líder nos deixou recentemente neste plano. Puta show!!!!!! Após eles veio o Morfolk detonar mais uma sessão de pedradas em nossos ouvidos e me chamou a atenção o fato de tocarem com uma garra sensacional e uma coisa já era clara: o público já era imenso e ver caras de outras bandas sensacionais da baixada como Empire of Souls, Opus Tenebrae , Ninurta, Infector  além do Vetor e Carnal Desire dando extrema atenção aos shows e que legal poder sempre falar com estes caras. E o melhor: ter o respeito de todos eles ao ponto de elogios a estes textos humildemente escritos sem a menor pretensão de ser o fodão.

Aí de Minas Gerais veio o veterano Sepulcro com seu black metal com pitadas death e um clima denso entre as músicas. O mais legal nisso tudo é que há 26 anos os caras estão na ativa e foi muito bacana um dos integrantes demonstrar uma simpatia para ensinar a muito principiante metido a músico experiente que acha o superstar. Maravilhoso foi a definição certa para este espetáculo brutal e de musicalidade soberba. Mas aí vieram os donos da festa....
Presenciar um show do Vulcano é presenciar antes de mais nada a história do metal nacional. O que falar de caras como Zhema e Arthur? O que dizer da simpatia dessas lendas vivas? Sempre atenciosos, os caras são gente como a gente. Ver caras assim agradecendo por ter comparecido ao evento é algo para se bater palmas. Além deles, a banda está representada pelo frontman Luiz Carlos Louzada, vulgo Batata, que se mostra cada vez mais ter sido a opção certeira para substituir uma lenda como Angel e que há tempos deixou de ser o "novo vocalista". Fora que a volta de Carlos Diaz no baixo foi muito bem pois o baixista é uma fera indomável ao vivo, agitando bastante e incentivando a galera a agitar a cada som. Tai um cara que literalmente vive o que toca e gosta do que faz. Mas sem desmerecer o grande trabalho feito pelo Ivan pois o mesmo fez bonito em seu tempo com a banda. Afora esses caras, o Vulcano voltou a ter uma segunda guitarra e o cara que está nela nada mais é do que meu rocker favorito, meu guitar hero: Gerson Fajardo. Com uma história de respeito dentro do rock santista, Gersão entrou no Vulcano após algumas participações em discos e em shows e que se encaixou perfeitamente ao som pois quem vê ele tocando algo mais hard ou classic não ia imaginar vê-lo tocando algo mais extremo. Ele tocou e apavorou!!!!! E tendo a aprovação duma lenda como Zhema já seria o bastante certo? Sim.
Uma das atrações deste show foi a execução na íntegra do clássico absoluto da maldade chamado Bloody Vengeance e o que posso dizer é que não sobrou pedra sob pedra após isso pois as tijoladas do disco estão mais afiadas do que nunca devido a formação atual estar tinindo. Afora este acontecimento outras pedradas como Witch Sabbath, Total Destruição e Guerreiros de Satã foram executadas para uma galera faminta que não dá o menor sinal de que enjoa ao ouvir sempre elas nos shows. E não haveria motivo de não tocá-las!!!!!!
O saldo desta noite foi algo indescritível, difícil de descrever em palavras pois ainda não caiu a ficha que tudo isso aconteceu. Numa época em que asnos infestam a sociedade com modas tão plásticas quanto as pessoas que as dão atenção, é algo único ver pessoas com atitude em ouvir um bom som e uma atitude maior na massa cefálica. Que noite foda!!!!!!

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