segunda-feira, 9 de outubro de 2017

The Jimi Hendrix Experience - Are you Experienced?

Voltando as resenhas após um breve retiro espiritual, volto com um disco sobrenatural em termos musicais. É certo que eu já tinha me rendido a este senhor mas este disco dribla qualquer coisa que eu já tenha ouvido do negão. E digo com toda certeza do mundo: não há nenhum guitarrista igual ou melhor a Jimi Hendrix. Ele e a Elis Regina possuem algo em comum: ambos não conseguiram ser batidos em suas respectivas funções dentro da música. Sim, há muita gente boa por aí, guitarristas fabulosos e mulheres cantoras espetaculares. Mas é preciso ressaltar que, Elis e Jimi são seres de outro planeta e suas obras serão para sempre reverenciadas como sendo pérolas eternas da música mundial. Neste disco lançado em 67, quando as guitarras nem sonhavam em ter a distorção da década de 70, Jimi apareceu e simplesmente mudou toda a regra do jogo, avisando o que viria acontecer mais tarde. E aqui temos um power trio de encher os olhos de lágrimas de fazer ouvir inúmeras vezes até o disco gastar. Hendrix na guitarra e vocal, Mitch Mitchell na bateria e Noel Redding no baixo e vocais. Só sendo um surdo para não notar ou simplesmente achar que um trio desse quilate não possui um mínimo de qualidade. E com um trio desse em ação, um disco gravado por estes monstros não sairia algo menos do que maravilhoso, um verdadeiro orgulho bate em mim quando ouço algo tão empolgante, viciante. A trinca que abre o disco é de matar qualquer um de emoção: Purple Haze, Manic depression ( regravada pelo Carnivore) e Hey Joe ( desconstruída pelo não menos brilhante Type o Negative) não são apenas músicas simples e sim hinos revigorantes e dotados duma energia positiva sensacional. São momentos assim que agradeço a minha mãe por me botar no rock. Fico imaginando eu hoje sem ter ouvido U2, Beatles e depois Guns n´Roses, Nirvana e Skid Row. Provavelmente estaria com o cabelinho da moda, usando roupas da moda e pior: tendo meu cérebro atrofiado de tanto ouvir sertanojo universiotário, funk carioca entre outras aberrações deste universo fadado a criar imbecis sem volta. E que minha sobrinha pergunte a mim o que é legal para se ouvir pois já vou indicar este disco entre outros de minha coleção.
Outras pérolas musicais são encontradas ainda em I don´t live today ( regravada pelo sensacional guitarrista Kenny Wayne Shepperd em seu disco Trouble is), Fire, Foxey lady e a faixa título num dos momentos mais lisérgicos da música. E nem citei Love or confusion, May this be love, The wind cries Mary, Third stone from the sun, Stone free.... só pedrada. Algo que já foi falado mas é sempre ótimo dizer: Hendrix, além de fenomenal guitarrista, possuía um vocal de cair o queixo coisa que só negão sabe fazer tão bem.
Encerrando este disco já estou ouvindo outro ser que a nave deixou aqui e depois veio buscar num disco que, se não chega a ser tão bom quanto este, chega perto de sua magnitude simbólica. Johnny Winter está quase acabando seu show em estúdio e logo logo a resenha aqui. É em horas difíceis de pensamentos confusos e estranhos que entra discos tão fabulosos para nos colocar no eixo e nos lembrar que, apesar do mundo ser louco demais, música é e sempre será a real importância de se manter vivo. Por ora, faça um favor ao seu filho quando ele tiver mais crescido: recomende este entre outros artefatos pois somente assim teremos menos imbecis na face da Terra. A hora de mudar é agora!!!!!!!! Viva o rock. Viva a música de qualidade. Viva Jimi Hendrix.

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