segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Helloween - Espaço das Américas - 29/10/2017

Dentro que eu conheço de rock, uma das mais características mais legais que existe dentro deste estilo musical é a capacidade que, com um único riff, unificar pessoas, deixá-las felizes por assistir tal espetáculo. É aquele momento em que esquecemos o quão dura a vida é, o quão violenta ela pode ser com você, lhe pregando armadilhas das quais somos vulneráveis. É o momento único aonde você está vivendo um momento igualmente emocionante e que o faz lembrar de sua adolescência, de quando eu era apenas um menino que ficava sentado no corredor com um som toca fitas gravando as músicas das quais tanto amo, aquela música da qual nutria um amor incondicional quando a mesma foi lançadas na rádio. Ontem no show da tour de reunião de integrantes e ex- integrantes da banda alemã vi alguns caras no palco se divertindo num palco. O que poderia ser uma mera reunião contratual somente para angariar alguns trocados, foi uma baita festa de confraternização aonde eles eram os donos da festa e nós igualmente comandando uma das festas mais bonitas que presenciei em tempos.
Ontem eu chorei, cantei, dei risada mas em todos os momentos eu estava do jeito que deveria estar sempre: feliz. Sim, uma felicidade por assistir tal show mas também uma baita felicidade em saber que a vida é dotada de amigos de verdade. Em primeiro lugar devo e tenho que agradecer meu amigo Carlos Eduardo Peralta por ter me adiantado meu ingresso pois se não fosse por ele talvez não estaria ali tão perto vendo alguns de meus heróis. Mas um outro camarada chamado Wellington merece também meu obrigado por ter sido leal sempre. Mas também minhas companhias de ontem foram sensacionais. Ver pais e filhos juntos neste momento histórico para o heavy metal foi uma das coisas mais lindas que eu pude ver na minha vida, algo emocionante,mágico.
Não tivemos abertura. O show durou aproximadamente 3 horas e foi abrilhantado por todas as fases da banda e todos estavam comprometidos em fazer o melhor show do universo para seus fãs. Fora o clima de festa em público, a banda estava toda a vontade, um brincando com o outro, uma troca de energia positiva que poderia resultar num dos melhores shows deste ano. Ver Andi Deris e Michael Kiske se tratando de forma respeitosa foi de encher os olhos de lágrimas assim como Kiske sempre tratando muito bem o guitarrista Sascha  ( que não é filho da Xuxa) foi uma puta atitude já que ali não contava tempo de casa. O propósito é , unidos, atingirem o objetivo que foi alcançado para um público faminto por uma aula de metal.
Mesmo ruim de saúde, Michael Kiske cantou muito!!!!! Esse cara já tinha me emocionado no Monster com o Unisonic mas ontem foi surreal. Este grande fã de Elvis mostrou o porque deve ser tratado sempre com respeito pois foi humilde, poderoso mas acima de tudo, um gentleman, um perfeito gentleman e não o senhor ego.
Outra coisa que me agradou foram ambos os vocalistas cantarem faixas de fases em que cada um brilhou em forma de dueto. Impressionante foi ver Forever and one, Why, Perfect Gentleman com os dois vocalistas e que momento lindo!!!!!!! E Kai Hansen brilhou ao cantar as faixas de sua fase e também ao tocar em todo o show músicas em que ele já não era da banda fazia tempo.
Markus Grosskopf era energia pura o tempo todo e um baita baixista numa cozinha sensacional com o baterista Dani Loblen, um mestre na arte de surrar peles de bateria. Michael Weikath é aquele sujeito sem tanta presença de palco. Sempre sério, o mesmo soube se divertir a seu modo e deu seu recado com solos maravilhosos e duetos melódicos com seus outros dois parceiros de guitarra. A homenagem a Ingo também valeu cada centavo gasto neste ingresso, uma forma bonita para homenagear o saudoso músico que era outro baterista talentoso. Esqueci de alguém ? Ah esqueci sim.
Andi Deris foi um monstro no palco, um cara muito gente boa, que estava em seu auge artístico em dividir o palco com tanta gente talentosa. Ele brilhou em If i could fly, Power e foi lindo ver ele cantando Forever and one e I can foi sim, uma peça única neste show. Alguns acusaram dele ter feito playback mas eu o acuso de ter me feito chorar num performance animalesca não sendo a toa que o posto de vocalista do Helloween está muito bem ocupado. Um cara que foi do Pink Cream 69 vai esperar o que?
Uma noite recheada de clássicos e amigos. Assim é o espírito do rock, do metal, do que você quiser chamar. Mas nos chame com classe pois não somos qualquer um. Somos únicos e vencedores por gostar do melhor estilo musical do planeta. Esqueci que sou poser, falso, fofoqueiro, maria vai com as outras, esqueci de todas as picuinhas recentes. Aliás, estou de peito aberto, asteando a bandeira branca da paz e pronto para sermos um só exército. Nem preciso dizer que ainda tivemos I want out, How many tears, Eagle Fly free ( sem playback), Judas, Ride the sky, Soul survivor..... Enfim, uma noite memorável que ficará para sempre em minha memória e na memória de todos os presentes.
O momento não é de ficarmos em turmas separadas. Façamos como nossos ídolos: juntos, unidos. Forever and one!!!!!!!!

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