terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Motörhead - Live in Berlin

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Não. Ouvindo este disco eu ainda não acredito nem irei acreditar um dia que o Lemmy se foi. Este ano vai fazer 4 anos que o baixista e vocalista mais legal de todos os tempos foi para outro lugar com seus 70 anos de vida. Este disco não é nenhum dos live albuns oficiais. Trata-se dum show que saiu de bônus num dos discos da banda e que veio em minhas mãos como um presente dum grande brother meu. E como uma banda do calibre do Motörhead possui a dádiva de nos fazer amigos e não inimigos, ouvi com muito gosto este disquinho. O show dá a entender ser da tour do disco We are Motörhead pois já abre com a faixa título, um arregaço que não deve nada as músicas antigas. E clássicos como No class, Metropolis, Doctor rock, Ramones ( que Lemmy dedica a Joey e Dee Dee Ramone), Damage case, Going to Brazil, Killed by death, Ace of spades e Overkill que fecha este disco ao vivo. Esqueci de citar Shoot you in the back e Over the top? Desculpe-me. E quando Lemmy pergunta se há algum punk no show e tendo a resposta positiva manda a clássica God save the Queen ? Como pergunta Kelly Key numa de suas músicas: É ou não é pra chorar? Sim, é emocionante meu amigo e minha amiga. E Civil war e Sacrifice são também maravilhosas sim senhor.
Já foi dito inúmeras vezes mas é sempre ótimo lembrar: nossas vidas giram em torno deles. Você trabalha, ganha dinheiro para comprar itens desses caras. Eles são importantes em influenciarem nossas vidas de alguma forma nos incentivando a sermos pessoas melhores a cada dia. E perder Lemmy foi como perder aquele tio fanfarrão que você passa horas falando sobre rock, blues, mulheres e bebidas mas que também te lembra como isso não deve te sufocar.
E eu sempre vou lembrar de todos os meus amigos ao ouvir estes caras além de se orgulhar por ter ido ( pelo menos uma única vez) ao show de uma das melhores bandas num palco. Pessoas ditas "normais" ou presas em modismos jamais irão entender o que é ser roqueiro, de ter um artista como um ídolo de verdade. E que fique claro uma coisa: ninguém vira roqueiro da noite para o dia. Só acho.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Tadeu Franco - Cativante

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Voltando a mexer no blog após um breve intervalo sem discos novos para ouvir, me aparece este que, com o perdão do trocadilho, me cativou da primeira a última faixa. E mais um exemplo de como brasileiro confunde música popular com música popularesca. Passei o ano novo em casa de parente e em casa de parente fatalmente temos que nos sujeitar a ouvir/ver certas coisas e constatar o quão pobre anda a música brasileira. O tal show da virada estava passando o show do tal Luan Santana e juro que achei uma das coisas mais deprimentes que já constatei na vida. É a famosa música ruim para gente burra. Mas você pode me julgar que eu ouço algumas coisas desta safra popularesca, ok. Porém, tenho uma linha de raciocínio em saber separar o que eu gosto e se ouço alguns artistas do mainstream foi porque realmente gostei, nada foi imposto ou me tornado "fã" porque o vizinho achou legal, por somente seguir uma moda.
Aí um amigo me presenteou com este disco. Ao chegar em casa, fui averiguar se o disco era mesmo cativante. E que disco!!!!!! A linha musical é a mpb com aquele tempero mineiro que artistas anteriores como Clube da Esquina, Milton Nascimento, Beto Guedes entre outros injetaram em nossa música tornando-a muito mais rica e pensante. Produzido pelo citado Milton, aqui temos colaborações de Lô Borges, Milton Nascimento, Cláudio Venturini entre outros pilares musicais do cenário. Lançado em 83, o disco possui aquele ar maravilhoso de Beto Guedes com algo de Ivan Lins e até do Guilherme Arantes em seus momentos mais pops. Imitação? De forma alguma!!!!!
Tadeu põe seu estilo pessoal em temas belíssimos como Nenhum mistério, Gente que vem de Lisboa, Canto de uma terra, Nós dois além da faixa título. Ainda nas 10 faixas consta uma belíssima composição de Caetano Veloso em Aonde eu nasci passa um rio que Tadeu o faz de forma sublime e garanto que se tal tema fosse cantado pelo compositor original não teria ficado tão bom quanto. Este disco é daqueles para se ouvir em momentos aonde a tranquilidade e a harmonia devem imperar.
Fechando com Coração civil, Cativante é um daqueles álbuns cuja a obrigatoriedade deve ser mantida. Mas não ouça este disco comparando com os medalhões citados. Ouça tendo em vista um baita cantor com um belíssimo repertório. E aí? Vai continuar ouvindo porcaria ou vai abrir a mente para algo bacana e deixar de ser mais um neste grupo de burros?