domingo, 15 de outubro de 2017

Marduk - Dark Endless / Those of the unlight

Voltando as resenhas habituais com uma das bandas mais sensacionais do heavy metal. Praticantes do black metal, o Marduk é uma dessas bandas que praticamente acerta em todos os seus discos, seja falando de guerras ou satanismo. Aqui não temos moleques metidos a revoltados que abordam tais temas de forma infantil e simplesmente por odiar o outro lado da moeda. Aqui há um conhecimento de causa, uma verdadeira contestação acerca do que está errado e a batalha de nadar contra a maré é tarefa para poucos, bem poucos. E aqui cabe uma observação: não estou do lado de ninguém nesta batalha de religiões. Apesar de ter sito batizado no catolicismo ( do qual não possuo a menor vergonha), não fico pregando por aí que o Diabo é o malvado e Jesus é o bonzinho. Aliás, Jesus está comigo sempre ao meu lado ouvindo os discos junto e batendo cabeça feliz da vida. O Diabo também. E sabe a conclusão que cheguei? Que quem prega esta "rivalidade" é o próprio ser humano pois ambos se falam normalmente e não ficam de briguinha para ver quem é o melhor. Livre arbítrio não é o legal? Democracia para ser mais exato não é mesmo? Recentemente vi uma verdadeira batalha naval num post aonde alguém postou uma banda de grindcore mas que pratica a filosofia white metal nas letras. Ataques de ambos os lados foi o que eu li e apenas ficaram em ataques e xingamentos aonde o mais importante ficou perdido: a música. Lógico que cada estilo deve ser preservado e misturar algumas coisas pode ser esquisito demais até para mim que sou eclético. Seria certo eu ignorar o Marduk por conta de religião? Claro que não!!!!!! Lembre-se: não fico do lado de nenhum dos dois nesta história, ambos ( Jesus e Diabo) são legais pra caramba e não possuo motivo algum para ir contra um deles. E seria duma ignorância total eu simplesmente deixar passar esta que é uma verdadeira máquina de riffs e faixas que desafiam a muitos quando o assunto é atitude, garra e fazendo parte dum universo tão rico quanto o black metal, fazer a diferença é algo muito importante.
Recentemente adquiri esses 2 discos da era inicial e ambos soaram fantásticos.
Iniciando pelo maravilhoso Dark Endless de 92, um dos discos mais brutais que ouvi na vida. Contando com Andreas Axelsson nos vocais, Devo Andersson e Morgan Hakansson nas guitarras, Joakin Grave na bateria e Bogge Svensson no baixo ( quem tocou baixo neste disco foi Rickard Kalm) e produzido pelo experiente Dan Swano, o álbum traz tudo que um fã de black metal precisa para ouvir este disco. Após uma intro temos uma pancada chamada Still fucking dead ( here´s no peace) que já abre com chave de ouro e mostrando o que encontraria no restante do disco. Outras faixas como The sunturns black as night, Within the abyss, Departure from the mortals traduziam muito bem o black metal daquela época: mais influenciados pelo metal mais old school, e bandas como Bathory, Venom, Hellhammer, o Marduk já fazia algo visceral e prontos para conquistarem seu lugar de honra no estilo. Ainda neste mesmo disco há faixas ao vivo em 91 além de faixas em estúdio em 90 o que torna este material mais rico e interessante.
Passando para Those of the unlight, este disco de 93 é outro artefato rico ao meu cérebro e ao meu ouvido temoa algumas mudanças na formação mas o importante é que o mentor e cérebro do Marduk, Morgan Hakason, manteve seu legado e não é a toa que seu jeito diferenciado de lidar com as coisas é o que torna esta máquina aniquiladora forte. E mais faixas demolidoras constam representadas por Darkness breeds immortality, Those of the unlight, Wolves e Burn my coffin mas todas elas mantém um nível de elegância dificilmente superadas. E olha que estamos falando de faixas e discos anteriores a pedradas como World of Funeral ou mesmo Panzer Division Marduk ou mesmo de Nightwing.
Enfim, discos assim são a prova de que a vida pode ser melhor. Discos, livros.... e ainda as pessoas querem se prender em redes sociais? Por favor, acordem deste pesadelo enquanto é tempo pois está chegando num ponto de lamentar. Feliz sou eu que fico menos no computador, muito menos no celular e mais focado em meus cd´s e lendo meus livros além de se dedicar aos meus estudos. Incrivelmente contestadores sendo originais. Longa vida ao Marduk!!!!!!!

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