quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Depeche Mode - A Broken Frame

O que seria do ser humano sem a música como trilha sonora? Seríamos meros seres humanos, incapazes de viver em paz ou sorrir. Seríamos meros objetos nesta sociedade cuja dificuldade de encarar a realidade do dia a dia seria algo bem dificultoso. Por isso que eu adoro ouvir música, seja em casa ou na rua. A música que eu gosto me mantém são além de ser meu escudo protetor que previne que eu não me aborreça com certas coisas e ou pecuinhas diárias que te desgastam só de lembrar. E na minha ausência em eventos, procuro em meu quarto tudo que eu preciso para me manter longe de tudo e de todos: livros para ler e meus cd´s. Sinceramente, não consigo entender como as pessoas ficam tão fissuradas no mundo virtual. Logicamente que, utilizado para pesquisa, o virtual pode ser bem útil, disso não há dúvidas. Acontece que ultimamente venho percebendo que a tecnologia está cada vez mais deixando as pessoas paranoicas, alienadas num mundo fictício aonde ela acredita piamente ser o mundo "legal". Quando me deparo com as redes sociais ( Facebook a frente) vejo cada vez mais aquele clipe do Pearl Jam, Do the Evolution, aonde as máquinas tomam conta de tudo e temos o planeta todo destruído e o sorriso do dono do poder olhando animadamente de sua janela o cenário catastrófico. Acredito que não chegue a este ponto pois ainda acredito no ser humano como um ser que gosta de fazer coisas sem se importar muito com o mundo virtual. Mas é de assustar a atitude de algumas pessoas no Facebook. Pior: ao voltarem a vida real, tomam atitudes aonde você olha e pensa : " É isso mesmo?".
Sorte de quem morava em 82 aqui no planeta pois sem virtual, as pessoas curtiam mais e se importavam de menos acerca de assuntos tão fúteis e se houvesse algum caso de discordância, a coisa era decidida na hora, cara a cara. Sem rodeios, a coisa era mais preto no branco. E foi neste ambiente mais legal que A Broken Frame foi lançado sendo um dos melhores discos do Depeche em toda carreira. Contendo 10 faixas de muito bom gosto, temos um grupo em seu momento criativo intacto, mostrando que rótulo é apenas um mero detalhe. Num resumo poderíamos colocar o Depeche Mode como sendo eletrônico mas há algo a mais nisso. Temas mais dark, temos algo meio que fora dos padrões dançantes num disco feito para se ouvir em casa, sossegado. Leave in silence abre o disco de forma classuda, uma fineza típica desses caras. My secret garden é outra pérola, linda e sem a menor vergonha de inspirar seres humanos a fazer amor ao invés de tretas. O belo andamento dá sua continuidade graças a temas fabulosos da música alternativa como Monument, Nothing to fear, See you, Satellite, The meaning of love, A photograph of you, Shouldn´t have done that e quando chega o fim em The sun & the rainfall tenho mais um grande disco com selo de aprovação. É certo que hoje em dia seus discos podem não ter a magnitude deste aqui mas temos que louvar eles ainda estarem na estrada, gravando e o mais importantes: vivos e ativos. Resumindo: este disco é um baita começo para entrar nesta viagem maravilhosa juntamente com os possíveis percursores do que chamam hoje de future pop sim ou não?

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